Asas de um sonho.
Viajando com o Salgueiro. O orgulho de ser brasileiro
Abertura
- Voar: O sonho do homem
O Sonho - A invenção
das primeiras máquinas voadoras
Voar:
o sonho do homem. Um sonho de navegar sobre as nuvens celestiais,
numa velocidade astral, sob as luzes dos raios solares. A busca incessante
do voar para o homem, foi atribuída durante muito tempo a observação
do vôo dos pássaros, que motivavam os "ares da inteligência humana..." No
coração a ternura e dos altos a coragem de voar nas alturas, o brilho
de uma viagem multicor alçada aos braços do criador, sobre a terra
de quem sabe amar nas asas da "imaginação" voou o gênio
sem par... Não
foram poucos os que contribuíram para as primeiras concepções aéronauticas.
Desde as primeiras aves como, por exemplo, a "archaeopteyx"
- há 150 milhões de anos -, passando pelo "mito do Ícaro e Dédalo",
o "monge voador", as "pipas chinesas" que erguiam
pessoas, até as "máquinas voadores" de Leonardo da Vinci;
foram fatos que, inicialmente, tornaram-se decisivos ao desenvolvimento
da "navegação aérea mundial", além de receberem um destaque
"espacial" na História da aviação. Da
conquista aérea, surgiram impetuosos homens que trouxeram do alto
a redenção daqueles que morreram sem razão, o movimento sincronizado
do simples bater das asas, transcenderam os limites do céu, aos olhos
desses homens em ação. Com
suas engenhosas experiências, formas de linguagens e resultados diretos
e atuantes elaboravam objetos voadores, fomentados pelo desejo de
liberdade espacial e de criação. Preservavam seus mistérios e eternizavam
suas conquistas no despertar poético de uma nação... Do
pionierismo de aviadores à aventura tecnológica, dos aviões às bases
espaciais o alvor de um futuro ao amanhecer. Nesse encontro
mágico e universal chamado carnaval, a História da aviação - que aqui
se faz presente em homenagem ao saber e a riqueza, a imaginação e
a beleza de um dos mais brilhantes aviadores contemporâneos: o Comandante
Rolim Adolfo Amaro -, será apresentada num espaço de luzes e cores
nas Asas de um Sonho viajando com o Salgueiro o orgulho de ser brasileiro.
1° Setor
- A era dos balões...
O
sonho é realizado! Os "ares da inteligência humana" são
povoados pela criatividade dos homens, que se tornam fortes na incerteza,
no desafio atroz da natureza. Eram
eles heróis, inventores, aviadores, pioneiros remanescentes criativos
dos chineses, que inventaram a mais de dois mil atrás as "pipas
chinesas" ou "pássaros de papel". Mas em especial eram
remanescentes de um general chinês (que não possuímos maiores informações),
quem, supostamente, teria feito uso pela primeira vez de uma pipa
para comunicar-se com uma cidade sitiada. E posteriormente, no século
XVIII, as pipas possibilitaram o estudo da eletricidade atmosférica
e a realização das primeiras fotografias aéreas. O
físico Heron de Alexandre, que viveu no século I, também serviu de
referência para esses contemporâneos pioneiros, provando com uma de
suas máquinas o princípio da propulsão a jato, o qual só se tornaria
decisivo para os destinos da aviação quase dois milênios depois no
fim da Segunda guerra mundial. Sábios
aviadores, que ainda beberam na fonte do engenheiro renascentista
Leonardo da Vinci (1452-1519), que realizou primorosos estudos sobre
a aviação e projetou diversos aparelhos aeronáuticos, como a hélice,
o pára-quedas, adaptadores de asas para o corpo humano (o ornitóptero)
e uma espécie de helicóptero. Todavia
o sonho de voar, lentamente, vai ganhando um lugar de destaque na
realidade desses primários aviadores, de seus balões (aeróstatos)
e transatlânticos do espaço (balões dirigíveis), desprendiam-se das
garras do irreal, e iam ao encontro da imaginação. "Voar é possível,
sabiam eles! Sabiam tudo que até então era possível saber..."
Os Balões
Assim,
no século XVII e, posteriormente, no século XVIII, surgiram diversas
experiências práticas em tornos de objetos mais leves do que o ar.
