FICHA TÉCNICA 2007

 

Carnavalesco     Milton Cunha
Diretor de Carnaval     Comissão de Carnaval
Diretor de Harmonia     Amauri de Oliveira
Diretor de Evolução     Amauri de Oliveira
Diretor de Bateria     Lourival de Souza Serra (Mestre Louro)
Puxador de Samba Enredo     Luizinho Andanças
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Antônio Luiz Coelho Miranda (Tuninho) e Patrícia Gomes de Souza
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Vinícius Santana do Nascimento e Priscila Domingues de Souza
Resp. Comissão de Frente     Roberto Lima
Resp. Ala das Baianas     Sandra Maria de Faria Trindade
Resp. Ala das Crianças     Verônica Rodrigues da Silva

 

SINOPSE 2007

Preto e branco, à cores

“Durante minha vida me dediquei à lutar pelo povo da África.
Lutei contra a dominação branca,
e também lutei contra a dominação negra.
Almejei o ideal de uma sociedade democrática e livre,
onde todas as pessoas vivessem juntas
em harmonia e com oportunidades iguais.
Um ideal pelo qual vivo.
Mas se preciso for, também estou preparado para morrer por ele”.

Nelson Mandela

Sinopse:

          Blindada pele mágica de ébano, que em onze línguas traduz um só ideal: gente não tem cor, tem caráter.
          Heróica África do Sul, ao dançares em passeata por justiça, esperança e fé, para cada horror do racismo, tens um esforçado canto de superação.
          Sou africano na luta contra o “anjo-colonizador imoral e amoral”, não tolero opressão, tortura, prisão, pois não há defesa para o indefensável.
          “Caveirão” elitista da maldade, abrindo fogo contra o povo; intolerante “tanque” do preconceito, indiferença, cinismo e egoísmo.
          Tombam corpos de meninos mortos, outrora felizes, pelos guetos nos quais negros foram confinados.
          Quem é humano e quem é sub-humano? Quem enriquece e quem empobrece?
          O Tigre encontra no “leão enjaulado” (Nelson Mandela) a inspiração maior, para fazer de um mundo em preto e branco, um universo colorido.

Das cinzas à Fênix.

          Ofereço um palco para exibires tua glória de negritude repleta de cores, matizadas pelo preto e branco.
          Beleza de genuína fraternidade e paz, mais preciosa que ouro e diamantes.
          Mundo democrático, respeitador dos direitos humanos, livre dos horrores da miséria, fome, privação e ignorância, aliviado da ameaça da guerra.
          Museu de “vermelha favela”, banhada do sangue de heróis e heroínas, cujas esquinas de memória e herança, jamais esquecendo a luta, reconstroem um “hoje” pleno de “amanhãs”.
          Comemoro este “Dia da Reconciliação” contigo, todos irmanados por dias melhores.
          Embrião de um novo mundo que está nascendo, onde a sombra do racismo e da guerra já se dissipou.
          Ergo um “Monumento pela Liberdade” em tua intenção.
          Para que o mundo não esqueça que “é possível”:

Quero acordar num lugar, onde eu possa ser, o que eu quero ser!

Milton Cunha

Ordem do desfile:

          Setores do "Conceito de Liberdade".
  • 1º Setor:
          O Tigre no mundo colorido das nove províncias negras da África do Sul.
          As 11 línguas e um só pensamento: a liberdade.
  • 2º Setor:
          O Racismo de um mundo em Preto e Branco.
          O “anjo-colonizador intolerante”
  • 3º Setor:
          “Caveirão”da maldade (O Melo Yelom).
  • 4º Setor:
          Nelson Mandela, o "Leão Enjaulado".
  • 5º Setor:
          Um Palco para a gente Sul-Africana.
  • 6º Setor:
          O Museu da Favela Vermelha. (The Red Location Museum).
  • 7º Setor:
          Hoje, o dia da reconciliação, neste Universo colorido.
  • 8º Setor:

          Ergo um "Monumento à Liberdade", é possível...Com extrema emoção, dedicamos este “Conceito” à CUFA e ao AFRO REGGAE, orgulhosos por desfilar questão tão crucial para o mundo moderno, e certos de que o Brasil precisa olhar para o exemplo sul-africano, almejando paz à humanidade,
          Assinamos embaixo:

Milton Cunha

 

SAMBA ENREDO                                                2007

Enredo     Preto e branco à cores
Compositores     David Souza, Fábio Costa, Francisco, William e Wagner
Destino a minha vida
Minha luta pela liberdade
A nove filhas de um só coração
Ao sul do berço da humanidade
O anjo invasor me deu a cor, mas cor não tenho
Eu tenho raça e a cada farsa, a cada horror
O meu empenho, meu braço, meu valor
Se ergueu contra o monstro da cobiça
Caveirão da injustiça, filho da segregação
Liberto permanece o pensamento
Ele foi o meu alento
Quando o corpo foi prisão

O nosso herói Mandela é
Senhor da fé, clamou o povo
E o Tigre encontra o leão
A maior inspiração de um mundo novo

Do gueto um palco de glória
Corre em meu sangue a história
Num mundo misturado
Matizado com as cores deste chão
Um canto a ser louvado ser humano ante a fome e privação
Museu da favela vermelha
Minha alma se espelha na face do irmão
É hoje vou cantar
Minha gente é o lugar que eu sempre quis
Na Avenida, meu irmão vou abraçar
Viver a igualdade e ser feliz

Liberdade pelo amor de Deus
Liberdade a este céu azul
É minha terra orgulho meu
Porto da Pedra canta a África do Sul