FICHA TÉCNICA 1970

 

Carnavalesco     Julio Pereira Mattos
Diretor de Carnaval     John Rubem Ide
Diretor de Harmonia     Julio Germano
Diretor de Evolução     Ubirajara da Silva Proença
Diretor de Bateria     Jorge Mendes, Jorge Nunes, Luiz Oliveira Lessa e Carlos Antonio Rosa
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1970

Salões e damas imperiais

Introdução:

          Carnaval é a festa de um povo e sentimos imenso orgulho em participar da maior festa popular do mundo. Num mundo alucinante de cores, ritmos, luzes, coreografias e alegria contagiante, muitos são os que passam noites em vigílias num trabalho insano, para que o carnaval carioca continue sendo, realmente, o maior espetáculo da face da terra, e a todos os responsáveis diretos ou indiretos pela boa organização, pelo êxito e projeção deste acontecimento, o G. R. E. S. União de Jacarepaguá manifesta o seu apreço e profunda admiração, e particularmente antecipa os seus sinceros agradecimentos, e cumprimenta: a Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara, os ilustres membros da Comissão Julgadora, a imprensa escrita, falada e televisada, as autoridades civis e militares, o povo em geral... E pede passagem.

Sinopse:

          A chegada de D. João VI ao Brasil em 1808, com toda a sua Corte de Reais Brasões, causou considerável influência na Sociedade brasileira. O Rio de Janeiro, muito especialmente, foi o centro de todas as atenções, pois ricos fidalgos passaram a residir no ambiente suntuoso e elegante que cercava o Príncipe Regente. Pernambuco foi outro centro que se tornou movimentado em sua vida social. A antiga Capital, a Bahia também se projetou muito, mas de todas as cidades foi a do Rio de Janeiro, sem dúvida, aquela em que mais se acentuou a mudança de hábitos da alta sociedade, que já se formara antes da chegada da família real.
          Títulos de nobreza desfilavam pelos salões, que se foram ornamentando na opulência de suas festas e saraus, com a presença de personalidades ilustres, Barões, Baronesas, Comendadores, Viscondes, Viscondessas, Marqueses, Marquesas e tantos outros títulos que eram imponentes e prestigiosos.
          Brasões ostentavam-se nos sobres e palácios, coroas ricamente esculpidas nos portões das residências apalacetadas eram o toque de bom gosto, fidalguia e grandeza.
          Adquirindo e construindo palácios, aqui e ali, em regiões privilegiadas do Rio de Janeiro daqueles tempos, destacavam-se as casas dos nobres pela riqueza dos Salões repletos de ornatos preciosos, relicários e jóias, prendas, adornos e filigranas com seu :mobiliário magnífico sobressaindo num requinte de arte em seus mínimos detalhes, numa composição requintada de peças e alfaias bem distribuídas, candelabros e cortinas, tudo ao gosto da mais alta aristocracia.
          Ao abrirem-se os palácios das grandes figuras do tempo, movimentava-se o sociedade inteira, em comentários e preparativos.
          As danças tinham evoluído, através de seus mestres de renome, com uma coreografia estilizada, cheia de graça, a exibir passes e poses acentuadamente chiques, que foram evoluindo gradativamente pelos Salões, que se foram multiplicando entre o prestígio e a fama.
          O estilo e a moda no trajar foram se aperfeiçoando entre damas e cavalheiros. Os gestos, a polidez, o tratamento, tudo era graça e beleza, na competição do que havia de mais rico.
          As Damas, exigentes em Suas toaletes, do mais fino tecido importado de Paris, ao estilo de padrões de rara qualidade e distinção da última moda. Os penteados especialmente preparados para as grandes ocasiões de encontro das últimas modas importadas, onde os figurinos realçavam a pompa do ambiente em que se encontravam as personalidades ilustres, que freqüentavam num convívio marcante, enchendo de alegria e festa... Salões e damas imperiais...

 

SAMBA ENREDO                                                1970
Enredo     Salão e damas Imperiais
Compositores     Renato Nascimento, Jorge Mexeu e Djandir Bastos

Um cenário de rara beleza,
De elegância e riqueza,
Sublimes ornamentações.
Rendas e alfaias, filigranas,
Candelabros, relicários,
E os reais brasões,
A opulência imperava,
Quando se realizavam
Os festejos triunfais.
Em desfile a alta nobreza
Deslumbrava com grandeza
Os Salões Imperiais.
Ambiente colorido de esplendor,
Onde a fidalguia destacava o seu valor

ô, ôô, ôôô, ô, o, o

Pernambuco teve movimentação
Em suas festas principais.
Bahia consagrou-se entre outros mais.
Destacamos Rio de Janeiro,
O primeiro em ornamentações
Em seus palácios,
E nos salões,
Contradançavam com euforia
Damas e cavalheiros importantes,
Com seus trajes elegantes,
Ao som da melodia

Lá, Lá, Lá, Lá, Lá, Lá, Lá, Lá

Tudo era maravilha
Tudo reluzia