Sonhando
Se um dia fora rei
Pensando
Tanta coisa que nem sei
Comprou com malícia e imaginação
A sua alforria
Que um dia
Lhe deu o título de BarãoE o antigo sacristão de Catas-Altas
Ludibriando suas vítimas incautas
Com a morte do sogro – o capitão-mor
O esperto Coutinho
Amealhou sozinho
Gongo-Soco e o que tinha a redor
Para ostentar sua opulência
Herdades mandou levantar
Brumado-Casté
Santa Luzia e Sabará
Em cada banquete era um desperdício
Iguarias exóticas eram servidas
Em baixelas de ouro maciço
Dádivas que não eram comidas
Depois que vendeu Macaúbas
Sua riqueza acabou
Morreu na miséria o Barão
Que tanto dinheiro esbanjou
Quebrem taças
Levem ouro
Bebam vinho
Que vai acabar o tesouro
Sonhando... |