FICHA TÉCNICA 1975

 

Carnavalesco     John Ruben Ide e Ubirajara da Silva Proença
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1975
Emíla no país da gramática

Introdução:

Rio, Cidade Maravilhosa
Rio, Sol, Amor e Carnaval
Rio, Berço do samba e de gente bamba

          Apresentando Emília no país da gramática, o G.R.E.S. Unidos de Bangu, homenageia a cultura e as crianças da nossa terra e o grande escritor Monteiro Lobato, que ficou imortalizado na literatura infantil.

Agradecimentos:

  • Aos Ilustres Membros da Comissão Julgadora
  • À Riotur
  • Às Autoridades Civis e Militares
  • À Imprensa Escrita, Falada e Televisada
  • Ao Povo em Geral e..,

Pedimos Passagem

Sinopse:

          Orgulhosamente, apresentamos neste carnaval, o tema: Emíla no país da gramática
          Obra prima do imortal escritor brasileiro, Monteiro Lobato, glória da nossa literatura infantil.
          Como em todas as histórias para crianças, estamos entrando no Reino do Faz de Conta.

Histórico:

          A Boneca Emília, conhecida também, como Marquesa de Rabicó, notando que Pedrinho não estava muito satisfeito com as aulas de gramática que Dona Benta lhe estava ministrando durante suas férias no sítio do Pica-Pau Amarelo, convidou-o para fazer um passeio ao País da Gramática. Desnecessário será dizer, que Pedrinho, logo topou a idéia e reuniu de imediato seus amiguinhos – Narizinho e o Visconde de Sabugosa.
          Mas quem os levaria ao País da Gramática?
          Novamente Emília foi quem resolveu a questão.Quem os pode levar, senão o rinoceronte “Quindim”, que além de conhecer profundamente os caminhos das fábulas, era um gradissíssimo gramático.
          Os meninos fizeram todas as combinações necessárias, e no dia marcado partiram muito cedo, a cavalo no rinoceronte, o qual trotava mais duro que a sua casca.
          Logo que entraram nas terras do País da Gramática, começaram a ouvir uns zumbidos que pareciam milhões de vespas; eram os sons orais, explicou o rinoceronte. A, E, I, O, U são sons orais como dizem os senhores gramáticos. Sons orais quer dizer sons produzidos pela boca.

Cidade Velha – Cidade Nova

          Portugália – A Cidade de Portugália dava a idéia de uma fruta incões – ou de duas cidades emendadas, uma mais nova e outra mais velha. A separação entre ambas, consistia num braço de mar.
          - A parte de lá, explicou o rinoceronte, é o bairro antigo onde só existiam palavras portuguesas. Com o andar do tempo essas palavras foram atravessando o mar e derem origem ao bairro de cá, onde se misturam com as palavras indígenas locais. Desse modo formou-se o grande bairro de Brasilina.
          - Compreendo, disse Pedrinho, para cá é a parte do Brasil e para lá é a parte de Portugal. Foi a parte de lá, ou a Cidade Velha que deu origem a parte de cá ou a Cidade Nova.

Mar dos Substantivos

          Havia muita coisa ver no bairro dos substantivos. Observem que estes senhores nomes estão divididos em dois gêneros, o masculino e o feminino, conforme o sexo das coisas ou seres que eles batizam.
          - Mas panela? advertiu Emília. Porque razão panela é feminino e garfo é masculino? Eles tem sexo?
          - Isto é uma das maluquices desta cidade, respondeu o rinoceronte. Este é o gênero neutro, para todas as palavras que designam coisas sem sexo.

Entre os adjetivos

          No bairro dos adjetivos o aspecto das ruas era muito diferente.
          Lá se viam palavras atreladas. Os meninos admiraram-se da novidade e o rinoceronte explicou: os adjetivos, coitados, não tem pernas; só podem se movimentar atrelados aos substantivos, Vamos entrar na sala dos adjetivos. Lá estavam os adjetivos articulares demonstrativos; conjuntivos; interrogativos; possessivos; numerais e cardinais.

