Quem por acaso folhear
a História do Brasil
verá um povo cheio de esperança
desde criança,
lutando para ser livre varonil.
O nobre Amadeu Ribeiro,
o homem que não quis ser rei,
o Manoel, o Bequimão,
que no Maranhão
fez aquilo tudo que ele fez.
Nos Palmares,
Zumbi, o grande herói,
chefia o povo a lutar
só para um dia alcançar
Liberdade.
Quem não se lembra
do combate aos Emboabas
e da chacina dos Mascates,
do amor que identifica
o herói de Vila Rica.
Na Bahia são os alfaiates,
escrevem com destemor,
sangue, suor e dor
a mensagem que encerra o destino
de um menino.
Tiradentes, Tiradentes,
o herói inconfidente, inconfidente,
Domingos José Martins
abraçam o mesmo ideal.
E veio o Fico triunfal
contrariando toda a força em Portugal.
Era a Liberdade que surgia,
engatinhando a cada dia,
até que o nosso Imperador
a Independência proclamou.
Ô-ô, oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá-iá
Oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá!
Frei Caneca, mas um bravo que partiu,
em seguida veio o 7 de abril,
no dia 13 de maio
negro deixou de Ter senhor,
graças à Princesa Isabel,
que aboliu com a Lei Áurea
o cativeiro tão cruel.
Liberdade, Liberdade, afinal,
Deodoro acenou,
está chegando a hora,
e assim quando a aurora raiou,
proclamando a República,
o povo aclamou.