FICHA TÉCNICA 2004

 

Carnavalesco     Mauro Quintaes
Diretor de Carnaval     Dejahyr dos Santos
Diretor de Harmonia     Vanderlei Borges Ramos
Diretor de Evolução     Vanderlei Borges Ramos
Diretor de Bateria     Moacyr da Silva Pinto (Mestre Ciça)
Puxador de Samba Enredo     Dominguinhos do Estácio
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     André de Souza e Patrícia Gomes de Souza
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Márcio dos Santos Neri (Marcinho Simpatia) e Simone Francisca dos Santos Pereira
Resp. Comissão de Frente     Deborah Colker
Resp. Ala das Baianas     Tia Linda
Resp. Ala das Crianças     Jorge Ferreira Mattos

 

SINOPSE 2004
Pediu pra Pará, parou! Com a Viradouro eu vou...

1º Setor - A Formação da Terra

          Pará é fruto de uma riqueza secular, magnífica e desconcertante. Um encanto, que das cores dos desenhos e inscrições rupestres  encontradas em suas rochas e grutas, temos a certeza de que sua história é milenar. De uma cultura marajoara, de um místico afã, de extrema brandura; pratos rasos e com pedestais, tigelas, vasos, alguidares, estatuetas, chocalhos e outros diversos utensílios cerâmicos pintado e decorado, erma os objetos de sua "galeria" de esculturas.
          De iconografia rupestre, vem a idade de sua trajetória, o papel  importante desempenhado por pajés nos cultos e rituais, ainda vivo na memória; revela o universo pré-histórico paraense, o passado dos antigos e primeiros habitantes deste "Estado-Nação", hoje abrindo, para uma nova civilização.
          A História de Pará como e de qualquer outro estado brasileiro, está diretamente ligada a História do Descobrimento do Brasil. Um bravo momento! No vai-e-vem dos mares, de lá pra cá, homens afortunados aportavam em novas terras entre outros, o Pará, fora alvo da colonização, meio a tanta confusão.

2º Setor - As Lendas

          É! De boca em boca espalham-se os segredos e mistério, cria-se a mitologia da região do Pará. Das águas profundas dos rios e dos lagos e inteiro das matas paraense muitos são os  causos, estória e lenda que compõem o cenário mágico e imaginário dessa literatura popular.
          Têm  a Matinta Perêre - com seu assobio estridente, que assusta  muita gente; o Mapinguari, fantástico ser da mata, ser peludo de um olho só, verdadeiro caricata; o Tamba-Tajá, um índio macuxi, ser divino, que se transformou numa planta de folhas triangulares de cor verde escura,  trazendo em seu verso um outra folha  de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino; o Uirapuru, um fantasia que vaga pela floresta, como um cervo garboso, com olhos de fogo e cruz na testa.
          As lendas  e mistérios presente na cultura paraense  é o vigor de  imensidão cultural do norte do Brasil, que se expande e enriquece, seguindo uma diretriz, contribuindo para os cartões portais do Brasil.
          Do forte do Castelo um critério, defender a ferro a fogo então cidade de Santa Maria do Belém, hoje só Belém, dos invasores - franceses, ingleses, holandeses - que aqui chegavam muito bem achando que essa terra não era de ninguém.
          Tua história é querida, pra um Brasil que tem a miscigenação como um dos pontos de partidas. Índios, negros e brancos constituíram sua cultura e ainda mantêm acesa a chama, dos seus seculares anos de vida.
          De batalhas bem sucedidas a formação da terra ; fomentadas pelo desejo de liberdade e de criação, a Cabanagem despencou pelas mãos dos que eram submetidos à exploração. Eram negros, índios e mestiços da região, por qualquer motivos mesmo sem razão, fizeram desse confronto a sua maior rebelião.
          Dos cabanos um legado curioso, mas no fundo uma boa lembrança. Apelidos populares que circulam de boca em boca em tom de graça: João do Mato, Mãe da Chuva, Gigante do Fumo, Domingos da Onça e o padre Batista que completava a "pajelança".

3º Setor  - O Folclore

          O folclore é uma das manifestações mais ricas da cultura  popular. Músicas, danças, festas, mitos dão ao Pará, sortidos imagens e movimentos a magia perfeita da bacia amazônica e a força vibrante das raízes culturais  do homem da região. Tudo fez parte da sua tradição, até o jeito de ser paraense que chama a atenção: a forma de falar, cantar, dançar ou vestir. Apesar das influências do resto do país, o paraense não canse de se nutrir do gosto das coisas da terra , a sua essência, que não lhe deixa partir.
          Inúmeras são as festas populares da região paraense. Com um toque de originalidade e acompanhado de suas danças tradicionais, ecoam nos quatros cantos da região diversos ritmos do forró´p ao baião, tem Carimbó, a Síria, o Lundú Marajoara, o Xoto Bragantino r Marajada e o tradicional São João.
          Pará, é um pedacinho  desse imenso Brasil, nação continente de um povo criativo cheio de contrastes e inocentes; capaz de gerar um das culturas mais ricas no mundo - o folclore paraense.

