FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     José Marcos e Myriam Araújo
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     Rui Sérgio Ovídio (Rui Só)
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2002

Sou Índio, sou Branco, sou Negro, sou Brasil,
sou Brasileiro, eu nasci para bailar

          Nesse enredo vamos falar, desse gigante chamado Brasil, quem um dia se cansou de estar deitado eternamente em berço explêndido, resolveu se levantar. E ao se olhar no espelho, hora se achava índio, hora se achava branco e hora se achava negro. Meio confuso viaja todo país, em busca de suas raízes, e saber assim de sua identidade étnica.
          E nessa viagem, se depara com a cultura e a arte popular, ricamente influenciada pelos índios, brancos e negros, formando assim, esse caldeirão de ritmos, movimentos e beleza, que só o povo brasileiro possui, percebendo que o povo dança, para aliviar sua dor e que para ser forte, tem que ter identidade cultural, preservando sua raiz.

Rodando e norte ao sul, deste país.
Meio sem identidade
De sereno a sereno
Fui buscar minha raiz
No batuque do tambor
Nos acordes de sanfona
No toque do ganzá
Na batida do Agogô
De Janeiro a Janeiro
Rodei meu país inteiro
Sou Brasil, sou brasileiro
Eu nasci para bailar

E na mata é Lua cheia
Vem menina, vem dançar
Hoje tem festa na aldeia
É caprichoso, é garantido
Índio dança a noite inteira
Vem meu boi, meu boi bumbá.

Com índio aprendi a dançar de roda
Na benção aos rituais
Era Sol, era Lua
Os seus deuses ancestrais
E com a marcação do pé
Firmavam toda sua fé

Mas o branco me reverenciava
A quadrilha, dança da corte real.
De origem francesa
De passos marcados, sem igual.

E continuando minha caminhada
Deparei com a dança
De um equilíbrio a ermo
Com uma técnica fenomenal
Participei da dança do frevo

Já em Montes Claros, Minas Gerais.
Fazendeiros e senhores da terra
Promoviam com seus animais
Ricamente vestidos de seda e veludo
Lembravam Carlos Magno, o Rei Cristão.
Na luta contra os Mouros
Formando uma dança montada
Do rei da Cavalhada
No Grande Serrado, ao norte deste país.
Encontro-me com os Reis Magos.
Que são grupos de homens que formam
A dança do Reisado, que com seus instrumentos.
Trovam e versam cantigas de passagem
Enriquecendo sua coreografia, e cantam.
Senhor dono da casa
Olhos de cana caiana
Quanto mais a cana cresce
Mais aumenta a sua fama
Senhor dono da casa
Talhada de melancia
Sua mulher estrela d'Alva
Sua filha, luz do dia.

Encerrando, minha caminhada.
Enriqueço-me de sentimentos
Ao ressaltar a importância da dança
Na vida deste povo sofrido “o negro”
Que dança para aliviar a dor
Que dança para superar o preconceito
Que dança para afastar a pobreza e a injustiça social
Que dança esquecendo todas as mazelas
Imposta pela classe dominante
E faz de seus rituais uma dança
Uma forma de resistência
Fortalecendo assim sua identidade
Trazendo força, gingado a sensualidade
Na arte da capoeira, trazida por africanos escravos.
Ao som do Berimbau de Beiço, conhecido como Marabau.
Já o Maracatu, é um cortejo dos negros.
Que saíam das fazendas e senzalas
Para festa anual na Igreja de Nossa Senhora do Rosário
E durante o cortejo reverenciavam Iemanjá
Planejando fugas para os quilombos
E mesmo escravizados queriam coroar
Seu rei e sua rainha
Dando prosseguimento de suas danças
Os negros bailavam a congada, o Candomblé.
O Afoxé, o samba de roda e samba regue.
E já cansado de tanto dançar
O nosso herói, diz com muito orgulho.
Sou índio
Sou branco
Sou negro
Sou Brasil, sou brasileiro.
Eu nasci para bailar.

José Marcos e Myriam

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo

    Sou Índio, sou Branco, sou Negro, sou Brasil, sou Brasileiro, eu nasci para bailar

Compositores     Bola, Amâncio, Dilson e Rui Só
Despertei
Vou atrás da nossa identidade
Sou Parque Curicica
Sou só felicidade
De norte a sul deste país
Vou desbravar pra descobrir minha raiz
Vou no batuque do tambor
Na batida do agogô
Sabem quem eu sou ?

Sou alma da lua cheia, clareia
Tem canto e dança na aldeia
Tem magia
Na festa onde a beleza contagia

Vi a dança do frevo,
Cavalhada, xote e baião
É a influência européia
Em nosso torrão
Vi no folclore as diferenças culturais
Meu Brasil fui conhecendo um pouco mais
Pedi axé aos orixás do candomblé
Dancei maracatu, maculelê e gafieira
O negro é rei
Nesta festa que acaba quarta-feira

Sou índio, sou branco, sou negro
Sou Brasil, sou brasileiro
Eu nasci para bailar
No carnaval a maior festa popular