FICHA TÉCNICA 2006

 

Carnavalesco     Rodrigo Sampaio
Diretor de Carnaval     ................................................................
Diretor de Harmonia     Itamar de Oliveira
Diretor de Evolução     Itamar de Oliveira
Diretor de Bateria     Ivo Francis (Mestre Ivo) e Hugo César (Mestre Hugo)
Puxador de Samba Enredo     Richah (Rixxa)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Léo Chocolat e Eliana Fidelis Adão (Naninha Fidellys)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Leonardo Sant'Ana e Max
Resp. Comissão de Frente     David
Resp. Ala das Baianas     Dona Denair
Resp. Ala das Crianças     Jerônimo e Vandéia

 

SINOPSE 2006

Alô, alô, Intendente! Aquele abraço!

Justificativa

          Diz o velho ditado que "felicidade mora ao lado", para nós da União de Jacarepaguá, a felicidade também passa em frente. Não queremos de forma alguma contestar a frase acima, e sim apresentar o nosso Enredo para o Carnaval 2006.
          O nosso Enredo "Alô, alô Intendente! Aquele abraço...", para o Carnaval 2006, tem a missão de contar a história da Estrada Intendente Magalhães. Ao iniciarmos a pesquisa do nosso tema, ficamos de frente com fragmentos históricos ligados ao desenvolvimento do Brasil, que acreditamos ser inéditos para muitos.
          Como o assunto é samba, a Estrada tem a sua participação no Carnaval Carioca, com o desfile das Escolas de Samba, que aspiram galgar grupos melhores até chegar ao Desfile do Grupo Especial. A Estrada também acolhe o celeiro de bambas de duas Escolas que com muita garra representam o lugar. A Tradição e a União de Jacarepaguá.
          Com a criação do Shopping do Automóvel, a Intendente Magalhães se torna novamente a grande vedete, a melhor referência para quem quer comprar, vender ou trocar seu carro.
          Vamos de carona com a União de Jacarepaguá, dar aquele abraço para todos em nosso desfile na Marques de Sapucaí, e acreditar que dias melhores estão pra vim....

Histórico do enredo

          No inicio, Jacarepaguá não tinha dono, embora a rica diversidade de seres vivos, índios, animais e, vegetais conviviam com inteligência em simetria às leis da natureza. Essa harmonia ambiental cessou com o descobrimento do Brasil.
           O Rei de Portugal passou a ser proprietário de tudo, com o poder de dividir o mundo descoberto entre os vassalos, sem, contudo perder a autoridade central e absoluta. Seus representantes no Brasil também tinham direito de doar, terras para agricultura. Eram as chamadas sesmarias.
           Após a fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, houve uma luta sangrenta, para expulsar os franceses, comandados por Nicolau Durand Villegagnon. Nessa batalha, morreu o fundador da cidade, Estácio de Sá.
           O seu tio, Mem de Sá, o então governador-geral do Brasil, foi quem comandou a expulsão definitiva dos corsários franceses. Depois, ele resolveu regressar para Salvador, a Capital da colônia. Antes de embarcar, nomeou outro sobrinho para governar o Rio de Janeiro: Salvador Correia de Sá.
           Salvador administrou a cidade de 1567 a 1598, exceto no período de 1573 a 1575, quando foi governada por Cristóvão de Barros e no período de 1576 a 1577, por Antônio Salema.
           Logo que assumiu a capitania, Salvador doou sesmarias no Rio de Janeiro para os portugueses que combateram os franceses durante a fundação da cidade.
Jerônimo Fernandes e Julião Rangel de Macedo receberam, naquele ano de 1567, terras na futura região de Jacarepaguá.

