Rio de Lá pra
Cá
Introdução:
O
Salgueiro este ano exalta no seu enredo o povo da Cidade do Rio de
Janeiro que ajudou a Escola a conquistar o título de Campeã do Carnaval
de 1993, com muita alegria, garra e empolgação.
A princípio
foi difícil descobrir uma maneira de homenagear a Cidade do Rio de
Janeiro, já tão cantada em verso e prosa, de uma forma não tradicional,
obedecendo a tarefa do Salgueiro de ser "apenas diferente".
Que povo é esse, que vive de contrastes e ainda tem força e bom humor
para cantar o “Explode Coração” nas esquinas, bares, biroscas e estádios
espalhados pela cidade e por todo país?
O enredo RIO DE LÁ PRA CÁ, do carnavalesco Roberto Szaniecki,
ilustra este dilema contanto a história da Cidade do Rio de Janeiro
através do prisma debochado e bem humorado que o carioca possui. O
enredo faz uma análise comportamento; do povo do Rio, desde a fundação
da cidade até hoje, uma profunda pesquisa que tornou-se objeto de
tese acadêmica, onde são respondidos os porquês da simpatia e do jeito
do homem brasileiro, jeito esse oriundo do Rio de Janeiro, caldeirão
de raças e estilos.
A diretoria do Salgueiro dedica o enredo e o desfile deste ano ao
eterno Presidente, Miro Garcia – Presidente do Conselho e ao seu filho,
Maninho Garcia – Presidente Executivo – por todo o que representam
para a Escola.
Paulo César Mangano
Sinopse:
Este
Rio que eu amo
Para amor o Rio basta conhecê-lo, não existe frase mais verdadeira!
Como carnavalesco esta fonte de riquezas culturais, artísticas e naturais
encheu-me com um “Rio” de estórias da história desta cidade.
A “Cidade Maravilhosa” tem, como já foi dito antes, alguns dos mais
belos recantos do mundo. Então porque não continuar a dizer que a
cidade seja ainda um cartão postal do Brasil?
Quando se vai ao Pão-de-açúcar ou ao Corcovado e se vê a cidade a
seus pés é que se tem idéia das belezas que a cidade tem. Durante
o dia é radiante e durante a noite é brilho só. A floresta da Tijuca
é a única floresta urbana do mundo, e motivo de orgulho para todos
que aqui vivem.
Aquele jeitinho que nós tentamos resgatar durante a história, põe
a cidade e seu povo entre um dos mais hospitaleiros e calorosos do
mundo sempre dispostos a ajudar a levando a vida com bom humor. O
carioca sempre conseguiu vencer as dificuldades, sejam elas de caráter
geográfico, climático, governamental ou mesmo social.
Esta é a cidade que já viveu como: a França, Portugal, Inglaterra,
França novamente e até como os E.U.A, porém existe algo que não há
em algum outro lugar do mundo, aquele jeitinho carinhoso e malandro,
que veste vermelho e branco, que torce pela sua escola e sobretudo
dedica seu samba a esta cidade e o seu povo – é o Salgueiro que sacode
a galera.
“Nem melhor nem pior, apenas uma escola diferente”...
E por ser diferente, é que foi escolhido um jeito diferente de se
falar sobre esse tema tão conhecido que é o Rio de Janeiro.
Este enredo não é um monólogo sobre o Rio, mas sim, um diálogo em
que o protagonista fala de si, “O Carioca Conta a sua História” e
o Salgueiro responde com uma mensagem de esperança, mesmo que tenha
que se dar um jeitinho, daqueles bem cariocas.
A nossa mensagem reflete também a fé que temos em nossas crianças
sabendo que estão nessas pequeninas mãos, o futuro, o progresso e
a continuidade do amor. Esse amor sempre removerá montanhas de dificuldades
e assim feito, transformará a cidade do Rio de Janeiro, esta cidade
que será sempre a mais maravilhosa do mundo!
P.S. – Sem esquecer daquele jeitinho
Roberto Szaniecki
Carnavalesco
Ordem do Desfile
1° Setor:
-
Carro
Abre-Alas: Heráldica Brasileira
1° Destaque: Cruz de Malta Real
Composição A: - (06) – Corte Portuguesa
Composição B: - (08) – Flores do Local
Definição: Símbolo da cidade. A miscigenação dos brancos e Índios
que deram origem à cidade com toda as bandeiras, desde a França Antártida
-
1° Ala: Guerreiros Maracajás – Índios que uniram-se aos portugueses contra a invasão
dos franceses
-
2°
Ala: Índios Maracajás – Índios naturais do Rio de Janeiro
-
3°
Ala: Portugueses – Portugueses que, juntamente com os maracajás, expulsaram
os franceses.
-
4°
Ala: Corte dos Bantos – Negros trazidos do congo para o Rio de Janeiro.
-
5°
Ala: Da Escola – Negros já adaptados na função de escravos no cultivo da
cana-de-açúcar.
