FICHA TÉCNICA 1970 |
Carnavalesco | Fernando Pamplona |
Diretor de Carnaval | .............................................................. |
Diretor de Harmonia | ............................................................... |
Diretor de Evolução | ............................................................. |
Diretor de Bateria | ................................................................ |
Puxador de Samba Enredo | ................................................................ |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | ................................................................ |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | ................................................................ |
Resp. Comissão de Frente | ................................................................ |
Resp. Ala das Baianas | ................................................................ |
Resp. Ala das Crianças | ................................................................ |
SINOPSE 1970 |
Praça Onze, Carioca da Gema Os
ACADÊMICOS pedem licença, ao som seus tamborins e, na base do ronco
da cuíca, apresentam seu assunto “CARIOCA DA GEMA” numa empolgação
à Praça 11.
Senhor Juiz da Comissão de Frente:
Tempos houve que incorporamos a comissão de frente ao enredo, com
riscos (figurinos) da época. Hoje, preferimos apresentá-la como COMISSÃO
DE FRENTE, mesmo, semelhante ao malandros de todos os tempos. Senhor Juiz de Enredo:
O SALGUEIRO que sempre castigou, como manda o figurino, o seguimento
do enredo, não só nos figurinos mas também no desfile, resolveu que
esmiuçar esta dança que estava prejudicando a empolgação do Samba. Senhor Juiz de Alegoria:
Prá começo de conversa somos contra essa tal de Alegoria em Escola
em Escola de Samba. Senhor Juiz de Figurino:
Em 1960 o Salgueiro resolveu “vestir” todas as pessoas que rasgavam
a avenida e inovou, enfeitando, como faz até hoje, inclusive os carregadores
que outras escolas ainda trazem “à paisana”. Senhor Juiz de Evolução:
Desde o centenário que o Salgueiro, verificando o quanto é desagradável
ao povo, imprensa e juizes, o desfile de uma escola “amarrada, fazendo
com que, durante mais de duas horas todo o mundo ouça o mesmo samba
e veja as mesmas cores enchendo o saco, resolveu desfilar acelerado,
dizendo no pé, seus espaços enormes entre as alas e os terríveis destaques,
sem exibição desnecessária e acabando com a coreografia-bastarda que
tanto desvirtua a verdadeira evolução. O negócio é “espantando o boi”
e “dizendo no pé” com a devida malemolência, como manda o figurino
da autenticidade. Senhor Juiz de Bateria:
As baterias estão se transformando em “bandas marciais”e é inevitável. Senhor Juiz de Harmonia:
O samba está “cantando", será cantado e o povo que tá de olho
cantará conosco numa harmonia perfeita em função de um samba simples,
porém autentico, livre, sobre um tema e não escravizado a um enredo. Senhor Juiz de Conjunto e Senhores Juízes de Desfile:
Para nós, conjunto e desfile é o equilíbrio resultante de todos os
quesitos que compõem o julgamento. Da Comissão e Frente à Bateria
passando pelos figurinos, etc. o Salgueiro, é uma Escola ÚNICA,
perfeitamente harmonizada, impossível de desmembrar partes
e que procura ser um conjunto,uma só unidade, vinculando (e
cumprindo) todos os elementos numa só idéia. Enredo, Samba, Alegoria,
Figurino, Evolução, etc.. Senhor Juiz de Coreografia: A coreografia do Mestre-sala e da porta-bandeira, herança dos porta-estandartes dos ranchos e seus trejeitos, é vitalizado em nossa Academia pelo virtuosíssimo da juventude dentro da malemolência do Samba. Senhor Juiz do Samba (Melodia):
No ano passado enterramos o Samba-enredo e chutamos o Samba-tema,
livremente criado! |
SAMBA ENREDO 1970 | |
Enredo | Praça Onze, carioca da Gema |
Compositores | Duduca e Romildo Souza Bastos |
És carioca
da gema, digna de um poema, Ó Praça Onze, eterna capital do nosso samba brasileiro, tradição do carnaval. Nas madrugadas em festas, boêmios esqueciam serestas para compor com um grupo de batuqueiros iluminados pela luz de candeeiros. Tia Ciata, que era bamba pra valer, não desprezava um pagode antes do dia amanhecer. Oi, abre a roda, meninada, |