O vento que venta lá venta cá
A
União de Jacarepaguá vem com seu enredo exaltar um dos mais
importantes fenômenos da natureza "O vento”.
O vento vem exercendo um importante papel na determinação e no controle
do clima e vem mostrando o seu enorme poder de produtividade na evolução
do homem.
O vento que produz é o mesmo que destrói, falaremos também do poder
de devastação do vento e invenções de aparelhos capazes de produzir
vento.
Características e utilização do vento na evolução do homem
Mostraremos a utilização do vento, tendo como ponto de partida, o
descobrimento do Brasil, em comemoração aos quinhentos anos.
Numerosas Naus e caravelas, impulsionadas pelo vento, seguiam a rota
de Vasco da Gama, comandadas por Pedro Álvares Cabral e os mais experimentados
navegantes da época, dentre os principais citamos: Bartolomeu Dias,
Nicolau Coelho, Sandro de Tovar, Simão de Miranda, Diogo Dias e Vasco
de Ataíde.
Tendo partido do Tejo em 9 de Março de 1500, desviou-se no entanto
para o ocidente devido a uma calmaria , na tarde do dia 22 de Abril
avistaram um monte bem alto ao qual deram o nome de Monte Pascoal,
seguido da descoberta da terra de Vera Cruz.
E assim com o auxilio do vento estava descoberto o Brasil.
Características do vento
Para continuar falando desse fenômeno, vamos defini-lo.
Segundo a Enciclopédia Delta Larrousse, o vento é causado pelo aquecimento
desigual da atmosfera pela energia do sol.
Este aquecimento desigual faz com que o ar situado nas áreas mais
quentes se expanda e fazendo com que o ar, situado nas áreas mais
frias, se desloquem para ocupar o espaço deixado pelo ar quente, quando
o ar quente se expande e sobe diminui a pressão atmosférica, formando-se
aí uma zona de baixa pressão já nas regiões frias, a tendência é concentrar
com o conseqüente aumento da pressão formando-se aí uma zona de alta
pressão.
O deslocamento do ar da zona de alta pressão para zona de baixa pressão
é responsável pela origem dos ventos e sua força, vai depender diretamente
da diferença de pressão existentes nestes dois pontos.
Este processo chama-se circulação geral da atmosfera onde se identificam
quatro tipos de ventos: Regulares ou Constantes, variáveis, periódicos
e locais.
A direção dos ventos é indicada pelos anemoscópios , objetos movimentados
pelo vento, entre os quais se inclui o Cata vento e a biruta além
das Rosas do Ventos.
A intensidade ou velocidade do vento é medida por anemômetros, que
fornecem as indicações em metros por segundo ou Nós, também pode ser
calculada pelos efeitos que causa, pela escala de Beaufort, caracterizando
os tipos de ventos.
O vento na evolução do homem
Na área da aviação, o vento foi é e será muito importante para sua
realização.
As primeiras ascensões do homem ao espaço foram realizadas em balões
em 1794, Os primeiros balões tinham formas aproximadamente esféricas,
isso muito facilitou no aparecimento dos dirigíveis, os balões eram
guiados pela direção do vento.
Em 1901, Santos Dumont resolveu definitivamente o problema de dirigibilidade
dos balões e em 23 de outubro de 1906, realizou o primeiro vôo prático
de um avião o famoso 14 Bis. Este feito do aeronauta Brasileiro foi
consagrado na ata da sessão realizada em 1910, no aeroclube da França,
onde ficou registrado ter sido Santos Dumont, o primeiro aviador do
universo a subir num aeroplano.
A energia dos ventos vem sendo considerada uma alternativa interessante
para crise de energia, como por exemplo os moinhos de ventos, que
servem na elevação de nível de água, muito utilizados nos engenhos
salinas etc.
Turbinas eólica que produzem 60kw com ventos de 45 km/h, E ainda na
área de energia eólica, foi enfatizada a utilização do cata-vento
de eixo vertical modelo Savonius conhecido como Rotor S. Esta opção
deveu-se a grande facilidade de construção a nível de propriedade
rural, pelo baixo custo e desempenho no bombeamento de água.
O vento também atua em algumas atividades esportivas, como por exemplo
o iatismo (velejamento), no lazer que todos se divertem empinando
pipas (papagaios) e até mesmo no tremular de uma Bandeira.
O vento na devastação
O
vento vem demonstrando um enorme poder de destruição, vamos conhecer
características de alguns tipos de vento, a sua velocidade e o efeito
sobre o mar.
