FICHA TÉCNICA 1974

 

Carnavalesco     Hiran Araújo e Cláudio Pinheiro
Diretor de Carnaval     ................................................................
Diretor de Harmonia     Waldir de Souza (Waldir 59)
Diretor de Evolução     Waldir de Souza (Waldir 59)
Diretor de Bateria     Joaquim Gomes Filho (Mestre Cinco)
Puxador de Samba Enredo     Silvinho da Portela
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Bagdá e Irene
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1974

O Mundo Melhor de Pixinguinha

O enredo:

          Há quem pense que a presença do Departamento Cultural na Escola seja mais uma sofisticação. Puro engano. Na Portela sua ação vem se fazendo sentir cada vez com maior intensidade, dando contribuições de maior importância. Engatinhando em Ilu-Ayê, ano passado, com PASÁRGADA-O AMIGO DO REI, pôde dar um maior desenvolvimento ao seu trabalho. Tanto que o enredo marcou. Ainda hoje se comenta sua beleza e concepção e, sobretudo, a contribuição cultural que deu, ao encerrar, em moldes populares, um dos mais belos e categóricos poemas da literatura brasileira “VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA”, de Manoel Bandeira. Este ano, trilhando caminho idêntico, isto é, criando temas que pudessem levar algo de sério ao público, fomos buscar na vida de um excepcional músico brasileiro, reconhecido internacionalmente, PIXINGUINHA, elementos para a composição de um enredo, ao mesmo nível do ano que passou.
          Arte teatral integrada. Opera de rua. Arte efêmera, sui-generes, sem igual no mundo inteiro que, em 80 minutos, é vivida por centenas e milhares de pessoas e, do que foi sentido e visto, nada se repetirá. E há de ser intensamente amado o que não será visto duas vezes.
          O desfile de uma Escola de Samba é uma empresa estética que supõe uma estratégia própria e que deve ser apresentada em termos gerais, lúdicos. Mais tema que enredo. Uma sucessão de puras aparências. Diríamos mesmo uma dança dramática, de caráter espetacular.
          A elaboração do enredo de Escola de Samba é um gênero novo que inventou seus próprios cânones e módulos. É uma arte integrada (teatro, música, cenografia móvel, coreografia, pinturas, “script” e o rebolado essencial).
          O que estamos chamando de “script” é a redação, se possível em prosa poética, acessível em nível popular, isto é, pedagógica, do que vai acontecer na passarela em 80 minutos – e jamais se repetirá.
          No Departamento Cultural a produção é coletiva. O espírito de equipe prevalece sobre a autoria individual. O enredo não tem dono. Nossa jogada é pretender desmistificar a tradição narcisística que viciou a cultura, tantas vezes falsificando seus fins e traindo sua missão em favor de exibicionismo nominal e de recompensas extraculturais. Com nível superior de elaboração teórica, o Departamento Cultural revive, assim, a gratuidade do anonimato folclórico.
          O G.R.E.S. PORTELA resolveu como enredo para o carnaval de 1974 prestar um tributo de evocação e homenagem ao maior vulto da música Popular Brasileira – PIXINGUINHA.
          Vamos reviver toda uma série de acontecimentos que são a própria trajetória evolutiva da música popular brasileira. Como disse o cronista Ary Vasconcelos, em seu ‘Panorama da Música Popular Brasileira”: “Se você tem 15 volumes para falar de toda música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas se dispõe de espaço de uma palavra, nem tudo está perdido, escreva depressa: PIXINGUINHA.
          Que outro nome, além de Pixinguinha – ele que é instrumentista, compositor, orquestrador, chefe de orquestra e tudo isto de forma genial – poderia realmente melhor representar a música popular brasileira de todos os tempos”.
