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FICHA TÉCNICA 2003 |
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Carnavalesco | Mario Borrielo |
Diretor de Carnaval | Arthur Varella |
Diretor de Harmonia | Jorginho Harmonia |
Diretor de Evolução | ............................................................. |
Diretor de Bateria | Marcio Mendonça (Mestre Marcinho) |
Puxador de Samba Enredo | Preto Jóia |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | Rogério e Alessandra Chagas |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | ................................................................ |
Resp. Comissão de Frente | ................................................................ |
Resp. Ala das Baianas | ................................................................ |
Resp. Ala das Crianças | ................................................................ |
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SINOPSE 2003 |
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Introdução Desta vez, o palco do nosso teatro é a rua, onde o principal ator é o povo! O enredo "Os donos da rua" pretende expressar o fantástico universo das vias públicas do Rio de Janeiro, suas múltiplas facetas, a vitalidade de seus tipos populares e o irreprimível humor que carregam em si, até como arma fundamental para a sobrevivência nesta verdadeira selva urbana. Esta cidade maravilha, conhecida por suas belezas naturais, traz consigo também os graves problemas que caracterizam as grandes metrópoles. Violência, exclusão social, desemprego, engarrafamentos, favelização e poluição ambiental retratam uma dramática aquarela. Através de um olhar sobre os vários períodos da vida carioca, mostraremos o homem em permanente criação e adaptação a estes espaços, verdadeiramente livres e democráticos. Ogum e o povo da rua O homem sempre identificou-se com as ruas, sinônimo de liberdade e de possibilidade de comunicação. A rua, porém, é um espaço aberto à toda e qualquer surpresa. Assim para protegê-lo em suas árduas tarefas, em suas batalhas pela imensidão da cidade, as tradições africanas se fazem presentes: Ogum é o dono das ruas, avenidas, estradas e também o senhor da guerra. Nas encruzilhadas estão os "povos de rua", os Exus, juntamente com as pombagiras e muitos "despachos" ou oferendas. Rio colonial: uma cidade negra Rio colonial: ruas estreitas, poucos recursos. Poeira e pé no chão. Sob o atento olhar dos feitores e soldados, as vias se fazem negras, no burburinho de escravos. O trabalho é pesado para os vendedores de parcas mercadorias. Aguadeiros e lavadeiras buscam, nas fontes públicas, atender a seus patrões. O braço negro faz também o transporte adequado aos abonados senhores: redes e cadeirinhas vão e vêm... os capoeiras assustam e a cidade, assim, é sombria, negra, nas ruas sem horizonte... Rio imperial: um toque europeu no ar Novos tempos, nova era! D. João VI, El-rei em pessoa desembarca no rio: um toque europeu no ar. A cidade, antes pacata, da noite para o dia, cresce e se transforma. As ruas ficam ruidosas e os ambulantes apregoam novas mercadorias. A nobreza impõe seus costumes e os navios estrangeiros passam a descarregar as novidades: tecidos, candelabros, talheres, louças, porcelanas, chapéus, perfumes, especiarias, livros... Surgem também os comerciantes, artistas, cientistas, aventureiros, viajantes fascinados com a nova terra. Calçamento nas ruas, gás para a iluminação. Azulejos nas fachadas, prédios públicos... A rua do ouvidor é a moda de paris. o progresso agora reluzia, sob as doces mãos da monarquia. A república sonha com uma paris dos trópicos Acabou-se a monarquia! O rio aspira ao progresso. Paris será o modelo da mais fina sociedade. Bota-se abaixo o velho casario e os cortiços... As vielas escuras e mal-cheirosas dão lugar a largas avenidas, que modernizam a paisagem. Saneamento e saúde são prioridades. Os ratos e a febre agora infestam a cidade. Urgente enfrentar a calamidade. O trem, o bonde, a bicicleta e os poucos automóveis cruzam as ruas e a presença feminina se faz agora mais constante, atraindo os olhares dos alinhados rapazes. O centro do Rio é, portanto, o cenário perfeito da burguesia. a população mais humilde, as tradições populares, estas são excluídas da nova cidade. Os quiosques e ambulantes passam a ser vistos como atraso, selvageria. Mas a cultura do povo sempre resiste! Os tipos populares e seus costumes sobreviveram, apesar da discriminação. Tia Ciata, por exemplo, velha baiana quituteira, comercializava roupas e comemorava as festas dos orixás, na pequena África, onde o samba nasceu... Rio, cidade plural Século XX, mais e mais transformações! Arranha-céus, grandes avenidas de norte a sul. Milhares de ônibus e táxis percorrem a superfície da cidade, e por debaixo, o metrô. O trânsito se transforma num grande caleidoscópio, com quilométricos congestionamentos. Guardas, ambulantes, pedintes e outros, tentam acertar o passo numa confusa coreografia. Pivetes, menores abandonados, meretrizes, travestis, desempregados, lixeiros, gatos e cachorros desempenham com talento os seus papéis. A rua é negócio e moradia... Camelôs e carrocinhas vendem de tudo, de cds a computadores, de cigarros a brinquedos, de pipoca a bebidas e sorvetes. Artesãos e hippies espalham também seus produtos. À noite, os jovens ocupam a velha Lapa boêmia, espalhando novas tendências. Artistas, intelectuais, prostitutas e desocupados curtem todos os ritmos, sob a eterna imagem de madame Satã. Pelas ruas da cidade, os grafiteiros imprimem sua marca e, nos dias de futebol, os cariocas ostentam, orgulhosos, a camisa de suas paixões... Purgatório da beleza e do caos Num desfile de carnaval, todo o sonho é permitido. Neste teatro cujo palco é o próprio asfalto, revivemos dia a dia, a nossa divina comédia, misturando o purgatório e o inferno, na esperança de um paraíso, onde, quem sabe, as crianças de rua possam ser os querubins e serafins e todos nós, o povo, os donos da rua, possamos nos transformar numa grande legião de anjos e arcanjos. Mário Borrielo |
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SAMBA ENREDO 2003 | |
Enredo | Os donos da rua, Um jeitinho brasileiro de ser |
Compositores | Max Mendonça, Duda e Silva |
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Lá vou eu!!! Quem vai! Quem Vai! Quem vai "querê"!!! Na avenida central, passo a passo sorri... Eu sou Porto da Pedra! |