FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Jorge Mendes
Diretor de Carnaval     Toti
Diretor de Harmonia     Hélio Dantas
Diretor de Evolução     Hélio Dantas
Diretor de Bateria     Mestre Bira
Puxador de Samba Enredo     Tiãozinho Cruz
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marco Aurélio (Popô) & ???
Segundo Casal de M.S. e P. B.     .............................................................
Resp. Comissão de Frente     Márcio Vieira
Resp. Ala das Baianas     Dora dos Santos
Resp. Ala das Crianças     Moreno

 

SINOPSE 2002

Asas: Sonho de muitos , privilégio de poucos , tecnologia de todos

Introdução:

            O homem não tem asas, mas nós as construiremos, e então “poderemos voar”.

            A União de Jacarepaguá, conta em seu enredo algumas características das asas. Da cera ao aço, dividindo-a três partes: SONHO, PRIVILÉGIO E TECNOLOGIA. (sonho) mitologia asas de cera, (privilégio) seres alados, aves insetos etc. (tecnologia) asas de aço.

1ª Parte: Sonho (Mitologia)

            Há três mil anos, os antigos gregos contavam que Dédalo era um habilidoso escultor Suas obras eram adoradas e respeitadas por todos. Mas a inveja e o ciúme conduziram o artista a miséria.
            Banido de sua terra por ter assassinado o jovem Talo, Dédalo se aventurou pela a Ática com seu filho Ícaro e foi acolhido com honras pelo rei Minos, que conquistou sua amizade. Mais tarde o rei o incumbiu de construir um labirinto para afastar do convívio dos demais homens, o Minotauro (o terrível monstro metade homem metade touro) que aprisionava e devorava anualmente sete moças e sete rapazes atenienses como tributo imposto por Minos, rei de Creta. E Dédalo o fez: o labirinto era tão cheio de curvas e segredos que ele próprio teve dificuldade de sair de lá.
            Logo, a amizade de Minos transformou-se em tirania. Ele confinou Dédalo a uma ilha da qual jamais poderia sair sem sua autorização. Para escapar do rei, o único jeito seria voando.
            Dédalo o Ícaro fabricaram dois enormes pares de asas, com penas amarradas com fio de linho e sobre elas colocaram cera, para que ficassem coladas umas nas outras e saltaram para o infinito. Os primeiros momentos de vôo são penosos. Os corpos não encontram o equilíbrio exato e tremem com o vento.
            Preocupado Dédalo recomenda ao filho que voe numa altitude média, mas Ícaro deslumbrado com a beleza do firmamento chega próximo demais do sol. Os raios ardentes amolecem a cera e as asas começam a se desfazer, o corpo de Ícaro mergulha no mar Na superfície mansa das águas, duas asas flutuam, perdidas, cada pena que compunha as asas do jovem transformam-se numa ilha constituindo o arquipélago das Icárias.

A saga de Pégaso

            Outro ser fantástico da mitologia grega era pégaso o cavalo alado. Perseu, um dos filhos de Zeus, cortou a cabeça da Górgona (Medusa), e pégaso nasceu do sangue gotejante. O cavalo voou para os ares a fim de reunir-se aos deuses e foi capturado pela deusa Atena. Atena domou o cavalo com um freio de ouro. A deusa deu este freio a Belerofonte, que aplacou pégaso com esse freio e montou o cavalo alado para combater a Quimera e as Amazonas. Pégaso sacudiu Belerofonte de seu dorso e voou rumo aos céus. Zeus transformou o cavalo em uma constelação do hemisfério celeste norte.

