FICHA TÉCNICA 2003

 

Carnavalesco     Marco Antonio
Diretor de Carnaval     Marcelo Souza
Diretor de Harmonia     Haman
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Marco Antônio (Mestre Faísca)
Puxador de Samba Enredo     Nêgo Martins
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Alex e Kátia Kour
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     Luis Monteiro
Resp. Ala das Baianas     Zumeida
Resp. Ala das Crianças     Cleicy

 

SINOPSE 2003
Do Trigo da Terra... Arte do Pão

            Este enredo é uma grande massa de sonho, fantasia e emoção. Vamos entrar na arte dos pães, que é o alimento mais consumido no mundo e fornece a maior cota de energia e proteína necessária ao organismo.
            Acredita-se que os povos pré-históricos faziam pães achatados misturando farinha de cereais com água e assavam a massa resultante em pedras por ela aquecidas. Os egípcios inventaram o forno de barro e foram os primeiros a juntar líquido fermentado á farinha para que a massa crescesse. Haviam descoberto que o produto ganhava, com isto, sabor e leveza.Amassado com os pés, os pães egípcios era feito habitualmente de cevada. Somente os ricos comiam pão branco de trigo de primeira.
            Os gregos não inovaram muito na matéria, mas foram os primeiros a fabricar pães na Europa. Em Roma, fazia-se pão em casa. A tarefa cabia, inicialmente, às mulheres, mas depois passou a libertos que abriam padarias públicas. Os egípcios, gregos e romanos honravam os deuses e mortos com oferendas votivas com flores e pães. Nos países latinos ainda é costume trocar presentes de pães especiais, assados para este fim, no dia de Finados. É costume também celebrar com pães os festivos de natal e bodas.
            Os pães de casamento, verdadeiras obras folclóricas, não são comidos, mas guardados como lembrança. A adição de um excesso de farinha e sal pode tornar a massa tão dura quanto cimento. Desta forma, os pães são emoldurados, ornamentados e colocados nas cabeceiras dos noivos.
            Romanos e egípcios faziam distribuição regular de pão aos soldados. Em Roma, de grão ou farinha, de qualquer maneira era entendido como complemento do soldo. O costume perdurou na Idade Média. Mas com o fim do Império e da organização que tinha imposto ao mundo, desaparecem as grandes padarias e, na maior parte da Europa, voltou-se ao fabrico doméstico do pão. Os conventos e castelos tinham padarias. Os métodos eram antiquados, mas as cooperações de padeiros romanos tinham alguma força.
            Por volta do século XIII, já se vendia em Paris, para o consumo habitual, cerca de vinte variedades de pães, todavia, só com Maria de Médicis, no século XVII, que os modernos processos italianos de panificação foram introduzidos na França, que se tornou o centro da fabricação de pães de luxo. Depois a primazia passou a Viena. Até hoje o pão de Viena goza de grande nomeada. Os tipos mais estimados são os brioches e o famoso pão francês.
            O pão também é considerado um grande símbolo religioso, como o pão de Natal dos suíços em forma de estrela, o pão grego de Páscoa com ovos coloridos encrostados na massa. Na Ucrânia, pão decorado para o domingo da Ressurreição com uma grande cruz.O pão é considerado um símbolo da Igreja. O pão é como um sinal da aliança com Deus, esse pão oferecido exprime a comunhão ou a história entre Deus e seu povo.
            Através dos anos, as padarias foram-se difundindo, mas até início do século XX, a maior parte do pão consumido no Brasil era feita em casa, porém ambos os pães eram feitos manualmente, tanto o produzido comercialmente como o pão doméstico. A partir de 1920 as padarias começaram a ser mecanizadas e os entregadores de pães, que entregava, o pão a pé, passaram a charretes e depois bicicletas. Com a mecanização, foram formadas grandes padarias ou confeitarias, onde podemos encontrar e nos deliciar com uma grande variedade de pães.
            O pão também tem um sentido figurado em grandes ditos populares. Exemplo: "comer o pão que o diabo amassou", "pão duro" ou "aquele homem é um pão". Além disso, virou nome de pedra. Chama-se Pão de Açúcar, uma elevação íngreme no Rio de Janeiro, na entrada da baia de Guanabara, entre a enseada de Botafogo e Praia Vermelha. Tem trezentos e noventa e cinco metros de altura e constitui um ponto turístico da cidade. Com um bonde aéreo, cuja linha perfaz uma extensão de mil e quatrocentos metros, liga-o à praia Vermelha, através do morro da Urca. Do alto do Pão de açúcar tem-se uma bela vista panorâmica.

Marco Antonio

 

SAMBA ENREDO                                                2003
Enredo     Do Trigo da Terra... Arte do Pão
Compositores     Negozinho, J. Vieira e Robinho do Cavaco
A Villa Rica em poesia vem mostrar
Da terra o trigo
O pão é arte secular
Desde a pré historia
Hoje predomina no comercio popular
Veio do Egito com leveza saborosa
Para os gregos e romanos
Na Europa propagar
Com toque feminino
Ofertavam aos seus deuses
Para lhes glorificar

Os latinos até hoje
Mantém a tradição
Em suas cerimônias
Não pode faltar o pão

Tornou-se obra de arte
Emoldurado suvenir para os casais
Quinhão na Roma antiga
Na Idade Média seu costume perdurou
Ganhou castelo projetou se em Paris
Um brioche não dispenso
Um pão francês eu peco bis
Seja suíço, pão de queijo ou decorado
Que não falte em nossa mesa
Este alimento abençoado

O famoso pão de açúcar
Que seduz o mundo inteiro
Tá na vitrine
No meu Rio de Janeiro