FICHA TÉCNICA 2011

 

Carnavalesco     Leandro Mourão
Diretor de Carnaval     Comissão de Carnaval
Diretor de Harmonia     Luiz Carlos
Diretor de Evolução     Luiz Carlos
Diretor de Bateria     Robson Luiz Moreira (Mestre Orelha)
Puxador de Samba Enredo     Paulo Alzair
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Fabinho e Luana
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Carlos Ubiratan e Elizabete Milena
Resp. Comissão de Frente     Comissão de Carnaval
Resp. Ala das Baianas     Tia Iolanda e Tia Lenira
Resp. Ala das Crianças     Iolanda Gaspar Nogueira
Resp. Galeria de Velha Guarda     Sr. Osmar Simões

 

SINOPSE 2011

Um amor de Carnaval

Justificativa:

          O G.R.E.S. Unidos de Lucas trás para a Avenida Intendente Magalhães no Carnaval de 2011 o triangulo amoroso mais famoso do carnaval mundial. O amor entre Pierrô, Arlequim e Colombina. Proveniente da Comédia Dell’Arte Italiana, este trio amoroso foi incorporado ao carnaval de Veneza e tomou conta das ruas juntamente com os tradicionais mascarados no período de folia; com o tempo a França levou tais personagens para seus bailes nos salões. Depois da França foi à vez do Brasil trazer esses famosos personagens para suas terras; o trio de amores chega ao Rio de Janeiro e se faz presente na festa de coroação de D. João um dos primeiros episódios que ocasionou uma festa nos moldes do carnaval atual. O G.R.E.S. Unidos de Lucas revive toda esta atmosfera amorosa e homenageia esses marcantes personagens que são a essência do carnaval.

Sinopse:

          A cortina se abre... Entram em cena com o G.R.E.S. Unidos de Lucas os astros do espetáculo mais bonito da terra, para brincar de ser feliz e amar como nos velhos tempos venezianos.

“Uma cortina
Um batom
Um violino
E cheiro de festa”

          E quando a arte se tornava cada vez mais importante para a forma de expressão de cada povo... Reluz a “Comédia da Arte” em Veneza. Traçada do improviso, do brilho... Um baile de máscaras que despertava amores nos salões, que fazia o confete e a serpentina se tornarem parte da vida e do riso estonteante.
          Personagens ganham vida em obras teatrais, as máscaras relutam a expressão de cada face e o povo vive a sorrir, encontrando seu espelho nos sentimentos de cada ator. E as nômades carroças chegam às cidades prontas para alegrar, contagiar e emocionar o público. Quem sabe fazer amar?

“... Embriagados
Licores...
...Confetes
Serpentinas...

E muitos
Muitos mesmo,
Mascarados!!!!”

          A poesia entra em cena, nas danças e músicas, assim anuncia o Plebeu... O público está lá querendo que os personagens o façam delirar e viajar para um mundo distante. Um som melancólico no dedilhar do violão se torna cada vez mais passional. E o Pedrolino – Pierrô surge pronto para amar a dama... O serviçal “manchado” de branco queria apenas um pouco do doce carinho da amada.
          A bela e refinada criada, esbanjava sedução e encantava os “pobres”. Ela girava, cantava, dançava e fazia acreditar que o sonho de outros poderia ser realidade. Colombina de muitos e poucos amores verdadeiros, que fez da lua seu verdadeiro amor, em forma de poema.
          Eis que o servo espertalhão brinca de ganhar seu coração, Arlequim preguiçoso, estúpido, que em seus paços de dança debochados, acreditava que brincar de amar era viver. Entre beijos doces roubados da amada, uma paixão de momentos. E vive assim, fascinado pelo desejo, pronto para persuadir o coração alheio com o dom da conquista...

“Um plebeu
Uma Colombina
Um tolo Arlequim
Um miserável Pierrô!”

          O trio de amores ganha forma, ganha expressão de sentimentos... A dama esnoba, o malandro brinca de amar e o pobre serviçal ama de verdade... Pois se define, o marido Pierrô, o amante Arlequim e a dama Colombina, “apaixonada”. Um amor do baile mascarado, um amor de ilusão, visionário...
          E quem imaginaria que a arte da comédia apaixonante chegaria à França? Onde ganhou improviso, nomes refinados e por fim... Chegou à terra tropical, na terra das paixões nativas, tupiniquins...
          A primeira influência da arte francesa junto com o refinamento da comédia italiana fez da terra brasileira o novo palco e cenário para o trio amoroso, que de passagem foi a alegria do povo. E foi assim que o governante do Rio de Janeiro ordenou uma semana de festa, de confetes e serpentinas para “sustentar” de alegria o povo.

