Vinho, Néctar dos Deuses, a Celebração da Vida
Justificativa:
De onde vem o vinho?
Ninguém sabe, ninguém viu!
Mas temos, mergulhando na Mitologia, um deus que de vinho, tudo sabe! Pois ele é Dionísio, ou Baco, deus desta bebida tão especial como as sensações por ela causadas. Por isso Baco também é o deus da alegria e das artes (delírios e criações)!
Então, que seja Ele o portador e divulgador de nosso Enredo, mostrando suas andanças e de seus vinhos pelo mundo e seus ensinamentos nas grandes civilizações antigas, até o apogeu da bebida, na Grécia.
Rejeitado ou enaltecido, em sua viagem o vinho foi amadurecido em Roma, apadrinhado pela Igreja Cristã, na Idade Média, desprezado pelo Islamismo e fortalecido no Renascimento.
Com sua rica trajetória, o vinho embarcou em naus, na época das Grandes Navegações, chegando ao Mundo Novo, onde suas vinhas se aclimataram e hoje tem suas boas qualidades.
No Brasil, exigente como é, só se criou com os imigrantes italianos, no sul do país! Deus lhes pague!!! Mas, atualmente, também se agradou com o solo e clima do rio São Francisco, na região de Petrolina/PE.
Inspirador de grandes obras artísticas, das artes-plásticas ao teatro, seu deguste também assegura a manutenção da saúde, proporcionando uma melhor qualidade de vida, sabendo-se que o Ministério da Saúde adverte: Beber (muito) provoca... alegria em dobro!!!!
Então, a exemplo de seu deus, o vinho representa a celebração da vida, presente em todas as cerimônias e festas comemorativas. Em nosso país, sua homenagem maior é a Festa da Uva, realizada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, com apresentação de alegorias e rainhas, a exemplo de nossa festa de hoje, o Carnaval.
Então, vamos todos sambar e bebericar, chamando o povão da Sapucaí a participar desta grande homenagem ao vinho, mas, antes, pedimos licença e bênção ao grande DEUS DIONÍSIO, ou BACO!
Io Evoé!!!
Tim... Tim! Saúde!
Introdução:
Não se pode
apontar precisamente o local e a época em que o vinho foi feito pela
primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda.
Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído,
potencialmente, torna-se um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar
para ser inventado: ele estava lá, onde quer que as uvas fossem colhidas
e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.
Sendo assim, o G.R.E.S. Unidos de Padre Miguel,
independentemente de teses e estudos arqueológicos, apresenta seu enredo
evocando o deus do vinho Dionísio, ou Baco, que, hoje, desembarca na
passarela contando as lendas do vinho e mostrando os caminhos desta
bebida milenar, até a Grécia Antiga. Após, a própria história escrita
mostra sua evolução.
A cronologia do enredo segue os tópicos: - apresentação do
vinho; - a saga de Dionísio que, levado à loucura pela inveja da deusa
Hera, passa a vagar por várias partes da Terra ensinando a cultura da
vinha, justificando, pela linha de enredo proposta, a origem de tão
gostosa bebida e sua propagação pelo mundo, através das grandes
civilizações; - reconhecimento nos grandes simpósios gregos e fama no
Império Romano; - Proibição ou culto ao vinho, que chega à Idade Média
protegido pela Igreja Católica, devido seu simbolismo litúrgico, sendo,
no entanto, combatido pelo Islamismo. Por essa época, aconteceram as
grandes Cruzadas, guerra entre cristãos e mouros, em luta por posse de
terras e por ideais de correto comportamento humano; - O Renascimento,
onde, através das expedições colonizadoras, as vinhas chegaram a outros
continentes, se aclimatando e passando a fornecer bons vinhos,
especialmente nas Américas do Norte (Estados Unidos) e do Sul
(Argentina, Chile e Brasil); - Enaltecimento nas artes, ciências (por
suas propriedades medicinais e tecnologia da vitivinicultura e da
Enologia) e na Gastronomia (imprescindível nas pequenas e grandes
comemorações), o vinho ganha o doce apelido de Néctar dos Deuses!
Em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul/Brasil, no mês de
fevereiro ou março, sempre nos anos pares, acontece a Festa da Uva, uma
grande celebração ao vinho e à vida.
Então, chegou a hora da onça beber...vinho!
Hora de nossa Agremiação comemorar seu campeonato...com
vinho”!
Guiados pelo deus Baco, os foliões vêm cair no samba,
transformando o Carnaval numa grande festa... DA UVA!
Saúde!
Estruturação do
Enredo:
O presente
enredo está dividido em 05 (cinco) partes, que pretendem, dentro de uma
ordem coerente, homenagear a bebida chamada de Néctar dos Deuses, o
nosso bom vinho de cada dia:
-
Parte I – Vinho, o
néctar dos deuses
Trás o “Sommelier”, que apresentará a carta de vinhos
ao público da Sapucaí, a colheita da “vitis Vinifera”, uva própria
para o vinho e sua doce coloração, em branco, rosado e tinto.
-
Parte II – As
Viagens de Baco (e lendas do Vinho)
Apresenta o deus Dionísio (Mitologia Grega) ou deus
Baco (Mitologia Romana) ao grande público da Sapucaí, como o deus
portador da alegria, das artes e, logicamente, do vinho.
Como ninguém sabe ao certo onde e como nasceu a vinha e o
vinho, nossa Agremiação justifica suas origens nas andanças de Baco,
levando a cultura do vinho às principais civilizações antigas, até a
Grécia, onde, a partir daí, o vinho tem história verdadeiramente
registrada.