Francisco Lana, um padre jesuíta italiano, em meados do século 17,
projetou um barco voador: sustentado por quatro esferas de cobre,
as quais içaria o seu "instrumento voador" aos ares. Sua
experiência resultou no descobrimento de um dos princípios da aeronáutica:
"os engenhos mais leves do que o ar têm uma força ascensional
que lhes permite elevar-se e manter-se no ar". Entretanto, as
bolas de cobre ficaram amassadas devido a pressão da atmosfera. Em
1709 o padre jesuíta Bartolomeu Lourenço de Gusmão, nascido em Santos
- São Paulo, fez voar em Lisboa (na Casa da Índia) o seu aeróstato
ou balão de ar quente, denominado "Passarola". O
que resultou, não só em uma efêmera subida de, aproximadamente, dois
metros do solo, como também em um incêndio irrecuperável do seu instrumento. Esse
tipo de projeto só teve êxito significativo a partir das demonstrações
realizadas em 1782 pelos irmãos Montgolfier com o globo aerostático,
grande balão de seda cheio de ar quente, em Annonay do mesmo ano. Um
ano depois, um aeróstato sobe ao céu levando Jean François Pilatrê
de Rezier e o marquês Laurent Arlandes, sob os olhares maravilhados
dos espectadores, os dois sobem a mais de mil metros e sobrevoam Paris,
cerca de 9,5 Km em vinte cinco minutos. Enfim,
as apresentações dos primários inventores de balões de ar quente
(mais leve que o ar frio) ou de gás mais leve do que o ar (hidrogênio
ou hélio) empolgaram a Europa nos cem anos que se seguiram. Fase em
que as experiências com balões adquiriram dois outros significados,
o militar e o esportivo - sob importantes progressos na exploração da atmosfera,
graças ao químico francês Josepf Louis Gay-Lussac e seus assistente
Jean Biot. E
ainda, nesse período, a bordo de um balão Jean-Pierre Blanchard, atravessou
o Canal da Mancha em 07 de janeiro de 1785 - usando gás hidrogênio.
O qual serviu de referência, a posterior, a uma série de invenções
dos chamados balões dirigíveis; e tiveram tão grande voga que logo
se popularizaram, recebendo o nome de transatlânticos do espaço.
Os Transatlânticos
do espaço
Assim
eram chamados os balões dirigíveis que foram inventados nos idos do
século XIX, precisamente, em 1852. Verdadeiros navios aéreos, que
podiam manter-se parado no ar e movimentar-se com ajuda de motores,
que faziam girar as hélices, e dirigido por meio de lemes. Novos passos
foram dados pelos os irmãos franceses Albert e Gaston Tissandier,
em 1883, que experimentaram com sucesso o alçar de um dirigível com
motor elétrico; e pelo alemão David Schwarz que fez e testou em 1897,
o primeiro dirigível de alumínio com motor a gasolina; e pelo conde
alemão Ferdinand Von Zeppelin, que em julho de 1900 começou a voar
com o LZ-1, um dirigível de alumínio, com 12 m de comprimento e 11m
de largura. Ainda
cabe ressaltar a façanha do riograndense Augusto Severo (1864 -1902),
um dos pioneiros da navegação aérea brasileira, que construiu o "Pax"
- mais um dirigível, que na manhã de 12 de maio de 1902, realizou
uma experiência pública no parque pariense de Vaurirand, onde o balão
realizou, a princípio, evoluções à direita e à esquerda, porém, após
15 minutos de vôo a uma altura de 400m, aproximadamente, o "Pax" explodiu, causando a morte
de Severo e seu mecânico Sachet. Enfim,
da "era dos balões" aos "primeiros aeroplanos"
o pioneirismo marcava a ação soberana de homens como Otto Lilienthal
(antecipador das "asas-delta": que ajustava monoplanos e
biplanos a seu corpo), Clément Ader que construiu uma espécie
de "morcego gigante", um aeroplano equipado com um motor
a vapor que movimentava uma hélice - o qual ele batizou de avião.
Desta feita, Ader entrou para a história da aviação, não só como criador
de máquinas aéreas, mas também como inventor da palavra "avião"
- que tem origem da palavra latina "avis", "ave".
"Eles voaram! Fizeram do céu um mar de alegria, celebrando a
vida e ensinando o mundo a viver em harmonia..." Do
alçar vôo de um país nas asas pioneiras do 14 bis, é que vamos nos
ocupar agora: conhecer a conquista do ar, a partir das criações memoráveis
de Santos Dumont e o seu legado: a aviação brasileira.
