FICHA TÉCNICA 2008 |
Carnavalesco | Fabio Santos, Mauro Quintaes e Milton Cunha |
Diretor de Carnaval | Ricardo Almeida Gomes |
Diretor de Harmonia | Marco Antonio dos Santos (Marquinho Harmonia) |
Diretor de Evolução | Marco Antonio dos Santos (Marquinho Harmonia) |
Diretor de Bateria | Gilberto Almeida |
Puxador de Samba Enredo | Leonardo Bessa |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | Marcelo Jorge de Santa Cruz Flores (Marcelinho) e Daniella Soares Reis |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | Marcelo de Castro Pinto Miranda (Tchetchelo) e Érica Renata T. Duarte |
Terceiro Casal de M.S. e P. B. | Léo e Vanessa |
Resp. Comissão de Frente | Caio Nunes |
Resp. Ala das Baianas | Maria Cristina Cardoso |
Resp. Ala das Crianças | Não teve ala |
Resp. Galeria de Velha Guarda | Ivan Marins |
SINOPSE 2008 |
O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil... Sinopse: Para valorizar por via popular, a celebração dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil, o Prefeito da cidade do Rio de Janeiro encomendou, e a São Clemente aceitou fazer uma Entrada Régia ou Desfile Triunfal sobre o período Joanino: “O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil... Prólogo: Toda a Entrada Régia aqui apresentada, é meio tãn-tan, produto da loucura de uma mãe, primeiríssima em devaneios lúdicos. Esta Maria “vai com as outras”, era atormentada por Napoleão; pelo amor imensurável ao seu pimpolho, miúdo regente e futuro grande monarca,; e pelo temor de perder a coroa e o que era pior, a cabeça (pois ouvia falar de uma rainha francesa que.... bem, deixa pra lá). Um: Abrimos com
A Pirotecnia das Bodas, quando aconteceu o artifício dos fogos, que desenhou as Safiras Azuladas no céu português, durante o casamento de D. João, Príncipe Regente, homem brando e sagaz, precavido e por vezes impulsivo, muito afável, mas também obstinado, Orgulho da Casa dos Braganças, com a Infanta Carlota Joaquina, orgulho da Casa dos Borbouns. Foi nesta noite que os sábios cientistas da Universidade de Coimbra fizeram cintilar em 1785, através de revolucionária e originalíssima técnica (já que apresentada pela primeira vez em Entradas Regias), a Pirotecnia com Gás Inflamável. Dois: Em seguida vem o
Carro do Triunfo “1808, A verdadeira Descoberta do Brasil! Chegou quem estava faltando”, com o desembarque dos sangue-azul, no Império dos Sangue-bom, os Cari-Ocas. Desembarcando no Rio aos oito de março, junto com a Família Real chegaram, além de todo o tesouro português (pratas, jóias, louças, roupas, livros, manuscritos, mapas, etc), cerca de quinze mil pessoas da aristocracia, que traziam na bagagem, para deixar de herança para esta terra de orgulhos, o orgulho lusitano. Três: Tudo de bom! Chafarizes, pontes, calçadas, estradas, iluminação publica, aparência das casas, limpeza das ruas, mercados, matadouros, festas públicas, tudo a cargo da Intendência da Polícia. Mas Entrada Régia sem Palácio não dá, pois o povo gosta é de luxo (e parece que os monarcas também), portanto despachem-se: é hora de irmos todos aos Panejamentos, florais e esculturas do ritual do Beija-Mão no Palácio de São Cristóvão, um casarão sobre uma colina, da qual se tinha uma boa vista da baía de Guanabara, o que fez o Príncipe-Regente exclamar: “tão belo como este, lá não há” e decidiu transformá-lo em Residência Real, já que o comerciante “mui amigo” português, Elias Antonio Lopes, como manifestação de suas boas vindas à Corte,doou a sua propriedade ao Príncipe-Regente D. João. Tão querido, o Elias! Uma felicidade, tudo acontecendo na hora perfeita. A área da Quinta estava cercada por manguezais, o que fazia com que a comunicação