Descrição |
Velocidade
do vento |
Efeito
sobre o mar |
Vento
forte |
50-61
km/h |
A
espuma se dispersa a golpes de vento. |
Vento
muito forte |
62-74
km/h |
Ondas
grandes e largas que começam a quebrar sobre si mesmo. |
Temporal
|
75-88
km/h |
Grandes
chuvas de espumas ao quebrarem-se as ondas. |
Tormenta
|
103-117
km/h |
Ondas
que podem esconder temporariamente barcos médios |
Furacão
|
Acima
de 117 km/h |
Espuma
e água pulverizada no ar muito pouca visibilidade |
Vamos destacar por exemplo o furacão, que é uma violenta tempestade
em espiral que mede várias centenas de quilômetros de diâmetro, os
ventos próximos do centro de um furacão sopram em velocidade que podem
ultrapassar 120 km/h causando um elevado número de destruição.
Os ventos e as chuvas combinadas com a força do mar, produzem ondas
imensas, essas ondas denominadas vagalhões de tempestade, sobem vários
metros acima do normal e provocam inundações em terra, um vagalhão
pode ser particularmente destruidor, se ocorrer durante a maré alta.
Invenções de aparelhos que produzem vento
No decorrer dos tempos, o homem se viu na necessidade de inventar
aparelhos para facilitar e dar mais conforto à sua vida, e assim fez
uma reversão no processo de utilização do vento, o homem usa a força
do vento para produzir energia, com a invenção desses aparelhos, usa-se
a energia para produzir vento.
Aparelhos estes que são muito utilizados para ventilação e manutenção
de ambientes.
Dentre os primeiros desenvolvidos está o leque (espécie de abano com
varetas), muito usado pelos soberanos que utilizavam a energia de
seus súditos para se refrescarem e, também, virou peça fundamental
para as damas da corte, desde as épocas passadas até os dias atuais,
o leque vem sendo usado com muita freqüência.
Com a modernização o homem inventou aparelhos mais sofisticados como
o ventilador (aparelho movido a energia elétrica para fazer circular
o ar), que serve para ventilar ambientes, dentre os quais citamos
o ventilador comum, o de teto e os circuladores de ar, em seguida
surgiram os aparelhos de ar condicionado que, além de ventilar, resfriam
os ambientes e na parte de manutenção a criação do exaustor (espécie
de ventilador próprio para renovar o ar de ambientes) , e o aspirador
de pó, que produz um vento com efeito de sucção para limpezas em geral.
O vento na nova mitologia
As alturas celestes, região etérea onde estão presos os astros, gozam
de uma paz eterna. Mas abaixo, muito em baixo, na região das nuvens
e na vizinhança da terra, reinam as ruidosas tempestades, as procelas
e os ventos.
Os ventos, divindades poéticas, são filhos do Céu e da Terra; diz
Hesíodo que são filhos dos gigantes Tifeu, Astreu e Perseu, executando
apenas os ventos favoráveis, isto é, o Noto, o Bóreas e o Zéfiro,
que se diz filhos dos deuses.
Homero e Virgílio estabelecem a morada dos ventos nas ilhas Eólias,
entre a Itália e a sua ilha Sicília, e como rei lhes dão Éolo, que
os retém em profundas cavernas. Dia e noite esses perigosos prisioneiros
murmuram e rugem por trás das portas da prisão. Se o seu rei não os
contivesse, todos eles escapar-se-iam com violência, e no seu furor
arrastariam ou dissipariam atrás do espaço, as terras, os mares e
mesmo a abóbada celeste. Mas o onipotente Júpter previu e previniu
uma tal desgraça. Não só encerrou os ventos em cavernas, como teve
ainda o cuidado de colocar-lhes por cima uma enorme massa de montanha
e de rochedos. Do alto dessas montanhas Éoloreina sobre os seus terríveis
súditos. Apesar de ser deus, ele está subordinado ao grande Júpiter;
não tem o direito de desencandear os ventos ou fazê-los regressar
ao seu antro, senão com a ordem ou consentimento do seu soberano senhor.
Se lhe acontece esquivar-se à obediência, resultam graves desordens
ou deploráveis desastres.
Na Odisséia, Éolo comete a imprudência de encerrar uma parte dos ventos
em odres que manda a Ulisses; ao abri-los , uma tempestade se desencandeia,
e se submergem os navios.
Na Eneida, Éolo, para agradar a Juno, entreabre com um golpe de lança
o flanco da montanha sobre que repousa o seu trono. Assim que descobrem
essa saída, os ventos se escapam e agitam o mar. Mas Éolo não tem
tempo de se aplaudir: Netuno, que desdenha de castigar os ventos,
reenvia-os ao senhor, em termos cheios de desprezo, e os encarrega
a eles próprios de lembrar a Éolo a sua insubordinação.
A fim de desamarrar ou de conciliar os ventos, essas terríveis potências
do ar, faziam-se-lhes promessas e ofereciam-se-lhes sacrifícios. Em
Atenas erigiram-lhes um templo octogonal, tendo em cada ângulo a figura
de um dos ventos, correspondendo ao ponto do céu em que ele sopra.