2° Setor - Dumont: O
alçar pioneiro de um brasileiro
Da
inspiração do pioneiro avião, brasileira era a sua criação: embora a
invenção do avião seja, por vezes, reivindicada para os irmãos americanos
Orville e Wilbur Wright - os mesmos que construíram o biplano "The
Flyer" (o Voador) -, mas foi um brasileiro, Alberto Santos Dumont,
que entrou para História, com o título de "Pai da Aviação",
o primeiro homem no mundo a voar em um objeto voador mais pesado que
o ar...
A
vida de Santos Dumont foi toda ela dedicada a aviação à conquista
do ar. Ainda rapaz, o conhecimento e as primeiras luzes do saber lhe
despertaram a inteligência, e sua imaginação foi conquistada definitivamente
pelas predições de um dos mais férteis escritores do século XIX: o famoso
Júlio Verne - o imaginoso criador de mundos, em que a inteligência infantil
circulava com desembaraço e prazer - e a partir desse universo, nascia
as primeiras manifestações do espírito inventivo de Dumont.
Todos
os meios de transporte - balões mágicos, transatlânticos, homens voadores
entre outros - criados por Júlio Verne encantavam o rapaz Dumont e povoavam
seu consciente imaginário, que já apresentava resultados voltados para
o manejo da física, engenharia e mecânica.
A
destinação de Dumont manifestou-se desde a infância, assim, como as
árvores, que da semente, crescem e se desenvolvem e dão frutos, a sua
carreira como aeronauta passou por todas essas etapas de evolução vegetal:
da ansiedade do menino aos estudos científicos, que prepararam o arcabouço
de suas vitórias aeronáuticas - da dirigibilidade do mais leve a navegação
do mais pesado que o ar.
A
sua primeira aventura aerostática, se deu em tempos que já iam longe
os anos de 1891 e 1892! A aerostação evoluía, e já não era um segredo
de poucos. Divulgavam-se as ascensões e, Paris começava a ser um centro
de experimentações aerostáticas. Em 1897, realizou sua primeira ascensão
em balão em Paris. E um ano depois, 1898, construiu o seu primeiro dos
seus 14 dirigíveis com motor a gasolina, uma grande ousadia para a época.
Ainda
nos anos seguintes lançou um balão cilíndrico. E em 1901, perante uma
Comissão do Aeroclube da França, conseguiu elevar-se do solo e realizar
o percurso de Saint-Cloud à Torre Eiffel, contorná-lo e voltar ao ponto
de partida, pilotando um balão alongado em forma de charuto com motor
a petróleo, fruto da sua imaginação. Com isso, assegurou a dirigibilidade
dos balões e arrebatou o prêmio "Deutsch de La Meurthe".
Sobretudo
o seu primeiro vôo, com um aparelho mais pesado do que o ar, aconteceu
no dia 23 de outubro de 1906, a bordo de um "14-Bis" (aeronave
com motor a explosão). Santos Dumont efetuou, igualmente, diante da
Comissão do Aeroclube da França, o primeiro vôo documentado na história
da aviação - daí, supostamente, o título de "Pai da Aviação"
-, sobrevoando o campo de Bagatelle, do qual lhe rendeu o primeiro prêmio
- a "taça Archdeacon", pelo vôo oficialmente controlado que
ultrapassou a marca de 25 metros.
Entre
os anos de 1907 a 1910, com o "Demoiselle" ou "Libélula",
pequeno e frágil, muito semelhante aos atuais ultraleves, o pai da aviação
efetuou inúmeros vôos, com os quais se popularizou no Brasil e no mundo.
Regressando
ao Brasil, em 1931, foi morar em Petrópolis, numa casa batizada de "Encantada",
que projetou com criatividade (entre outros detalhes, os degraus são
dispostos de tal forma que só se pode começar a galgá-los usando o pé
direito), além de ser o local escolhido por ele, para escrever um de
seus livros: O que eu vi, o que nós veremos, um livro de cem páginas,
onde narra sua vida e tece comentários sobre o futuro da aviação. Hoje
a casa - transformada em um museu: Museu Santos Dumont - é uma referência
para quem interessa-se saber mais sobre a História da Aviação.
Santos
Dumont nos deixou a certeza de que é possível voar! Um desafio àqueles
que acreditavam estar alcançando os limites do conhecimento, a luz que
desenvolveria o homem à sua condição humana...