Os Caminhos de Jacarepaguá

          Em 8 de dezembro de 1589, por doação da Marquesa Ferreira, viúva de Cristóvão Monteiro, primeiro ouvidor do Rio de Janeiro, os jesuítas adquiriram a fazenda de Santa Cruz.
           Para atingir a nova propriedade, os padres da Companhia de Jesus foram os responsáveis pela formação do caminho que deu origem à Estrada Real de Santa Cruz.
           Os povoadores pioneiros de Jacarepaguá também usavam o caminho dos jesuítas, mas em certo trecho dobravam à esquerda para as suas terras. Exatamente no local desse desvio é que nasceu o Largo do Campinho.
           Nesse mesmo ponto, em direção opostas, outra curva seguia para a Freguesia de Irajá. Os viajantes elegeram o lugar para descansar, deixando os animais pastarem no campo existente no encontro desses caminhos.
           O campo não era muito grande. Assim, passou a ser chamado de Campinho. O lugar tornou-se passagem obrigatória não somente para se chegar à Fazenda de Santa Cruz; para atingir outras localidades, o viajante tinha que passar pela Estrada Real de Santa Cruz e, por conseguinte, pelo Largo do Campinho.
           Muitos vinham das províncias, como São Paulo e Minas Gerais. Eles muitas vezes optaram em fazer uma pausa no Largo do Campinho, antes de enfrentarem o trajeto final para a cidade do Rio de Janeiro.
           A região foi loteada e se formou grandes fazendas com plantações cana - de açúcar e café.
           O Ludovico foi grande plantador de café na área das atuais ruas Francisco Gifoni, Teles e Comendador Pinto, inclusive o Morro da Bica (hoje mais conhecido como Morro do Fubá, e que na época do Ludovico era chamado de Morro das Pedras).
           Com a retirada dos Jesuítas da Fazenda da Santa Cruz, pelo portugueses, o Caminho passa a respirar ares nobres, e ganha a denominação de “Caminho Imperial”, ou “Estrada Real de Santa Cruz”.
           O Ten-Cel Carlos José de Azevedo Magalhães acabou herdando uma fazenda, que pouca vocação tinha para as atividades agrárias e, ao invés, mantinha pretensões políticas, a ponto de ter sido nomeado Intendente (prefeito, chefe do executivo municipal).
           Incentivado pelo Intendente Magalhães, desenvolveram-se na enorme fazenda pequenas vilas, como as de Marechal Hermes e Realengo e através destas se construíram inúmeras estradas. O presidente Washington Luiz, por exemplo, retificou e integrou à antiga estrada Rio-São Paulo, o trecho da Estrada Real de Santa Cruz, que de Campinho a Realengo, atravessava a fazenda.
           O grande boom de construção foi iniciado no final da década de 1960. O trecho da antiga estrada Real de Santa Cruz que passa por Vila Valqueire recebeu o nome de Estrada Intendente Magalhães em homenagem ao Tenente - Coronel Carlos Magalhães, também dono de muitas terras na região e que foi o candidato mais votado para a Intendência Municipal (atual Câmara dos Vereadores) nas eleições de 1899.
           Nos dias de hoje a Estrada tem um papel muito importante no carnaval carioca, abriga o sonho do especial. É a ribalta onde tudo começa, diz o regulamento antes da Marques da Sapucaí, tem que passar pela Intendente.
           Nem as dificuldades de se colocar uma Escola na rua, tira a animação do folião e dos que ficam as margens da Estrada.
           Também ali, duas Escolas montaram seu celeiros. Tradição e a União de Jacarepaguá, representam a região com muita garra!
           Com a revitalização do “Caminho Imperial”, e a criação do Shopping do Automóvel, a estrada se torna novamente a grande vedete, a melhor referência para quem quer comprar, vender ou trocar seu carro. Um grande marketing para a nossa região.
           Vamos de carona com a União de Jacarepaguá passear na Marques de Sapucaí e dar aquele alô! “Alô, Alô Intendente! Aquele Abraço...”.