          Ou ainda como asseverou o cronista, crítico e grande estudioso da música popular brasileira, Lúcio Rangel, em sua obra “Sambistas e Chorões”:
          Em Alfredo Viana Jr., o Pixinguinha, devemos considerar o instrumentista, o compositor, o orquestrador e o chefe de orquestra. Poderíamos, ainda, acrescentar o cantor, se este não fosse tão pouco conhecido do público em geral. Em todas as manifestações de sua arte Pixinguinha revelou-se admirável, o que nos leva a afirmar, em toda a serenidade, estarmos frente ao maior músico popular que tivemos em todas as épocas, mesmo considerando a grandeza de um Ernesto Nazaré, de um Sinhô, ou de um Noel Rosa.
          Muitos outros depoimentos poderiam somar-se a esses que relembramos. Todos eles são unânimes em reconhecer a figura genial de Pixinguinha.
          Se teve no choro seu forte, como ele mesmo dizia: “E no choro que me encontro mais e sabe porquê? Porque no choro somos obrigados a fazer três partes musicais. No choro podemos dizer o que sentimos e tudo fica melhor dividido: tem começo, meio e fim”; percorreu, no entanto, todos os gêneros musicais, o samba, o partido-alto, o maxixe, o tango, as músicas para revistas, filmes, operetas, etc..., sempre com a mesma genialidade.
          Como quer que se analise a sua obra, ressaltará sempre o sentido de eternidade e vanguarda de sua música, sempre atualíssima.
          Na realização cênica do enredo, tratada como ópera de rua, reviveremos no samba-de-enredo, nas fantasias, nas alegorias, nos adereços, na coreografia processional e na consciência do tema todo um mosaico de acontecimentos, no qual a figura genial de Pixinguinha é o testemunho de toda uma epopéia musical.
          O enredo está dividido em três partes, intimamente interligadas, o Mundo Melhor de Pixinguinha, num variado espetáculo audiovisual.
          A primeira parte é o PRIMEIRO ANDAMENTO ou O SURGIMENTO DE UM GÊNIO.
          Vai desde o nascimento de Alfredo da Rocha Viana Jr., O Pixinguinha, a 23 de abril de 1898, seu tempo de criança, até a formação dos oito Batutas, quando fez a música popular brasileira entrar nos salões e daí se projetar internacionalmente.
          A segunda parte é OUTROS TEMPOS ou Esplendor do Artista.
          Nesta parte vemos toda uma seqüência de fatos que culmina com a explosão para a glória. São as excursões pelo Brasil e depois ao exterior, Paris. Sua participação no centenário. A feira de amostras, etc..., etc..., até as apresentações nos cassinos.
          A terceira parte, este HOMEM É UM POEMA ou UM RECONHECIMENTO E UMA HOMENAGEM tem todo um sentido de exaltação à sua figura, à sua obra. Começa com a formação de velha-guarda, prossegue através da produção de sua obra musical para cinemas, apresentações diversas e termina com uma série de homenagens que recebeu e que também nós da Portela lhe rendemos.
          PIXINGUINHA foi eminentemente um chorão, por isso o enredo possui uma fantasia básica que identifica o tema, O Chorão. Nas diversas partes da Escola nós veremos os chapéus de palha, os coletes e as gravatinhas.
          PIXINGUINHA, enquanto viveu, jamais parou de compor. Mais de mil composições, pautas, discos, gravações. Centenas ainda permanecem inéditas.
          - Quando estive no Hospital fiz uma canção. Um dia a enfermeira chegou com a bandeja da refeição e disse: “Manda Brasa.” Foi pra já. Peguei no lápis e fiz “MANDA BRASA”. Ia fazer exames, subia e descia de elevador. Compus NO ELEVADOR. Vontade de deixar o hospital: Vou Pra Casa. – cantava Pixinguinha.
          Nós da Portela humildemente retiramos o chapéu de palha para saudar o gênio brasileiro de todos os tempos, Pixinguinha.

Lá vem Portela
Com PIXINGUINHA em seu Altar
E o altar de Escola é o samba
Que a gente faz
E na rua vem cantar...