Em
voga, despertou a atenção de sua terra natal, o que levou alguns aviadores
a realizarem experiências em solo nacional, como, por exemplo: Edmond
Plaucut (francês) que voou em Santos e no Rio de Janeiro - chegando
a utilizar a avenida Central - hoje avenida Rio Branco -, no coração
da capital federal, como pista de decolagem para um vôo da Praça Mauá
à Ilha do Governador. Mas, sobretudo, fomentou a criação da primeira
escola de aviação do Brasil e, a posterior, a criação da indústria aeronáutica
sob o comando do empresário Henrique Lage, o mesmo que no início dos
anos 20 construiu os protótipos das aeronaves: Rio de Janeiro (1920)
e a Independência (1922).
Enfim,
navegou pelos ares seguindo sua rota, fecundando em nossos corações
brasileiros o seu espírito aventureiro, a semente instintiva à conquista
do ar num espetáculo envolvente entre o céu e o mar. Das nuvens douradas
do crepúsculo a direção dos ventos um sinal, desvendava os mistérios
sãos o encanto de uma nação. Era brasileiro o nosso "Pai da Aviação".
3° Setor - Nas rotas do céu
Da
criatividade dos gênios pioneiros ao fascínio de voar, homens e mulheres
desafiam a imensidão do ar, superando os seus limites descobrindo novos
horizontes a navegar, nas rotas do céu uma cultura a perpetuar que vem
de um tempo secular...
Os
primeiros aviadores eram ao mesmo tempo inventores, construtores e pilotos.
Suas experiências fomentavam o fascínio pelos ávidos desafios que muitos
desses pilotos já realizavam nos fins do século 19 e continuavam realizando
nos idos do século 20.
O
enredo assinala, portanto, a título de apresentação, o pioneirismo e
a coragem desses navegadores aéreos, que de dentro de seus aeroplanos
voavam e acumulavam façanhas que entraram para história mundial. A começar
por Louis Blériot (1872-1896), que a bordo do "Blériot XI",
em 1909, foi o primeiro a atravessar o Canal da Mancha em um aeroplano
(haja vista, que o francês Jean-Pierre Blanchard, em 1785, já havia
completado esse percurso; só que a bordo de um balão a gás hidrogênio).
A
mesma façanha também foi conseguida pela aviadora americana Harriet
Quimby (1884-1917), famosa pela sua elegância e pelos seus artigos,
estes últimos que contribuíram para tornar a aviação acessível às mulheres
- uma vez que elas lutavam para impor-se diante dos homens pela conquista
do ar. Além disto, Quimby, foi, ainda, a primeira mulher a atravessar
o Canal da Mancha, em 1912, a bordo de um monoplano Blériot.
Nove
anos mais tarde, em 1921, a aviadora e feminista brasileira Anésia Pinheiro
Machado, foi a primeira mulher a realizar um "vôo transcontinental",
percorrendo mais de 17 mil km sobre o continente americano.
E
a primeira aviadora a transportar passageiros e a realizar vôos acrobáticos,
além de ter atuado como "repórter aeronáutica". Anésia recebeu
ao longo de sua carreira inúmeras homenagens, entre elas: o diploma
Paul Tissandier e o título de Decana Mundial da Aviação Feminina, da
Federação Aeronáutica Internacional.
Igualmente
contribuíram para um resultado pioneiro, os portugueses Gago Coutinho
e Sacadura Cabral, que chegaram ao Brasil, em 17 de junho de 1922, após
concluir o (pioneiro) vôo da Europa para a América do Sul. E em 1927,
tomamos conhecimento da travessia do oceano Atlântico, pelos aviadores
brasileiros João Ribeiro de Barros e Newton Braga, ambos a bordo do
avião "Jaú"; o mesmo que hoje encontra-se disponível à visitações
no interior do Museu da Aeronáutica, no Parque do Ibirapuera, em São
Paulo.
Sob
a luz de um, suposto, surto de desenvolvimento tecnológico, Charles
Lindberg (1902-1974), conhecido como "maluco voador" - por
suas inúmeras manobras acrobáticas - realizou em 21 de maio de 1927,
a primeira travessia do Atlântico em vôo solitário sem escalas, com
destino ao Aeroporto de "Le Bourget", onde declarou: "Well!
I did it!" (Pois bem, consegui!).
O
enredo, portanto, contempla o pioneirismo de todos esses "desafiadores
do espaço", mas atribui a Charles Lindberg, o papel principal pela
sua façanha realizada em 1927.