-
Parte III – A
História do Vinho
Dos grandes simpósios gregos às Grandes Navegações, no
Renascimento, nossa Escola mostra as manhas e artimanhas da bebida.
-
Parte IV – As
Particularidades do Vinho
As influências nas artes, suas utilidades na
manutenção da saúde e a tecnologia para seu preparo são apresentadas
nesta parte como importância do vinho no nosso cotidiano, não só
pelo seu paladar, mas pela boa qualidade de vida que ele oferece.
-
Parte V – Vinho,
Celebração da Vida
Esta parte encerra o Enredo, demonstrando toda a
simbologia festiva do vinho, com seus brindes oferecendo esperança a
quem o degusta, além de mostrarmos a celebração das colheitas no
Brasil e sua festa maior, a Festa da Uva no sul do país.
Sinopse:
A mitologia
No Olimpo vivia
Dionísio(ou Baco), o deus do vinho e da embriaguez, da colheita e da
fertilidade. Filho de Zeus e Sêmele, simples mortal, Dionísio
freqüentemente era vítima das armadilhas de Hera, deusa esposa de Zeus,
que ficou demasiadamente furiosa ao saber que Sêmele esperava um filho
de seu marido, resolvendo vingar-se da jovem e destruí-la. Conseguindo
seu intento, Zeus entrega Dionísio às ninfas de Nysa, na Turquia, que
cuidam dele durante a infância. Ao se tornar homem, certa vez, passeando
pela região, deparou-se com as uvas, descobrindo a arte de extrair o
suco da fruta. Porém, a inveja de Hera leva Dionísio a enlouquecer e a
vagar por várias partes da Terra, onde ensinou a cultura da vinha.
Junto dele estava sempre seu cortejo mítico de ninfas, sátiros,
bacantes e centauros. Viajavam propiciando alegria e felicidade. Das
festas solenes em honra a ele nasceu o teatro – a tragédia. E das festas
populares nasceu a comédia. Nestas celebrações, as pessoas vestiam-se
com peles de bode, saíam em procissão ruidosa, cantando, dançando e
declamando poemas pornográficos. Levavam falos gigantes- símbolo da
fertilidade. E bebiam muito vinho.
As viagens de Baco (e
do vinho)
As histórias
sobre as andanças de Baco (Dionísio) são provavelmente surgidas da
simples observação da difusão geográfica da videira. Onde essa planta
era cultivada, e o vinho extraído, acreditava-se que o deus por lá havia
passado, dando aos mortais sua bênção ou maldições.
Enlouquecido por Hera, Baco andou errante pelo Egito, pela
Mesopotâmia,pela Fenícia, pela Pérsia e pela Frígia, onde a deusa Réia
(Cibele) o curou e o iniciou em seu culto. Em todos os países, ensinava
aos homens o trato da videira e a fabricação do vinho. Fatigado de
tantas viagens, voltou à Grécia, recuperado da sanidade. Na Trácia, foi
mal recebido pelo rei Licurgo, a quem puniu severamente. Em seguida,
chegou à Índia, país que conquistou pela força e por seu poder místico,
onde ficou diversos anos, para ensinar os povos a cultivar a vinha,
sendo associado ao deus hindu Shiva.
A fama e o poder de Baco corriam o mundo. Um dia, quis navegar
de Icaria para Naxos. Marinheiros ambiciosos aprisionam-no e tentam
levá-lo ao Egito, para ser vendido como escravo. Baco percebe a trama,
olha para o mar entristecido, e de repente a nau pára no meio do mar,
como se fincado na terra. Assustados, os homens aumentam a força em seus
remos e soltam mais as velas, tudo em vão. O cheiro agradável de vinho
se alastra por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas de
frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do navio e ouve-se
sons melodiosos de flautas. Baco aparece. Formas ágeis de animais
selvagens brincam em torno de sua figura. Os marinheiros, levados à
loucura, começam a se atirar para fora do barco e ao atingir a água se
transformavam. Seus corpos se achatavam e terminavam numa calda
retorcida. Os outros começam a ganhar membros de peixes, suas bocas
alargam-se e narinas dilatam, escamas revestem-lhes todo o corpo e
ganham nadadeiras em lugar dos braços. Toda a tripulação foi
transformada e Baco navega em direção a Naxos, onde encontra Ariadne,
sua futura esposa.
Diante a tanta força e poder os gregos adotaram o vinho como
uma dádiva dos deuses, e Baco como deus de primeiro escalão do Olimpo,
considerado, também, o protetor das belas-artes e do teatro.
Do apogeu da Grécia à
ascensão e queda de Roma
A civilização
grega atinge o seu apogeu nas artes, arquitetura e filosofia do século V
a.C., principalmente em Atenas. Nessa cidade-estado, entre o início
daquele século e o final do século IV a.C. , a filosofia grega tem a sua
época áurea, sob a liderança sucessiva de Sócrates, Platão e
Aristóteles, que exerciam suas atividades sobretudo nos chamados
simpósios.
E o vinho era o elemento central dos simpósios.
O biógrafo grego Plutarco descreveu os simpósios como rituais
iniciados pela comida, seguindo a tradição dos banquetes, mas cuja
atividade principal dava-se em torno da bebida. Após as preces e a
escolha dos oradores e do tema do debate, todos bebiam vinho puro.
Depois o simposiarca (presidente do simpósio) determinava a quantidade
de água a misturar ao vinho. De sua diligência dependia a embriaguês da
noite. Nos simpósios inspirados pelo vinho falava-se do destino do
homem, de suas alegrias e seus tormentos. Criticavam-se, sem aspereza,
seu orgulho e suas vaidades.
