Virou, virou
passarinho de cristal.
Cantou, cantou
e deslumbrou o carnaval
Se deu no baile mascarado
que o rei concedeu,
existirá, pergunto eu, pergunto eu,
um reino tão rico e feliz que o meu?
Lá vai o rei, lá vai na carruagem
de corcéis alados fazer a viagem,
montado no dragão, o anjo bom lhe ouviu,
com ele o encantado seguiu,
ficou ô-ô maravilhado
com o Rei Sol e o palácio dourado.
O anjo pediu-lhe atenção
e do faz-de-conta transpôs o portão, ô-ô-ô
vibrou extasiado
ao ver a lua no seu reino prateado.
Clareia o coche dos leões,
é de ioiô, é de ioiô, rei dos trovôes.
Pai Xangô, seu axé,
justiceiro do reino de quem tem fé.
Que singeleza olhar
Anfritite e Netuno, imenso mar,
o polvo de prata, que beleza,
guardião da realeza,
sublime véu,
o arco-íris levando água pro céu,
rainha fada, oi, serpente magia,
corra Cinderela, vai raiar o dia
no reino de cristal, pediu não percebeu,
e a fonte dos desejos lhe atendeu