Alô, alô, Intendente!
Aquele abraço!
Justificativa
Diz
o velho ditado que "felicidade mora ao lado", para
nós da União de Jacarepaguá, a felicidade também passa em frente.
Não queremos de forma alguma contestar a frase acima, e sim apresentar
o nosso Enredo para o Carnaval 2006.
O nosso
Enredo "Alô, alô Intendente! Aquele abraço...", para
o Carnaval 2006, tem a missão de contar a história da Estrada Intendente
Magalhães. Ao iniciarmos a pesquisa do nosso tema, ficamos de
frente com fragmentos históricos ligados ao desenvolvimento do Brasil,
que acreditamos ser inéditos para muitos.
Como o assunto
é samba, a Estrada tem a sua participação no Carnaval Carioca, com
o desfile das Escolas de Samba, que aspiram galgar grupos melhores
até chegar ao Desfile do Grupo Especial. A Estrada também acolhe o
celeiro de bambas de duas Escolas que com muita garra representam
o lugar. A Tradição e a União de Jacarepaguá.
Com a
criação do Shopping do Automóvel, a Intendente Magalhães se torna
novamente a grande vedete, a melhor referência para quem quer comprar,
vender ou trocar seu carro.
Vamos
de carona com a União de Jacarepaguá, dar aquele abraço para todos
em nosso desfile na Marques de Sapucaí, e acreditar que dias melhores
estão pra vim....
Histórico do enredo
No
inicio, Jacarepaguá não tinha dono, embora a rica diversidade de seres
vivos, índios, animais e, vegetais conviviam com inteligência em simetria
às leis da natureza. Essa harmonia ambiental cessou com o descobrimento
do Brasil.
O Rei
de Portugal passou a ser proprietário de tudo, com o poder de dividir
o mundo descoberto entre os vassalos, sem, contudo perder a autoridade
central e absoluta. Seus representantes no Brasil também tinham direito
de doar, terras para agricultura. Eram as chamadas sesmarias.
Após
a fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, houve uma luta sangrenta,
para expulsar os franceses, comandados por Nicolau Durand Villegagnon.
Nessa batalha, morreu o fundador da cidade, Estácio de Sá.
O seu
tio, Mem de Sá, o então governador-geral do Brasil, foi quem comandou
a expulsão definitiva dos corsários franceses. Depois, ele resolveu
regressar para Salvador, a Capital da colônia. Antes de embarcar,
nomeou outro sobrinho para governar o Rio de Janeiro: Salvador Correia
de Sá.
Salvador
administrou a cidade de 1567 a 1598, exceto no período de 1573 a 1575,
quando foi governada por Cristóvão de Barros e no período de 1576
a 1577, por Antônio Salema.
Logo
que assumiu a capitania, Salvador doou sesmarias no Rio de Janeiro
para os portugueses que combateram os franceses durante a fundação
da cidade.
Jerônimo Fernandes e Julião Rangel de Macedo receberam, naquele ano
de 1567, terras na futura região de Jacarepaguá.
Os
Caminhos de Jacarepaguá
Em
8 de dezembro de 1589, por doação da Marquesa Ferreira, viúva de Cristóvão
Monteiro, primeiro ouvidor do Rio de Janeiro, os jesuítas adquiriram
a fazenda de Santa Cruz.
Para
atingir a nova propriedade, os padres da Companhia de Jesus foram
os responsáveis pela formação do caminho que deu origem à Estrada
Real de Santa Cruz.
Os povoadores
pioneiros de Jacarepaguá também usavam o caminho dos jesuítas, mas
em certo trecho dobravam à esquerda para as suas terras. Exatamente
no local desse desvio é que nasceu o Largo do Campinho.
Nesse
mesmo ponto, em direção opostas, outra curva seguia para a Freguesia
de Irajá. Os viajantes elegeram o lugar para descansar, deixando os
animais pastarem no campo existente no encontro desses caminhos.
O campo
não era muito grande. Assim, passou a ser chamado de Campinho. O lugar
tornou-se passagem obrigatória não somente para se chegar à Fazenda
de Santa Cruz; para atingir outras localidades, o viajante tinha que
passar pela Estrada Real de Santa Cruz e, por conseguinte, pelo Largo
do Campinho.
Muitos
vinham das províncias, como São Paulo e Minas Gerais. Eles muitas
vezes optaram em fazer uma pausa no Largo do Campinho, antes de enfrentarem
o trajeto final para a cidade do Rio de Janeiro.
A região
foi loteada e se formou grandes fazendas com plantações cana - de
açúcar e café.
O Ludovico
foi grande plantador de café na área das atuais ruas Francisco Gifoni,
Teles e Comendador Pinto, inclusive o Morro da Bica (hoje mais conhecido
como Morro do Fubá, e que na época do Ludovico era chamado de Morro
das Pedras).
Com a
retirada dos Jesuítas da Fazenda da Santa Cruz, pelo portugueses,
o Caminho passa a respirar ares nobres, e ganha a denominação de “Caminho
Imperial”, ou “Estrada Real de Santa Cruz”.
