FICHA TÉCNICA 1994

 

Carnavalesco     Leandro Barbosa, Arialdo Vilaça e José Alves do Rio
Diretor de Carnaval     Jorge Inocêncio
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 1994

Conservatória, cidade serenata, sambando na Sapucaí

Sinopse:

          Procurando manter uma linha de tradição nesta Agremiação e na tentativa de apresentar a este magnânimo corpo de jurados, é que a Unidos de Lucas escolheu este tema com o objetivo de rememorar fatos e mostrar uma cidade que só nos inspira encantos e beleza com uma eterna saudade e esta não tem idade.
          É nossa pretensão levar aos senhores jurados e ao povo um desfile cheio de poesia e devaneios, no recanto do colibri e onde a divina serenata nos transporta para um mundo de sonhos, tudo em nome do Amor.
          Talvez não seja nosso propósito de apresentar na íntegra a história desta cidade feliz e sim o seu clima poético com a brisa da madrugada a nos inspirar, é a este cantinho da terra que fica entre o céu e as serras, bem distante do Rio-Mar que a Unidos de Lucas dedica todo seu amor.

Autor: José Alves do Rio
Carnavalesco: Leandro Brabosa
Figurinista: Arialdo Vilaça

Roteiro do Desfile:

  • Comissão de Frente: Representada pelos tradicionais Pierrôs, autênticos símbolos da serenata como se não bastasse, a mais pura essência do próprio carnaval.
  • Carro n° 1: Abre Alas “Divina Serenata”, onde o clarear da lua ilumina a poesia num cenário deslumbrante com Arlequim e Colombina motivam a paixão do Pierrô.
    Destaques: Renato, Mirian e Simone
  • Ala das Crianças: Fantasia Pierrôs, Colombinas e Arlequins
  • Ala da Tia Marlene: Fantasia “O Som da Serenata”
  • Ala Transação Livre: Fantasia “Devaneios em Conservatória”
  • Carro n° 2: A Última Parada da 206 – A Locomotiva que hoje é brinquedo das crianças na praça da cidade.
    Destaques: Yolanda, Adsilson, Rogério, Samir, Cláudio e Nara
    Composições: Crianças brincando na 206
  • 1° Mestre-Sala e Porta-Bandeira: O Trovador e Sua Musa Inspiradora
  • Ala Paulinho Amigo: Fantasia “Seresteiro”
  • Ala Pau do Rato: Fantasia “Conservatória Sambando na Sapucaí”
  • Ala da Madrugada: Fantasia “A Brisa”
  • Ala das Estrelas: Fantasia “Noite em Conservatória”
  • Ala das Baianas: Fantasia “Doceiras de Conservatória”
  • Bateria:  Fantasia “Batuqueiros Araris”
    Rainha da Bateria: Roselaine Moura
    Madrinha: Cida
  • Ala de Passistas
  • Ala Copo Duplo: Fantasia “Uma Luz Sideral”
  • Carro n° 3: Serra da Beleza. Local onde, segundo seus moradores, ali pousou um disco voador.
    Cenário: O Fantástico Aparecimento dos Extra-Terrestres no Pouso de Uma Nave Espacial.
    Destaques: Ronaldo, Márcia, Conceição, Joelma, Rosângela e Gilda
  • Ala Alegria Alegria: Fantasia “Romance Espacial”
  • Ala do Gordo: Palhacinhos Espaciais
  • Ala dos Fantásticos: Alegria Sideral

          E, à propósito, deixamos um final para que fique sempre em nossas lembranças uma homenagem aos fundadores desta cidade, que em poucas palavras mostraremos a sua história. Conservatória teve como seus primeiros habitantes os Índios Araris, depois veio a cobiça dos senhores do café. Sabedores da fertilidade das terras, voltaram suas vistas para Conservatória a fim de ali formarem plantações de café e com isto Conservatória se tornou uma das maiores produtoras  de café da Região Sul do Estado do Rio de Janeiro.
          Mais uma vez o braço do escravo se fez presente na construção do túnel dos arcos, com 100 m de extensão e 12 m de altura.
          Em 1883, D. Pedro II inaugurou o trecho ferroviário de Barra do Piraí até Solidade (A famosa rede mineira de viação), sendo Conservatória uma das paradas obrigatórias. A mais famosa locomotiva que trafegava pela ferrovia era a 206, que levava e trazia saudosos habitantes e de várias raças que acabaram por povoar o local.
          Dizem que até hoje podemos ouvir os lamentos dos negros que morreram na construção dos arcos e do túnel. Conservatória é uma cidade de tantos sentimentos que, quando você vai embora, o túnel chora.
          E para finalizar destacamos as seguintes Alas e o último Carro Alegórico:

  • Ala Boca Maldita: Fantasia “A Beleza das Índias Araris” e “A Festa da Tribo”

  • 2°  Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Fantasia “Indígena”

  • Carro n° 4: “O Túnel que Chora”
    Destaques: Arialdo – “Pajé Araris”, Ângelo – “D. Pedro II”.
    Composições: Índias Araris
    Cenário: Túnel construído pelos escravos, onde ainda hoje se escuta os lamentos dos negros na construção deste túnel, que chora quando você vai embora.

  • Ala do Fanô: Fantasia “Índios e Índias na Dança e no Feitiço”

  • Ala Guerguê-Yê – Colhedores de Café

  • Ala Pássaros Noturnos: Fantasia “Noite de Explendor”

  • Ala dos Vinte e Dois: Fantasia “Axé para Conservatória”

  • Velha Guarda: “Os Trovadores ao Luar”

          Ao término desta minuta queremos antecipadamente agradecer, esperando pelo seu virtuoso julgamento, pois tudo que aqui foi escrito foi na esperança de vivermos juntos a vida artística em prol da felicidade e da paz mundial, e, expressando nossas verdadeiras personalidades, sem deixarmos prender pelos interesses egoísticos pelo que rogamos nos sejam lançados os infinitos conhecimentos deste corpo de jurados.

 

SAMBA ENREDO                                                1994
Enredo     Conservatória, cidade serenata, sambando na Sapucaí
Compositores     Birão, Tia Marlene e Luiz de Lima
A lua vem clarear
A poesia no recanto do colibri
Clareia a divina serenata
Conservatória faz a festa
Sambando na Sapucaí
Existe um cantinho na terra
Entre o céu e as serras
Distante do rio-mar
Uma cidade feliz, berço dos araris
Terra fértil igual a essa não há
Até a Maria Fumaça
Um dia foi e por lá ficou
Virou brinquedo de criança
Parou na praça e nunca mais voltou
Sublime noite estrelada
A brisa da madrugada
A me inspirar, inspirar
Qual pierrô da Colombina
Com seu arlequim sempre a cantar
Cada rua um poema
Toda casa tem o nome de uma canção
Sua arquitetura secular
Faz lembrar o tempo da escravidão
É fantástico,mas é verdade
Na serra da beleza até disco voador
Já pousou nesta cidade