O vinho, portanto, teve um papel fundamental na formação e
consolidação da filosofia grega, que iria influenciar toda a cultura
ocidental.
O vinho ainda iria evoluir nos séculos seguintes, mas sob o
domínio de outra cultura, cuja origem era a Itália.
Fundada em 753 a.C. Como uma pequena vila de pastores e
agricultores, Roma iniciou sua expansão no século VI a.C. Três séculos
depois, já dominaria toda a península itálica, e no final do século II
a.C., praticamente toda a área mediterrânea, tendo conquistado a própria
Grécia em 146 a.C.
Os romanos dominaram militar e politicamente a Grécia, mas
foram por ela dominados culturalmente. Absorveram muitas das tradições
artísticas, filosóficas e religiosas dos gregos. E o seu gosto pelo
vinho.
Se os gregos espalharam a cultura vinícola pelas costas do
Mediterrâneo, os romanos iriam prosseguir essa marcha pelo interior.
O vinho era bebido pelos legionários, e era tido como mais
saudável e seguro que a água das terras estrangeiras. Além disso, os
romanos incentivavam o plantio da videira pelos assim chamados bárbaros
nas regiões conquistadas, para que se estabelecessem em bases mais
permanentes, facilitando o controle sobre as populações “pacificadas”.
Os romanos foram ocupando progressivamente toda a Europa e
levando a produção de vinho à Hispânia (Península Ibérica), Gália (atual
França), Germânia (atual Alemanha) e Britânia (atual Grã-Bretanha).
Foi então que a videira veio a conhecer, depois da Itália, o
seu outro verdadeiro lar: as terras que no futuro constituiriam a
França.
Partindo da região de Provence, os romanos subiram pelo vale
do Rhône, e, sob o comando de Júlio César (que lutou na Gália de 58 a 51
a.C.), chegaram até Bordeaux. No século II já havia vinhas na Borgonha,
no século III no Loire e no IV em Paris, Champagne, Mosel e no Reno.
A implantação da videira na Gália pode ser considerada um dos fatores de
maior importância na história do vinho.
A civilização romana conheceu seu apogeu nos séculos I e II de
nossa era, e depois iniciou um processo de declínio, pontuado por
conflitos internos.
No final do século IV, após diversas crises econômicas,
sociais e militares, o Império Romano é dividido em dois: o do Ocidente,
com sede em Roma; e o do Oriente, com sede em Bizâncio (atual Istambul).
Após a cisão e até meados do século V a Europa continuaria,
bem ou mal, sob o domínio de um Império Romano do Ocidente em
decadência, mas cuja produção vinícola se amplia e progride.
Os romanos aperfeiçoaram bastante a produção dos vinhos. Embora ainda
subsistisse o costume de se adicionar água, resinas, mel e outras
substâncias ao vinho, autores de obras especializadas já afirmaram que é
razoável supor que, há 2.000 anos, se bebia em Roma um vinho algo
semelhante ao de hoje, com características jovens, elaborado com certa
rusticidade, mais ou menos seco ou forte, dependendo da meteorologia.
Os romanos possuíam tudo o que era necessário para envelhecer
o vinho. Diferentes dos gregos, não tinham somente ânforas de barro, mas
também barris e garrafas muito semelhantes às atuais, inclusive com o
uso de rolhas. O método romano de cultivo de videiras ainda é usado no
sul da Itália e norte de Portugal e, na Gália, deixaram os fundamentos
técnicos até hoje empregados nos melhores vinhedos. Os romanos também
tinham suas preferências por vinhos de determinadas regiões, o que
constituiu a base do atual conceito de origem controlada.
Desde o final do século IV, no entanto, os povos bárbaros do
norte da Europa iam se infiltrando nos territórios romanos, chegando a
atacar e saquear a própria capital em 409. Roma desmoronava-se
rapidamente e, no ano 476, após novas invasões bárbaras, e com a queda
do último imperador, o Império Romano do Ocidente deixava de existir.
A Europa mergulharia, então, num longo período de
desagregação, conflitos, ignorância e obscurantismo. As atividades
econômicas entraram em crise e recessão e com elas a vitivinicultura,
inclusive com retrocesso técnico.
O vinho não iria desaparecer, mas atravessaria outro período
histórico, com características próprias.
O vinho na idade média
A partir do
século V, os territórios romanos são divididos em diversos reinos,
chamados bárbaros, de duração efêmera.
A recessão das atividades econômicas e virtual paralisação do
comércio fizeram retroagir a produção de uvas e vinhos. O uso da rolha
desapareceu e o vinho, armazenado em tonéis de madeira primitivos,
oxidava-se rapidamente. Tinha que ser destinado ao consumo rápido nos
poucos locais onde ainda era produzido.
Mas um novo e crescentemente protetor do vinho surgia em cena:
a Igreja Cristã. Desde o século IV, com a conversão do imperador romano
Constantino ao cristianismo, a Igreja fortalecia-se como instituição.