Sinopse:

1º Setor – Pelos caminhos da Estrada Real, rumo a fazenda Imperial...

primeiro caminho dos jesuítas rumo a fazenda de Santa Cruz,
dando origem a estrada sendo cruzada pela Companhia de Jesus...
virou passagem obrigatória para viajantes caixeiros,
com destino a cidade do Rio de Janeiro...
e de províncias dos mais distantes locais,
como de São Paulo, e Minas Gerais...
ai vem a Coroa Portuguesa, e se encanta com a fazenda,
criando um sonho Imperial!
que hoje e contado e cantado pela nossa escola,
neste carnaval...
logo se descobre um paraíso belo e prospero para cultivar,
sendo assim chamado de sesmaria de Jacarepaguá...
a estrada Real é criada, rumo a fazenda de Santa Cruz encanto do Imperador!
transportando a Corte Imperial, riquezas e valor...

2º Setor – Transportando o progresso, uma história de sucesso...

com o passar dos tempos, dizimou-se e recebeu outras designações,
até chegar a definitiva Intendente Magalhães...
foi personagem do progresso da região!
integrou vilas e bairros, e foi o percurso inicial
da estrada Rio – São Paulo, quando a Cidade era a Capital...

alô, alô Realengo, Campos dos Afonsos, Marechal Hermes,
Campinho, Sulacap, e tantos mais,
para mandar aquele abraço, e por ela que eu passo...
na sedução do seu traço, mil beijos e paz...

3º Setor – A ribalta do sonho especial, reduto de bambas do carnaval...

abriga o sonho do carnaval,
desejo das escolas com o grupo especial,
é o palco onde tudo começa!
ta regulamento, antes da Marques de Sapucaí,
tem que passar pela Intendente,
mais quem diz que ali o povo também não sorri!

nas suas margens uma grande ave vez seu ninho,
bem no bairro de Campinho!
o Condor guerreiro, montou seu celeiro...
falo da Escolas de Samba Tradição!

próximo dali, também bom samba de ouve,
uma certa Escola com apelido de arroz com couve,
representa bem o lugar,
claro que a nossa querida União de Jacarepaguá...

4º Setor – Movendo a paixão, coroada pela União...

certo estava, quem disse que brasileiro,
é apaixonado por carro!
com a criação do Shopping do Automóvel
bem aqui no Rio de Janeiro,
a Intendente se torna mais uma vez inesquecível!

compro, vendo e troco,
faço negócio, até não poder mais,
dou de entrada o meu usado,
e saio com o zero, com motor super capaz...

posso pagar em tantas vezes,
acho que vou comprar em vinte meses,
e curtir o meu possante sensacional!
e com ele feliz brincar o meu carnaval...

há!, conselho bom nunca é demais,
vai com calma camarada e no trânsito sempre paz...

Rodrigo Sampaio

 

SAMBA ENREDO                                                2006
Enredo     Alô, alô, Intendente! Aquele abraço!
Compositores     Marinho, Ivanísia, Fernando Tcha Tcha, Tito e Jorge Buccos

Ecoou a saudação que a avenida faz vibrar
Alô, alô Intendente, aquele abraço
Da União de Jacarepaguá
Foi a divina luz, que abençoou o caminho
Rumo à Fazenda Santa Cruz
Que os jesuítas receberam com carinho
Paraíso que encantou a realeza
Dando início a Estrada Real
Além da terra da garoa
O progresso foi a via principal

Sombra e água fresca, uma pausa no caminho
Reduto de bambas, é Campinho

Intendente Magalhães, dá orgulho de se ver
"Caminho" até o Campo dos Afonsos
Hoje canto pra você
Palco das escolas que almejam ascensão
Ninho do condor da Tradição
O verde é esperança, o branco é paz, traz confiança
"Arroz com couve" alimento eficaz
Regado à samba, é bom demais
Tem auto-shopping, é sucesso
Acelera a região
A riqueza e o comércio, se expandiram nesse chão
Onde mora a "União"

Vou comprar um carro zero, ou usado em bom estado
Pra passear
Com o meu amor do lado vou rodar pela cidade
Só dou carona pra felicidade