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Bumbum-paticumbum-prugurundum.
Fevereiro taí e você já começa a ouvir a batucada. É impossível ficar
indiferente às escolas de samba, copiadas no mundo inteiro. Há 65 anos
elas vêm se especializando em fabricar o maior show de rua que se conhece.
Tudo é regido por normas rigorosas, planejado minuciosamente e produzido
dentro de um cronograma rígido. Mas, para quem só vê a festa pela televisão,
fica difícil compreender o que está acontecendo. Aqui você vai entender
como funcionam as engrenagens do desfile.
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O
nome “escola de samba” nasceu em 1928, no bairro carioca do Estácio, numa
roda de amigos. Entre eles estava Ismael Silva, compositor com talento
de sobra, tanto que até vendia algumas músicas ao cantor Francisco Alves.
Mas a fama não diminuía a discriminação. Ao contrário, sambista era sinônimo
de malandro e arruaceiro. E Ismael já estava cansado disso. No meio da
conversa, olhou para a Escola Normal, ali na esquina, e teve a idéia:
se eles eram tão bons na única coisa que sabiam fazer, por que não fundavam
um grupo pacífico para mostrar sua arte? Prático, criou uma definição
para o seu conjunto: “Deixa falar, nós também somos mestres. Somos uma
escola de samba”. Mas Ismael só deu o nome. A agremiação que acabara de
fundar não foi, de fato, a primeira do gênero. A Deixa Falar era, na verdade,
um rancho, outro tipo de associação carnavalesca.
A turma que realmente seria a raiz da escola de samba era outra, mais
segregada ainda: os negros ligados aos cultos de origem africana. “Existe
um terreiro de macumba na origem de toda escola de samba”, contou à SUPER
a pesquisadora carioca Marília Trindade Barboza da Silva, com dez livros
publicados sobre o assunto. “Esses descendentes de escravos, vindos da
Bahia ou da área rural do Estado do Rio, só tinham os atabaques para tocar.
Por isso, até hoje o samba de escola é fundamentalmente voz e percussão.”
Os primeiros desfiles seguiam um ritual quase religioso. A caminho da
Praça Onze de Janeiro, onde faziam a folia, os batuqueiros reverenciavam
cada dona de “casa de santo”, como Tia Ciata e Tia Fé. Para combater o
preconceito, vestiam-se o melhor possível. Logo foram notados pelos repórteres
da área policial que circulavam por ali. E foi por meio da imprensa que
as primeiras escolas de samba, como a Mangueira e a Portela, chamaram
a atenção.
Os sambistas cariocas do final da década de 20 se freqüentavam bastante.
Nessas ocasiões, gostavam de se exibir um para o outro. Foi para esquentar
o desafio entre os bambambãs que José Gomes da Costa, o Zé Espinguela,
macumbeiro e mangueirense, resolveu promover uma competição para ver quem
era o melhor. Marcou para o dia 20 de janeiro de 1929 o concurso entre
os compositores da Deixa Falar, Mangueira e Vai Como Pode (primeiro nome
da Portela). Venceu o samba de Heitor dos Prazeres, da terceira. Mas Heitor
era visto como um intruso, um moço da cidade. Todos previam encrenca na
entrega do prêmio, marcada para o domingo de Carnaval, em plena Praça
Onze. Só que Zé Espinguela foi diplomático: apareceu com três troféus
e distribuiu os outros dois como prêmios de consolação. Assim foi inaugurada
a disputa entre as escolas.
Em 1932 houve o primeiro desfile patrocinado, promovido pelo jornal O
Mundo Esportivo, de Newton Rodrigues, irmão do teatrólogo Nelson. No ano
seguinte, era vez de O Globo, o Touring Club e a prefeitura do Distrito
Federal institui nem um concurso. Foi quando as escolas ficaram obrigadas
a manter a ala das baianas e a bateria. Em 1935, já havia dezenove escolas.
“Naquele tempo, era um sambinha de quatro linhas e o resto ia de improviso”,
contou à SUPER Cláudio Bernardo da Costa, o Cláudio da Portela,
sócio-fundador da escola. Só em 1946 é que o samba-enredo se estabeleceu
de verdade, com a estréia do compositor Silas de Oliveira na Império Serrano.