O Ten-Cel
Carlos José de Azevedo Magalhães acabou herdando uma fazenda, que
pouca vocação tinha para as atividades agrárias e, ao invés, mantinha
pretensões políticas, a ponto de ter sido nomeado Intendente (prefeito,
chefe do executivo municipal).
Incentivado
pelo Intendente Magalhães, desenvolveram-se na enorme fazenda pequenas
vilas, como as de Marechal Hermes e Realengo e através destas se construíram
inúmeras estradas. O presidente Washington Luiz, por exemplo, retificou
e integrou à antiga estrada Rio-São Paulo, o trecho da Estrada Real
de Santa Cruz, que de Campinho a Realengo, atravessava a fazenda.
O grande
boom de construção foi iniciado no final da década de 1960. O trecho
da antiga estrada Real de Santa Cruz que passa por Vila Valqueire
recebeu o nome de Estrada Intendente Magalhães em homenagem ao Tenente
- Coronel Carlos Magalhães, também dono de muitas terras na região
e que foi o candidato mais votado para a Intendência Municipal (atual
Câmara dos Vereadores) nas eleições de 1899.
Nos dias
de hoje a Estrada tem um papel muito importante no carnaval carioca,
abriga o sonho do especial. É a ribalta onde tudo começa, diz o regulamento
antes da Marques da Sapucaí, tem que passar pela Intendente.
Nem as
dificuldades de se colocar uma Escola na rua, tira a animação do folião
e dos que ficam as margens da Estrada.
Também
ali, duas Escolas montaram seu celeiros. Tradição e a União de Jacarepaguá,
representam a região com muita garra!
Com a
revitalização do “Caminho Imperial”, e a criação do Shopping
do Automóvel, a estrada se torna novamente a grande vedete, a melhor
referência para quem quer comprar, vender ou trocar seu carro. Um
grande marketing para a nossa região.
Vamos
de carona com a União de Jacarepaguá passear na Marques de Sapucaí
e dar aquele alô! “Alô, Alô Intendente! Aquele Abraço...”.
Sinopse:
1º Setor – Pelos caminhos da Estrada
Real, rumo a fazenda Imperial...
primeiro caminho dos jesuítas rumo a fazenda de Santa Cruz,
dando origem a estrada sendo cruzada pela Companhia de Jesus...
virou passagem obrigatória para viajantes caixeiros,
com destino a cidade do Rio de Janeiro...
e de províncias dos mais distantes locais,
como de São Paulo, e Minas Gerais...
ai vem a Coroa Portuguesa, e se encanta com a fazenda,
criando um sonho Imperial!
que hoje e contado e cantado pela nossa escola,
neste carnaval...
logo se descobre um paraíso belo e prospero para cultivar,
sendo assim chamado de sesmaria de Jacarepaguá...
a estrada Real é criada, rumo a fazenda de Santa Cruz encanto do Imperador!
transportando a Corte Imperial, riquezas e valor...
2º Setor – Transportando o progresso, uma história de sucesso...
com o passar dos tempos, dizimou-se e recebeu outras designações,
até chegar a definitiva Intendente Magalhães...
foi personagem do progresso da região!
integrou vilas e bairros, e foi o percurso inicial
da estrada Rio – São Paulo, quando a Cidade era a Capital...
alô, alô Realengo, Campos dos Afonsos, Marechal Hermes,
Campinho, Sulacap, e tantos mais,
para mandar aquele abraço, e por ela que eu passo...
na sedução do seu traço, mil beijos e paz...
3º Setor – A ribalta do sonho especial, reduto de bambas do carnaval...
abriga o sonho do carnaval,
desejo das escolas com o grupo especial,
é o palco onde tudo começa!
ta regulamento, antes da Marques de Sapucaí,
tem que passar pela Intendente,
mais quem diz que ali o povo também não sorri!
nas suas margens uma grande ave vez seu ninho,
bem no bairro de Campinho!
o Condor guerreiro, montou seu celeiro...
falo da Escolas de Samba Tradição!
próximo dali, também bom samba de ouve,
uma certa Escola com apelido de arroz com couve,
representa bem o lugar,
claro que a nossa querida União de Jacarepaguá...
4º Setor – Movendo a paixão, coroada pela União...
certo estava, quem disse que brasileiro,
é apaixonado por carro!
com a criação do Shopping do Automóvel
bem aqui no Rio de Janeiro,
a Intendente se torna mais uma vez inesquecível!
compro, vendo e troco,
faço negócio, até não poder mais,
dou de entrada o meu usado,
e saio com o zero, com motor super capaz...
posso pagar em tantas vezes,
acho que vou comprar em vinte meses,
e curtir o meu possante sensacional!
e com ele feliz brincar o meu carnaval...
há!, conselho bom nunca é demais,
vai com calma camarada e no trânsito sempre paz...
Rodrigo
Sampaio
|