De Londres ao Rio: Era
uma vez... uma Ilha...
Argumento:
“Once
upon a time”, ou “ERA UMA VEZ”... é a forma mais popular, desde 1380, de
iniciar histórias em língua inglesa. E se tornou convencional na
abertura de narrativas a partir de 1600, da mesma forma que terminam com
um: “E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE”. Prevalecem em contos de fadas para
crianças e na tradição oral de recontar mitos, fábulas e folclore.
A cada quatro anos o mundo se une para o
grande momento do esporte e para celebrar a paz. A cidade anfitriã faz
em sua abertura uma representação artística de sua história e sua
cultura. No ano de 2012, Londres será a sede desse evento.
A União da Ilha fará uma versão bem carioca e
carnavalesca dessa festa. E também uma contagem regressiva para os jogos
olímpicos do Rio de Janeiro.
Em vermelho, branco e azul, as mesmas
cores do Reino Unido, a Ilha falará da Ilha que sambará ao batuque da
Ilha. Saint George, padroeiro da Inglaterra, estará ao lado de São
Sebastião do Rio de Janeiro, ambos padroeiros da nossa escola.
O fogo que atravessou nosso último carnaval nos uniu,
assim como o fogo olímpico une as nações. Superamos as dificuldades,
assim como cada atleta supera seus limites para atingir o pódio.
Era uma vez uma Ilha feita de alegria e
muito samba que vai contar histórias de outra Ilha. Incendiando a
avenida misturando irreverência e tradição, vamos acender a pira com o
fogo da paixão e transformação. Foi dada a partida! A festa vai
começar!!!
Sinopse:
...
Onde vivia um povo valente e guerreiro. Um dia, apesar de ser defendida
com bravura, um grande império a conquistou. O imperador invasor fundou
uma cidade que cresceria até se tornar uma das mais importantes do
mundo.
Capital de um país e depois de um reino que se tornaria
unido. Sua história é feita de reis e rainhas, príncipes e princesas, e
de heróis errantes.
Nobres cavaleiros cruzaram terras para
defender a sua fé. Vestidos e armados com as armas de um santo guerreiro
e com sua cruz estampada na bandeira, seguiram em sua saga de bravos,
pondo sob as patas de seus fiéis ginetes o mais temível dragão.(1)
Nesta terra, a fantasia e a realidade se confundem. Em
sua tradição, narram contos onde espadas são encantadas e cálices são
sagrados. Histórias de távolas redondas, fiéis escudeiros e magos a
serviço de um só Rei.
Nos palcos encenam histórias de amores
impossíveis, comédias, dramas e tragédias. Onde nesta noite de verão, há
somente uma questão: ser ou não ser? Nas ambições por um trono, até as
“rosas” guerreiam. (2)
Em uma era dourada, conquistaram os mares e a Coroa
aliou-se a corsários e piratas em busca de inesgotáveis tesouros.
Dominaram por séculos boa parte do planeta.
Lançaram, sob a ótica da ciência, um
novo olhar sobre fatos naturais e a todo vapor se tornaram condutores
revolucionários, pondo o progresso nos trilhos e no campo do pensamento.
Publicaram temas que nos deram arrepios e nos levaram a um delirante
país das maravilhas.
Seus artistas brilharam nas telas e sob as luzes da
ribalta. Com suingue(3) encurtaram medidas, mudaram comportamentos e
deram uma chance à paz e ao amor.
Inventaram com a bola nos pés a nossa
maior paixão.
Hoje convidam a todos para um encontro onde pessoas do
mundo inteiro mostram o que é superação, exaltando a cultura de paz.
Saudemos aqueles que ultrapassam seus limites e dentre esses os nossos
patrícios que sempre nos enchem de orgulho.
Era uma vez... A nossa Ilha, onde também
vive um povo valente e guerreiro, que defende com bravura sua bandeira.
Que todo ano vem para conquistar o coração de um lugar que cresceu até
se tornar um dos mais importantes da terra e que em breve será o próximo
anfitrião. A Ilha é a pista para esse sonho aterrissar e a porta de
entrada das nossas vitórias.
Nessa grande paródia carnavalesca, vamos adiantar os
ponteiros do relógio e imaginar que a festa é aqui e agora. Acender a
chama da paixão, incendiar de alegria toda a cidade e renovar as
esperanças.
Contos de fadas são como o carnaval, e
sempre nos levam ao imaginário, sendo assim, esta história não poderia
terminar diferente: “E viveremos felizes para sempre”.
Alex de Souza
Notas:
(1) Referência á oração
de São Jorge, Padroeiro da Inglaterra.
(2) Citações ás peças de Willian Shakespeare. O
maior dramaturgo de língua inglesa.
(3) Swinging London foi uma expressão utilizada nos anos 60 para
descrever a vanguarda londrina. Swinging representaria algo com arrojo,
moderno, etc. |