Orixás
Justificativa:
A palavra Orixá pode ser separada em dois componentes: Ori (que
significa cabeça ou consciência) e xá (Exclusivo).
Logo Orixá significa uma consciência especifica unida à grande
consciência, chamada de Olorun.
As forças primárias, chamada associadas a cada orixá são
freqüentemente as forças da natureza ou as forças relacionadas aos
humanos. No mundo natural Orixás individuais são associados ao fogo,
água, terra, ar, fenômenos atmosféricos, mundo animal, etc. Os
adeptos deste sistema de crenças também associam os Orixás aos
elementos do dia-a-dia, tais como riqueza, saúde, doença, etc.
Cada Orixá, que pode ser masculino ou feminino, possui uma classe
de expressões ou caminhos que se referem ás formas como um Orixá se
mostra ao mundo. É dito entre eles que cada Orixá traz consigo
diversidades de estados, mais ou menos como uma espécie de positivo
e negativo, pois dizem que assim como o céu pode estar claro ou
escuro, um sentimento pode ser benéfico ou maléfico, os Orixás podem
ser bons ou maus ao mesmo tempo, existindo assim uma variedade de
facetas nas manifestações dos Orixás. Estas diversidades de facetas,
como benévolo e malévolo, claro e escuro, calmo e agressivo,
significariam diversidades inerentes à natureza de seu Deus Olorun.
Estas diversidades de comportamento e características dos Orixás são
necessárias para a existência de uma espécie de todo.
Os ensinamentos deste sistema religioso yorubá se transfere de
pessoa a pessoa através de chamados patakis (contos ou histórias dos
Orixás).
No plano humano cada pessoa teria seu Orixá específico que
corresponderia à essência particular característica de cada pessoa,
homem ou mulher. O Orixá de cada pessoa é, segundo os adeptos deste
sistema religioso, chamado de Orixá da cabeça.
A relação entre cada pessoa e seu Orixá é dita como sendo do tipo
familiar, sendo cada adorador dos Orixás chamado de criança do seu
protetor.
Sinopse:
Os Orixás são filhos e mensageiros de Olodumare, o Deus supremo e
único, e só nos comunicamos com Deus através deles. Todos possuem
lendas, em que eram pessoas poderosas que se transformaram em
deuses, porém com as paixões e defeitos dos seres humanos.
Associam-se aos elementos da natureza, de quem são produtos, já que
nas lendas sempre ao desaparecer se fundem com um desses elementos.
As definições a seu respeito e as lendas africanas de onde eles se
originam são várias, mas coincidem em alguns pontos básicos: Orixás
são divindades intermediárias entre o Deus Supremo e o mundo
terrestre, encarregados de administrar a criação e que se comuniquem
com os homens através de vistosos e complexos rituais. As estórias
sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu
comportamento - arquétipos que encontram correspondência com várias
mitologias, entre elas a greco-romana.
Existem duas correntes básicas que tentam explicar o aparecimento
dos Orixás. Uma delas remonta a criação do universo. Antes de tudo
havia o caos, até que um deus supremo - Olorum -, à semelhança do
Deus católico, criou o universo, suas estrelas, planetas - o mundo
material, enfim, que se separava, de maneira drástica, do que havia
antes; o mundo imaterial ou sobrenatural. Para estabelecer seu
controle sobre os seres que habitariam esses mundos (ou,
especificamente, à Terra), Olorum criou os elementos, sendo cada um
deles a forma material dos Orixás.
Outra maneira de se explicar o mesmo processo é menos mística; os
Orixás seriam seres humanos importantes, donos de grande poder em
vida, que morreram de maneiras incomuns, por meio de grandes acessos
de cólera ou então de fulminante paixão. Essa sobrecarga de
sentimento teria provocado uma espécie de derramamento da essência
de cada ser, impedindo que eles assumissem a forma comum de todos os
espíritos mortos, os eguns. Neste caso, tais espíritos se
identificariam com um dos elementos da natureza.
Havia cerca de 600 Orixás na África, que se reduziram a 50 no
Brasil; desses, apenas 16 são cultuados no Candomblé.Levaremos
sempre em consideração os que são nominados na linguagem yorubana.Existe
uma subdivisão, entre os Orixás, que os diferencia e identifica, de
uma forma mais individual, mesmo dentro do seu grupo, que é
denominado "qualidade" do orixá, cabe uma explicação mais
aprofundada; cada pessoa tem um orixá individual, único e exclusivo,
não existem dois orixás iguais em toda terra, e todos possuímos, o
que chamamos de "cuia' , formada por sete orixás, sendo um
principal, chamado de "frente" - o dono do Orí - , o segundo "ajuntó",
os demais: "proteção", "carrego", "alicerce" e "cumieira". A cada
orixá, as qualidades variam de acordo com a nação que se pratica (kêto,
jêje, angola, ijesá, fon...), essas qualidades exprimem situações
desses Orixás, que podem ser, títulos honoríficos (caso de Xangô),
tipos de animais, lugares, situações, formas ... os sete orixás que
formam a "cuia" de cada pessoa, com as suas mais diversas
qualidades, formam entre si, uma combinação matemática, quase que
infinita, o que propicia a cada indivíduo, um orixá único, sem outro
igual.
Ricardo Paulino
Bibliografia:
- Olóyè Marcelo Monteiro Odearaofa
Adaptado por Lokeni Ifatolà
Roteiro do Desfile:
Nº |
Nome da
Fantasia |
Nome da ala |
Descrição |
Responsável
pela ala |
1° Setor: A África e seus
mistérios |
Comissão de Frente |
Primeiro Casal de Mestre
Sala e Porta Bandeira |
Primeira Alegoria: Panteão dos Orixás |
2° Setor: Homenagem aos
orixás masculinos |
1 |
Ogum |
Amigos |
Deus da
Guerra, do fogo e da tecnologia. |
Serginho e
Carlinhos |
2 |
Oxóssi |
Comunidade I |
Deus da caça. |
Dom Chico |
3 |
Ossãe |
Alegria de São
Matheus |
Deus das
folhas e ervas medicinais. |
Márcia |
4 |
Omulú |
Alegria de São
Matheus II |
Deus da cura
e Dono da terra. |
Márcia |
5 |
Oxumarê |
Unidos |
Deus da chuva
e do Arco-Íris. |
Serginho |
3° Setor: Homenagem aos
sacerdotes e orixás femininos |
6 |
Ogans |
Bateria |
Sacerdote
responsável pelos toques cantos e ritos. |
Jorginho |
7 |
Ekédys |
Passistas |
Sacerdotisa
responsável pelos Orixás. |
Patrícia |
8 |
Iemanjá |
Baianas |
Deusa dos
mares e oceanos. |
Dona Júlia |
9 |
Erês |
Crianaças |
Filhos dos
Orixás. |
Joana D’Arc |
10 |
Xangô |
Show de Éden |
Deus do fogo
e do trovão. |
Ivone |
4° Setor: Homenagem as
iabás e as ialorixás |
11 |
Inhasã |
Comunidade II |
Deusa dos
ventos e das tempestades. |
Dom Chico |
12 |
Oxum |
Comunidade
III |
Deusa da água
doce, do ouro, da fecundidade, búzios e do amor. |
Dom Chico |
13 |
Mãe de Santo |
Quilombolas |
Zeladoras dos
Orixás e Responsável pela casa de santo. |
Ana Lúcia |
14 |
|
Velha Guarda |
|
Zilá |
15 |
|
Compositores |
|
Estevão |
Segunda Alegoria: Zeladores dos Santos |
|