FICHA TÉCNICA 2006

 

Carnavalesco     Victor do Santos e Robson Goullart
Diretor de Carnaval     Wander Timbalada e Valber Frutuoso
Diretor de Harmonia     Wander Timbalada e Valber Frutuoso
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Mestre Douglas Botelho
Puxador de Samba Enredo     Tico do Gato
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Anderson e Nívea Araújo Ribeiro
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Alexandre Alves Ribeiro e Eliane Santos da Silva
Resp. Comissão de Frente     Handerson Big
Resp. Ala das Baianas     Julia Costa de Oliveira
Resp. Ala das Crianças     Yonara

 

SINOPSE 2006
Da cor do pecado (Reedição de 1992)

Introdução:

          Para o carnaval 2006 a Escola de Samba Unidos da Ponte irá apresentar uma releitura do desfile de 1992, quando então a Agremiação ascendeu ao grupo especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
          No entanto, a apresentação do desfile 2006 busca retratar o mesmo tema de forma inédita, sem seguir a idéia inicial do carnavalesco Alexandre Louzada, deveras adequada aos moldes da época.
          A fim de apresentar um belo espetáculo, incluiremos a atual situação política do Brasil na retratação do enredo, enfatizando os pecados capitais que conduzem o Homem a se corromper, negligenciar seus valores e abdicar as virtudes divinas em detrimento de pecados infernais.
          São pecados capitais cada um dos sete vícios considerados como fontes de todos os pecados: o orgulho, a avareza, a luxúria, a ira, a gula, a inveja e a preguiça.
          "Da Cor do Pecado". Por definição, entende-se pecado como a transgressão consciente e voluntária das leis divinas. Falta cometida contra regras e normas preestabelecidas. Estado que resulta para o pecador em consequência de falta cometida.
          São diversos os tipos de pecado existentes: pecado da carne (que tem por objeto o deleite carnal); pecado de juventude (falta que pode ser atribuída à inexperiência da juventude); pecado mortal (violação da Lei de Deus, em matéria grave, com advertência e consentimento, que leva à morte da alma); pecado de omissão (aquele que resulta do não cumprimento daquilo que a fé prescreve); pecado reservado (do qual só se pode ser absolvido pelo Papa, pelo bispo ou por seu delegados); pecado venial (que enfraquece a graça, sem a destruir; dentre outros.
          Almejando ilustrar a amplidão dos significados do termo pecado, a Agremiação Unidos da Ponte mostrará um carro Abre-Alas dividido em duas partes, e o qual será a síntese de todo o tema.
          Inicialmente será apresentado um cenário infernal, com um dragão simbolizando as tentações. Mostrará ainda um cenário celestial, o qual representará a natureza divina da criatura humana. Por fim, no centro desta alegoria, uma serpente e uma maçã; a qual representará o pecado original, estado de degradação em que são concebidos todos os descendentes de Adão.
          A primeira noção de pecado está ligada à tentação e à desobediência do Homem às determinações de Deus. O tema mergulha nas profundezas da alma humana, abordando os principais conflitos e dualidades que atordoam a mente do Homem: pecado X virtude; o bem X o mal; celestial X infernal; etc..
          Na sequência do desfile, serão retratados três dos sete pecados capitais: a inveja (desejo de possuir o bem de outrem, pesar ou desgosto ante a prosperidade alheia); a ira (cólera, raiva, ódio, fúria) e a cobiça (desejo veemente e imoderado de possuir , ambição, avidez). Através da figura do orgulhoso, que seduzido pela busca da exaltação de suas virtudes e seus valores, é alimentado pelo “olho-gordo” da inveja e pelos raios da ira.
          "Bye, bye Brasil / A Misélia acabou e o martírio se multiplicou". O terceiro setor fará uma alusão ao cenário político, econômico e social do Brasil, enfocando a atual situação do país. Serão retratados os quatro pecados capitais restantes: a avareza (apego sórdido ao dinheiro, desejo ardente de acumular riquezas, mesquinhez, sovinice); a preguiça (propensão para a ociosidade, aversão ao trabalho, indolência, negligência, moleza, pachorra, morosidade); a gula (excesso de comida, glutonaria, gosto exagerado das boas iguarias, gulodice); e a luxúria (viço nas plantas, sensualidade, libertinagem, lascívia, concupiscência).
          Brasília, a capital do nosso país, o coração da pátria, deveria estar cumulado de virtudes e altruísmo. Porém, transformou-se num covil de ladrões, de desonestidade e de exposição exacerbada de preguiça, avareza, luxúria e descaso com a coisa pública, com o bem comum.
          Felizmente, o Homem não é só pecado; também é detentor de virtudes e qualidades que o dignificam e exaltam. O último setor mostrar-se-á inspirado em figuras clássicas do carnaval, incluindo os tradicionais Bailes de Máscara, típicos dos carnavais tradicionais.
          Buscaremos aliar uma grande celebração da alegria, à liberdade, à humildade e ao amor; sentimentos que nos redimem e nos aproximam de Deus; que nos fazem crer que de fato realmente é possível que o bem vença o mal. Que é possível vencer os desafios lançados pelos dragões e sublimar o mal que há sobre a Terra para, desta forma, nos aproximarmos daquilo que é divino.
          O quarto carro-alegórico, intitulado "O Samba é Nossa Redenção", homenageará nosso querido amigo Jorge Lafon, que não se encontra mais entre nós e esteve presente no desfile de 1992.
          Sucintamente, finalizaremos nosso desfile deixando uma mensagem de esperança e alegria, fazendo do carnaval 2006 uma grande festa.

Vítor Santos, Valber Frutuoso e Bianca Behrends

 

SAMBA ENREDO                                                2006
Enredo     Da cor do pecado
Compositores     Grillo, Og do Cavaco, Osvaldo do Parque, Serginho do Porto e Naldo
Hoje a Ponte está em festa, ô
sacudindo corações
Poesia me incendeia
O meu coração vadeia
Derramando emoções (emoções)
E assim eu vou
Feliz da vida
Bem mais bonita
Que se possa imaginar
Meu azul eterno vai brilhar

Sai, sai, pra lá
Seca pimenteira
Seu mal olhado
Não vai me pegar

Há esperança
Nesse meu cantar

Eu não parto nem reparto
O ouro e a prata
Não dou a ninguém
Quero me embalar na rede
Matar minha sede
Nos braços de alguém
Oh! Tentação
Pedaço desse mal caminho
Para mim eu quero rosa
Pra você espinho

Bay, bay, Brasil
A mizélia acabou (ô, ô)
E o Martilio se multiplicou