FICHA TÉCNICA 2006

 

Carnavalesco      Marcos Calheiro, Mauro Valentim, Jorge Carnaval e Celso Almeida
Diretor de Carnaval     Luiz Carlos Guimarães
Diretor de Harmonia     Amilton César Portella e Ivanildo
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Renato (Mestre Bi)
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Julio Cesar Menezes e Winnie Lopes
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Jorge Gonçalves e Samanta Lopes
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     Celeste
Resp. Ala das Crianças     José Cosme Gomes

 

SINOPSE 2006

A mão que varre esse chão segura com firmeza essa nação

Introdução:

          Todos os anos assistimos  as coreografias realizadas com desenvoltura pelo cidadão, torcedor da União da Ilha do Governador e trabalhador da Empresa Municipal de Limpeza Urbana, Renato Sorriso. O gari oficial da passarela do samba. Seus gestos representam uma cultura de comunicação que sintetiza o verdadeiro espírito carioca/brasileiro.
          A mensagem enviada ao público da Marquês de Sapucaí, através da sensibilidade e gingado contagiantes deste trabalhador, traduz a importância de desenvolver prazerosa e competentemente, as atribuições da profissão escolhida seja ela qual for.
          Em 2006, a Unidos do Cabuçu, presidida pela nova administração de Waldir Merchioro, consciente do seu papel cultural no carnaval, terá o orgulho de desenvolver o enredo “A mão que varre esse chão, segura com firmeza essa nação”. Uma exaltação as profissões que mesmo discriminadas pelas elites, são à base da pirâmide sócio-econômica deste país.
          Estes trabalhadores entusiasmados, éticos e profissionais serão os ícones de referencia do povo brasileiro, muitas vezes sofrido, humilhado e oprimido mas que todos os dias, ergue suas mãos com firmeza na esperança de um novo amanhã para si mesmos e seus descendentes. Excepcionalmente, alguns setores da  nossa  sociedade, ao contrário de outras, possui valores e costumes preconceituosos  em relação a grande massa trabalhadora. Mas a Unidos do Cabuçu, numa atitude de reconhecimento e gratidão, homenageará estes trabalhadores, peças fundamentais na formação da grande engrenagem que move esta nação.
          A concepção do enredo no desfile será iniciada transformando o lixo em riqueza, homenageando os garis e seus afazeres. Atualmente, o processo de separação e reciclagem do lixo é de suma importância para o melhoramento da qualidade de vida nos grandes centros urbanos e preservação do meio-ambiente.
          As lavadeiras e arrumadeiras serão veneradas como símbolos do lar,  pela dedicação aos trabalhos domésticos.
          Lembraremos a influência externa em nossa política econômica, que ajuda a difundir a miséria e o desemprego. Discutiremos a falta de investimentos sociais, a corrupção que persiste entre nossos representantes políticos, a globalização, a abertura da economia ao capital externo e a  política de juros altos que dificultam a criação de empregos, aumentando  conseqüentemente, o poder de criatividade do povo brasileiro para sobreviver, dando origem assim os trabalhadores informais. Ao mesmo tempo, a classe menos abastada torna-se cada vez mais incapaz de viver com um mínimo de dignidade. A falta de investimentos em moradia, saúde e educação ajudam na proliferação do povo de rua e sua miserabilidade.
          Retrataremos o homem do campo, com sua  simplicidade e cidadania resgatando sua dignidade por meio da reforma agrária.
          Enfim, o povo brasileiro do interior, das camadas mais pobres, das periferias das cidades, das profissões mais simples, serão  vistos como grandes heróis da nação tupiniquim, reivindicando, direitos e oportunidades iguais independente de raça, credo, ou classe social. Veremos com humor e seriedade a união e a força dos menos favorecidos interferindo na construção da história deste país chamado Brasil.

Sinopse:

          Este enredo foi criado, baseado e pensado nas coreografias apresentadas pelo "gari Renato Sorriso", que alegra as arquibancadas na Marquês de Sapucaí.
          Com suas gingas e seu sorriso pleno, nos leva a crer que, qualquer que seja sua profissão, ser alegre é importante e exercê-la bem é ponto primordial.
          Dentro dessa postura é necessário observar que apesar de alegrar as arquibancadas, aparecer em jornais e TV, a sua profissão é considerada por muitos como de segunda, afinal, é um "gari (lixeiro)".
          Ainda preso nesse preconceito, temos a necessidade de falar de profissões consideradas de segundo escalão, porém, formam a base da pirâmide social.
          Esse segundo escalão, preconceituado, é o que sustenta com toda a força de trabalho duro e árduo, o topo da pirâmide.
          É graças a essa gente maravilhosa, que poucos estão no poder vivendo as custas do suor e mãos calejadas desse povo.
          Entre esses trabalhadores, transformamos "Renato Sorriso" em rei dos oprimidos, com toda sua corte de garis. Abrindo o desfile, seguindo-se pela pirâmide social, que numa correlação de imaginação, transformamos a mesma, em uma pirâmide com seu faraó brasileiro ( políticos ).
          Esses políticos que brincam de fazer política na capital, sendo sempre os mesmos, e nada fazendo pelo povo brasileiro, o premiam ainda com a fome, miséria, doença e morte.
          Esses políticos, dominados pela ganância e egoísmo, se deixam envolver pelo capital americano, esquecendo-se de onde vieram.
          Vendo todos esses oprimidos, podemos mostrar a diferença que existe na nossa sociedade.
          O terceiro carro, nos mostra um condomínio de luxo e uma favela interligados.
          Dessa forma, nos promove a questionar o preconceito social e racial.
          Esse fato, lembra-nos uma dança típica chamada "lundu", onde os negros se fingiam de brancos.
          Modernizando a idéia, temos brancos fingindo-se de negros (luxo – negro pintado de branco; pobreza – branco pintado de preto).
          A situação mostrada é para indicar que ambos os preconceitos são esquecidos em 4 dias de folia.
          Logo, podem ser esquecidos no nosso "dia a dia".

Celso Almeida, Jorge Carnaval, Marcos Calheiros e Mauro Valentim

ENREDO: “ A mão que varre este chão, segura com firmeza essa nação “.
RESP. ALA DAS BAIANAS: Celeste
RESP. ALA DAS CRIANÇAS:

 

SAMBA ENREDO                                                2006
Enredo     A mão que varre esse chão segura com firmeza essa nação
Compositores     Marcelo Rodrigues, Neca Bittar, J Carlos, Vinicios, Willian, J Grande e Luiz Maia

Sorria meu povo
Podem aplaudir
Hoje Renato encanta,
Sacode e balança
O rei dos oprimidos e um gari
Todos simples operários
Que vão cedo pro trabalho
Pra família sustentar
Senhor político Poe a mão na consciência
De um basta a violência
Faca o Brasil melhorar

E brincadeira,eleito de novo
Não fez nada pelo o povo
Deixando se levar a ganância
Um capital do tio Sam

Nesses quatros dias de folias
Vou vestir minha fantasia
Sem o preconceito social
Que o luxo junte com a pobreza
Modernizando a beleza
Lundu e dança e união

Vou varrendo eu vou varrendo amor
Vou varrendo esse chão
Sou cabuçu e prego a paz
Pra firmeza da nação