Até 1930 o próprio samba era um gênero indefinido: a classificação valia
tanto para o maxixe como para variações da polca e do chorinho, que podiam
ser ótimos no salão, mas eram ruins para se dançar ao longo da rua. Como
a batucada. permitia fabulosos improvisos de dança, o desfile das escolas
acabou se tornando o favorito do público.
A bateria da escola de samba é uma imensa orquestra montada só com instrumentos
de percussão. Cada músico tem seu lugar para que o som saia equilibrado.
O número de componentes, o tipo de instrumento e o posicionamento de cada
batuqueiro depende do estilo da agremiação. Mas, basicamente, o conjunto
é formado por duas fileiras de surdos de marcação nas laterais, filas
de cuícas e metais (como o reco-reco e o agogô) à frente, um enorme naipe
de tamborins logo atrás, um miolo de vários tipos de surdos centralizadores
e, ao final, mais metais.
Tida como a “alma da escola”, a bateria se transformou num modelo para
exportação. A Gope, fábrica paulista de instrumentos de percussão, vende
até para o Oriente. “É uma cultura que viaja em bloco”, diz Humberto Henrique
Rodella, o proprietário. “Quando os japoneses levaram o nosso futebol,
fizeram o pacote completo, com o carnaval e a escola de samba”.
Os integrantes passaram dos 20 do princípio para até 400 hoje em dia.
E sempre há mais candidatos a ritmistas. “Os novatos podem vir ensaiar,
mas demora para alguém entrar numa bateria”, contou à SUPER Arnaldo
Manoel de Jesus, o Mestre Mug, primeiro diretor de bateria da Portela.
“Quem chega junto é porque é bom mesmo e gosta de bater. O ritmista não
vê o carnaval, está concentrado, não se diverte. Às vezes, tira sangue
da mão durante o desfile.”
Mestre é o título que se dá ao primeiro diretor de bateria, o maestro
da escola, auxiliado por outros quatro diretores que impõem disciplina.
Na Portela, por exemplo, é proibido faltar aos seis meses de ensaios técnicos
e beber demais antes do desfile. “A filosofia de uma bateria é muito simples:
trabalhar em conjunto”, diz Mestre Mug. “O individualista não tem lugar
aqui
A porta-bandeira e o mestre-sala se vestiram de rei e rainha por motivos
políticos. Já que durante o Estado Novo (1937-1945) era bom louvar a história
do Brasil, a fase imperial parecia perfeita para ser explorada plasticamente.
Outros pesquisadores acham que a indumentária do casal expressa um desejo
de valorização social. O fato é que, no começo, não havia fantasias pesadas
e luxuosas.
“Minha mãe costurava uma saia midi, sem armação nem bordado, e uma capinha
que parecia de princesa”, contou à SUPER Rivailda do Nascimento
Souza, a célebre Mocinha, porta-bandeira da Mangueira por 60 anos. “Uma
vez, um tio meu teve a idéia de pregar umas lâmpadas com pilha na capa.
Ficou engraçado.” Hésio Laurindo da Silva, o famoso Delegado, parceiro
de Mocinha na escola, disse à SUPER que sempre foi exigente. “No
começo eu usava uma roupa cheia de broches e calça com as cores da escola.
Quando os carnavalescos começaram a criar as fantasias, eu tinha que aprovar
pois eu seria o símbolo da escola”.
Foi essa geração que instituiu um padrão de performance no desfile. Não
há passos rígidos, tudo é improvisado. Mas existem regras. A porta-bandeira
é a única que não samba: ela deve deslizar pela avenida, andar com elegância,
usar sempre saltos altos (para aparecer mais), girar com graça e segurança.
Cair ou deixar a bandeira esbarrar no rosto do companheiro é um desastre
total. Já o mestre-sala se exibe ao máximo.. Deve cortejar e ao mesmo
tempo proteger a porta-bandeira, criar movimentos ágeis ao seu redor,
deixando claro que o símbolo da escola exige respeito. “Acabo fazendo
uns 70 passos diferentes durante o desfile”, calcula Jerônimo da Silva,
o Jerônimo da Portela, primeiro mestre-sala da escola. “Nós ensaiamos
bastante, mas é para desenvolver um tipo de comunicação, de entendimento
só no olhar”, completa Andréa Machado, parceira de Jerônimo.