Entretanto,
o legado dessas aventuras aeronáuticas, resultou em uma produção em
séries de (balões) dirigíveis - os gigantes - que foram construídos
por volta de 1930, para o transporte de passageiros e, que também era
utilizados à travessia do oceano Atlântico - um deles, o Graf Zeppellin,
deu a volta ao mundo, despertando por onde passava a curiosidade, admiração
e alegria de todos.
Enfim,
todos esses pioneiros contribuíram para evolução e desenvolvimento da
aviação mundial. Abriram novas rotas em busca da paz celestial, e com
elas vieram o progresso e o saber até aonde alcança nosso olhar, a lembrança
de um tempo secular, se faz presente na saga desses conquistadores do
ar!
4° Setor - Além da barreira do som
Vem
de muito longe a tentativa da conquista espacial pelo homem, de um lugar
imaginário e real. Das primeiras máquinas voadoras, passando pelos objetos
mais pesados que o ar - os aviões - às naves espaciais, o alvorecer
de um futuro marcado por uma, extraordinária, aventura tecnológica...
Outrora,
nos idos dos anos 60, ainda que tímido, o homem - representado por Yuri
Gagarin - alcançava o espaço e girava em torno da órbita terrestre.
Esta conquista foi seguida de muitas outras; o aperfeiçoamento dos propulsores
de lançamentos e dos sistemas de controle, permitiam, ampliar as experiências
e colocar em órbita cargas mais pesadas - o que culminaria, mais tarde,
no "evento espacial" mais conhecido mundialmente, o lançamento
de dois astronautas americanos, Armstrong e Aldrin, a um outro corpo
celeste: a Lua.
Dessa
"aventura lunática", passando pelas primeiras astronaves -
as chamadas cápsulas - as mais sofisticadas naves espaciais, o homem
mais uma vez é o pioneiro, o aventureiro em ação, em busca da sua evolução!
Uma ação, infinitamente, mais ousada, impulsionada pela explosão veloz
à conquista universal; Haja vista, que aqui na terra do carnaval aos
olhos do público em geral, o homem voou na passarela do samba num objeto
espacial...
O
homem supera seus limites, ávidos por experiências estrondosas, que
vão além das barreiras sonoras... Um futuro supersônico que sobrevoa
a imensidão do ar e envia através dos seus "estrondos sônicos",
que o futuro é aqui! Protagonizado pela velocidade dos fatos e por uma
rica tecnologia que caminha em passos largos, na direção do que antes
era apenas um sonho, hoje
é uma realidade.
O
exemplo dessa experiência sonora foi representado por Churck Yearg,
o primeiro aviador americano a quebrar a barreira do som, a bordo do
supersônico Bell XI - Glamous Glennis, que recebeu esse nome em memória
se sua mulher, no dia 14 de outubro de 1947. Devido a esse seu feito,
de cunho universal, Yearg passou a ser considerado um "herói"
à história da aviação americana. O homem de fato conquistou o espaço
e dele já fez a sua morada...
Hoje
o sonho é real, concebido em um "templo nacional", atinge
numa velocidade fenomenal a riqueza e a competência, numa trajetória
empresarial de fulgurações intensas, erguida ao longo de sua história...
Enfim,
a bordo dessa "velocidade estonteante", cruza-se o céu a diversidade
do saber o que possibilita-nos a entender o que no próximo setor vamos
erguer: "Asas de um sonho: uma história brasileira de sucesso".
5° Setor - Asas de um
sonho: Uma história brasileira de sucesso
Trata-se
de um pioneirismo inigualável, uma primazia espetacular no que tange
a "aviação comercial". Que aqui se faz presente, a partir
de uma preocupação "ímpar" e inteligente, conceituada em diversas
contribuições à cartela de clientes - oferecendo maior conforto, novas
opções de vôo, um excelente atendimento de bordo, pacotes promocionais
como, por exemplo: a "Fidelidade recompensa"; o serviço "Fale
com o Presidente" - onde o comandante Rolim (diretor majoritário
de uma empresa nacional de aviação), abre o canal executivo às questões
do cliente e, sobretudo a inenarrável recepção - "The magic red
carpet" - onde estendia-se um longo tapete vermelho para recepcionar
os clientes, juntamente com a presença do comandante, o qual cumprimentava
um por um de seus passageiros - um verdadeiro exemplo de respeito e
atenção. Dizia ele: "Ninguém melhor que o cliente para indicar
o caminho que uma empresa deve seguir"...
