Brasil sem fronteiras
Justificativa:
A miscigenação é a mistura de
raças, de povos de etnias distintas. No Brasil, as relações
inter-raciais tiveram início com a chegada de colonizadores europeus e
sua integração com os índios e, posteriormente, com os escravos
africanos.
Entre os séculos XIX e XX, o Brasil recebeu milhões de
imigrantes europeus, principalmente italianos, portugueses e espanhóis,
seguidos por alemães e japoneses. Como consequência da variedade e da
combinação de raças no território brasileiro, estudos apontam que a
maioria da população brasileira é geneticamente mestiça, e mesmo uma
parte da população considerada branca carrega linhagens genéticas
africanas e ameríndias, além das européias.
Sinopse:
O início de novo tempo
Em 1500 , quando os Portugueses chegaram ás novas terras, a primeira visão do colonizador ao desembarcar o remete ás visões mitológicas da época. Descobriram um cenário jamais visto pela sua exuberância , com seus sons e suas cores instigando fortemente a imaginação dos que aqui vieram.
Os índios que habitavam o paraíso tropical, quando encontraram os colonizadores europeus vestidos com características nunca vista em sua frente, se assustaram devido a tantas informações visuais. Os portugueses, que tampouco viram tanto nudismo, começaram a perceber um estilo simples e inocente de vida, totalmente diferente da civilização européia .
Inicialmente, o contato do colonizador português com índio era de respeito. A troca de presentes mantinha o bom convívio. Os portugueses começaram a exploração do pau- Brasil, cuja tinta vermelha era comercializada para tingimento de tecido. Nesse caso foi utilizado o escambo, ou seja , os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até ás caravelas.
Mas aos poucos colonizador português começou a força o índio a ser escravizado e catequizado. Uma revolta sangrenta onde os indígenas lutavam até á morte contra a escravidão e na defesa de suas terras.
Já os jesuítas lutavam contra a escravização dos indígenas. Acreditavam que eles deveriam ser separados do convívio com europeus e dos vícios dos brancos. Embora bastante tolerantes com os costumes indígenas, os padres combatiam a antropofagia, a poligamia e o nomadismo.
Muitas barbaridades foram cometidas contra os índios do Brasil. As crianças indígenas eram tiradas á força das aldeias para receber educação nos colégios jesuíta. As mulheres indígenas eram capturadas e obrigadas a viver com soldados e colonos
portugueses. Assim surgiu mais uma etnia no Brasil. A união do branco com índio gerou o mameluco que também é chamado de caboclo.
A introdução do negro ao novo povo
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de cana-de-açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na áfrica para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar. Os comerciantes de escravos vendiam os africanos como se fossem mercadorias. Os mais saudáveis chegavam valer o dobro em relação aos mais fracos ou velhos.
O Transporte era feito de África para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Amontoados em condições desumanas muitos morriam antes de chegar ao Brasil. Durante a vigência da escravidão os negros africanos foram a principal mão de obra.
Já no século do Ouro (XVIII) alguns escravos compraram sua liberdade após adquirem a carta de alforria. Juntando alguns “trocados” durante toda a vida tornaram-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedade fechavam as portas para essas pessoas.
Com a extinção do tráfico negreiro, em 1850, houve a necessidade de contratar mão-de-obra livre para as regiões de cafeicultura. A solução foi recrutar imigrantes europeus que estava disposto a deixar seus países de origem em busca de melhores condições de vida e trabalho.
A introdução dos imigrantes ao novo povo
Após a abolição da escravatura, o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada para substituir os escravos, e a intenção de branquear o Brasil e europeizar a sua cultura, milhares de italianos, espanhóis e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café, nas indústrias e na zona rural do sul do país. No início do século XX também aportaram no Brasil os japoneses. Estes também buscavam os empregos nas fazendas de café.
O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes que teremos um leque enorme de resultados. Graças a todos eles temos um país de etnias diversas e de manifestações culturais sem igual. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.
A Cultura do novo povo
O Brasil, sem dúvida, exerce um fascínio imenso sobre as pessoas que o conhece ou têm um contato com a sua civilização, os seus ritmos e a sua gente. Manifestações culturais de todos os tipos:danças, músicas, culinária. Tanto quanto o sol e as praias, a diversidade e a gentileza das pessoas fazem parte da imagem que se tem do país. A famosa aquarela do Brasil, que representa a sua diversidade e as suas riquezas culturais, atrai e encanta quem a descobre. De fato, a população, muito mestiçada e muito alegre, conservou até hoje uma grande variedade de características e práticas culturais. Encontram-se ainda tradições de diferentes origens ancoradas no dia-a-dia de todos ou de parte dos brasileiros.
Autor: Raphael Torres
Carnavalescos: Alexandre Rangel e Thiago Borges
Bibliografia:
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Cotrim, Gilberto. História e consciência do Brasil. RJ:
Saraiva, 1997.
-
Ribeiro, Darcy. O Povo Brasileiro. SP: Cia das Letras, 1995.
-
Pinheiro, Liliana. O olhar dos viajantes 2. SP:Duetto, 2010.
-
Ribeiro, Darcy. Os índios e a civilização. SP: Cia das Letras,
1970.
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Coelho, Marcos de Amorim.
Geografia do Brasil. SP: Moderna,
1996.