O Desfile:

1ª Parte: O surgimento de um gênio (ou "O primeiro andamento")

          A Portela abre o seu desfile carinhosamente. Uma gigantesca águia – o símbolo da Escola – em posição de vôo carrega, através de uma carreta presa ao bico, o globo terrestre – O MUNDO MELHOR DE PIXINGUINHA. O mundo todo azul vem girando e tem por cima um menino – PIZINDIM, menino bom no dialeto africano da avó de Pixinguinha – tocando flauta. Aos lados diversas liras iluminadas – o símbolo da música e por baixo um pandeiro – o símbolo do samba – dão complementação ao carro Sambando e desenvolvendo graciosos movimentos, aos lados e à frente do carro, o grupo abre-alas. Eles completam o carro abre-alas. Vendo-os ao longe, suas belíssimas fantasias lembram espumas do mar, espraiando num maravilhoso vai e vem. Eles fazem uma saudação ao público em nome do gênio Pixinguinha.
          Logo depois, a comissão de frente. Quinze belas e deslumbrantes mulatas, com fantasias que lembram as deusas, trazendo às mãos liras.
          Esta é a apresentação da Escola. Logo a seguir vem a primeira parte. Nada de dísticos, nada de cartazes. Os acontecimentos vêm fluindo, num esclarecimento de fatos maravilhosos que marcaram a vida de Pixinguinha. O começo é a ala das crianças – Os Pizindins. Elas vêm fantasiadas de chorões. Pixinguinha foi eminentemente um chorão. Por isso iniciamos com este tipo de fantasia que será repetido, em sua essência, em todo transcurso da Escola. Chapéus de palha, colete, gravatinha e uma flauta na mão. Tijolo é o comandante das crianças. Ele estará orientando a coreografia delas. A ala desfila com liberdade, levando afiadíssimo o samba no gogó, usando apenas algumas marcações e movimento, de acordo com o tempo do samba. Atrás delas vêm as avós africanas, uma homenagem à avó africana de Pixinguinha. Alguns destaques representando as tias baianas: Tia Ciata, tia Emerenciana. E depois a tradicional ala das baianas (100 componentes). Este ano as baianas vêm na primeira parte. Elas que são a nata, a raiz da Escola e têm a responsabilidade de manter o clima de impacto que a abertura proporciona.

Velhos Chorões

          A velha guarda (40 componentes) fantasiados de velhos chorões complementam as baianas. Eles são os antigos sambistas e vêm simbolizando os músicos que freqüentavam a pensão Viana. A seguir a ala Vai Como Pode (130 componentes), prosseguem o clima os Chorões. Representando o rancho Filhas da Jardineira, ao qual Pixinguinha ainda com calças curtas pertenceu, vem a ala Macunaíma (com 100 componentes).

A Boemia

          Os caprichosos, uma ala com 40 componentes, representam o restaurante La Concha – garçons e garçonetes.
          Agora o primeiro CARRO ALEGÓRICO. Seu tema é o Surgimento de um Gênio. Nele, a deusa da música abençoando um menino que sobe em sua direção – o gênio Pixinguinha. Cavalos alados (mitológicos) e o chafariz da Praça 15 (fixando o gênio nesta cidade) mil luzes, brilho em profusão e complementos diversos.
          A ala dos impecáveis faz o Teatro Rio Branco, bem como a ala Jovem Flu. Eles formam um grupamento de cerca de 100 sambistas. Os Supremos mostram a Lapa.
          A Ala das Novidades forma o bloco do Caxangá, pelo qual Pixinguinha tudo largava, para desfilar. São 100 figuras de sambistas. Os Kabuletês (30 componentes) simbolizam o Cine Palais. A sala de espera. O público. Os cadetes, uma ala pequena mas muito bem representada vem como maestros. Depois 2 destaques: Bolinha e Odila. O tema deles é PIXINGUINHA. Ambos homenageiam PIXINGUINHA com suas fantasias.
          Um grupo de alas – Intimidade, Panteras, Show da Portela, Feliz Natal; Nós e Elas e Harmonia – que formam grupamento de cerca de 200, dão aquele toque necessário ao enredo, os Chorões.

