FICHA TÉCNICA 2005

 

Carnavalesco
    Martinho da Vila, Joãosinho Trinta e Wagner Victer
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     Pery Aymoré
Diretor de Evolução     Wilson Vieira Alves
Diretor de Bateria     Amadeu Amaral (Mestre Mug)
Puxador de Samba Enredo     Anderson dos Santos (Tinga)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Raphael da Silva Rodrigues (Raphael) e Rute Alves Noronha (Rutinha)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Márcio Alves da Mota e Verônica Menezes da Silva
Resp. Comissão de Frente     Jaime Arôxa e Nelson Cristóvão
Resp. Ala das Baianas     Marlene Maria Bragança
Resp. Ala das Crianças     Aladyr Francisco Xavier

 

SINOPSE 2005

Singrando em mares bravios... E construindo o futuro

Sinopse:

          Altaneira e intrépida a Vila Isabel pede passagem.
          Reverencia Olukum, o Senhor dos Mares.
          E volta ao tempos bíblicos para contar a História da Navegação. Uma pomba branca retorna trazendo um ramo de oliveira. É o fim do dilúvio. Desponta uma belíssima aurora. Um esplendoroso arco-íris anuncia uma aliança entre os céus e as terras. Dentre as brumas, surge triunfante a Arca de Noé. Cheia de vida ela é o símbolo do renascer e o exemplo do saber popular que diz "Depois da tempestade vem a bonança".
          O tempo passa. Muitas civilizações aconteceram e algumas desenvolveram a navegação marítima. Destacou-se o Egito, assombrando o mundo com os altares a seus deuses e sua imensa sabedoria.
          Ao Norte, vindos de regiões frias, com poderosos barcos, os vikings invadiram a Europa e outras terras, alterando fronteiras e demarcando novas geografias. E o mundo teve certeza que era um globo terrestre com o início das grandes circunavegações. Tudo teve início em Portugal, na Escola do Infante Henrique de Sagres. As caravelas começaram a enfrentar os mares em busca dos caminhos para o Oriente. Todos sonhavam com seus fascínios e riquezas. E o Brasil foi descoberto.
          Os navegantes portugueses pensaram que tinham chegado nas índias orientais. Por isso chamaram nossa gente de índios.
          Obrigados ao trabalho forçado, nossos silvícolas revoltaram-se. Houve guerras.
          Os brancos europeus iniciaram uma das páginas mais dramáticas de nossa história, a escravidão negra. O horror dos navios negreiros.
          A resistência cultural do africano aconteceu. Trazendo no corpo, na alma e no espírito a força dos seus deuses e ancestrais. Em nossas terras, o negro pariu uma nova mãe África. Somos nós um Brasil miscigenado, buscando seu futuro glorioso. Houve luta.
          Mesmo proibida, a escravidão continuava a fazer seu maldito tráfico. No Norte, Francisco José do Nascimento, conhecido como o "Chico da Matilde", chamado também de "O Dragão do Mar", recusa-se a fazer o desembarque de novos escravos. É a chamada Revolta dos Jangadeiros. Além dele, há outros heróis.
          O pulso firme e a mente brilhante fizeram do Almirante Tamandaré uma figura admirada e respeitada. Sua imagem lembra um majestoso cisne branco, navegando em noite estrelada, esperando um novo dia raiar.
          Um outro grande vulto nacional é o Barão de Mauá, que iniciou a indústria naval no Brasil, que hoje retoma seu fôlego construindo até plataformas em alto mar. A construção de navios de médio e grande porte emprega centenas de pessoas das mais diferentes categorias. Estimula a formação de novos profissionais. O transporte marítimo, pelas suas facilidades, traz inúmeras vantagens em várias direções. É um atestado de nossa capacidade de planejar e realizar.
          Atualmente, cruzeiros marítimos de luxo trazem até nós turistas que ficam maravilhados com as potencialidades deste país.
          Aplaudem a força de nossa cultura popular, onde se destaca o Carnaval, hoje considerado como o Maior Espetáculo da Terra.
          Através dos mares o Brasil cresceu. De caravelas a modernos transatlânticos escrevemos uma trajetória. A retomada da construção naval garantirá avanço altamente promissor à nação. E na vibração e entusiasmo de seu Carnaval a Vila Isabel exalta os milênios de navegações singrando os oceanos, rumo ao futuro.
          Que toquem bem alto os tambores, repeniques e agogôs...
          Girem queridas baianas e sestrosas mulatas!
          Imponente, vai desfilar a tradicional Escola do bairro de Noel, pois "sambar na avenida, de azul e branco é o nosso papel, mostrando pro povo que o berço do samba é em Vila Isabel".

 

Martinho da Vila, Joãosinho Trinta e Wagner Victer

 

SAMBA ENREDO                                                2005
Enredo     Singrando os mares e construindo o futuro
Compositores     André Diniz, Prof Niltão, Sidney Sã e Miguel BD

Olukum...
Abre caminhos no mar, pra minha Vila passar
Depois da tempestade
Branca, paz, felicidade a bonança
O azul retorna a seu lugar

O povo de Noel
singra a história em direção
A Arca de Noé que navegou pra salvação

Do egito navegou
Cultura milenar
A fria região
O Viking a velejar
A proa de ambição
Fez brilhar

Caravela, leve a Vila... Oriente
O paraíso é aqui
Vem descobrir
O feitiço dessa gente

Lágrimas
Corriam o semblante negro
Oceano de lamento dos tumbeiros
Jangadeiros
sob a bravura de um "Dragão"
Negavam Desembarcar a escravidão
Num Cisne Branco flutua
A luz do Almirante
Em noites de lua
O Barão de Mauá
Se fez pioneiro
Na Construção Naval
que volta a soprar
De cada estaleiro
ventos à Indústria Nacional

É Carnaval um rio de prazer
Cada turista que chegar vai ver
É lindo a Vila balançando nas ondas do mar
Rumo a vitória navegar