Candeia

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            A música sempre fez parte do cotidiano de Antônio Candeia Filho. Afinal, ainda menino, ouvia o pai – tipógrafo, flautista, boêmio e integrante de “comissões de frente” de escolas de samba cariocas – cantarolando dia e noite. E, se fechasse os olhos, podia lembrar-se do som das rodas de samba e de choro que freqüentou desde os seis anos de idade. Com esse passado musical, ninguém estranhou quando, seguindo o mesmo caminho paterno, Candeia também começou a tocar, cantar e compor. E muito menos quando ele se tomou um dos grandes nomes da Escola de Samba Portela.
            Candeia nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1935. Ainda criança, autodidata, aprendeu a tocar violão e cavaquinho. Em pouco tempo, participava das reuniões na casa de dona Ester, notório ponto de encontro dos sambistas do subúrbio de Oswaldo Cruz, onde faria amizade com Zé da Zilda, Luperce Miranda e Claudionor Cruz. Além da música, apenas duas coisas atraiam sua atenção: a capoeira e os terreiros de candomblé.
            Integrante da Portela. no início da década de 50. Candeia começou a fazer parte da Ala de Compositores da Escola. E, já em 1953, a Azul-e-Branco desfilou com um samba-enredo de sua autoria, Seis Datas Magnas, feito em parceria com Altair Marinho. Além de conquistar o público, a música conseguiu, pela primeira vez na história dos desfiles das escolas, a nota máxima do júri. Graças ao êxito, ainda na década de 1950, Candeia compôs, em co-autoria com Waldir 59. mais dois sambas-enredos para a Portela: Festas Juninas em Fevereiro, que garantiu um terceiro lugar, e Legados de Dom João VI, que trouxe mais um primeiro prêmio para a Escola.
            Na década de 60, o Rio de Janeiro desencadeou um processo de revitalização do samba “de raiz”, promovido especialmente pelo Centro de Cultura Popular da União Nacional dos Estudantes. E um dos locais mais importantes para encontro de sambistas e classe média foi o restaurante Zicartola, criado pelo compositor Cartola e sua esposa, Zica. Entre as várias atrações apresentadas pela casa estava o conjunto Mensageiros do Samba, dirigido por Candeia e que chegou a gravar um LP pela Philips.
            Mesmo com a intensa atividade de compositor. Candeia tinha grandes dificuldades para equilibrar o orçamento doméstico. Em busca de estabilidade financeira, em 1961, ingressou na Polícia Militar. Meses mais tarde, um tiro na espinha o deixaria paralítico e o obrigaria a se afastar da profissão. De volta à vida artística, compôs. com Paulinho da Viola. Minhas Madrugadas, música gravada pelo parceiro em 1966.
            Preso à cadeira de rodas, Candeia finalmente conseguiu realizar um antigo sonho: estreou como cantor, gravando seu LP de estréia em 1970. No mesmo ano, o conjunto Nosso Samba interpretou Dia de Graça, de autoria do compositor. Clementina de Jesus, que também lançava seu primeiro disco individual – Clementina, Cadê Você? – incluiu, no repertório, três composições de Candeia: Vai de Saudade, Os Partideiros e A Paz no Coração. Paulinho da Viola gravou Filosofia do Samba e Clara Nunes. Anjo Moreno e Seriorerê.
            De novo consagrado pelo sucesso popular, Candeia lançou mais dois discos. No primeiro, Seguinte... Raiz, cantava os sambas A Hora e A Vez do Samba e Vai Pro Lado de Lá. No seguinte. Roda do Samba n° 2. o destaque ficou para a música Acalentava. Morreu em 1978.

(Fonte História do Samba - Volume 22 - Editora Globo - 1998)

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