-
Carro:
Riqueza da cana-de-açúcar
1° Destaque: Bomboniére
Destaque: Açúcar Candy
Composição A: Docinhos
Composição B: (O5) – Canavieiras
Definição: A nova colônia mandou ao açúcar para as mesas portuguesas
através de quitutes, a partir do transporte da cana para Portugal.
-
6°
Ala: Invasores Franceses – 2° Invasão francesa rechaçada pelo povo carioca
-
7°
Ala: Ouro do Vice Reino – O Rio de Janeiro do Vice-Reino, enriquece através do transporte
do ouro de Minas para Portugal.
-
8°
Ala: Festa do Imperador do Espírito-Santo – Festa monótona, em forma de cortejo para angariar fundos
para a Igreja.
-
9°
Ala: Congado – Negros da mesma irmandade, quase todos do Congo, extrovertidos
e alegres, iniciam determinados festejo chamado CONGADA.
-
1° Passistas – Casal barroco – Casal do período barroco
2° SETOR
-
Carro:
Sagração barroca
1° Destaque – Sagração Barroca
Destaque – Rainha do Congo
Bispo (1)
Bispo (2)
Composição A – Sagração (6)
Composição B – Festa do divino estandarte do Congo folia de reis
Definição: Influência da miscigenação da arte, principalmente no
estilo barroco, mostrando a festa do divino, congado com Rei Congo,
rainha do Congo, estandarte e folia de Reis.
-
10°
Ala: Corte brasileira no Jardim Botânico – D. João IV instala-se no Jardim Botânico
-
11°
Ala: Debret – Missão francesa – Vinda da missão artística francesa que traz consigo nomes
como Debret
-
12°
Ala: Abertura dos portos – D. João IV, abre os portos às nações amigas
-
13°
Ala: Último bailes do império – Baile realizado na ilha fiscal, para os chilenos, a menos
de uma semana da implantação da república.
-
2°
Passistas – As mulheres se vestem com o símbolo da época, os homens
representam os fiscais da época.
3° Setor
-
Carro:
Jeitinho da Coroa Real
Destaque – D. Pedro II
Princesa Isabel
Pó de arroz
Mico leão
Pássaro
Orquídea
Margarida
Composição A – Vitória Régia (3)
Composição B – Formandos D. Pedro II
Definição: Toda a influência que transformou o cotidiano do rio de
Janeiro com a vinda da Família Real. Ex: Telefonia, Biblioteca Nacional,
Jardim Botânico, Jogo do Bicho, Bonde, Trem, Debret com a missão francesa,
abertura dos portos.
-
14°
Ala: Instituto Oswaldo Cruz – No início do século, o Presidente Rodrigues Alves
convida
Oswaldo Cruz para pesquisa de soros e vacinas como a Febre Amarela.
-
15°
Ala: Bela época – Estilo francês e requintado influencia a moda transformando
a cidade em exemplo de modernidade cosmopolita.
-
16°
Ala: Arlequinados – O carnaval entra em cena pelas ruas da cidade
-
1°
Casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira - Pierrot e Colombina – A corte do pierrot para a colombina (jogo da conquista),
situados na trilogia muito em voga na época.
-
17°
Ala: BATERIA – A preferência pelo romantismo da trilogia: Pierrot, Arlequim
e Colombina
-
18°
Ala: Tributo Art-Noveau – O estilo requintado, Art-Noveau, tem como símbolo destacado
o Pavão.
4° Setor
-
CARRO: SOCIEDADE E CORSO
Destaque Principal - Tributo à Art-Noveau
Destaque – Colombina
Destaque – Pierrot
Composição A – Diabinhos (04)
Composição B – Pierrot
Pierrot
Colombina
Arlequim
Arlequim
Bailarina
Bailarina
Definição: O retrato do carnaval no início do século com as sociedades
e os corsos trazendo, com o jeitinho carioca, o “Mardi Grass” de Nova
Orleans.
-
19°
Ala: Luar dos seresteiros – A elite boêmia, muito ligada à música reunia-se em “serestas”
pela madrugada da cidade.
-
20°
Ala: Café Rio – A elite boêmia troca as ruas pelos cafés para beber e
conversar, não dispensando a cerveja e a caipirinha.
-
21°
Ala: Almofadinhas e coquetes – Moda boêmia que trocou as ruas pelos cafés da cidade.
-
22°
Ala: Mundanas e guardas da Lapa – A prostituição e a homossexualidade masculina reprimida
pelos guardas da Lapa
-
3º
Passistas – Almofadinhas e coquetes – Representam os anos 20, os famosos almofadinhas e as deslumbrantes
coquetes.
5° Setor
-
Carro:
Art Decô – Anos 20
1° Destaque – Folia Art Decô
2° Destaque esquerda – Romance
2° Destaque direita – Romance carioca I
3° Destaque esquerda – Boêmia carioca
4° Destaque direita – Boêmia carioca II
Composição: Mundanas (08)
Definição: A moda dos anos 20, as tendências comportamentais da sociedade
da Época.
