FICHA TÉCNICA 2003

 

Carnavalesco

    Giovani Pinto, Wagner Paulo, Maurício de Assis, Antônio e Carlos da Costa Rodrigues (Carlinhos)

Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     J. Bahia
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2003

Carrum Novalis, Carnevale, Carnaval - Das ruas aos salões, recordar é viver

          A origem do carnaval vem muito antes de Cristo. É que a palavra “Carnaval”, tem sua origem na expressão CARRUM NOVALIS, que na verdade era a abertura dos festejos romanos. Carnavale, do italiano, significa “adeus a carne”, o que é interpretado com o inicio da quaresma cristã.

Zabumbas do Zé Pereira

          No Brasil, o carnaval começou a fazer história em 1723, com a vinda de imigrantes das Ilhas Portuguesas da Madeira, Açores de Cabo Verde, com os movimentos chamados de entrudo o que significa “entrada”.
          
Estas manifestações se traduziam numa verdadeira guerra de ovos ou suas cascas recheadas de gesso ou farinha. Jogavam-se sobre os outros, bacias com águas de cheiro, limões de borracha para esguichos, às vezes não águas muito limpas.
          
Em 1840, realizou-se o primeiro baile de carnaval, com mascaras importadas das grandes festas francesas e dos grandes bailes de Veneza Itália.
          Em 1850 ou 1852, o português José Nogueira de Azevedo Paredes, com saudades das festas de seus pais, passou a reunir durante o carnaval, um grupo de patrícios sempre aos sábados de carnaval, e saia batendo um enorme bumbo pelas ruas, acompanhado de uma infernal bateria formada por zabumbas e latas, nascia ai a figura do Zé Pereira, que tanta importância adquirida no carnaval, mereceu uma parodia da marcha francesa Lês Pompiers de Nanterre, com os versos e melodia que vieram até os carnavais de hoje.

“E viva o Zé Pereira
Viva o Zé Pereira
Viva o Zé Pereira
A quem ninguém faz mal!
Vivia a bebedeira
Vivia a bebedeira
Vivia a bebedeira
Nos dias de carnaval!”

Grandes Sociedades Carnavalescas

          A partir de 1888 começaram a aparecer os foliões fantasiados e mascarados, por influência das festas que se realizavam na Europa.
          E foi então que surgiram os grandes Clubes Carnavalescos, logo depois denominados Grandes Sociedades de Carnaval, com seus carros alegóricos carregados de mulheres bonitas e foliões fantasiados, que atiravam confetes, a serpentina e a água de cheira sobre todos os que assistiam sua passagem. Logo depois foi criado o Corso, um desfile de automóveis, também carregados de foliões, que se tornou um atrativo do então movimento carnaval de rua no Rio de Janeiro. E a chula de palhaços que sempre cervas de carros das grandes Sociedades e do Corso, cantavam:

“O raio de Sol
Esplenda Lua
Bravos ao velho
Que está na rua”

Carnaval de Bonde

          E surgiram os “Blocos sujos ”onde os foliões brincavam com fantasias diversas. Algumas décadas depois esses grupos se transformaram em blocos de fantasias próprias.
          Ao mesmo tempo, em vários pontos do Rio de Janeiro, usando a praia como pretexto, blocos carnavalescos com seus componentes trajando fantasias confeccionadas com papel crepom terminavam o desfile com um banho coletivo intitulado “Banho de mar a fantasia”.
          Na década de 30, os bondes tiveram um papel importante no carnaval carioca. Deixaram de ser apenas o melhor meio de transportes, como também, nele se agrupavam grupos de foliões durante toda a viagem para brincarem á vontade os sucessos de então.

“Seu motorneiro,
Tem... tem...
Seu motorneiro,
Tem... tem...
Seu motorneiro,
Tem... tem...
Para o Bonde
Pra subir o meu amor”

As Melindrosas

          Os homens elegantes conhecidos como “almofadinhas” e as “melindrosas” (mulheres coquetes) viveram a sua época. Os almofadinhas, assim chamados, por que eram rapazes de “boas artes”. Dançarinos de tango espafalhafatosas. As mulheres que os acompanhavam e copiavam trajes de filmes mudos doe Holywood, ficaram conhecidas como melindrosas. Leopoldo Fróes as popularizou com uma canção cujo um trecho dizia:

“Mimosa, mimosa
tão delicada e melindrosa
Mimosa, mimosa.”

Fantasias criativas de ontem e de hoje

          E começaram a surgir grandes variedades de beleza a criatividade alegrando as ruas do Rio de Janeiro, com fantasias de morcegos, dominós, carrascos, bate-bola, caveira, colombinas, arlequins, palhaços, odaliscas, ciganas, piratas, diabinhos e pierrot.
          O G.R.E.S.Sereno de Campo Grande presta esta homenagem a festa mais popular de nosso país.

Giovani Pinto

 

SAMBA ENREDO                                                2003
Enredo     Carrum Novalis, Carnevale, Carnaval - Das ruas aos salões, recordar é viver
Compositores     Djalminha e Flávio Santos

Desde os tempos de Roma pagã
Que um rei fez a abertura da folia
Com a chegada ao Brasil
Dos imigrantes portugueses
Iniciava assim esta festa colossal
Era alegria geral

Viva o Zé Pereira, Viva o Zé Pereira
Com o seu bumbo original
E sua bateria infernal

Quem não se lembra
Dos carnavais de outrora
As grandes sociedades, Blocos de sujos
Sambas e cordões
O Corso carregando os foliões
Alegrava a multidão

Pega Ioiô, pega iáiá
Venhar pular neste bonde
Que é melhor de se brincar

Melindrosas, almofadinhas, pierrots e Arlequins
Onde está a Colombina?
Tão graciosa e divina
Banho de mar a fantasia
Era tudo o que eu queria, vou me banhar
Com confetes, serpentinas, água de cheiro
Vou com o sereno pra avenida festejar

Recordando as nossas origens
Sereno vem das ruas e entra nos salões
É carnaval, é Atração