Romero Britto, o artista da alegria dá o tom na folia
Sinopse:
... No princípio criou Deus os
céus e a terra.
E a Terra era sem forma e vazia...
E disse Deus: haja luz! E houve
luz!
Gênesis
Cap I,II e III
E de tudo que Deus criou, da luz surgiram às cores!
O
G. R. E. S. Renascer de Jacarepaguá te convida a embarcar em uma
colorida viagem pelo universo das obras de Romero Brito.
Uma
viagem que não tem fronteiras, início, meio e fim. É como um conto
de fadas que toca o coração liberta a alma e concretiza nossos
desejos.
A
mente humana guarda sonhos, fantasias, loucuras e magias. É como uma
abstrata máquina que subindo e descendo, girando para todos os lados
carrega milhares de células que conferem ao homem dons divinais
entre eles o poder de pensar e criar. E Deus deu a ele a genialidade
na arte de brincar com formas sem formas. Na arte de transformar o
insano em sano e de fazer surgir das mais fantásticas fantasias de
sua mente, formas que encantaram o mundo inteiro. Mente e querida
que não se rendeu a infância sofrida.
O
Criador o fez assim: moleque, maneiro, faceiro e arretado. Em suas
mãos o abstrato criou forma e as cores se transformaram na razão de
sua vida!
Desembarcamos
na história da arte ocidental, viajamos a barroca Itália do Mestre
Caravaggio que retratava o aspecto mundano dos eventos bíblicos,
usando o povo comum das ruas de Roma.
Ainda
jovem, Romero recebeu de seu irmão, um jovem vendedor de
enciclopédias, um livro a respeito de Caravaggio, sequer havia
ouvido falar do Mestre, mas se impressionou com a violência de sua
obra. Sua infância pobre nas favelas de Recife, repletas de
adversidades, poderia fazer de Romero o novo Caravaggio, o
Caravaggio Tropical, dores e dificuldades não faltariam para
retratar, Romero era na verdade uma dessas milhares de pessoas
comuns que Caravaggio retratava em suas telas. Mas o que faz uma
pessoa comum? As circunstâncias? O cenário de sua vida? Ao escolher
seu estilo artístico, Romero nos apresenta uma grande lição de vida:
não somos o que temos, somos o que guardamos dentro de nós. Somos o
que podemos contribuir para um mundo melhor, das obras de Caravaggio
teve a exata noção do que não queria retratar em suas obras, se
poderia influenciar o mundo e as pessoas com uma obra feliz, serena
e brilhante, por que iria compartilhar seus pesadelos?
Ainda
na Europa sua inspiração viaja para Espanha de Pablo Picasso, o
artista das formas certamente é um traço reconhecido na obra de
Romero. Picasso, o pai do cubismo no mundo é um marco em suas obras.
Dizem
que a propaganda é alma do negócio, mas no fundo a propaganda é uma
nave por onde uma obra navega e chega a muitos lugares. Quando um
artista idealiza uma obra, ela se limita a um espectador, alegra uma
única vida, altera uma única história. Uma obra que ilustra um
produto, tem um poder de alcance inimaginável. As obras de Romero
transmitem alegria e através dos inúmeros produtos mundiais que
carregam os traços de Britto, esta arte isenta de ansiedade e medo
rompeu fronteiras étnicas, sociais e religiosas alcançando um número
incalculável de vidas e de histórias.
É
o início do ciclo publicitário de sua carreira onde Romero descobre
que o infinito é realmente intocável e sua obra abraça o mundo,
chegando aos cinco continentes. Dezenas de trabalhos publicitários,
selos para a ONU e esculturas que tiraram do artista o poder de
perceber até onde pode chegar, embora tenha durante sua vida, criado
sem a pretensão de voos distantes, pois criou com a alma e com a
emoção de ver uma vida ou sorriso modificado. E neste aspecto, já é
muito mais que um vencedor.
O mundo
conhece Romero e ele esta ou esteve nos maiores circuitos artísticos
mundial. Suas obras públicas ilustram várias cidades do mundo,
inclusive sua doce e bela Miami. A cidade que abriu as portas para
suas obras e reconhece seu brilhantismo em quase toda sua extensão
territorial. Museus mundiais puderam apresentar a sua nação o
encanto das telas e peças deste artista. Romero de Brito chega à
Cidade Luz, ao Museu do Louvre em Paris, o mais visitado museu do
mundo, onde nosso genuíno artista pôde se encontrar com o maiores
Gênios das artes plásticas do mundo que até então, viviam apenas nas
lembranças de sua infância.
Do
alto do morro e de braços abertos o Corcovado recebe este artista
que no maior espetáculo da terra conta as maravilhas deste gênio
modernista. É a capital do samba que explode de felicidade e suas
paisagens naturais vão ganhando as cores e a cara de Romero. O Rio
de Janeiro recebe agora um olhar carinhoso de Britto e a cidade do
samba da mulata e futebol aos poucos se rende.
Em 06
de outubro de 1963, quando o quarto exército invadia o Recife para
uma luta armada contra a revolta dos camponeses, nascia Romero de
Brito, um garoto pernambucano que aos 8 anos de idade chamava a
atenção na escola onde estudava. Além de decorar cadernos com
desenhos coloridíssimos, passava horas no quintal de sua casa
criando. Sucatas, papelão e jornal serviam de suporte para suas
pinturas. E ele adorava ganhar de presente livros de arte. “Eu
ficava ali sentado e copiava mestres da pintura por dias e dias”,
lembra Romero Britto.
''Nasci com um dom, e quero dividir com todos''
Britto criou obras que invocam o espírito de esperança e
transmitem uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por
colecionadores e admiradores, de “arte da cura”. Sua arte contém
cores vibrantes e composições ousadas, criando graciosos temas com
elementos compostos do cubismo.
Nesta
Noite a passarela branca vai se colorir de alegria, a Renascer abre
as portas da folia para contar a vida e arte de Romero de Brito esse
mágico artista que aos 47 anos contribui para a formação artística
de milhares de jovens e vem chegando de mansinho para encantar a
Marquês de Sapucaí. Romero, que há mais de 20 anos mora em Miami é
Made in Brazil e a Renascer que é Especial, apresenta seu carnaval:
O ARTISTA DAS CORES DA O TOM DA FOLIA.
Carnavalesco: Edson Pereira
Pesquisa: Anderson Ferreira