Do
aperfeiçoamento da tecnologia à elaboração de estratégias para beneficiar
única e exclusivamente o cliente, nascia, sobretudo, a paixão de homens,
a serviço da aviação. Herdeiros por dedicação, predestinados a completar
a sua a grande missão: voar além dos limites da imensidão... A lógica
desses homens exímios, neste contexto, encantam a sabedoria humana elevando-a
ao ponto mais alto a conhecer do mundo.
Em
sua trajetória empresarial, desde os transportes de cereais, burros,
carnes, tijolos a passageiros, o interior do país progredia vertiginosamente
e assim conquistavam uma forte personalidade, desde primeiros anos de
sua fundação a atualidade.
Assim,
finalizamos enaltecendo o título desse setor, em voga, aqui se apresenta
em luz e cor: "Asas de um sonho: uma história brasileira de sucesso"
Um
sucesso marcado pela dedicação incomparável de um comandante e pelo
resultado de uma equipe competente. A todo esse crescimento atribuíam,
em especial o comandante Rolim, ao lema: "para ser o melhor, o
trabalho tem que ser dobrado".
Vinha
dos céus o sucesso de sua história, e com isso a glória de um futuro
de vitórias. "O trabalho não mata, pelo contrário, prolonga a vida"...
A bordo dessa afirmação, o vermelho vivo de suas aeronaves é realçado,
o atendimento diferenciado é mais um avanço na sua história desde a
sua fundação.
Ao
espírito de servir: a aeronave está prestes subir o passageiro é realmente
especial aqui no país do carnaval. E é nesse vôo, nas "Asas de
um Sonho", reluzindo no peito o acentuado vermelho, que sobrevoarão,
a passarela do samba, com o Salgueiro o orgulho de ser brasileiro...
6° Setor - O herdeiro do ar: Um brasileiro
criou um novo estilo de voar
É
o resultado de uma história exemplar, prioritariamente, fundamentada
na sua principal paixão: a aviação. Uma herança longínqua que habitou
toda extensão de sua vida pessoal e profissional. Rolim Adolfo Amaro,
era um aviador nato, nasceu em Pereira Barreto, no oeste paulista, numa
terra boa para o cultivo do algodão, em 1942.
Esta
é uma história de conquistas e vitórias, da verdadeira mola propulsora
que o levava às alturas, de onde deixou para sempre gravado nos astros
e nas estrelas a sua razão de viver.
Nesse
eterno vôo, será personificada a sua imagem, a lembrança do seu último
alçar, o dinamismo de um jovem guerreiro que iluminou o céu com seu
espírito aventureiro em tons vermelhos... Comandante
Rolim, um exemplo de ser brasileiro, de reconhecimento inenarrável,
de efeito estarrecedor e apaixonante. Um marco na vida e na história
da aviação contemporânea...
O
enredo "Asas de um Sonho viajando com Salgueiro o orgulho de ser
brasileiro" consagra-o, sobretudo, como gênio da aviação comercial,
imortaliza-o, atribuindo a ele uma "aura de vida espacial"
- que teve a honra e a alegria de alçar vôo aos braços do criador...
Contemplar-se-ão,
com tal enredo, o pioneirismo da aviação em homenagem ao saber e a riqueza,
a imaginação e a beleza de um dos mais belos herdeiros da ar: Comandante
Rolim Adolfo Amaro. Da Passarela do Samba, alçará vôo ao "reino
iluminado dos céus" - o último vôo à cerimônia da consagração de
sua imortalidade.
Após
essa brilhante explanação do enredo só nos resta convidá-los para esta
viagem! Bem vindos a bordo do vôo 2002 do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro,
com destino ao reino da folia a passarela do samba canta em harmonia
e contempla a alegria do orgulho de ser brasileiro!
É
nesse céu de brigadeiro que o Salgueiro vai partir para mais um vôo
cheio de emoção! Afinal, não somos melhores, nem piores. Somos pioneiros
e criativos. Somos diferentes, como os heróis que contamos nesse enredo.
Boa viagem!!
-
Grande Enciclopédia
Delta Larousse;
Ed. Delta S. A, Rio de Janeiro, 1970.
-
História do século:
1900/1914.
Abril Cultural. São Paulo, Ed., Abril Cultural; 1968, p.28.
-
Nova Enciclopédia Barsa;
Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações. Rio de Janeiro;
1977.
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NAPOLEÃO, Aluísio.
Santos Dumont: a conquista do ar,
Ed. CIA Editora Nacional, V295, ed., São Paulo, 1957.
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