SAMBA ENREDO                                                1965
Enredo     Histórias e tradições do Rio quatrocentão - do morro Cara de Cão à praça Onze
Compositores     Candeia e Waldir 59
Rio és um marco de glória
És um berço na história do país
Tens um povo alegre, hospitaleiro e tão feliz.
É com desvelo e orgulho que iremos exaltar
Teu fundador, o bravo Estácio de Sá
Que transformou seus sonhos em realidade
Expulsando os invasores
Decidiu a sorte da cidade
Pagando com a própria vida
O preço do amor à liberdade.
E após um século decorrido
O povo conquistou retumbante vitória
Jerônimo Barbalho, o herói destemido
Com refulgência
Nos legou os ideais da independência.
Rio de Janeiro de São Sebastião
Cidade-estado, em expansão secular.

Salve! O Conde de Bobadela
Benfeitor da cidade
Que é a mais linda aquarela

Rio antigo, das batucadas
Dos rituais, capoeiras e congadas
Oh! Meu Rio colonial
Do mestre Valentim, artista genial.
Não devemos esquecer o mártir Inconfidente
O heróico Tiradentes!
Salve! A princesa redentora Isabel
Que aboliu a escravatura tão cruel
Esse fato que tanto nos comove...

Após a vinda de d. João VI, no século XIX
Prosseguindo esta feliz apologia
Lembramos o último baile da monarquia.

Hoje no século XX, do caldeamento de raças
Surgiu com requinte e graça
No mundo aristocrata
Consagrada beleza exuberante da mulata.

Rio, teu panorama é um lindo relicário
Todo Brasil se engalana
Com a passagem de teu IV Centenário

Ô ô ô ô ô
Ruas do Rio, sempre cheias de esplendor
Ô ô ô ô ô
Hoje cantamos em teu louvor
Lará lará lará...
Lará lará lará...

 

Sambas