Pediu
pra Pará, parou! Com a Viradouro eu vou...
1º Setor - A Formação
da Terra
Pará
é fruto de uma riqueza secular, magnífica e desconcertante. Um encanto,
que das cores dos desenhos e inscrições rupestres encontradas
em suas rochas e grutas, temos a certeza de que sua história é milenar.
De uma cultura marajoara, de um místico afã, de extrema brandura; pratos
rasos e com pedestais, tigelas, vasos, alguidares, estatuetas, chocalhos
e outros diversos utensílios cerâmicos pintado e decorado, erma os objetos
de sua "galeria" de esculturas.
De iconografia rupestre, vem a idade de sua trajetória, o papel
importante desempenhado por pajés nos cultos e rituais, ainda vivo na
memória; revela o universo pré-histórico paraense, o passado dos antigos
e primeiros habitantes deste "Estado-Nação", hoje abrindo,
para uma nova civilização.
A História de Pará como e de qualquer outro estado brasileiro, está
diretamente ligada a História do Descobrimento do Brasil. Um bravo momento!
No vai-e-vem dos mares, de lá pra cá, homens afortunados aportavam em
novas terras entre outros, o Pará, fora alvo da colonização, meio a
tanta confusão.
2º Setor - As Lendas
É! De boca em boca espalham-se
os segredos e mistério, cria-se a mitologia da região do Pará. Das águas
profundas dos rios e dos lagos e inteiro das matas paraense muitos são
os causos, estória e lenda que compõem o cenário mágico e imaginário
dessa literatura popular.
Têm a Matinta Perêre - com seu assobio estridente, que assusta
muita gente; o Mapinguari, fantástico ser da mata, ser peludo de um
olho só, verdadeiro caricata; o Tamba-Tajá, um índio macuxi, ser divino,
que se transformou numa planta de folhas triangulares de cor verde escura,
trazendo em seu verso um outra folha de tamanho reduzido, cujo
formato se assemelha ao órgão genital feminino; o Uirapuru, um fantasia
que vaga pela floresta, como um cervo garboso, com olhos de fogo e cruz
na testa.
As lendas e mistérios presente na cultura paraense é o vigor
de imensidão cultural do norte do Brasil, que se expande e enriquece,
seguindo uma diretriz, contribuindo para os cartões portais do Brasil.
Do forte do Castelo um critério, defender a ferro a fogo então cidade
de Santa Maria do Belém, hoje só Belém, dos invasores - franceses, ingleses,
holandeses - que aqui chegavam muito bem achando que essa terra não
era de ninguém.
Tua história é querida, pra um Brasil que tem a miscigenação como um
dos pontos de partidas. Índios, negros e brancos constituíram sua cultura
e ainda mantêm acesa a chama, dos seus seculares anos de vida.
De batalhas bem sucedidas a formação da terra ; fomentadas pelo desejo
de liberdade e de criação, a Cabanagem despencou pelas mãos dos que
eram submetidos à exploração. Eram negros, índios e mestiços da região,
por qualquer motivos mesmo sem razão, fizeram desse confronto a sua
maior rebelião.
Dos cabanos um legado curioso, mas no fundo uma boa lembrança. Apelidos
populares que circulam de boca em boca em tom de graça: João do Mato,
Mãe da Chuva, Gigante do Fumo, Domingos da Onça e o padre Batista que
completava a "pajelança".
3º Setor - O Folclore
O folclore é uma das manifestações
mais ricas da cultura popular. Músicas, danças, festas, mitos
dão ao Pará, sortidos imagens e movimentos a magia perfeita da bacia
amazônica e a força vibrante das raízes culturais do homem da
região. Tudo fez parte da sua tradição, até o jeito de ser paraense
que chama a atenção: a forma de falar, cantar, dançar ou vestir. Apesar
das influências do resto do país, o paraense não canse de se nutrir
do gosto das coisas da terra , a sua essência, que não lhe deixa partir.
Inúmeras são as festas populares da região paraense. Com um toque de
originalidade e acompanhado de suas danças tradicionais, ecoam nos quatros
cantos da região diversos ritmos do forró´p ao baião, tem Carimbó, a
Síria, o Lundú Marajoara, o Xoto Bragantino r Marajada e o tradicional
São João.
Pará, é um pedacinho desse imenso Brasil, nação continente de
um povo criativo cheio de contrastes e inocentes; capaz de gerar um
das culturas mais ricas no mundo - o folclore paraense.
4º Setor - O Mercado
Ver-o-Peso
Surgiu no século XVIII,
como um posto de fiscalização e tributos. Era a chamada Casa do Haver
o Peso, hoje é o lugar que vende de tudo, A maior feira
da América Latina; um mercado onde reúne o misticismo das ervas medicinais,
o colorido das diversas frutas e uma culinária típicas sem igual de
suave tempero e sabor original.