2ª Parte Privilégio (Seres Alados)

            Entre os seres privilegiados que possuem asas, não distinguem apenas os anjos no âmbito cristão mas também os seres demoníacos, fadas insetos e principalmente as aves.
            Os insetos são o grupo de animais mais numerosos do mundo. Dentre os insetos que possuem asas, destacamos a borboleta pela beleza de sua asa e o romantismo de seu vôo. A libélula (lavadeiras) pela transparência de suas asas e as abelhas que possuem asas pouco visíveis mas de rara destreza. Aos seres demoníacos não se atribuem as leves asas, mas sim os coriáceas do morcego.
            A asa de uma ave obedece a rigorosos princípios aerodinâmicos, não só é desenhada para cortar o ar com pouco atrito mas também é curva para dar sustentação, a força que mantém as aves no ar. O ar que passa pela borda de ataque e sobre a superfície convexa da parte superior da asa velocidade. As aves que voam, desde o menor beija-flor ao maior albatroz, são mais semelhante por sua constituição que qualquer outro grupo de animais.
            A forma da asa revela seu uso. As aves que planam sobre o mar tem asas longas estreitas (pardela, gaivotas). As que voam sobre a terra tem asas largas e com interstício (gavião). Aquelas que se deslocam rápidas e vigorosas (faisão). As que asseguram grandes velocidades e continuidade do vôo nas migrações (andorinhas). E em beleza o colorido da asa da arara.
            Os acrobatas aéreos que são os beija-flores podem voar verticalmente e até para trás, mas o que realiza de mais notável é adejar imóvel no ar.

3ª Parte Tecnologia (asas de aço)

            Desde os tempos remotos, variadas culturas imaginaram formas de ganhar a liberdade do espaço sem limites. Há mais de um século, o homem vem criando máquinas voadoras sofisticadas, capazes de levar o ser humano aos limites do universo.
            O planador é uma versão moderna das asas de Dédalo e Ícaro e precursor da asa delta. O primeiro homem a construir e voar num planador foi o engenheiro alemão Otto Lilienthal. O brasileiro Alberto Santos Dumont, realizou o primeiro vôo mecânico com o 14 Bis em 23 de outubro de 1906 em Paris, foi um grande salto na história da conquista do céu. Surgiram então as asas de aço e com elas as grandes empresas de aviação, que fazem o transporte aéreo de passageiros e cargas para qualquer lugar do mundo. Tal como os pássaros, o avião só se mantém no ar e voa porque tem asas. A tecnologia avançou e conquistou para o bem de todos a oportunidade de um vôo mais alto. O ônibus especial, Columbia lançado em 1981, realizou 37 órbitas na terra, para pesquisas a bem da humanidade. O lançamento do ônibus espacial é igual à de um foguete, ele circula a terra como um satélite e depois usa as asas para retornar.
            E não poderíamos deixar de fazer uma menção honrosa a nossa Aeronáutica, que tem como símbolo a asa.

Jorge Mendes

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     Asas: Sonho de muitos , privilégio de poucos , tecnologia de todos
Compositores     Luizinho Oliveira, Alexandre Valle, Ulisses, Henrique Guerra e Elio Sabino

Liberdade, sonho, sedução
A mitologia nas asas da imaginação
Labirinto de segredos, mistério, magia
Homens confinados, escravizados pela tirania
Um sonhador não pode se entregar
Tem que acreditar no amanhã
Com asas de cera Ícaro voou
Em busca da liberdade

Ninguém vai me impedir
Ao céu eu vou chegar
Sou Pégaso, o cavalo alado
Freio de ouro não vai me domar

Asas: privilégio de poucos, presente de Deus
Asas: ai! quem dera eu tivesse o poder de voar
Anjos do bem e do mal, aves, insetos
Voar parece ser tão natural
Curvas e formas diferentes
Seres alados voam pelo nosso céu
Sensação de paz e liberdade
Cada um em seu mistério desempenha o seu papel

O tempo passou e a esperança prevaleceu, cresceu
O espaço está dominado, o homem venceu

A tecnologia evoluiu
Nós construímos, o mundo aplaudiu
Modernos aviões, foguetes na lua
A conquista do universo continua

Hoje Jacarepaguá é alegria
A esquadrilha da fumaça já anuncia
Tem novidade nesse carnaval
É a União num vôo livre e genial