Desde 1935, quando as escolas de samba do Rio de Janeiro foram obrigadas
a tirar alvará de funcionamento, sua organização interna se aperfeiçoou.
Na época, Dulcídio Gonçalves, titular da Delegacia de Costumes e Diversões,
colou um “grêmio recreativo” na frente do nome de cada uma delas. Toda
agremiação deve ter um estatuto registrado em cartório e instalações mínimas,
como quadra e barracão. A eleição do presidente se dá pelo voto direto
da comunidade, mas o “regime de governo” é de cima para baixo, como a
pirâmide hierárquica de uma empresa convencional.
No Rio existem 44 escolas de samba. Para que as grandes não fossem voto
vencido nas assembléias da Associação das Escolas de Samba, em 1984 nasceu
a Liga Independente das Escolas de Samba, epicentro das 18 maiores. A
entidade organiza e administra a festa na Passarela do Samba, o sambódromo
da avenida Marquês de Sapucaí, na ponta do lápis. Ou melhor, na tela de
vários computadores, como uma boa S/A.
Os oito afluentes que desaguaram na avenida
Festas da Roma antiga,
costumes portugueses, clubes de sátira e comemorações militares, entre
outras manifestações culturais, estão na origem das escolas.
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Arrastando
a sandália no rancho: Os
ranchos eram clubes da classe média baixa nos quais os sócios pagavam
mensalidade, compravam instrumentos de corda e sopro e se organizavam
para desfilar em fevereiro. O primeiro surgiu em 1872, o Dois de Ouro.
Formados por homens e mulheres, as pastorinhas, arrastavam as sandálias
na segunda-feira de Carnaval.
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Grandes
sociedades, um luxo só: Eram
chamadas grandes sociedades as associações de jovens de alta classe que
saiam em enormes carros alegóricos com mensagens políticas. A primeira
foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas, criada em 1855 por profissionais
liberais e saudada pelo escritor José de Alencar.
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Botando
o bloco na rua: Em
1848, o sapateiro José Nogueira de Azevedo Paredes saiu batendo o bumbo
que, tocado na horizontal, virou o surdo de hoje. Quem quisesse, ia atrás.
Assim se formaram os blocos, compostos apenas de homens. Ao redor de 1920
havia os “blocos de sujos”, dos “arruaceiros”, e os mais distintos.
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E
o cordão cada vez aumentava mais: Em
1886, os jornais chamaram de cordões os “grupos de foliões mascarados
e provocadores”. Saíam fantasiados, satirizando personalidades. Um mestre
com apito comandava tambores, cuíca e reco-reco. O cronista João do Rio
viu no cordão sinais da antiga festa de Nossa Senhora do Rosário, na qual
cortejos de negros saíam sacodindo chocalhos e entoando cânticos.
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Capoeira
sem berimbau: Desde
1570, quando chegaram ao Rio de Janeiro os primeiros escravos africanos,
o culto religioso na senzala envolvia batuque e dança. Os terreiros de
macumba do período pós-abolição, com mistura de candomblé e catolicismo,
mantiveram os atabaques, as danças e a capoeira, que emprestou seus movimentos
para o mestre-sala das atuais escolas.
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Lá
vai passando a procissão: O
ritual do desfile vem da Antigüidade, quando os exércitos exibiam suas
prendas de guerra de volta à cidade-base. A solenidade impregnou a religião
católica. No Brasil, em 1549, o padre Manuel da Nóbrega registrou a primeira
procissão enfeitada de Corpus Christi. Foi das procissões que saíram as
baianas, escravas enfeitadas.
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A
baixaria do entrudo virou confete: Na
Roma antiga, os Lupercos, sacerdotes de Pã, saíam dia 15 de fevereiro
só com sangue de cabra sobre o corpo, perseguindo as pessoas na rua. No
Brasil, os portugueses faziam uma guerra de baldes d’água e lixo chamada
entrudo, sem dança ou música. No começo do século, a “molhança” foi substituída
por confete, serpentina e lança-perfume.
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O
desfile chapa branca acabou no corso: A
moda do corso, um desfile motorizado, foi lançada no dia 10 de fevereiro
de 1907, quando o carro das filhas do presidente da República, Afonso
Pena, percorreu a avenida Central (atual Rio Branco), no Rio de Janeiro
de ponta a ponta, antes que elas subissem ao prédio da Comissão Fiscal
das Obras do Porto para assistir à folia.