“Nos quatros cantos do salão
Um cantinho à parte
Plebeuzinho na janela
Espia em vão toda a arte!”

          A festa era para coroar e homenagear D.João, que misturou canções portuguesas a Comédia Dell Arte. E a tradição se seguiu, depois de anos, as máscaras misturam a paixão do povo em brincar e se divertir pelas ruas.
          No nosso carnaval, fábrica de sonhos, de imaginação, o trio amoroso de inspiração italiana, é até hoje uma fonte de inspiração para quem acredita e sonha na liberdade. As cortinas do sonho se fecham e literalmente, vivemos um “amor de carnaval”.

“Dançar no salão em festa é fazer poesias.
E em noites de verão...
Amar!”

Autor do Enredo: Thiago Meiners
Carnavalesco: Leandro Mourão
Revisão de Texto: Raphael Homem

Bibliografia:

  • Monólogo à Arlequim, Colombina e Pierrô; Souza Heiras - 2004

Roteiro do desfile:

Nome da Fantasia

Nome da ala

Descrição

Responsável pela ala

1º Setor: Carnaval Veneziano

Comissão de Frente: Mascarados de Veneza – Onde Tudo Começou
          Tradição dos carnavais de Veneza, a máscara além de esconder, permite que todos possam viver personagens, mesmo na vida real. A Unidos de Lucas coloca em cheque: Quem é você? Dessa forma transporta todo o público para dentro do seu desfile, onde todos poderão vivenciar histórias de amor ou desamor, de acordo com a imaginação de cada folião.

Pede Passagem: O Galo de Ouro anuncia
          No decorrer da madrugada um canto ecoa pelo céu: É o galo de ouro que anuncia; o GRES Unidos de Lucas está em cena! Corram todos para ver o grande espetáculo que aqui se encena! E nesse instante toda a comunidade se desloca e sente a aura de amor que cobre toda a avenida. O amor está no ar!

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira: Astros do espetáculo veneziano
          Os bailes de Veneza serviram de inspiração para tantos outros no mundo inteiro. Casais são formados em busca da harmonia perfeita entre música e dança, de forma a encantar toda a corte. Essa representação do casal chega ao nosso carnaval, mostrando a força e a ternura na defesa do pavilhão da escola. Nesse momento, eles são os maiores astros.

Carro Abre-Alas: Comédia Dell'Arte – O baile de máscaras
          A Comédia Dell'Arte iniciou-se na Itália e caracterizou-se pelo improviso, sobretudo parodiando situações corriqueiras da sociedade local. As companhias de comédia Dell’Arte eram itinerantes e possuíam uma estrutura de esquema familiar. Seguiam apenas um roteiro, que se denominava “canovaccio”, mas possuindo total liberdade de criação; os personagens eram fixos, sendo que muitos atores viviam exclusivamente esses papéis até a sua morte.
          Como forma de provocar riso, uma das situações preferidas era a dos bailes, cenário onde aconteceu o embaraçoso amor entre Pierrô, Arlequim e Colombina, uma das principais representações, que ganhou o mundo. Essa popularidade talvez tenha acontecido justamente pela atemporalidade e pela impessoalidade, fazendo com que todas as pessoas coloquem-se na situação dos protagonistas. Quem é que nunca teve um amor conturbado, ou até mesmo um amor não correspondido?

1

Povo Mascarado

Comunidade

Os foliões de Veneza se mascaram e vão para as ruas conquistando corações e sendo conquistados; o pobre, o rico; todos são iguais neste momento.

Marcele

2º Setor: O trio amoroso ganha as ruas e chega à França

2

Confete e Serpentina

Comunidade

A A forma de saudar os saltimbancos era com chuva de papel picado, que o povo jogava nos artistas, dando origem ao confete e à serpentina.

Valdete

3

Sorriso Anônimo

Comunidade

As apresentações eram feitas pelas ruas e praças públicas, arrancando sorrisos e aplausos dos transeuntes que, anônimos, reconheciam-se naquelas situações apresentadas.

Cátia

4

O Dedilhar do Violão

Comunidade

Ao chegarem à cidade pediam permissão para se apresentar, de forma cantada, acompanhados por violões, em suas carroças ou em pequenos palcos improvisados. O dedilhar do violão anunciava que a encenação estava pronta para começar.

Sr. Herminio

5

A Música

Compositores

A música era um instrumento fundamental na Comédia Dell'Arte, uma vez que todas as representações eram feitas através de canções que contavam as situações que iriam ser ali representadas. Muitas vezes as melodias se repetiam, mudando somente a letra, de acordo com o que se quisesse brincar. Em nosso desfile, a música é representada pela tradicional ala de compositores da Unidos de Lucas, uma das mais famosas do carnaval carioca, que com notas musicais em suas vestes, homenageiam o que fazem de melhor; Música.