Após o fim do Império Romano do Ocidente, o Reino dos Francos, na Gália,
domina os bárbaros locais e converte-se ao cristianismo, em 497. Os
anglo-saxões, na Britânia, em 597. Enquanto ocupava-se de cristianizar
os povos bárbaros, a Igreja multiplicava os monastérios e mosteiros,
ilhas de relativa paz onde o vinho era produzido, tanto para o
sacramento da eucaristia como para contribuir para o sustento dos
monges. No início do século VII novos atores surgem no cenário europeu:
os árabes, que até então eram politeístas e viviam divididos em tribos
rivais, unem-se em uma nova religião, o Islamismo, e iniciam em 632 uma
expansão a partir da Península Arábica, avançando pelo norte da África e
ocupando a Península Ibérica em 710. Os árabes foram responsáveis por
mais um golpe na já incipiente produção de vinho na Europa, pois a
religião muçulmana proibia o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso,
passaram a controlar a navegação no Mediterrâneo, fechando o comércio
aos cristãos e aumentando o isolamento das cidades, o que desestimulou
ainda mais a vitivinicultura.
No Reino Franco, os árabes são afinal detidos, em 732. Os
franco carolíngios fazem uma aliança com Roma e doam ao Papa os
primeiros territórios do Estado Pontifício em 756, fortalecendo a Igreja
Romana. Essa aliança é ampliada política e territorialmente por Carlos
Magno, que, no ano 800, é coroado Imperador do Ocidente pelo Papa Leão
III.
Do início da Idade Média até o século XIII podemos atribuir
somente à Igreja a sobrevivência da vitivinicultura na Europa. A queda
de Constantinopla (capital do Império Romano do Oriente) marca o fim da
Idade Média, mas, desde o século XIV, inicialmente na Itália, tomava
corpo um movimento de estudo e admiração dos cânones artísticos e
filosóficos da Antigüidade Clássica, relegados durante a Idade Média.
Este movimento, que seria conhecido como Renascença, intensificou-se no
século XV com a chegada dos sábios bizantinos expulsos de Constantinopla
e consolidou-se em toda a Europa no século XVI. A onda renascentista
promoveu no Ocidente, que já aperfeiçoara seu comércio e economia, um
renascimento das ciências, das artes e do espírito humano, dando,
portanto, novo impulso ao vinho.
Da Europa, através das expedições colonizadoras, as vinhas
chegaram a outros continentes, se aclimataram e passaram a fornecer bons
vinhos, especialmente nas Américas do Norte (Estados Unidos) e do Sul
(Argentina, Chile e Brasil) e na África (África do Sul). A uva foi
trazida para as Américas por Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às
Antilhas, em 1493, e se espalhou, em seguida, para o México e sul dos
Estados Unidos e às colônias espanholas da América do Sul.
Vinho no Brasil
As vinhas foram
trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza
e plantadas por Brás Cubas, inicialmente no litoral paulista e depois,
em 1551, na região de Tatuapé. Mas as plantações não vingaram devido às
desfavoráveis condições climáticas. Retornou, mais tarde, pelas mãos dos
jesuítas e seu plantio foi novamente experimentado na região das
Missões, no Rio Grande do Sul, mas também não deu certo.
Somente em 1872, com a chegada dos imigrantes italianos, na
região da Serra Gaúcha, as uvas começaram a nascer. Imigrantes do norte
da Itália trouxeram na bagagem enxerto de videiras de excelente
procedência, além de muita experiência na arte de cultivar a parreira e
produzir excelente vinho.
Particularidades do
vinho:
Vinho nas artes
O vinho serviu,
com alguma freqüência, de inspiração para pintores e escultores. Foram
encontradas ilustrações onde o vinho, se não como protagonista, ao menos
fazendo parte do contexto, está presente, em pinturas funerárias
egípcias, Templos Antigos, Monastérios, Castelos, catedrais... Nas
tumbas dos faraós, encontram-se pinturas, retratando detalhadamente a
colheita da uva, prensagem e fermentação.
As iconografias vinárias, sejam as de perfil mitológico
(dionisíaco/báquico), sejam as que testemunham todas as atividades
humanas, mais prosaicas, relacionadas com a vinha e o vinho,
manifestaram-se prolixamente nas belas-artes, desde o longínquo Egito
até aos nossos dias.
Na Literatura, o primeiro documento escrito que menciona as
uvas, ou o produto do seu sumo, é a Bíblia, quando diz: ?Noé plantou uma
vinha e tendo bebido o seu vinho, se embriagou em sinal de
agradecimento?. Alguns vinhos de renome, na Antiga Grécia, já eram
citados por Homero, e a colheita durante o outono, é descrita com
lirismo. A história dos vinhedos, na Antigüidade, foi ilustrada pelo
poeta Hesíodo.O código de Hamurabi é o primeiro livro sobre leis onde se
faz referência aos vinhos, imputando castigos a certas condutas das
?casas de vinho?. Hipócrates, em seus escritos, deixou várias
observações sobre as propriedades medicinais do vinho. Citações ao
vinho: - “O doce beber que nunca me teria saciado.” (Dante Alighieri); -
“Sem vinho, sem soldados”. (Napoleão Bonaparte); “A penicilina cura os
homens, mas é o vinho que os torna felizes.” (Fleming); “Boa é a vida,
mas melhor é o vinho.” (Fernando Pessoa).
O teatro, a dança e a música estão totalmente ligados às
festas em comemoração ao deus Baco, o Deus do Vinho.
Vinho e saúde
O vinho é um
forte aliado no combate a diversas doenças. Segundo a Organização
Mundial de Saúde, recomenda-se como dose saudável, dois cálices de
vinho/dia. Entre os resultados benéficos para doenças, podem ser
citados: - aumento do bom colesterol; - redução do mau colesterol; -
diminuição do risco de infarto; - regulador da pressão sangüínea; -
auxiliar digestivo; - anti-oxidante; - longevidade e boa qualidade de
vida; - anti-depressivo, desinibidor, relaxante e evocador de otimismo;
- combate ao diabetes.