Das ervas medicinais uma particularidade do mercado aos rituais sagrados,
as ervas geram criatividade. Raízes aromáticas de encanto tradicional,
espalham-se entre ruas e vielas da cidade ou melhor de qualquer canto,
de qualquer lugar a sua fragrância está ar, caracterizado o "cheiro
da região do Pará"
Comida pra todo gosto, pro mais requinte paladar. Maniva pré-cozida,
tucupi, maniçoba, pirarucu, bacuri, tacacá. As frutas são tantas que
não é possível contar. Açai, tucumã, bacuri, pupunha, murici e castanha
do Pará.
Agora só bastar seguir as setas e, se deliciar do mais puro requinte
da cozinha do Pará. E tenham todos, um bom apetite.
5º Setor - A Ilha
de Marajó
Ilha de Marajó, na foz
do Rio Amazonas, é uma das primeiras referências quando se fala do estado
do Pará. É a maior ilha fluvio-marinha do mundo, considerando um dos
principais pólos ecoturísticos da Amazônia. Um patrimônio paraense digno
de orgulhar.
Do arquipélagos marajoara as regiões e campos naturais, zonas de matas,
e parias de rios e de mar. E tantas outras que compõem esse cenário
de beleza e fascínio sem iguais.
As águas dos rios são geralmente barrentas, o que dá um aspecto peculiar
às águas suas margens, junta-se a isso inúmeros outros recursos naturais
que dão a Marajó a riqueza de suas lindas paragens.
Mas, Marajó é assim, um recanto onde natureza foi caprichosa, e ao mesmo
tempo justa e jubilosa por dividir seus encantos por todos os 16 municípios
que estão no arquipélago como se fosse em verso e prosa; tornando-se
a um pedaço da Amazônia, privilegiado, que representa o portão de entrada
do turismo do Estado.
Um ilha com um fauna e flora variada, com destaque para os guarás tuiuiús,
saracuras, maguarís, marrecos, anus-pretos, patos selvagens, papagaios,
colheiros e araras. Tudo em perfeita sintonia com o verde das matas,
fazem de Marajó o seu berçário natural. Conhecer Marajó é ter certeza
de que a ilha fica o paraíso. Um lugar tão lindo que somos capazes de
perder o juízo. E pra todo sempre, então admirar as manadas de búfalos
da região.
De um jeito ou de outro, o que vale mesmo é conhecer e curtir a ilha
de Marajá, um das regiões do planeta onde a beleza não foi poupada e
sim contemplada pela natureza... Marajá é orgulho de ser paraense!
6º - Setor - O Caminho
da Fé
O Pará é o resultado de
uma mistura de cores e imagens do ritmos e de raças convivendo harmoniosamente...
Lugar onde o sagrado e o profano são abençoados, numa procissão de fé
- marco da religiosidade paraense, que entrou para a história como a
Círio de Nazaré". Sem falar dos tapetes ornamentais da procissão
de Corpus Christi que também o divinizam de forma espetacular.
Pará é uma manifestação de fé, que arrasta multidões pra o der vier...
São romeiros, beatos e promesseiros, vem gente de todo lugar, na esperança
de alcançar a bendita graça. Uma procissão de forte simbologia representada
pela "corda" - o elo de ligação entre a Santa e seu povo,
durante toda romaria.
Entre cânticos e ladainhas, a festa ou o círio, que acontece a
cada ano, tem o seu lado profano. Depois de muita oração com fervor
e fé, nada melhor do que um bom arrasta pé. refiro-me ao Arraial de
Nazaré. Mas como quiser, na mesma região acontece o Auto do Círio, uma
adaptação do círio do religioso para o teatro de rua. Quando tudo parece
ter chegado ao fim, a apresentação das "Filhas da Chiquita Bacana",
é algo assim: mistura prazer e erotismo, anarquista e arte. Celebrando
o amor à vida, a multidão canta, dança, ri e paquera, isto faz a sua
parte.
Em meio a fé meio profano o Pará mantém sua tradição; têm "Círios"
todos os anos. Mas de um jeito ou do outro, o destino é um só: o caminho
da fé.
O G.R.E.S Unidos do Viradouro,
pede passagem para contar e cantar numa "procissão popular"
o acervo cultural e religioso de lendas e tradições e belezas
naturais que fazem do Pará, um Estado atraente e singular. E num ritmo
apoteótico, trazer a magia, embalada pelos encantos de fantasias e,
mostra que o Pará é um "mar" de alegria...