4º  Setor - O Mercado Ver-o-Peso

          Surgiu no século XVIII, como um posto de fiscalização e tributos. Era a chamada Casa do Haver o Peso, hoje é o lugar que vende de tudo,  A maior feira  da América Latina; um mercado onde reúne o misticismo das ervas medicinais, o colorido das diversas frutas e uma culinária típicas sem igual de suave tempero e sabor original.
          Das ervas medicinais uma particularidade do mercado aos rituais sagrados, as ervas geram criatividade. Raízes aromáticas de encanto tradicional, espalham-se entre ruas e vielas da cidade ou melhor de qualquer canto, de qualquer lugar a sua fragrância está ar, caracterizado o "cheiro da região do Pará"
          Comida pra todo gosto, pro mais requinte paladar. Maniva pré-cozida, tucupi, maniçoba, pirarucu, bacuri, tacacá. As frutas são tantas que não é possível contar. Açai, tucumã, bacuri, pupunha, murici e castanha do Pará.
          Agora só bastar seguir as setas e, se deliciar do mais puro requinte da cozinha do Pará. E tenham todos, um bom apetite.

5º  Setor - A Ilha de Marajó

          Ilha de Marajó, na foz do Rio Amazonas, é uma das primeiras referências quando se fala do estado do Pará. É a maior ilha fluvio-marinha do mundo, considerando um dos principais pólos ecoturísticos da Amazônia. Um patrimônio paraense digno de orgulhar.
          Do arquipélagos marajoara as regiões e campos naturais, zonas de matas, e parias de rios e de mar. E tantas outras que compõem esse cenário de beleza e fascínio sem iguais.
          As águas dos rios são geralmente barrentas, o que dá um aspecto peculiar  às águas suas margens, junta-se a isso inúmeros outros recursos naturais que dão a Marajó a riqueza de suas lindas paragens.
          Mas, Marajó é assim, um recanto onde natureza foi caprichosa, e ao mesmo tempo justa e jubilosa por dividir seus encantos por todos os 16 municípios que estão no arquipélago como se fosse em verso e prosa; tornando-se a um pedaço da Amazônia, privilegiado, que representa o portão de entrada do turismo do Estado.
          Um ilha com um fauna e flora variada, com destaque para os guarás tuiuiús, saracuras, maguarís, marrecos, anus-pretos, patos selvagens, papagaios, colheiros e araras. Tudo em perfeita sintonia com o verde das matas, fazem de Marajó o seu berçário natural. Conhecer Marajó é ter certeza de que a ilha fica o paraíso. Um lugar tão lindo que somos capazes de perder o juízo. E pra todo sempre, então admirar as manadas de búfalos da região.
          De um jeito ou de outro, o que vale mesmo é conhecer e curtir a ilha de Marajá, um das regiões do planeta onde a beleza não foi poupada e sim contemplada pela natureza... Marajá é orgulho de ser paraense!

6º - Setor - O Caminho da Fé

          O Pará é o resultado de uma mistura de cores e imagens do ritmos e de raças convivendo harmoniosamente... Lugar onde o sagrado e o profano são abençoados, numa procissão de fé - marco da religiosidade paraense, que entrou para a história como a Círio de Nazaré". Sem falar dos tapetes ornamentais da procissão de Corpus Christi que também o divinizam de forma espetacular.
          Pará é uma manifestação de fé, que arrasta multidões pra o der vier...
          São romeiros, beatos e promesseiros, vem gente de todo lugar, na esperança de alcançar a bendita graça. Uma procissão de forte simbologia representada pela "corda" - o elo de ligação entre a Santa e seu povo, durante toda romaria.
          Entre cânticos e ladainhas, a festa  ou o círio, que acontece a cada ano, tem o seu lado  profano. Depois de muita oração com fervor e fé, nada melhor do que um bom arrasta pé. refiro-me ao Arraial de Nazaré. Mas como quiser, na mesma região acontece o Auto do Círio, uma adaptação do círio do religioso para o teatro de rua. Quando tudo parece ter chegado ao fim, a apresentação das "Filhas da Chiquita Bacana", é algo assim: mistura  prazer e erotismo, anarquista e arte. Celebrando o amor à vida, a multidão canta, dança, ri e paquera, isto faz a sua parte.
          Em meio a fé meio profano o Pará mantém sua tradição; têm "Círios" todos os anos. Mas de um jeito ou do outro, o destino é um só: o caminho da fé.

          O G.R.E.S Unidos do Viradouro, pede passagem para contar e cantar numa "procissão popular" o acervo cultural e  religioso de lendas e tradições e belezas naturais que fazem do Pará, um Estado atraente e singular. E num ritmo apoteótico, trazer a magia, embalada pelos encantos de fantasias e, mostra que o Pará é um "mar" de alegria...

Mauro Quintaes

 

SAMBA ENREDO                                                2004
Enredo     Festa do Círio de Nazaré
Compositores     Aderbal Moreira, Dario Marciano e Nilo Esmera Mendes
No mês de outubro
Em Belém do Pará
São dias de alegria e muita fé
Começa com intensa romaria matinal

O Círio de Nazaré
Que maravilha a procissão
E como é linda a Santa em sua berlinda
E o romeiro a implorar
Pedindo a Dona em oração
Para lhe ajudar

(Oh! Virgem)
Oh! Virgem Santa
Olhai por nós
Olhai por nós
Oh! Virgem Santa
Pois precisamos de paz

Em torno da Matriz
As barraquinhas com seus pregoeiros
Moças e senhoras do lugar
Três vestidos fazem pra se apresentar
Tem o circo dos horrores
Berro-Boi, Roda Gigante
As crianças se divertem
Em seu mundo fascinante
E o vendeiro de iguarias a pronunciar
Comidas típicas do Estado do Pará

Tem pato no tucupi
Muçuã e tacacá
Maniçoba e tucumã
Açaí e aluá

(No mês)