Com tudo isso, existe também um outro paradoxo: além de todas
as vantagens para a saúde, o vinho não tem contra indicações, é a melhor
bebida que existe para acompanhar refeições e como efeito colateral
promove o convívio social e faz amigos.
Vinho e tecnologia
A partir do
século XX a elaboração dos vinhos tomou novos rumos com o
desenvolvimento tecnológico na vitivinicultura e da enologia.. Cepas de
uvas com cruzamento genético, a colheita mecanizada, a fermentação “a
frio” na elaboração dos vinhos brancos, etc. Ainda que pese o romantismo
de muitos que consideram (ou supõem?) os vinhos dos séculos passados
como mais artesanais, os vinhos deste século têm, certamente, um nível
de qualidade bem melhor do que os de épocas passadas.
Vinho e festas -
Celebração da vida
Celebrações
Quando se abre
uma garrafa de vinho, o que sai dela é pura magia, por isso foi
escolhida para as grandes celebrações, especialmente se for champanhe.
Símbolo da alegria e da esperança num futuro melhor, o champanhe é
praticamente obrigatório em todo o país na noite de reveillon. A entrada
de um ano novo sem aquele estouro da rolha não tem a mesma vibração. Seu
brinde representa o ápice da fé numa melhor qualidade de vida, com
bastante saúde, energia, fartura e, por que não, a descoberta de um
grande amor?
Conquista de títulos, casamentos, bodas, aniversários, o vinho
sempre estará presente, onde tiver alegria, como ordenou nosso grande
deus Baco.
A Festa da Uva
Criada em
Caxias do Sul, a primeira festa foi organizada em 1931 para celebrar a
vindima. O dia 07 de março deste ano foi marcado por uma exposição
discreta e elegante de uvas, na sede do Recreio. As semelhanças com o
nosso carnaval são muitas: em 1932 foi organizado o primeiro desfile de
carros alegóricos da festa da Uva. As alegorias desfilavam pelas ruas
centrais da cidade, puxadas por carros de bois. Na terceira edição, em
1933, foi instituído o concurso da escolha da Rainha da festa da Uva.
Além de confraternizações festivas e bailes de gala, que representam a
festa de hoje.
Esta festividade acontece em Caxias do Sul, em fevereiro ou
março, sempre nos anos pares.
Guilherme Alexandre e Edward Moraes
Roteiro do desfile:
Nº |
Nome da Fantasia |
Nome da ala |
Descrição |
Responsável pela ala |
1° Setor: Baianas - “As mágicas cores do
néctar” |
1 |
“Sommelier” |
Comissão de Frente |
Representa o responsável pelo serviço de
vinhos de um restaurante. Mostrará a carta de vinhos ao povo
da Sapucaí. Qual o vinho de sua preferência? |
Carlos Motta |
2° Setor: “O primeiro gole foi de Noé?
Representa a primeira lenda do vinho, que
está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gêneses diz que
Noé, após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do
qual fez vinho, bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos
interessantes sobre a história de Noé, está o Monte Ararat,
onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa montanha fica
entre a Armênia e a Turquia. |
1° Casal de
Mestre Sala e Porta Bandeira: “A colheita da Vitis Vinifera”
Representa a colheita da videira
própria a vitivinificação. Acompanham guardiões fantasiados
de “vitis vinífera”. Colhe, colhe, colhedor... o néctar que
adoça o meu amor. |
2 |
“As mágicas cores do néctar” |
Baianas |
Representa as cores do prazer e das
sensações dionisíacas, em branco, rosa e vinho, no néctar
branco, rosado ou tinto. Essas cores que me inebriam e me
fazem rodar, rodar, rodar... |
Jussara Pereira |
1ª Alegoria
8 Quadripés
acoplados ao Abre-Alas: “As videiras encantadas”
Representa a descoberta do vinho pelo deus Baco
(Dionísio), quando criança, criado por ninfas, em Nysa –
Turquia.
Abre-Alas: “A
Divindade de Baco – Força, Poder e Esplendor”
Representa deus Baco e seu cortejo de ninfas,
sátiros, bacantes e centauros. O poder da ilusão e da
transformação. Enlouquecido pela deusa Hera, que o odiava
por ser bastardo de seu esposo Zeus com a mortal Sêmele,
Baco andou errante pelo Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Pérsia
e Frígia. Em todos os países ensinava aos homens o trato da
videira e a fabricação do vinho. Sua fama e poder corriam o
mundo. Um dia, quis navegar de Icaria para Naxos.
Marinheiros ambiciosos aprisionaram-no e tentam levá-lo para
o Egito, para ser vendido como escravo. Baco percebe a
trama, olha para o mar entristecido, e de repente a nau pára
no meio do mar, como se fincado na terra. Assustados, os
homens aumentam as forças em seus remos e soltam mais as
velas, tudo em vão. O cheiro agradável de vinho se alastra
por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas
de frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do
navio e ouve-se sons melodiosos de flautas. Baco aparece.
Formas ágeis de animais selvagens brincam em torno de sua
figura. Os marinheiros, levados à loucura, começam a se
atirar para fora do barco e ao atingir a água se
transformam. Seus corpos se achatavam e terminavam numa
calda retorcida. Os outros começam a ganhar membros de
peixes, suas bocas alargam-se e narinas dilatam, escamas
revestem-lhes todo o corpo e ganham nadadeiras em lugar de
braços. Toda a tripulação foi transformada e Baco navega em
direção a Naxos, onde encontra Ariadne, sua futura esposa.