A Festa da Penha

          A festa da Penha tem seus momentos de glória. Super-freqüentada ela ainda representa um calendário importante no divertimento do carioca. Com suas barracas, vendedores, rodas de samba, um mundo de gente passeando, também tinha, em Pixinguinha, um adepto constante. Por isso ela vem representada por destaques e alas. Dalva dos Santos, Rosemary Santana, Rosemilde Santana, Aldacyr Albergaria, Nilza Trindade, Wilmar Motta e alas Alô, Alô Madureira, Paulo Afonso Garcia, Pés de Ouro.

A Corte

          Quando da visita do Rei e da Rainha da Bélgica, em 1920, PIXINGUINHA foi convidado especialmente para fazer apresentações para eles.
          No enredo eles vêm representados por Waldemir P. Silva – O Rei da Bélgica e Irene Praça – a Rainha da Bélgica, juntamente com seu séquito, a ala dos Lordes, os destaques Sra. Florestam, Célia, Cleuza, Ana Apolinária, Maria Aparecida, Neir dos Santos, Lea S. De Silva e ala do Silêncio.
          Fechando esta a primeira parte temos a ala Feitiço das Dendecas (15) e Calçadas (80) fazendo o teatro-revista e os nossos 2° mestre-sala e 2ª porta bandeira.

2ª Parte: Esplendor do Artista

Outros Tempos

          A segunda parte se inicia com as excursões do grupo formado por Pixinguinha. É a subida para a Glória, o esplendor do artista.
          Assim temos a ala Bigode do Nozinho (60 componentes) com viagem à Bahia; a ala dos Cafonas (50 componentes) com viagem a Pernambuco; a ala Dragões da Aristocracia (40 componentes) com viagem a São Paulo.
          Um destaque, a Sra. Caetano faz viagem a Minas juntamente com a ala Rodapé (50 componentes).
          Os destaques Jorge da Rocha, Maximiniano J. Cruz, Jorge Santana fazem os Batutas.
          Depois duas alas continuam marcando o enredo com chorões – ala do China (100 componentes) e Águia de Ouro (30 componentes).
          Uma dupla show Cléia e Edinaldo fazem os bailarinos Gaby e Duque, que se tornaram famosos na Europa, dançando o maxixe.
          E mostrando toda pujança e luxo da Boite Assírius duas alas Guanabarinas e Dez Mais.

Paris

          Cidade-luz. A primeira excursão de um grupo de músicos ao exterior.
          Um destaque representa Paris – Beki Klabin. Uma ala, a dos Universitários (100 componentes), dão o estilo francês com moças e rapazes sambando.
          Depois, ainda em continuação ao clima de Paris, o grupo Paris.
          O segundo carro alegórico é o Cabaret Scherazade. Lá vemos apresentando-se num palco giratório com um deslumbrante cenário, os Batutas que, naquela cidade, se apresentaram com sete integrantes.
          Dois destaques – Pedrinho e Wanda – abrem o show do Cabaret Scherazade. A ala do Conde (100 componentes) faz este cabaret e após, ainda com Scherazade, os destaques Aílton de Souza, Antônio F. Santos, Marly Albino Silva, Didi e Haroldo Reis.
          Fazendo a revista Bataclan as alas Maravilha (30 integrantes) e Isa da Viola (20 integrantes).

Feira de Amostras

          Por ocasião do centenário do Brasil foi organizada uma grande feira de amostras. Pixinguinha e seu grupo lá se exibiu. Os destaques Milu e Mauro simbolizam a feira de amostra. A ala Divino Mestre também faz o tema.
          Para mostrar a companhia negra de revista, na qual Pixinguinha tocava com sua orquestra no teatro Rialto e no qual conheceu Albertina de Souza, a Jandira Aimoré, com quem veio a se casar, temos os destaques Lucy Nogueira, Tereza, Jacy, Marivalda, Marsília e Tereza T. B, que faz Jandira Aimoré. As alas acadêmicas da Portela (50 componentes) e Estamos Aí, Bicho (30 componentes) representam a Cia. Negra.
          Outra vez marcando o enredo com o tema chorões as alas Príncipes, Jovem, Quem Não É, Não se Mistura, Fidalgos e Secretas.
          A ala Majestade (40 componentes) faz a viagem à Argentina.
          A ala Corações Unidos da Portela faz os escravos da guarda-velha. Ela representa a origem da guarda-velha, que depois se transformou em velha-guarda.
          E fechando a 2ª parte a ala Florentina, com cassino, tendo à sua frente Dona Ester, que faz a Carmem Miranda e, após, os 1° mestre-sala e 1ª porta-bandeira.

