G.R.E.S. Acadêmicos da Rocinha |
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O Enredo no Samba: Estrutura discursiva Com o enredo “Felicidade não tem preço”, a Acadêmicos da Rocinha quer mostrar a importância do dinheiro na vida das pessoas. Mesmo vivendo num mundo materialista, a agremiação defenderá a tese de que é possível ser feliz com pouco ou com o suficiente, que só depende de nós mesmos. O Samba no Enredo: Estrutura lingüística O samba tem como condutor do enredo um narrador em 1a. pessoa do singular, recurso bastante eficaz que tem como função discursiva inserir o desfilante e o espectador no tema abordado, pois ao cantarem o samba, as pessoas passam a ser narradores, contanto e vivendo os fatos descritos.
Para defender a tese do enredo, os autores seguiram uma linha de raciocínio bastante apropriada, apontada pela dicotomia acima, da qual podemos destacar: a) mesmo que chore e passe por privações e dificuldades, os desprovidos possuem um amor verdadeiro, enquanto os abastados precisam comprá-lo. b) os desvalidos são mais sinceros e leais, enquanto os endinheirados vivem num mundo de falsidade e de hipocrisia. c) enquanto o pobre sabe viver e gozar a vida da melhor forma possível com o pouco que tem, o rico, com sua arrogância, se acha o dono do mundo e paga por seus desejos, dando-se uma falsa alegria.
Enfim, um samba alegre, bem cadenciado, que consegue cumprir sua função perfeitamente de transmitir a apropriada reflexão contida no enredo de forma bem-humorada e que atende às idéias do carnavalesco para o desenvolvimento do enredo |
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Julio Cesar Farias |
Artigo-213 | ||
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