Cosminho da Tia

6

Plebeus

Crianças

Essas apresentações logo caíram no gosto popular, principalmente por ironizarem situações da nobreza. Esse fato fazia com que fossem muito queridos pelos plebeus, que corriam ao redor do grupo, acompanhando-o em qualquer lugar que fossem.

Iolanda Gaspar Nogueira

7

Colombinas

Baianas

Serviçal sedutora, volúvel e sempre bem vestida, apaixonante e apaixonada, a Colombina é a grande pivô da triangulação amorosa que contamos. Não aceita o amor de Pierrô para viver as aventuras com Arlequim, que lhe rouba do palhaço triste.

Tia Iolanda e Tia Lenira

8

Arlequins

Comunidade

Arlequim é um palhaço farsante e cômico que veste um traje feito a partir de retalhos triangulares. Espirituoso, logo conquista o coração de Colombina, tornando-se principal rival de Pierrô, que chora por amá-la.

Dona Marlene

9

Pierrôs

Bateria

A característica principal do seu comportamento é a sua ingenuidade, e é visto como um bobo, sendo sempre o alvo de partidas, mas mesmo assim continua a confiar nas pessoas. Dessa forma, mesmo Colombina tendo o deixado para cair nos braços de Arlequim, ele continuava acreditando nela. O Pierrô simboliza o sentimento que nunca cessa que impulsiona que serve de força motriz. Daí, a relação do Pierrô com a bateria é inevitável.

Mestre Orelha

10

Amor Visionário

Passistas

Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.          Essa relação conturbada é ao mesmo tempo visionária e real. Afinal de contas, todos estão passíveis a ser arrebatado por um arlequim fanfarrão, deixando quem nos ama chorando e acreditando na volta. Esta atmosfera amorosa é representada pela ala dos passistas.

Jaqueline Venâncio

11

França

Comunidade

Da Itália para a França foi uma questão de tempo. O nome Pierrô é uma variação francesa para o original Pedrolino. E daí a história se popularizou, devido à grande influencia da arte francesa em todo o mundo.

Basilio

3º Setor: Chegada ao Novo Mundo – A Coroação de D. João

12

Terra Tupiniquim

Comunidade

Chegando à terra tropical, na terra das paixões nativas, tupiniquins... A terra brasileira é o novo palco e cenário para o trio amoroso. Os Índios Tupiniquins adornados de branco e vermelho representam o novo mundo.

Fabinho

Segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira: Tributo a D. João
          Casais dançam pelas ruas do Rio de Janeiro em homenagem a coroação de D. João e coroados mostram toda sua alegria ao “Nobre Folião”.

13

D. João VI

Comunidade

Amante das artes e temente à França, D. João VI é o grande responsável pela divulgação da arte francesa no Brasil.

Conceição

Elemento Alegórico:Folião Carioca
          O folião carioca se fantasia e vai as ruas comemorar a coroação de D. João e mostrar para todos a sua alegria.

14

Alegria do Povo

Comunidade

Nota-se a coroação de D. João VI como o primeiro episódio que ocasionou uma festa nos moldes do carnaval que conhecemos nos dias de hoje. Foram quatro dias de festa, com muita bebida e o povo na rua, cantando e se divertindo.

Cátia

15

Um Amor de Carnaval

Velha Guarda

A história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval. Um amor de carnaval é aqui representado pelo sentimento da Velha Guarda ao G.R.E.S. Unidos de Lucas, à festa e à vontade de vencer no carnaval. Afinal quem nunca teve um amor de carnaval...

Sr. Osmar Simões

 

SAMBA ENREDO                                                2011
Enredo     Um amor de Carnaval
Compositores     Luiz Carlos, Felipe Pinto, Leo Novo Horizonte, Fabinho, Cidinho e Coelho de Lucas
Abram-se as cortinas
O show vai começar
Nossa arte é sedução
E convida o coração a se emocionar chegando de Veneza
Amor fascinação
Personagens ganham vida
Surge um belo trio de paixão

Folião mascarado eu sou
Tem confete e serpentina, um baile de amor
Em cena um sorriso sensacional
Esplendor e visual

Poeta no dedilhar do violão
Manda a tristeza embora
Incendeia essa paixão
Hoje o amor esta no ar
Da arte francesa pra te encantar
Arlequim, Pierrot e Colombina
Na terra tupiniquim que emoção
Canções portuguesas ao nobre João
Sonhos, imaginação

O meu Galo de Ouro vai passar
Chegou a hora vamos festejar
Na Intendente, alegria geral
Um amor de carnaval