Roteiro do desfile:
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1° Setor: O início de um novo povo |
Comissão de frente: O primeiro
contato do branco com o índio
Os índios que
habitavam o paraíso tropical, quando encontraram os
colonizadores europeus vestidos com características jamais vista
em sua frente, se assustaram devido a tantas informações
visuais. Os portugueses que também nunca viram tanto nudismo
começou a perceber um estilo simples e inocente de vida,
totalmente diferente do modo civilizatório europeu. |
1° Casal de Mestre- Sala e
Porta-Bandeira: As cores do Brasil
A
fantasia do primeiro casal de mestre sala e porta bandeira
representa as cores da bandeira do Brasil simbolizada nos
nativos indígenas. O verde representa as matas, o amarelo as
riquezas do Brasil, o azul o seu céu e o branco a paz que deve
reinar no Brasil. |
1ª Alegoria -
Abre-Alas: A visão do paraíso tropical
O Abre-Alas da Unidos da Villa Rica representa a
primeira visão do colonizador ao desembarcar, o remete às visões
mitológicas da época; descobrindo um cenário jamais visto pela
sua exuberância com seus sons e suas cores, instigaram
fortemente a imaginação dos que aqui chegaram. |
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Exploração do Pau-Brasil |
Comunidade |
A ala representa a exploração do
pau-brasil que contribuiu para escravização dos indígenas no
Brasil. Dando inicio ao ciclo da escravização. |
Quexada |
02 |
Jesuítas |
Comunidade |
A ala representa os
jesuítas que lutavam contra a escravização dos indígenas.
Acreditavam que eles deveriam ser separados do convívio com os
europeus e dos vícios dos brancos. |
Osvaldo |
03 |
Plantação de cana de açúcar |
Baianas |
A ala representa a plantação de cana-de-açúcar que deu inicio a mão de
obra escrava nos engenhos de açúcar. |
Tia Zuleida |
2o Setor: A introdução do negro
ao novo povo |
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Navio negreiro |
Comunidade |
A ala representa o
transporte dos navios negreiros que desembarcava trazendo mão de
obra dos negros africanos para o Brasil. |
Simone |
2° Casal de
Mestre- Sala e Porta-Bandeira: Afro-brasileiro
No Brasil, oficialmente, o termo
preto
designa racialmente e de acordo com a cor as pessoas que se
definem como pertencentes a esse grupo. O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística usa o nome
preto como nome oficial para essa cor/raça, sendo ela uma das
cinco definições oficiais usadas pelo povo brasileiro para se
definir, junto com
branco,
pardo,
amarelo e
indígena. O segundo casal de mestre sala e porta bandeira
representa os negros afros – brasileiros. |
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Extração do ouro |
Comunidade |
A ala representa a
extração do ouro onde alguns escravos conseguiam comprar sua
liberdade juntando alguns trocados durante toda sua vida. |
Moises |
06 |
Abolição da escravatura |
Passistas |
A ala representa a
abolição da escravatura onde escravos africanos conseguiram sua
liberdade após adquirirem a carta de alforria. |
Viviane |
07 |
Plantação de café |
Bateria |
A ala representa a plantação de
café onde foi o marco inicial para a contratação de mão-de-abra
livre dos imigrantes europeus. |
Juninho |
3o Setor: A introdução dos
imigrantes ao novo povo |
Tripé:
Misturas de raças num só coração
O tripé
em formato de um coração representa todos os paises que vieram
dos quatro cantos do mundo para se integrarem ao nosso povo e a
nossa cultura. Dando a introdução as alas das imigrações. |
08 |
Imigração italiana |
Crianças |
A ala representa os imigrantes
italianos, que vieram em busca de emprego nas fazendas de café,
nas industrias e na zona rural do sul do país |
Sandra |
09 |
Imigração espanhola |
Comunidade |
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Andre |
10 |
Imigração alemã |
Comunidade |
A ala representa os
imigrantes alemãs, que vieram em busca de emprego nas fazendas
de café, nas industrias e na zona rural do sul do país. |
Eduardo |
11 |
Imigração japonesa |
Comunidade |
A ala representa a imigração
japonesa que vieram no inicio do século XX em busca de emprego
nas fazendas de café. |
Gabriela |
4o Setor: A cultura do novo
povo |
2ª Alegoria: Caldeirão cultural
de norte a sul do Brasil
A segunda
alegoria representa a famosa aquarela do Brasil, que representa
a sua diversidade e a sua riqueza cultural, atrai e encanta quem
a descobre. De fato a população, muito mestiçada, muito alegre,
conservou até hoje uma grande variedade de características e
praticas culturais. |
12 |
Festa de Parintins |
comunidade |
O Festival Folclórico de Parintins
é uma festa popular realizada anualmente no último
fim de semana de junho na cidade de
Parintins,
Amazonas. A ala representa a região Norte do Brasil. |
Leticia |
13 |
Festa caipira |
Comunidade |
A festa caipira de
origem européia, é uma festa popular realizada anualmente no mês
de junho, sendo festejada tipicamente na região nordestina. A
ala representa a região Nordeste do Brasil. |
Oscar |
14 |
Festa do Divino Espírito Santo |
Comunidade |
É provável que o
costume de festejar o Espírito Santo tenha chegado ao Brasil já
nas primeiras décadas de
colonização. Hoje, a festa do Divino pode ser encontrada em
praticamente todas as regiões do país, apresentando
características distintas em cada local, mas mantendo em comum
elementos como a
pomba
branca e a santa
coroa.
A ala representa a região Cento-Oeste do Brasil. |
Rosa |
15 |
Carnaval |
Comunidade |
O carnaval chegou ao
Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas
carnavalescas que aconteciam na Europa. Hoje o carnaval pode ser
encontrado praticamente em todas as regiões do país. A ala
representa a região Sudeste do Brasil. |
Rosa |
16 |
Festa gaúcha |
Comunidade |
A festa gaúcha é de
origem européia, sendo festejada tipicamente na região Sul. A
ala representa a região Sul do Brasil. |
Oscar |
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