3ª Parte: Homem é um poema (ou Um reconhecimento e uma homenagem)

Este homem é um poema

          A terceira parte se inicia com a ala Tema e Avanço (30 componentes) encerrando a velha-guarda. Depois a ala Chova ou Faça Sol fazendo a boite Casablanca, o show produzido por Zilca Ribeiro, o samba nasce no coração.
          À frente da ala Paulete Silva, como vedete do show. A seguir uma série de vedetes, a ala Carmem Miranda (30 componentes).
          A ala Niterói (30 componentes) com o show da Boite Casablanca.
          Outras alas de chorões: os Esquilos, Liberdade, Adeptos, Transas, Conjunto Guanabarinos, Embrasados, Essa É Diferente.
          O destaque Zélia como musa.
          A ala Os Boêmios faz o bar do Gouveia. “Todos os dias vou ao Gouveia. E porque o apartamento fica vazio. Então você sabe. Vou pra lá. Encontro amigos. Bato papo”, dizia Pixinguinha.
          A ala Hippie vem desenvolvendo os feirantes de Água de Meninos, uma cena do filme ‘O Sol Sobre a Lama”.
          As alas dos Estudantes, Inimitáveis, Jambetes, Filhos da Águia com o tema Rua Pixinguinha. São fantasias livres comemorando o fato.
          Agora o 3° carro alegórico. Homenagem a Pixinguinha. Uma gigantesca rosa se abre e aparece o busto de Pixinguinha. Luzes em profusão. Enfeites.
          Destaques e alas com o tema Rosas: Shirley, Azucrinados, Grupo de floristas, grupo Marlene Oliveira.
          A ala Magnatas homenageia a Escola Pixinguinha. Outro grupo de chorões Aquários, Mil, Carinhoso, Mocotó, Mistério, Chacrinha, Amigos do Samba.
          O destaque Vilma Nascimento com uma luxuosa e original fantasia, o cisne, presta uma homenagem singela ao gênio Pixinguinha, faz o mundo melhor de Pixinguinha.
          Fechando a Escola a ala do Donga com seus 170 integrantes, com fantasia livre, homenagem a Pixinguinha.
          A bateria não tem posição fixa. Vem com 200 integrantes, fantasiados de chorões. A regência é do Mestre Cinco.
          O 1° mestre-sala é o internacional Bagdá, exímio bailarino. A 1ª porta-bandeira é a campeoníssima Irene, com seu porte de rainha, completa sambista.
          Os compositores fantasiados de chorões ajudam a harmonia.
          No comando supremo da Escola, o grande Natal e sua diretoria.

 

SAMBA ENREDO                                                1974
Enredo     O Mundo Melhor de Pixinguinha (Pizindin)
Compositores     Jair Amorim, Evaldo Gouveia e Velha
Lá vem Portela
Com Pixinguinha em seu altar
E altar de escola é o samba
Que a gente faz
E na rua vem cantar

Portela
Teu carinhoso tema é oração
Pra falar de quem ficou
Como devoção
Em nosso coração

Pizindin! Pizindin! Pizindin!
Era assim que a vovó
Pixinguinha chamava
Menino bom na sua língua natal
Menino bom que se tornou imortal
A roseira dá
Rosa em botão
Pixinguinha dá
Rosa, canção
E a canção bonita é como a flor
Que tem perfume e cor

E ele
Que era um poema de ternura e paz
Fez um buquê que
não se esquece mais
De rosas musicais

Lá vem Portela...