-
23º
Ala: Cinema Atlântida – Marca o início da intervenção do estado na atividade cinematográfica
com humor.
-
24º
Ala: A nacional está no ar – Em 1935, foram iniciadas as gravações de “Alô, Alô, Carnaval”.
Em 1936, inaugura-se no Rio de Janeiro a Rádio Nacional.
-
25º
Ala: Teatro de revista – O teatro, a ópera e o cabaré, influenciados pela cultura
européia, adaptam-se as condições locais de produção e consumo, criando
o teatro rebolado.
-
26º
Ala: Ala das baianas [Roleta] – Uma homenagem aos grandes cassinos e a exuberância dos
grandes salas de jogos e as sempre convidativas mesas de roleta.
6º Setor
-
Carro:
Cassino da Urca
1º Destaque
2º Destaque direita
2º Destaque esquerda
3º Destaque direita
3º Destaque esquerda
4º Destaque direita
4º Destaque esquerda
5º Destaque esquerda – Carmem Miranda
5º Destaque direita – Filho do Grande Otelo
Composição: A cor do ouro (06)
Definição: Representa o jogo, os grandes musicais, as previstas,
a exportação da cultura brasileira nas músicas e nos costumes. Ex.
Carmem Miranda e Grande Otelo.
-
27º
Ala: Praias cariocas – As praias do Rio, internacionalmente conhecidas, são um
verdadeiro deleite para o carioca e para o turista.
-
28º
Ala: Futebol – Na paixão pelos esportes foi, sem dúvida, o futebol que
mais cresceu no gosto dos habitantes.
-
29º
Ala: Ciclistas – Modismos começam a ser introduzidos e o passeio de bicicleta
noturno já virou costume por toda a cidade.
-
30º
Ala: Noites cariocas – O Rio é um verdadeiro frenesi de luzes e convites aos
prazeres noturnos, surgem bares, boates, gafieira, dancings, teatros,
etc.
-
4º Passistas – Passista da noite – Representam os grandes shows de samba na noite carioca
7º Setor
-
Carro:
Rio noite e dia
Destaque – Noite e dia
Composição A – Grupo de pagode (05)
Composição B – Motel, noite e samba (04)
Composição C – Praia (04)
Composição D – Futebol (05)
Composição E – Ciclistas (+4)
Definição: O lazer e os modismos dos cariocas, Ex. Praia, futebol,
feijoada, a rica noite do Rio e os modismos como: os “Night Bickers”.
-
31º
Ala: Festa de Yemanjá – Festa de Ano Novo, sofrendo evolução, comemora-se na passagem
de ano a festa da rainha do mar.
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32º
Ala: Carnaval de rua – Algumas tradições reformam a suas origens nos grupos de
“Clóvis” e nas máscaras.
-
33º
Ala: Festa junina – Com caráter meio religioso, as danças juninas vem do tempo
da escravidão, com imitação dos grandes bailes dos palacetes.
-
34º
Ala: Cosme e Damião – Originados das festas afro-brasileiras para as crianças.
-
2º
Casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira - Oxalá e festa junina – Dentro das tradições Afro-Brasileira, o primeiro dia do
ano e consagrado Oxalá e a Yemanjá, curiosamente fora da real data
de festejo.
8º Setor
-
Carro:
Rio em festa
1º Destaque
2º Destaque esquerda
2º Destaque direita – Fogos de artifício
3º Destaque esquerda
3º Destaque direita
1º Destaque (baixo) – Visita à Yemanjá
2º Destaque (baixo) – Mãe de santo
Destaque Carnaval
4º Destaque direita
4º Destaque esquerda
Composição: Carnaval de rua (04)
Composição: Festa Junina (06 casais)
Definição: Costumes que o povo conseguiu transformar em festas tradicionais,
tais como Festa Junina, Cosme e Damião, carnaval e festa de Yemanjá
com os seus fogos de artifícios.
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35º
Ala: Rio ecologia – O Rio os mais belos recantos naturais e a maior floresta
urbana do mundo.
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36º
Ala: Rio cartão postal – Suas praias e sua geografia, formam o mais belo cartão
postal; durante o dia radiante e a noite um brilho só.
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37º
Ala: O Salgueiro amo o Rio – O povo carioca, um dos mais hospitaleiros e calorosos
do mundo, com aquele jeitinho carinhoso e malandro que veste vermelho
e branco, que torce pela escola e dedica seu samba a esta cidade e
a seu povo.
9º Setor
-
Carro:
Futuro
Carro com 41 crianças
Cavalinhos – 03
Bola 01
Skate – 02
Pião – 01
Disco Grande – 03
Ioiô – 01
Velocípede – 02
Lápis direito – 08
Lápis esquerdo – 08
Chão do carro – 10
Definição: A esperança que temos em nossas crianças e na criança
que temos dentro de cada um de nós.
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38º
Ala: O futuro em nossas mãos – As crianças do Salgueiro conservam a infância por toda
a vida e se dedicam ao estudo e novas tecnologias.
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