FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Lane Santana
Diretor de Carnaval     Roberto Almeida Gomes
Diretor de Harmonia     Marco Antonio dos Santos (Marquinho Harmonia)
Diretor de Evolução     Marco Antonio dos Santos (Marquinho Harmonia)
Diretor de Bateria     Renato Almeida Gomes (Mestre Renatinho)
Puxador de Samba Enredo     Anderson Paz
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marcelo Jorge de Santa Cruz & Gleice B. de Oliveira (Gleice Simpatia)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Marcelo Vinícius Santana do Nascimento & Jane da Silva
Resp. Comissão de Frente     Gabriel Cortez e Paulo Medeiros
Resp. Ala das Baianas     Maria Cristina da Silva Cardoso
Resp. Ala das Crianças     José Jorge de Souza

 

SINOPSE 2002

Guapimirim - Paraíso Ecológico Abençoado pelo Dedo de Deus

Senhoras e Senhores, bem vindos ao teatro de rua.
Sob as luzes da Nova Era ... Aquárius ...
A São Clemente entra em cena ...
O passado e o futuro, hoje é presente ...
Rasgam-se as cortinas do tempo.
Ecologia ... Eco Lógico ... 
Há quarenta anos, a Pérola de Botafogo, faz Eco ...
E o ecoar dos seus tambores, espalha no ar ...
Que só haverá de brotar nessa terra, a semente ...
Do homem livre, inteligente, natural e consciente ...
Na formação dessa terra, o Divino Criador, fez o espaço infinito.
Pôs as estrelas no céu ... Deu voz ao vento ...
Pôs o azul nas ondas do mar ... Deu flores a floresta e luz ao firmamento
Deu ao povo brasilis um paraíso de matas, e águas puras,
Fauna exuberante e uma bela Baía que chamamos Guanabara e os naturais de Guanabarã.
Cercados de montanhas e, em grande parte ainda, coberta de verde.
Compacta floresta tropical ... Com picos e paredões desnudos caindo por sobre o mar...
Como acontece com o Pão de Açúcar... Que honrosamente estampamos em nosso pavilhão.
E para lembrança de todos, plantou em pedra eterna a formosura do Dedo de Deus...
Essa pedra será minha igreja... e Guapimirim o seu paraíso...
Ouçam o canto dos pássaros, rejuvenesçam-se em minhas puras águas, comunguem com a Mãe Natureza e vivam em paz ao lado do Dedo de Deus!...
Oh! São Clemente, guardaste tuas raízes... E quem, melhor que a raiz, para conhecer a árvore que cria, alimenta e faz crescer...
E à sombra desta árvore frondosa encontramos antigos sambaquis. Prova que no começo dos tempos, os indígenas, já em Guapimirim, construíram seus templos de sonhos e ideais de liberdade.
É a natureza preservando o homem e fazendo história. História de uma cidade contada por ela mesma.
E nos idos dos tempos, temendo os brancos, os índios perseguidos para servirem de escravos, subiram o rio procurando a segurança desse paraíso natural, ligando assim o Rio de Janeiro às Minas Gerais.
Mas o tempo não para, e a colonização portuguesa invade o paraíso, movido por interesse e ganância. Dom Pedro II, Imperador do Brasil, encantado com a beleza do lugar, instituiu a cobrança de um pedágio dos que passassem por lá.
Independência e Progresso... Vieram só destruir...
A rica biota selvagem... Mico-leão dourado... Primatas e atlânticas matas...
Mas o Dedo de Deus nos protege e no paraíso Guapi o criterioso aproveitamento do potencial primata, em comunhão com a natureza mãe, preserva formas ameaçadas, atrai estudantes e cientistas do Brasil e do mundo.
Luz Divina, que salva e preserva, trouxe a jóia da coroa inglesa, princesa Margareth, irmã de Elizabeth, a rainha para desfrutar e ajudar a resgatar o homem natural, curando a mata, protegendo os primatas, livrando assim, a natureza da extinção...
Doce paraíso ecológico, com consciência ainda hoje... Abriga o turista e o atleta, para banharem-se em minhas límpidas águas, deitarem-se em minhas belas matas, escalar minhas pedras, caminhar em minhas trilhas, canoar em meus rios, beber da minha água cristalina, ao som da algazarra dos pássaros e toda a minha fauna, refrescar-se em minhas belas quedas d’água, eu sou o local perfeito para esqueceres, os teus problemas do dia-a-dia. Em um fim de semana feliz...
O apito do trem rasga a mata, liga porto Piedade e Teresópolis, me leva a tempos modernos, sem danificar a natureza, indústria reciclável de papel, preservando as matas sem poluir os rios, prova o homem Guapi que progresso não é destruição, meio ambiente e desenvolvimento são a mesma coisa. Não podemos mas os separar, não se trata mais como no passado, de uma guerra entre desenvolvimento e preservação. É uma integração. Preservar é desenvolver em benefício da maioria e a herança das gerações futuras.
Cuidar de mim, cidade, paraíso, natureza, é amar a Deus sobre todas as coisas, assim rogo, que o homem, inteligente, livre e consciente, seja como os pássaros, que de semente em semente plantem uma floresta e de gota em gota que seja, apaguem um incêndio.
E as crianças de “Guapi”, que me conhecem de verdade e as crianças de todo o mundo, que só “de vista” me conhecem, digo: És tu a semente da humanidade e eu seu paraíso, por isso cresçam e me queiram bem, cuidem de mim, a continuação da minha história depende, muito, da gente grande que um dia, voces serão. Eu confio.
Guapi”

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     Guapimirim - Paraíso ecológico abençoado pelo Dedo de Deus
Compositores     Rodrigo "Índio", Eugênio Leal, Fabinho, Paulo Renato e Anderson Paz

Eu vou comemorar
Contemplar a Guanabara
Tão bela visão do meu pavilhão
A minha grande inspiração (ao longe)
Ao longe
Abençoada pelas mãos do criador
Divina, pequena fonte cristalina
Gigante, vou desvendar os segredos teus
Que a magia do Dedo de Deus
Nessa viagem vai nos revelar

É lindo, é bom demais!
Por onde eu olho a natureza brota em paz
Tem "sambaqui", herança eterna
Dos nossos ancestrais

A cobiça te explorou
Desde os tempos imperiais
Ainda hoje pago pra ver
Não tem preço preservar os animais
Por entre as matas, rios, cascatas
Trilhar teus caminhos tão especiais
Agora, o progresso chega sem destruição
Recicla a forma de agir desta nação
E faz sua mensagem ecoar
Guapi, nessa avenida, sou criança, sou mirim
A esperança é ver o mundo todo assim
E uma nova era semear

A São Clemente chegou.... Sorria !!!
Aqui não tem racionamento de alegria
O nosso show é energia
Quarenta anos na pressão da bateria