Esses oitos ventos eram: o Solano, o Euro, o Austro,
o Áfrico, o Zéfiro, o Coro, o Setentrião
e o Aquilão. Sobre o cimo piramidal desse templo estava um
Tritão de bronze móvel, cujo ponteiro indicava sempre o vento que
soprava. Os omanos reconheciam quatro ventos principais, a saber:
o Euro o Bóreas, Noto ou Astro e o Zefiros.
Os outros; eram Euromoto, Vulturno, Sub-Solano, Coecias, Libonoto
etc. Em geral, os poetas antigos e modernos, representam os ventos
como gênios turbulentos, inquietos e volúveis; entretanto os quatros
ventos principais têm a sua fábula diferente e um caráter particular.
Euro é o filho predileto da Aurora; vem do Oriente; e monta
com orgulho os cavalos maternos. Horácio o descreve como um vento
impetuoso, e Valérius Flacus como deus desgrenhado e desordenado,
em conseqüência das tempestades que excita. Os modernos lhe dão uma
fisionomia mais calma e mais doce. Representam-no sob os traços de
um jovem alado, que, com as mãos, vai semeando flores por onde passa.
Por trás dele está um sol levante, e a sua tez é bronzeada como a
de um Asiático.
Bóreas, vento do norte, reside na Trácia, e os poetas lhe atribuem
algumas vezes a realeza do ar. Ele raptou a bela Cloris, filha de
Arcturo, e transportou-a para o monte Nifate ou Cáucaso. Dela teve
um filho, Hirpace. Mas apaixonou-se principalmente por Oritia, filha
de Ereteu, rei de Atenas; não podendo obtê-la de seu pai, cobriu-se
com uma espessa nuvem, e arrebatou a princesa entre um turbilhão de
poeira. Metamorfoseado em cavalo gerou a doze poldros, de uma tal
velocidade, que corriam nos campos de trigo sem fazer curvar as espigas,
e sobre as ondas sem nelas molhar os pés. Tinha um templo em Atenas,
sobre as margens do Ilisso, e cada ano, os Atenienses celebravam festas
em honra sua, as Boreasmas.
Aquilão, vento frio e violento, e algumas vezes confundido
com o Boreas. Representam-no sob a figura de um velho, com cabelos
brancos e em desordem.
Noto ou
Astro, é o vento quente e tempestuoso que sopra
do sul. Ovidio descreve-o com uma grande altura, velho, com os cabelos
brancos, um ar sombrio, nuvens ao redor da cabeça, enquanto que a
água goteja de todas as partes de suas vestes. Juvenal o representa
sentado na caverna de Éolo, secando as asas depois da tempestade.
Os modernos o personificaram sob os traços de um homem alado, robusto
e inteiramente nu. Caminha sobre as nuvens, sopra com as faces entumescidas,
para designar a sua violência, e tem na mão um regador, para anunciar
que geralmente traz a chuva.
Zefiro é na verdade o vento do Ocidente. Foi celebrado pelos
poetas gregos e latinos, porque levava a frescura aos climas quentes
onde eles habitavam. Dada esta explicação, o Zefiro, tal como os poetas
o personificaram, é uma das mais risonhas alegorias da fábula. O seu
sopro, ao mesmo tempo doce e poderoso, dá vida à natureza. Os gregos
davam-lhe Cloris, como mulher, e os latinos, a deusa Flora. Os poetas
o apresentam sob a forma de um jovem, cuja fisionomia é suave e serena,
dão-lhe asas de borboletas, e uma coroa composta de todas as espécies
de flores. Era representado deslizando através do espaço, com uma
graça, uma ligeireza aérea e tendo na mão uma cesta cheia das mais
belas flores da primavera.
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Comissão de Frente (Rosa dos ventos)
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Carro abre alas (caravelas) 1° carro
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1ª ala (calmaria)
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2ª ala das crianças (cata-vento)
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3ª ala (birutas)
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4ª ala das baianas (cata-vento rural)
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5ª ala (tipos de vento)
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Carro (o vento na evolução do homem) 2° carro
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6ª ala (velejadores)
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7ª ala (passista)
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1° casal de m. Sala e p. Bandeira
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8ª ala bateria (turbina eólica)
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9ª ala (bandeiras)
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Carro (o vento na devastação) 3° carro
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10ª ala (velocidade do vento)
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11ª ala (ventania)
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12ª ala (vagalhões)
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13ª ala (temporal)
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14ª ala (furacão)
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Carro (aparelhos que produzem vento) 4° carro
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15ª ala (damas da corte)
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16ª ala (ventiladores de teto)
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17ª ala (circuladores de ar)
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18ª ala (ar condicionado)
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19ª ala (aspiradores de pó)
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20ª ala velha guarda
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