FICHA TÉCNICA 1993

 

Carnavalesco     ------------------------------------------------------
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Lourival de Souza Serra (Mestre Louro)
Puxador de Samba Enredo     Melquisedeque Marins Marques (Quinho)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1993

Peguei um Ita no Norte

Justificativa do Enredo:

           O enredo escolhido pelo G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro para o carnaval 1993, "Peguei um Ita no Norte", tem por objetivo prestar uma homenagem ao valente migrante nortista/nordestino, que veio contribuir, com sua vontade e perseverança para o desenvolvimento e progresso das outras regiões brasileiras.
           Mostra, através de sua viagem, um mosaico de folclores, tradições e costumes de partes de nosso país, procurando manter sempre vivas as diversas manifestações culturais que fazem a história de um povo.

Sinopse:

          Esperanças e desafios, até hoje trazem para a cidade grande, o valente homem do Norte e do Nordeste brasileiro. São jovens que, atraídos e guiados pelo sonho de um Eldorado, se lançam na aventura da busca de um lugar ao sol.
          Recordando a famosa canção: “Peguei um Ita no Norte”, de autoria de Dorival Caymi, encontramos a forma poética e mágica de percorrer os diversos Brasis que, durante décadas, foram rotineiramente visitados pela navegação costeira daqueles navios transportadores de sonhos.
          Não pretendemos com isso realizar uma reconstituição da época dos anos 30 e 40, em que foi composta a canção. Antes pretendemos ressaltar, uma visão carnavalesca, a magia da esperança e do arrojo do migrantes aventureiro que superava a distância e as dificuldades para conhecer e conquistar outras terras; seu fascínio e encantamento pela descoberta de novas paisagens, sua emoção ao descobrir a diversidade cultural de nosso povo; sua vontade de vencer na vida, superando suas saudades da terra natal.
          Lembrando que, durante década, pela deficiência da malha rodoviária e de um sistema de viação aérea, cabia à Companhia de Navegação Costeira, a tarefa de operar de forma quase exclusiva a cabotagem e o transporte de passageiros entre aqueles pontos extremos do País. Para tanto, eram utilizados navios à vapor, cujas denominação se iniciavam sempre por ITA -, que significa PEDRA em Tupi-guarani. Daí Itaboré, Itaporan, etc.
          Os ITAS, saíam do Porto de Belém do Pará, contornavam todo o litoral brasileiro até o Rio de Janeiro, oferecendo aos olhos dos viajantes a visão diversificada e própria de cada porto que atracavam.
          Mostraremos em nosso desfile na Marquês de Sapucaí, a reação de um desses migrantes, a partir do embarque no Porto de Belém, sua terra natal. Suas lembranças do Círio de Nazaré, o Mercado do Ver-o-peso, seu porto e sua gente, seu primeiro contado com o mar aberto e a excitação diante das novas imagens emanadas da atração em terras novas, de hábitos e culturas diversas.
          Seu espanto com o mar e seus seres fantástico, gaivotas e peixes.
          A cidade de São Luiz do Maranhão, seus ricos azulejos e tradicionais lampiões, sua alegria pelo festejo maior: O Bumba-meu-boi.
          Fortaleza, sua janelas e rendeiras, sua levas de romeiros em peregrinação ao Padre Cícero.
          Natal do Rio Grande do Norte e seu símbolo , o Galo de Barcelos, suas estrelas e salinas.
          Recife, seu frevo e maracatu; as visitas à Grande Feira de Caruaru.
          Maceió, seus pastoris, reisados e suas vastas plantações de cana-de-açúcar.
          Passando por Aracajú e seu povo, suas vaquejadas, seus cangaceiros e coqueiros.
          E em Salvador da Bahia, suas comidas e candomblé, seus tocadores de berimbau.
          Nosso viajante prossegue em sua fantástica viagem aportando finalmente no Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa onde, anos depois, já totalmente integrado ao novo cotidiano, vamos revê-lo aqui , na Marquês de Sapucaí, sendo ao nosso lado, assistindo emocionado o nosso querido Salgueiro, desfilar!.

Mário Borriello

Cronograma do Desfile:

O Enredo encontra-se dividido em 3 partes:

1 - A Partida
2 - Os Brasis
3 - A Integração

Primeira Parte:  Na primeira parte conta-se a emoção da despedida do migrante, de sua terra natal.
Segunda Parte: Descreve diversas formas de hábitos e culturas de parte de nosso país.
Terceira Parte: Mostra o nosso migrante já totalmente adaptado à novo vida.

 

SAMBA ENREDO                                                1993
Enredo     Peguei um Ita no norte
Compositores     Demá Chagas, Arizão, Celso Trindade, Bala Guaracy e Quinho
Lá vou eu...
Me levo pelo mar da sedução (sedução)
Sou mais um aventureiro
Rumo ao Rio de Janeiro
Adeus Belém do Pará
Um dia eu volto, meu pai
Não chore, pois vou sorrir
Felicidade, o velho Ita vai partir!

Oi, no balanço das ondas, eu vou
No mar eu jogo a saudade, amor
O tempo traz esperança e ansiedade,
Vou navegando em busca da felicidade

Em cada porto que passo
Revejo e retrato em fantasia
Cultura, folclore e hábitos
Com isso refaço minha alegria
Chego ao Rio de Janeiro
Terra do samba, da mulata e futebol
Vou vivendo o dia-a-dia
Embalado na magia
Do seu carnaval

Explode coração
Na maior felicidade
É lindo meu Salgueiro
Contagiando e sacudindo esta cidade