A
armação primitiva
Nos
anos 30, os sambas não tinham segunda parte: os “versadores” improvisavam
depois que os puxadores entoavam um refrão de quatro linhas.
À
frente, uma tabuleta com o nome da escola pedia passagem, seguida da “linha
de frente”, só de moças.
Logo
depois, vinha o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Sob um
caramanchão, desfilava a alta direção da escola. Uma linha de pessoas
fantasiadas sambava em torno do grupo principal. No final, uma pequena
bateria. Na lateral, homens vestidos de baiana protegiam a escola da multidão
segurando uma corda e usando canivetes amarrados nos tornozelos.
O mestre apita e começa o aquecimento
O
batuque inicial serve para os ritmistas esquentarem os punhos. Cada músico
tem um lugar marcado. Conheça a distribuição dos instrumentos numa bateria
de 301 componentes.
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Surdo
de primeira - Um dos dois surdos de marcação, este é o que tem a nota
mais grave e dá a primeira batida. Quando a bateria é grande, seis se
alinham na lateral à esquerda da escola e cinco aparecem no meio também.
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Surdo
de segunda - Conhecido como surdo de resposta, é menos grave que o
de primeira e dá a segunda batida. São onze: seis na lateral da direita
e cinco espalhados no meio da armação.
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Surdo
de terceira - Seu papel é fazer um contraponto à conversa entre os
surdos de primeira e de segunda e, por isso, é chamado de cortador. Os
sete ficam estrategicamente entre os outros instrumentos pesados. Eles
dão o “balanço” à marcação.
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Tamborim
- É tocado em bloco - são 77 - logo atrás das primeiras linhas de metais
e cuícas. Entre os instrumentos leves, é um dos que costumam ficar calados
em algum trecho do samba-enredo para, depois, fazer improvisos. “Durinho”
ou “mexido” (quando o músico fica virando o tamborim), depende do estilo
do ritmista. Para potencializar seu efeito, é tocado com várias baquetas
de plástico.
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Reco-reco
- Está entre as chamadas miudezas da bateria e pelo menos quatro se encontram
na primeira fila. Trata-se de um cilindro de metal aberto em uma das extremidades.
Possui duas molas esticadas de ponta a ponta, na qual o músico raspa a
baqueta.
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Cuíca
- É a única que ainda leva materiais naturais: uma vara de bambu por dentro
com a ponta enfiada no couro de boi ou de cabra. Quando o ritmista esfrega
um pano ao longo do bambu, produz uma espécie de gemido ou ronco e, por
isso, também é chamada de roncador. As nove saem na primeira fila.
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Agogô
- Produz o som mais agudo da bateria. Chegam a somar nove, logo na frente.
É feito de dois copos cônicos moldados em ferro. O ritmista bate nos copos
alternadamente, com uma baqueta de madeira ou de metal.
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Caixa
- Faz o contrabalanço, ou seja, equilibra a batida produzida pelos outros
instrumentos, dando um recheio ao som. As 43 usadas podem ser do tipo
caixa de guerra ou tarol, que é mais fino.
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Chocalho
- Também conhecido como “rocar de platineta”, é um multiplicador dos efeitos
do antigo pandeiro sem pele. Posiciona-se numa larga fila no final. São
nada menos que 87.
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Ganzá
- São dois cilindros metálicos, com pedacinhos de alumínio dentro. Eles
estão ligados nas extremidades por duas chapas: o músico encaixa as mãos
nessas hastes e balança o instrumento para cima e para baixo, ritmadamente,
produzindo uma espécie de som de chuva. Os treze ficam entre os metais
da frente.
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Repique
- Entre os instrumentos pesados, trinta repiques pontuam a batucada. Ficam
cercado de caixas, perto de um surdo de terceira. Uma variação do repique
é o repinique, que possui duas peles e pode ser mais estreito.
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Pandeiro
- Com o crescimento da bateria, o som mais seco da batida no pandeiro
ficou impossível de se ouvir durante o desfile. Por isso, virou um instrumento
exclusivo do passista, que usa o pandeiro tanto para marcar o andamento
de seu próprio jeito de sambar como para descrever malabarismos - o mais
conhecido é girar o pandeiro sobre o dedo indicador apoiado bem no centro
da pele.
