FICHA TÉCNICA 2001

 

Carnavalesco     Jorge Mendes
Diretor de Carnaval     Luís Carlos de Oliveira
Diretor de Harmonia     Sérgio Jacinto (Serginho)
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Mestre Mazinho
Puxador de Samba Enredo     William Black
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Jefferson e Patrícia
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Alexandre e Sheila
Resp. Comissão de Frente     Pedro e Márcio
Resp. Ala das Baianas     Ivone e Tia Bolinha
Resp. Ala das Crianças     Adriane

 

SINOPSE 2001 

A Magia da Dança

Introdução:

          A dança é a arte mais antiga que se conhece. Dela, surgiram as representações teatrais, as formas de entretenimento coletivo. Mas o homem não começou a dançar e não cultivou a dança apenas para divertir-se. Ao contrário, a dança era uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico-religioso, um rito que permitia entender-se com as forças sobrenaturais ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra.
          E não se tem notícia de povo algum, por mais primitivo que fosse, que não soubesse dançar. Mas a vida muda e a dança também: passou o tempo em que se dançava para homenagear os espíritos; veio o tempo de dançar para exprimir alegria, novos ritmos apareceram à medida que se criavam novos instrumentos musicais; a dança, por fim, tornou-se puro divertimento, uma agradável maneira de conviver com o próximo.

Sinopse:

Dança

          O homem vem dançando desde que apareceu e se organizou socialmente. Naqueles idos, dançava-se para pedir aos Deuses, boa caça, chuva, sucesso na guerra, fartas colheitas, cura de doenças. Não eram danças em pares, como em nossos dias, mas coletivas, geralmente em círculo e movimentadas.
          Entre os gregos, a dança fazia parte da educação dos jovens. Uma das danças da moda era a dança pírrica, uma espécie de ginástica rítmica, para desenvolver a força e a agilidade dos guerreiros. A emelia, dança nobre, era uma pantomima trágica, de ritmo lento. O sicínio, originalmente uma dança para se obter boas colheitas, virou teatro, acompanhada por um coro de cantores fantasiados de sátiros, mitológicas divindades dos campos, homens com pernas de cabra. A mais popular, sem dúvida, era o cordacismo, dança de casais em que a mulher marcava o ritmo usando castanholas, chamadas crótalos. Instrumentos que apareciam em outras danças clássicas gregas eram flauta e a lira.
          Nos séculos seguintes, dançou-se a velar - aos pares e em grupos - pela Europa inteira. Dançou-se a gavota, inspirada numa dança popular francesa do século XVI. O minueto imperava nos salões aristocráticos e compositores como Chopin e Beethoven aproveitaram o seu ritmo agradável em algumas de suas obras.
          Nos meados do século XIX, praticamente acaba o minueto e toda a Europa começa a valsar.
           A valsa (do alemão walsen = dança em círculos), dança popular alemã e austríaca, esteve em moda durante todo o século XIX e só encontrou concorrentes na polca, vinda da Boêmia, e na mazurca, nascida na Masúria, uma região polonesa.
          A valsa vienense entrou na história pelas notas do compositor Johann Strauss.

A evolução da dança:

          Evoluindo, a dança tornou-se teatro, e deu em balé. Ao som de música, dançando e valendo-se da mímica, os bailarinos contavam histórias, transmitiam sentimentos.. O balé se alternava com o teatro propriamente dito. Até o século XVIII, a mímica dos atores era explicada às platéias por árias populares, declamadas ou cantadas. Somente a partir de então, o balé abandona a palavra procurando falar apenas pela dança. Tornou-se um gênero independente de espetáculo e tem as mais diversas fontes: clássicas, modernas, folclóricas e até mesmo acrobáticas. A coreografia não tem regras estritas, permitindo ampla margem de livre criação ao artista.
          O século XX tende a eliminar as danças regionais e novas modalidades de dança surgiram, como por exemplo, o cancã, a dança do ventre e etc.. Em Tóquio, Nova Iorque, Paris e Rio de Janeiro, dança-se conforme a mesma música -geralmente de inspiração norte-americana, do fox ao blues, do charleston ao rock, ao twist e a todas as modalidades surgidas com o iê-iê-iê. Mas também se dançou o tango, o bolero, a rumba, o mambo¸o cha-cha-cha - criações latino-americano.
          Essas danças apareceram à medida que criavam novos instrumentos estes que através de um grupo de músicos (orquestra, banda, conjunto, etc.) executam o mais importante fator de dança que é a "música".
          O que se conclui desse passeio pelos salões da história é que a dança nunca desaparece: muda de nome, sofre acréscimo, assume novos sentidos culturais e continua viva.

Danças folclóricas brasileiras

          No Brasil, cerca de 500 danças diferentes foram assinaladas, desde os rincões gaúchos às selvas amazônicas.