Na Índia, país que conquistou pela força e por seu poder
místico, onde ficou diversos anos, para ensinar os povos a
cultivar a vinha, foi associado ao deus hindu Shiva e, mais
tarde, a Buda.
Principais
destaques Alexandre, Luiz Cavalcante e Mara |
3 |
“Ramsés III” |
|
Representa os egípcios, que não foram os
primeiros a fazer vinho, mas certamente foram os primeiros a
saber como registrar e celebrar os detalhes da
vitivinificação em suas pinturas, que datam de 1.000 a 3.000
a.C. Haviam, inclusive expertos que diferenciavam as
qualidades dos vinhos profissionalmente. O consumo do vinho
parece ter sido limitado aos ricos, nobres e sacerdotes. Os
vinhedos e o vinho eram oferecidos aos deuses ,
especialmente pelos faraós, como mostram os registros do
presente que Ramsés III (1.100 a.C.) fez ao deus Amun. |
|
4 |
“Gilgamesh” |
|
Representa o épico babilônico Gilgamesh, o
mais antigo trabalho literário conhecido (1.800 a.C.). O
vinho aparece nos escritos, onde o herói Gilgamesh entra no
reino do sol e lá encontra um vinhedo encantado de cujo
vinho obteria, se lhe fosse permitido bebê-lo, a
imortalidade que ele procurava. |
|
5 |
“Jamshid, o rei persa” |
|
Representa a mais citada de todas as lendas
sobre a descoberta do vinho. É uma versão persa que fala
sobre Jamshid, um rei persa semi-mitológico que parece estar
relacionado a Noé, pois teria construído um grande muro para
salvar os animais do dilúvio. Na corte de Jamshid, as uvas
eram mantidas em jarras para serem comidas fora da estação.
Certa vez, uma das jarras estava cheia de suco e as uvas
espumavam e exalavam um cheiro estranho, sendo deixadas de
lado por serem inapropriadas para comer e consideradas
possível veneno. Uma donzela do harém tentou se matar,
ingerindo o possível veneno. Ao invés da morte, ela
encontrou alegria e um repousante sono. Ela narrou o
ocorrido ao rei, que ordenou, então, que uma grande
quantidade de vinho fosse feita e Jamshid e sua corte
beberam da nova bebida |
|
6 |
“Ano e a lenda basca” |
|
Representa uma lenda basca, que celebra um
herói chamado Ano, que teria trazido a videira e outras
plantas num barco. Curiosamente, o basco é uma das mais
antigas línguas ocidentais e “ano”, em basco, também
significa vinho. |
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7 |
“Em defesa da cultura grega” |
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Representa a civilização grega, que atinge o
seu apogeu nas artes, arquitetura e filosofia do século V
a.C., principalmente em Atenas. Nessa cidade-estado, entre o
início daquele século e o final do século IV a.C. , a
filosofia grega tem a sua época áurea, sob a liderança
sucessiva de Sócrates, Platão e Aristóteles, que exerciam
suas atividades sobretudo nos chamados simpósios.E o vinho
era o elemento central dos simpósios. O biógrafo grego
Plutarco descreveu os simpósios como rituais iniciados pela
comida, seguindo a tradição dos banquetes, mas cuja
atividade principal dava-se em torno da bebida. Após as
preces e a escolha dos oradores e do tema do debate, todos
bebiam vinho puro. Depois o simposiarca (presidente do
simpósio) determinava a quantidade de água a misturar ao
vinho. De sua diligência dependia a embriaguês da noite. Nos
simpósios inspirados pelo vinho falava-se do destino do
homem, de suas alegrias e seus tormentos. Criticavam-se, sem
aspereza, seu orgulho e suas vaidades.O vinho, portanto,
teve um papel fundamental na formação e consolidação da
filosofia grega, que iria influenciar toda a cultura
ocidental. |
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8 |
“O Império Romano” |
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Representa os romanos, que dominaram militar
e politicamente a Grécia, mas foram por ela dominados
culturalmente. Absorveram muitas das tradições artísticas,
filosófica e religiosas dos gregos. E o seu gosto pelo
vinho. Se os gregos espalharam a cultura vinícola pelas
costas do Mediterrâneo, os romanos iriam prosseguir essa
marcha pelo interior. O vinho era bebido pelos legionários,
e era tido como mais saudável e seguro que a água das terras
estrangeiras. Além disso, os romanos incentivavam o plantio
da videira pelos assim chamados bárbaros nas regiões
conquistadas, para que se estabelecessem em bases mais
permanentes, facilitando o controle sobre as populações
“pacificadas”. Os romanos foram ocupando progressivamente
toda a Europa e levando a produção de vinho à Hispânia
(Península Ibérica), Gália (atual França), Germânia
(Alemanha) e Britânia (Grã-Bretanha). |
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2ª Alegoria:
“O vinho na Idade Média”
Representa o panorama medieval do século V, onde
os territórios romanos são divididos em diversos reinos,
chamados bárbaros, de duração efêmera. A recessão das
atividades econômicas e virtual paralisação do comércio
fizeram retroagir a produção de uvas e vinhos. O uso da
rolha desapareceu e o vinho, armazenado em tonéis de madeira
primitivos, oxidava-se rapidamente. Tinha que ser destinado
ao consumo rápido nos poucos locais onde ainda era
produzido. Mas um novo e crescentemente protetor do vinho
surgia em cena: a Igreja Cristã. Desde o século IV, com a
conversão do imperador romano Constantino ao cristianismo, a
Igreja fortalecia-se como instituição. Após o fim do Império
Romano do Ocidente, o Reino dos Francos, na Gália, domina os
bárbaros locais e converte-se ao cristianismo, em 497. Os
anglo-saxões, na Britânia, em 597. Enquanto ocupava-se de
cristianizar os povos bárbaros, a Igreja multiplicava os
monastérios e mosteiros, ilhas de relativa paz onde o vinho
era produzido.