A república dos pronomes

          Saindo da casa dos adjetivos, os meninos foram diretos a casinha dos pronomes e ficaram admirados porque eles eram apenas um puxadinho só, e vivem lá como em República de Estudantes e só e movimentam-se amarrados ao verbo, eles foram recebidos amavelmente pelo pronome EU que apresentou-os aos demais. TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES.

Acampamento dos verbos

          Agora iremos visitar o Campo de Marte, onde vivem acampados os verbos, uma espécie curiosa de palavras. Depois dos substantivos são os verbos as palavara mais importantes da linguagem. Eles formam a classe militar da Cidade.
          Os verbos moram em quatro acampamentos, ou campos de conjugações.
          Primeira Conjugação: verbos terminados em AR.
          Segunda Conjugação: verbos terminados em ER.
          Terceira Conjugação: verbos terminados em IR.
          Quarta Conjugação: verbos terminados em OR.
          Emília fez questão de ir visitar também o Verbo Ser que era o mais velho de todos os verbos.
          O Venerando Ancião vivia sentado em um trono, tendo ao redor de si os seus 74 filhos – ou pessoas dos seus modos e tempos.

A tribo dos advérbios

          O verbo SER, amavelmente levou os meninos para conhecerem os Senhores Advérbios.
          Na casa dos advérbios Emília encontrou-os em caixinhas com rótulos nas tampas.
          Primeiro abriu a caixinha dos advérbios de lugar onde encontrou os seguintes: aqui, ali, lá e outros.
          Na segunda caixinha viu os advérbios de tempo: hoje, agora, cedo e outros.
          Na terceira caixinha estavam os advérbios de modo ou qualidade: bem, mal, assim e outros.
          Na quarta estavam os advérbios de quantidade: muito, pouco, bastante, etc.
          Na quinta caixinha estavam os advérbios de ordem: primeiro, antes, depois, etc.
          Na sexta estavam os advérbios de afirmação: sim, deveras, certamente, etc.
          Na sétima viu os advérbios de dúvidas: talvez, caso, quiçá, etc.
          Na oitava viu os advérbios de negação: não, nunca, jamais, etc.
          Na nona viu os advérbios de designação: eis, eis que, eis aqui, etc.

A casa da gritaria

          - Que barulhada! Exclamou Emília ao aproximar-se da casa das interjeições.
          Será algum viveiro de papagaios?
          - São elas. Aquilo lá dentro parece um hospício, porque as interjeições não passam de gritinhos.
          Logo que entraram, Emília viu passarem correndo dois gritinhos de dor, ai! e ui! Logo em seguida vou dando pulos de alegria dois gritinhos: olá! viva! depois outros psiu! arre! Eia! e assim foi desfilando uma série de interjeições.

Passeio ortográfico

          No bairro ortográfico os meninos encontraram uma dama de origem grega, que tomava conta de tudo.
          Narizinho teve a idéia de inquirir porque motivo ela se chamava ortografia.
          Meu nome grego e formado de duas palavras gregas orthos e graphia. Orthos quer disser “correta” e Graphia quer dizer “escrita”. Sou portanto a escrita correta, ou a que ensina a escrever corretamente.

          Este tema foi extraído do livro original do escritor Monteiro Lobato – Emília no País da Gramática – e adaptado para este carnaval por John Rubem Ide e sua equipe;- Ubirajara da Silva Proença Julio Pinto e Alzimar de Miranda

John Ruben Ide e Ubirajara da Silva Proença

 

SAMBA ENREDO                                                1975
Enredo     Emília no país da gramática
Compositores     Roberto Rodrigues e Franklin Martins

É pura sedução
A maravilhosa história
Criada na imaginação
De um escritor genial
Que maravilha
O Carnaval vai, conhecer
A bonequinha encantada
Que alegra a garotada
E ensina a ler

Emília, Emília, Emília
A linda boneca
Marquesa de Rabicó
Encontrou Padrinho
O bom menino e o convidou
A. passear com Quindim.
E ele aceitou
E no país da Gramática
Teve ensino de valor
Adjetivos, advérbios e pronomes pessoais
Incentivado, ele cantou as vogais

A, E, I, O, U vamos decorar
Encontrar o caminho
No país da Gramática
Para estudar

É pura sedução...