  • SUL - De influência nitidamente européia, as danças no sul divergem muito das demais praticadas no restante do Brasil. Entre as mais antigas, contam-se as tiranas: tirana-das-farrapas, tirana-grande, tiranas-de-dois, tirana-tremida, de origem espanhola, pertencem a categoria das danças de par e de galanteio. Além do balaio, a chimarrita é outra dança famosa, assim como o quero-mana e o tatu. O caranguejo é uma dança de origem portuguesa. A chula que é uma dança solista masculina de desafio, acompanhada por canto onde dois contadores estendem uma vara no chão e sobre ela desafiam-se mutuamente com habilidosos sapateios e bater de esporas, saltos e outras proezas.
  • CENTRO - Na região de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo notam-se aspectos sertanejos, bem como acentos do sul. A catira ou cateretê,, existe em toda a região. O vilão-de-faca é uma versão goiana do pau-de-fita, na qual os lenços ou fitas são substituídos por facas. Na dança do diabo (Goiás e São Paulo) se reúnem os participantes de busto nu, em torno de uma grande panela cheia de álcool em combustão. O batuque, de origem negra, é ainda comum em São Paulo, Minas e Goiás. Destacam-se também, o samba rural paulista, o caxambú, o sarambeque, a contra-dança, a quadrilha e o bate-o-pé.
  • LESTE - A Zona Litorânea da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro é dominada pela influência africana que se ramifica por todo o país, caracteriza-se pelo batuque profano e o candomblé ou macumba religiosa, além do famoso samba dos morros cariocas, da Bahia e de São Paulo: O samba umbigada. No Rio de Janeiro existe o samba de roda, das famosas escolas de samba, que cada ano apresentam durante o carnaval um dos mais vivos e variados desfiles folclóricos do mundo. As famosas cerimônias religiosas e danças de origem africana: os candomblés (Bahia), xangôs, tambor-de-mina, babaçuçuê, onde os orixás, divindades do fetichismo afro-brasileiro se manifestam por meio dos iniciados, os filhos-de-santo. Em riqueza coreográfica, a segunda dança do Brasil é o jogo de capoeira, praticado no Rio de Janeiro e especialmente na Bahia, oriunda da Angola, é luta de destreza e não de força; constitui terrível meio de ataque e defesa.
  • NORDESTE - A nordestina é a região de folclore mais farto do país. Sua variedade de danças, é imensa. Uma das danças folclóricas de coreografia mais rica em todo o mundo é o frevo pernambucano, com enorme variedade de passos, Os autos do bumba-meu-boi, ou boi-surubi, são interessantes pelo enredo; a dança trata-se de uma série de quadros, com personalidades tradicionais por figuras principais: o boi, o cavalo marinho, o capitão, o arlequim, Bastião, calu e outros. Os reisados são ranchos, ternos e grupos que festejam o Natal e o "Dia de Reis". Os pastoris, os ranchos. Uma das danças mais interessantes da região é a dos caboclinhos ou cabocolinhos. São grupos fantasiados de indígenas que aparecem durante o carnaval. O maracatu, o auto dos quilombos, o caco que é uma dança popular nordestina das praias e do sertão, o popular forró e o baião.
  • NORTE (Amazônia) - Manancial de lendas indígenas das mais poéticas e imaginosas, a Amazônia ainda sofre grande influência de seus primitivos habitantes. Uma das mais características é o sairé, espécie de préstito religioso-pagão, O carimbó da Ilha de Marajó é uma dança solista, semelhante ao estilo lundu, sem acompanhamento de canto. As danças indígenas, os poracés, são conservados em diversos pontos da Amazônia. Em Parintins, acontece o festival anual - a festa do boi bumbá - onde dois grupos se enfrentam em competição de dança: o Boi Garantido, de cor vermelha e o Boi Caprichoso, de cor azul. Nesta região também encontramos a ciranda

O modernismo da dança:

          Com o passar dos tempos a dança se modernizou, surgiram novas e arrojadas danças e, com elas, surgiram também modernas pistas de dança e palcos grandiosos no estilo futurístico com equipamentos de última geração (som e luz).
          Nos tempos atuais, além de manter em alta a dança de salão, muito praticada por jovens e principalmente por pessoas da terceira idade Nos tempos das discotecas, as pessoas se divertiam com variados estilos de dança.
          Hoje em dia, se dança o axé-music e a timbalada que foram criados na Bahia, mas são dançados em todo o país. Além do pagode, que é o samba no estilo mais lento, dançado a dois, apareceram também os bailes de charm e funk

          O Homem traduz pela dança Suas melhores alegrias; aquelas que as palavras apenas não bastam para exprimir.

Jorge Mendes

 

SAMBA ENREDO                                                2001
Enredo
    A Magia da Dança
Compositores
    Paulinho Magalhães, Marilda e Marinho da Galera

Neste turbilhão de luz
Oh! verde e branco que me seduz
Arrebata meu coração
Dança é vida, traz união
A dança é reza, é arte, é oração
Na Grécia fez parte da educação
Tem um toque de magia
Dá uma injeção de energia
É balé, tango, bolero
Rumba, mambo, chá-chá-chá
Abrem-se as portas do salão
A hora é esta, o baile vai começar

Vem amor dançar comigo
Coladinho, sussurrando no ouvido

É soma de várias etnias
Dá sempre um nó na nostalgia
Este teu povo é festeiro
Oh! meu Brasil brasileiro
Dois prá lá..Dois prá cá
E remelecho o ano inteiro
Anarriê, anarriê
Frevo, forró, maracatú
Bumba meu boi, meu boi bumbá
O couro como até o dia clarear

Põe som na caixa "DJ"
Com esta pista sonhei
E me sinto um rei