FICHA TÉCNICA 2003

 

Carnavalesco     Luiz Carlos Guimarães
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2003
 Cores Brilhos e Fantasias, Abram Alas para a Folia

            Foi a partir da guerra do Paraguai que se introduziu no Brasil o atual carnaval. Antigamente era o entrudo (festa de origem européia), a água, a farinha de trigo e polvilho que faziam alegria de todos. Com o tempo o entrudo foi proibido em algumas cidades. Pretendia-se transformar a festa, numa comemoração de elite.
            A maior festa do carnaval carioca, "As escolas de samba", descem o morro cantam e dançam nas ruas com seus personagens e falam de acontecimentos da nossa história através de sambas enredos. Com suas cores virtuosas, com seus brilhos ofuscantes e fantasias deslumbrantes, saúdam o povo e pedem passagem para folia.
            Inspirado na antiga comédia italiana "Dell Arte" trazem para nosso carnaval personagens marcantes, entre eles: Arlequim, fantasia carnavalesca que tinha a função de divertir o público; Colombina, principal personagem feminina da comédia, amante ou esposa de Arlequim, namoradeira, alegre, fútil e bela; Pierrô, personagem ingênuo e sentimental, transportado para o teatro francês e depois para o da pantomima (arte ou ato de expressão por meio de gesto, mímica).
            Além destes, existem uns personagens que trazem fantasias multicoloridas, como por exemplo: o palhaço, que participa de espetáculo circense e em outros, se veste de maneira grotesca e faz pilhérias (piadas) e momices (trejeitos, caretas) para divertir o público; o povo cigano, que usa as cores com diferenciação, pois são delas que extraem forças para dar continuidade em suas missões.
            E, além disso, podemos observar as cores por seus aspectos visuais. Em se tratando de cores, não podemos esquecer das nossas tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas nas suas lendas, canções e costumes. Isso tudo se resume no folclore brasileiro e suas principais regiões, tais como: o Maranhão, Sergipe, Centro-Sul, Santa Catarina e o Amazonas.
            Bumba-meu-Boi do Maranhão é o mais rico de todo o Brasil, os brincantes passam o ano todo preparando suas vestes para os festejos. Há traje típico do "Vaqueiro do Boi Maranhense" nota-se a influência das três etnias. O bumba-meu-boi é um auto popular com muitos personagens, os nomes variam de região para região. O mesmo é dividido em três categorias: o Boi-de-Matraca, o Boi-de-Ilha e o Boi-de-Orquestra. O mais expressivo é o Boi-de-Matraca onde todos acompanhantes participam batendo pares de tabuinhas. A Matraca, os grandes pandeiros, os chocalhos e a cantoria fazem com que de longe se possa escutar todo o barulho. O Boi-de-Ilha é o dezabumba. Acompanhado por atabaques e tantãs é mais lento, de acentuado sabor africano. O Boi-Orquestra apresenta influencias modernas, pois não é tão puro. O Reisado foi introduzido no Brasil Colônia pelos Portugueses. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública e a rua. No reisado encontramos alguns personagens que se apresentam também no Bumba-meu-Boi. As figuras são variadas: Rei, Rainha, Mestre, Guias, Mestra, Palhaço, Embaixadores, Embaixatriz, Governador, Índio Peri, Sereia e os chapéus dos participantes são ricamente enfeitados. Há cópias de tiara do papa, reproduções de fachadas de igrejas, com suas torres e etc. Material este que levam meses e meses para sua confecção, são peças enfeitadas de fitas coloridas, de estrelas e de espelhinhos (os espelhinhos têm uma finalidade mágica e funciona como um amuleto. Servem para o choque de retorno. Todo o mal, os maus olhados e os maus desejos que baterem nos espelhos voltarão contra quem os desejou).
            A Dança das fitas é uma tradição milenar, é uma dança pagã das árvores de maio, da arqueocivilização. Fazem um pau de fita cujo mastro é sustentado no centro da dança. Da ponta do mastro saem pares de fitas que são seguradas por pessoas para começar a dança. Em Santa Catarina, antes da dança das fitas, executam a dança da jardineira, em que pares de dançadores conduzem o arco enfeitado de flores. Fazem diversas figurações com os arcos.
            Os Brasileiros do Centro-Sul do país continuam a comemorar as duas festividades (Festa da Natividade, com as festas da Epifânia) numa só. Nas Folias de Reis, em alguns grupos aparecem os mascarados, palhaços, Pai Juão, Catirina, Mocorongo e Bastião, eles são chamados de espiões do Rei Herodes. As folias percorrem as casas da cidade, onde os foliões entram e são bem recebidos.
            O Boi, desde as mais remotas eras da humanidade, tem constituído motivo para bailados, cerimônias e cultos. O Boi-Bumbá é uma das variações do Bumba-meu-Boi, bailado largamente praticado nas nossas terras é uma das mais antigas formas de distração popular, folguedo noturno, recreação sadia do povo. Foi sem dúvida introduzido pelos colonizadores europeus, sendo a primeira expressão do teatro popular brasileiro praticado em diversas partes do Brasil, toma nomes diferentes de acordo com cada região. Bumba-meu-Boi, Boi-Bumbá, Boi-Calemba, Boi-de-Reis, Boi-Mamão, Boizinho, Boi-Jaraguá e Boi-Pintadinho. Há um bailado popular que atrai a atenção do povo, e sua época varia: "No Nordeste sai nas festas Natalinas, e do Norte nas festas Juninas".
            Com este enredo, venho mostrar através de suas fantasias e adereços um hábito que virou tradição nas nossas folias, buscando no nosso folclore, vestes multicoloridas e tradições que hoje fazem parte dos costumes do nosso povo brasileiro.

Luiz Carlos Guimarães

 

SAMBA ENREDO                                                2003
Enredo     Cores Brilhos e Fantasias, Abram Alas para a Folia
Compositores     Robson, Paulo Figueiredo, Paulinho da Área e Carlos Júnior

Terra
Abençoada e cheia de luz
Onde o samba é alegria
Pelos quatro cantos tem folia
É bom recordar como surgiu
Pierrô, Arlequim e Colombina
Numa longa viagem
O entrudo rompeu fronteiras
Enriquecendo o folclore brasileiro
Boi-bumbá, dança das fitas e a festa do reisado

Bumba-meu-boi do Maranhão
A sua dança me contagia
Bailando ao som dos atabaques e pandeiros
Parece sonho é pura magia

Nos braços dessa poesia
Bate bateria minha emoção
Com cores, brilhos e fantasias
Abram alas pra folia
Que a Cabuçu veio mostrar seu chão

Como é lindo o azul do mar
O branco, a paz e a esperança pairam no ar
Prateando a noite pra quem quer amar
A dendeca faceira alegrando o olhar