Principais
destaques Ewaldo Rocha e Jeferson |
3° Setor: “As Cruzadas”
Representa a eterna luta entre cristãos e
mouros, em luta por posse de terras e pelos ideais de
correto comportamento humano. |
9 |
“A Renascença” |
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Desde o século XIV, toma corpo um movimento de estudo e
admiração dos cânones artísticos e filosóficos da
Antigüidade Clássica, relegados durante a Idade Média. Este
movimento, que seria conhecido como Renascença,
intensificou-se no século XV com a chegada dos sábios
bizantinos expulsos de Constantinopla e consolidou-se em
toda a Europa no século XVI. A onda renascentista promoveu
no Ocidente, que já aperfeiçoara seu comércio e economia, um
renascimento das ciências, das artes e do espírito humano,
dando, portanto, novo impulso ao vinho |
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Rainha de
bateria: “Champanhe”
Representa o vinho mágico, que teve como origem a região
vinícola de Champagne, na França. Diz-se que, no ano de
1670, o monge beneditino Dom Pérignon era responsável pela
adega da abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims. Tão
amante das virtudes quanto dos bons vinhos. Foi surpreendido
um dia com o pipocar das rolhas de suas garrafas de vinho.
Surpreso, tratou logo de provar a bebida e, maravilhado,
gritou para os outros monges: “corram, corram, venham ver,
estou bebendo estrelas!” Dom Pérignon experimentou garrafas
mais fortes e amarrou as rolhas com arame. Assim surgiu um
vinho espumante delicioso, que depois seria batizado de
champanhe. Quando se abre uma garrafa de champanhe o que sai
dela é pura magia em forma de borbulhas. Essa mágica fez do
champanhe a bebida escolhida para as celebrações. |
10 |
“A Coroação” |
Bateria |
A fama do champanhe espalhou-se por toda a
Europa. Desde que os reis da França Luiz XIV (rei Sol) e
Maria Teresa, após serem coroados na Categral de Reims,
brindaram os convidados com champanhe, ela passou a ser a
bebida dos reis. |
Mestre Dudu |
11 |
“Na corte de Luiz XV” |
Passistas |
Representa a corte de Luiz XV, onde o
champanhe gerou muitas fofocas, e uma delas dizia que o
formato arredondado das taças foi inspirado nos seios de sua
amante, madame Pompadour. Ela, depois de beber taças e mais
taças, dizia: “O champanhe é o único vinho que deixa a
mulher mais linda depois de bebê-lo”. |
Flávia |
12 |
“As Grandes Navegações” |
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Representa as expedições colonizadoras européias, quando
as vinhas chegaram a outros continentes, se aclimataram e
passaram a fornecer bons vinhos, especialmente nas Américas
do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina, Chile e
Brasil) e na África (África do Sul). A uva foi trazida para
as Américas por Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às
Antilhas, em 1493, e se espalhou, em seguida, para o México
e sul dos Estados Unidos e às colônias espanholas da América
do Sul. As vinhas foram trazidas da Ilha da Madeira ao
Brasil em 1532, por Martim Afonso de Souza, não vingando,
devido às desfavoráveis condições climáticas. |
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13 |
“Engenharia Genética” |
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Representa as cepas de uvas com cruzamento genético,
para produção de novos e maravilhosos vinhos, pois, ainda
que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supõem?)
os vinhos dos séculos passados como mais artesanais, os
vinhos deste século têm, certamente um nível de qualidade
bem melhor do que os de épocas passadas. |
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3ª Alegoria:
“Saúde e tecnologia – a ciência em prol do vinho”
Representa o vinho como um forte aliado no combate
a diversas doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde,
recomenda-se como dose saudável, dois cálices de vinho/dia.
Entre os resultados benéficos para doenças, podem ser
citados: - aumento do bom colesterol; - redução do mau
colesterol; - diminuição do risco de infarto; - regulador da
pressão sangüínea; - auxiliar digestivo; - anti-oxidante; -
longevidade e boa qualidade de vida; - anti-depressivo,
desinibidor, relaxante e evocador de otimismo; - combate ao
diabetes. Ainda, na área das ciências, a alegoria mostra a
tecnologia utilizada para o engarrafamento dos vinhos e a
engenharia genética baseada na junção de cepas de uva. É a
explosão carnavalesca de genes da viti vinífera, com a
licença artística da associação entre a reprodução de seres
humanos (clones em tubos de ensaio) e as tentativas de
melhoria na qualidade do vinho.
Principais
destaques Marquette Andrade, Carlos Santos e Paulinho da
Ilha |
4° Setor: “Charme e beleza”
Representa o bem estar, o glamour e a beleza física e
espiritual oferecido por este líquido milagroso, dado o seu
consumo moderado, pois, além de todas as vantagens para a
saúde, o vinho não tem contra indicações, é a melhor bebida
que existe para acompanhar refeições e como efeito colateral
promove o convívio social e faz amigos. |
14 |
“Se beber, não dirija” |
Crianças |
Representa a corrida irresponsável no
trânsito e a Lei de proibição de consumo de álcool. Vinho é
muito bom, mas a atenção à sinalização do trânsito,
demonstra educação e melhor qualidade de vida. Então, se
beber, não dirija. |
Irlan e Rafaele |
15 |
“Vinho nas artes” |
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Representa a importância do vinho, que serviu, com
alguma freqüência, de inspiração para pintores e escultores.
