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"Verde que te quero rosa, semente viva do samba"

 
          Neste que foi o "século do samba", passamos pelas "quatro estações", vivemos muito mais que "as mil e uma noite cariocas", atravessamos "de Nonô a JK", fantasiamos o "mundo encantado de Monteiro Lobato", presenciamos o "grande presidente" e hoje comemoramos 72 anos de glórias.
          Hoje, procuramos "recordações do Rio antigo" e encontramos a genialidade de Cartola e Carlos Cachaça com seus versos imortais, a beleza musical do gênio Nelson Cavaquinho, a voz insuperável do intérprete Jamelão (ou se quiserem puxador), a batida da bateria que se conhece ao longe criada por Saturnino, o bailar leve de Neide e Delegado e toda a alegria de um povo negro e pobre, que descobriu na Estação Primeira de Mangueira um alicerce da sua cultura.
          E por falar em negros, a história deles se confundem com a da própria escola. Já passaram pela "casa grande e senzala", tiveram em "Dom Obá" um líder, contaram-nos "a história de um preto velho" e até hoje nos questionam: "100 anos de liberdade. Realidade ou ilusão"?". Alguns outros nos trouxeram "relíquias da Bahia", e sempre estarão no "carnaval de todos os tempos".
          Mas voltemos a falar de Mangueira e do samba, "festa de um povo". Neste 72 anos, fizemos muitas pessoas se apaixonarem pelo carnaval. Pedíamos "abram alas que eu quero passar", dissemos "Yes, nós temos Braguinha", mostramos que "o Olimpo é verde e rosa" e vimos que "dessa fruta eu como até o caroço". Por isso, "chega de demanda" porque o samba é união e a Mangueira é nossa "seiva da vida".
          Parabéns Mangueira
          "Se todos fossem iguais a você"

Marcos Capeluppi
(Publicado originalmente na lista Planeta Samba)

 

Artigo-144
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