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Apito
- É a principal ferramenta do mestre e dos diretores de bateria. Servem
para reger a orquestração.
Do que depende a vitória
No
Rio de Janeiro, os jurados dão notas de 1 a 10 a quesitos com pesos iguais.
Aqui, estão numerados pela ordem de prioridade para o desempate.
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Tempo
- A escola deve passar em no mínimo 65 minutos e, no máximo, 80. Cada
5 minutos de atraso sobre o prazo máximo tiram um ponto da nota final.
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Bateria - Deve ter no mínimo 200
ritmistas. Sobressai quem unir técnica
e criatividade para levantar a arquibancada.
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Samba-enredo - Tem que contar o enredo ou comentá-lo, fugindo do lugar-comum.
Se for fácil de cantar e tiver refrões fortes, tanto melhor.
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Harmonia - Testa a capacidade da escola de desfilar sem buracos entre
uma ala e outra, sem correr ou amontoar os componentes.
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Evolução -
Esta nota depende da combinação perfeita entre coreografias,
canto e dança, de ponta a ponta.
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Enredo - É aqui que o carnavalesco sobe ou desce no ranking. Temas esdrúxulos
ou complicados perdem ponto.
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Conjunto - É o mais subjetivo dos quesitos: mede o grau de beleza e da
manutenção do nível estético ao longo do desfile.
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Alegoria e adereços - A escola deve trazer pelo menos seis e no máximo
dez carros alegóricos, além de mostrar acessórios originais.
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Fantasia - Outra prova de fogo para o carnavalesco. Chama a atenção quem
for mais criativo. Se fugir do enredo, a nota abaixa.
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Comissão de Frente - Ganha um 10 a escola que apresentar mais simpatia
para saudar o público.
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Mestre-sala e porta-bandeira - Perde ponto o casal que tropeçar ou ficar
parado. Também é grave deixar a bandeira bater no mestre-sala.
Dicas do desfile-padrão
O
que o mestre-sala e a porta-bandeira devem fazer.
O estandarte chegou:
O
casal é o símbolo da agremiação. Por isso, deve exibir a bandeira ao público
várias vezes ao longo da avenida. A porta-bandeira pára, o mestre-sala
pega delicadamente uma ponta do pavilhão e o estica.
Salve
simpatia!
O
momento de saudar os jurados é uma oportunidade para a dupla mostrar o
máximo de elegância. Enquanto ela faz um leve sinal de cumprimento com
a cabeça, ele faz uma reverência mais demorada, chegando ao chão.
Efeitos
especiais
O
“pião” é o único movimento da porta-bandeira e do mestre-sala que tem
um nome. É quando ela gira, para fazer a bandeira flutuar, enquanto ele
pula, salta e dança com leveza ao redor dela.
A linha de montagem do espetáculo
Todas
as etapas, mês a mês, que estão por trás do carnaval feito pelas grandes
escolas de samba do Rio de Janeiro.
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FEVEREIRO:
Assim
que termina o carnaval, é escolhido o carnavalesco que fará o próximo
desfile.
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MARÇO:
A
diretoria da escola aprova o enredo proposto pelo carnavalesco e avalia
os custos.
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ABRIL:
Os
compositores têm pouco mais de um mês para fazer o samba-enredo.
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MAIO:
O
carnavalesco leva à
escola maquetes dos carros alegóricos e desenhos das fantasias.
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JUNHO:
Quinze
sambas pré-selecionados vão a concurso na quadra. Os jurados são da escola.
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JULHO:
Com
o samba-enredo escolhido, o carnavalesco faz ajustes no seu projeto. Começam
os ensaios técnicos.
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AGOSTO:
Puxador
e ritmistas entram em estúdio para gravar o disco das escolas de samba.
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SETEMBRO:
O
barracão começa a construir alegorias e a confeccionar fantasias e adereços.
Os ensaios são abertos ao público.
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OUTUBRO:
Mestres-sala,
porta-bandeiras, velha guarda, e crianças, que ganham a fantasia da escola,
provam suas roupas.
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NOVEMBRO:
São
feitos ensaios com os protótipos de cada fantasia.
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DEZEMBRO:
Primeiros
ensaios fora da quadra: na rua, montam-se as alas e as coreografias.
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JANEIRO:
A
escola faz um ensaio-geral na Passarela do Samba, para cronometragem e
ajustes finais.
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