Foram encontradas ilustrações onde o vinho, se não como
protagonista, ao menos fazendo parte do contexto, está
presente, em pinturas funerárias egípcias, templos antigos,
monastérios castelos, catedrais... As iconografias vinárias,
sejam as de perfil mitológico, sejam as que testemunham
todas as atividades humanas, mais prosaicas, relacionadas
com a vinha e o vinho, manifestaram-se prolixamente nas
belas-artes, desde o longínquo Egito até aos nossos dias. Na
literatura, o vinho é citado em vários escritos, como a
Bíblia, Gilgamesh, Código de Hamurabi e citações de Dante
Alighieri, Napoleão Bonaparte, Fleming e Fernando Pessoa. O
teatro, a dança e a música estão totalmente ligados às
festas em comemoração ao deus Baco, o deus do vinho. |
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16 |
“Vinho e sincretismo” |
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Representa a presença do vinho nos rituais católicos e
do Candomblé (tempero dos “santos”). |
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17 |
“Cerimônia de casamento” |
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Representa o dia mais importante de um casal enamorado.
E é muito bom compartilhar com amigos e parentes essa
felicidade. E a bebida a ser servida? Lógico que é o vinho,
servido em taças, que deve estar presente na tradicional
foto dos noivos em frente ao bolo, no belo gesto dos braços
entrelaçados. |
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18 |
“Reveillon” |
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Representa o vinho espumante presente nos finais de ano.
Símbolo da alegria e da esperança num futuro melhor, o
champanhe é praticamente obrigatório em todo o país na noite
de reveillon. A entrada de um ano novo sem aquele estouro da
rolha não tem a mesma vibração, a exemplo dos fogos de
artifício tão tradicionais em nossas praias. |
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2° Casal de
Mestre Sala e Porta Bandeira: “Salve os Estados produtores do néctar”
Representa as bandeiras dos Estados do
Rio Grande do Sul e de Pernambuco, significativos produtores
dos vinhos brasileiros. |
19 |
“O vinho do São Francisco” |
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Representa a produção de vinhos em Petrolina - PE uma
das fortalecedoras do desenvolvimento no Vale do São
Francisco. O incentivo à produtividade fez com que o
município virasse o segundo pólo vitivinicultor do país. São
produzidas em Petrolina cerca de 2,5 safras anualmente, fato
que vem despertando o interesse de empresários do mundo
inteiro. São empregadas técnicas avançadas de agricultura
irrigada, utilizando-se as águas do rio São Francisco. |
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20 |
“Os imigrantes italianos” |
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As vinhas, trazidas ao Brasil em 1532, foram plantadas
por Brás Cubas, inicialmente no litoral paulista e depois,
em 1551, na região de Tatuapé. Mas as plantações não
vingaram devido às desfavoráveis condições climáticas.
Retornou, mais tarde, pelas mãos dos jesuítas e seu plantio
foi novamente experimentado na região das Missões, no Rio
Grande do Sul, mas também não deu certo. Somente em 1872,
com a chegada dos imigrantes italianos, na região da Serra
Gaúcha, as uvas começaram a nascer. Imigrantes do norte da
Itália trouxeram na bagagem enxerto de videiras de excelente
procedência, além de muita experiência na arte de cultivar a
parreira e produzir excelente vinho. |
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4ª Alegoria:
2 Quadripés
alegóricos acoplados a alegoria 4
Representa o início da Festa da Uva em Caxias do
Sul, pedindo passagem ao povo para o desfile de grupos
folclóricos e alegorias alusivas à grande festa.
Alegoria 4:
“A celebração da vida!”
Representa as principais festas onde se é
imprescindível o vinho, e sua festa maior, a Festa da Uva.
Criada em Caxias do Sul, a primeira festa foi organizada em
1931 para celebrar a vindima. O dia 07 de março deste ano
foi marcado por uma exposição discreta e elegante de uvas,
na sede do Recreio. As semelhanças com o nosso carnaval são
muitas: em 1932 foi organizado o primeiro desfile de carros
alegóricos da festa da Uva. As alegorias desfilavam pelas
ruas centrais da cidade, puxadas por carros de bois. Na
terceira edição, em 1933, foi instituído o concurso da
escolha da Rainha da festa da Uva. Além de confraternizações
festivas e bailes de gala, que representam a festa de hoje.
Esta festividade acontece em Caxias do Sul, em fevereiro ou
março, sempre nos anos pares. Além das festas, um grande
banquete celebrará a vida, onde todos estarão convidados.
Gente de todas as raças, crenças e religiões. Todos os
cidadãos, independente de suas opções; o banquete da
inclusão social.
Principais
destaques Joãozinho de Xangô e Edmilson |
5° Setor: "Propriedades" |
24 |
“Longevidade” |
Velha Guarda |
Representa a energia e o rejuvenescimento daqueles que bebem
até dois cálices ao dia deste poderoso néctar, que é dos
deuses. |
Selma Ventura |
25 |
“Suavidade”
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Departamento Feminino |
Representa o prazer do paladar, a sensação suave que temos
ao beber um bom vinho. |
Carminha |
26 |
“Musicalidade” |
Ala de Compositores |
Representa, ao tomarmos o vinho, a paz musicada, lembrando
os sons das flautas do cortejo de Baco. |
Sr. Guará |
Bibliografia:
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