por terra com o Rio de Janeiro fosse difícil, mas não impossível. Rapidamente (Príncipe-Regente que se preze é bem rápido), os trechos alagadiços foram aterrados e os caminhos por terra melhorados. Imagina se eles iam patinar na lama? Nem pensar... Quem gosta de miséria é intelectual, não Corte. Mas como todos gostam de sexo, a miscigenação foi total, já que não existe pecado do lado debaixo do Equador. Quatro: Como navegar é preciso, das águas límpidas da Baía de Guanabara, emergem Os portos abertos às Nações Amigas, o segundo momento flutuante desta Régia Entrada. A política administrativa de D. João, visava implantar um Império que demonstrasse poder, exibisse prestígio e garantisse segurança aos seus súditos. Resumindo, pelo mar chegava o sonho de um Império luso-americano, com sede no Rio de Janeiro. Tudo aconselhado pelo Conde de Linhares, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, que entre os ministros era uma estrela, o mais com a cara do Brasil: cheio de idéias mirabolantes, querendo fazer tudo de uma vez só. Esta parte do espelho d'água (dos Portos e do Linhares), é vigiada de perto pela Academia Real dos Guardas-Marinhas, atuais Fuzileiros Navais do Brasil (o nome vem da arma que estas forças usavam inicialmente, o fuzil), descendentes do Terço da Armada da Coroa de Portugal. Todo esta capacidade e poder militar garantiam a pretensão de expandir as fronteiras. Sabe o Oiapoque? Coisa do João. Depois ele foi pro Chuí... Cinco: Nas ruas, areias coloridas, flores espalhadas, bandeirolas, obeliscos, pirâmides, e arcos do triunfo davam ao Rio de Janeiro um aspecto inesperado e até improvável. Com tantos elementos, a corte portuguesa, passageiramente estacionada nos trópicos montava um cenário nunca visto. No Palácio do Rio de Janeiro, aos dezesseis de dezembro de mil oitocentos e quinze, pompa e circunstância, neste momento muito chique pro Brasil: afirmada sua unidade, o país deixava de ser colônia e virava integrante do Reino-Unido. Seis: Gente de todas as cores transformavam a vida carioca num contínuo verão. Esta nossa “vocação para o turismo” vem daí: das
Missões artísticas e outras viagens pitorescas. Eram pessoas que desembarcavam de todas as partes do mundo, e o Rio passou a ser um ponto de encontro dos estrangeiros que achavam os cariocas “tão bonzinhos…”. Idéias e coisas de outros lugares circulavam por aqui pois nunca o Brasil parecera tão atraente aos olhos de cientistas e viajantes de todo o mundo, como nos anos em que a corte portuguesa esteve entre nós. Maravilhas naturais promoviam o desenvolvimento. Sete: As damas cobertas de pedraria, a música do gênio nacional, o padre mulato José Maurício, tudo fazia dessa corte um espetáculo à parte, um "carnaval perpétuo", pronta para protagonizar nos últimos anos de Brasil,
A aclamação do Rei e suas despedidas saudosas. Pois aos seis de fevereiro de mil oitocentos e dezoito, acontece a festa de Coroação de D. João VI como rei do Reino-Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Milton Cunha |
SAMBA ENREDO 2008 | |
Enredo | O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil... |
Compositores | Helinho 107, Ricardo Góes, Naldo, Cláudio Filé, Armandinho do Cavaco e Marcelo Santa Clara |
No céu brilhou O azul cintilante refletindo a nobreza Lisboa se enfeitou Celebrando a união das realezas O povo festejou Para orgulho da Coroa Portuguesa O reino então se mudou Meu Rio se transformou Num grande centro de “real” beleza Um verdadeiro paraíso tropical
Entrada régia com florais e
esculturas Com os portos
abertos Maria a Louca “arrasô” no visual A São Clemente com requinte e fidalguia Prepara a festa pra Família Real |