FICHA TÉCNICA 2008

 

Carnavalesco     Eduardo Silva
Diretor de Carnaval     ...............................................................
Diretor de Harmonia     Thiago Monteiro
Diretor de Evolução     Thiago Monteiro
Diretor de Bateria     Claudinho
Puxador de Samba Enredo     Ciganerey
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Feliciano Júnior e Cristiane Caldas
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Wendel e Patrícia
Terceiro Casal de M.S. e P. B.     Leonardo Jorge e Ludimila
Resp. Comissão de Frente     Fabinho
Resp. Ala das Baianas     Tia Ana
Resp. Ala das Crianças     Neila e Deise
Resp. Galeria de Velha Guarda     Aragão

 

SINOPSE 2008

Cartola, teu cenário é uma beleza

Justificativa:

No Tom Da Mangueira

Em Mangueira
Quando morre
Um poeta
Todos choram
Vivo tranqüilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer
Mas o pranto em Mangueira
É tão diferente
É um pranto sem lenço
Que alegra a gente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim
Através de um pandeiro ou de um tamborim
Em Mangueira
Quando morre
Um poeta
Todos choram

Todo tempo que eu viver
só me fascina você,
Mangueira
Guerreei na juventude fiz por você o que pude

(Cartola, Paulinho da Viola e Tom Jobim)

          Cartola hoje quem chora por ti é o Paraíso do Tuiuti, que chora, não um choro de tristeza, mais sim um choro de alegria em poder no seu centenário mostrar ao povo brasileiro a sua importância para a música popular do nosso país.
          O Paraíso do Tuiuti no seu desfile transformará a Marques de Sapucaí num mar Verde e Rosa, pois foi as cores que você escolheu para escrever a História do Samba, a história do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira que está completando 80 anos de Glórias
          E é com a força de Cartola que o Paraíso do Tuiuti tentará chegar ao lugar mais alto do pódio no Carnaval de 2008, com Cartola teu Cenário é Uma Beleza

Sinopse:

          O homem que deu a Estação Primeira de Mangueira seu nome e suas cores, aquele que em todo o mundo é o nome mais conhecido da Mangueira, uma escola freqüentemente acusada de tradicionalista, fechada em si mesma, avessa a quem vem de fora, não é uma cria do morro. Angenor de Oliveira, que se transformou em sinônimo da Mangueira, é um carioca da zona sul, onde viveu a maior parte da infância, e só foi descobrir a Rua Visconde de Niterói por acaso.
          Nascido em 11 de outubro de 1908, no Catete, filho de Sebastião Joaquim de Oliveira e ainda Gomes de Oliveira, mudou-se com a família em 1915 para o vizinho bairro de Laranjeiras, que no inicio do século 20 formava com o primeiro, e mais Botafogo, um rico e importante núcleo de samba e sambistas, com alguns dos melhores ranchos, blocos e cordões da cidade, e gafieiras como a Flor do Abacate. E foi em Laranjeiras que influenciado pelo pai, o menino Agenor encontrou o samba. Aprendeu a tocar violão, e depois cavaquinho, observando o pai, e desfilou no rancho Arrepiados, dos funcionários da fabrica de tecidos Aliança, que tinha as cores verde e Rosa que ele mais tarde daria à sua Estação Primeira.
          Com 11 anos mudou-se com a família para o Buraco Quente, do Morro da Mangueira, zona norte do Rio, entre São Cristóvão e Engenho Novo. Agenor abandonou os estudos e começou a trabalhar como tipógrafo em uma gráfica da Avenida Mem de Sá, no Centro.
          Aos 15 anos com a morte da mãe, abandonou o morro e passou a trabalhar como pedreiro, usando, para proteger a cabeça, um chapéu-coco, confundido pelos colegas com uma cartola, que se transformou no apelido famoso.
          Cartola gostou da Mangueira e vice versa. Ele participava de rodas no morro, compunha, mas não podia sair em nenhum dos blocos da comunidade por que ele e seus amigos bebiam, brigavam, falavam palavrões e caiam na farra. A solução foi criar um bloco só para eles. No nome o grupo debochava do conceito que o morro tinha deles: BLOCO dos ARENGUEIROS.
          O bloco teria saído pela primeira vez no carnaval de 1927. Mas já no ano seguinte cartola defendia a união de todos os blocos do morro(Bloco da Tia Tomásia e Bloco do Mestre Candinho) para criação de uma Escola, fundada em 28 de abril de 1928 com cores Verde e Rosa do Arrepiados de Laranjeiras e o nome de Estação Primeira.
          Carola conquistou fama do morro, sua concepção harmônica, suas melodias e versos são simplesmente maravilhosos. Mestres da Música como os maestros Villa Lobos e Stokovsky foram ao Buraco Quente conhece-lo e tomar conhecimento de sua obra.
          Teve suas músicas gravadas por cantores como Francisco Alves, Mário Reis e Cramem Miranda, participou em 1940, das gravações realizadas com o Maestro Leopold Stokovski a bordo do navio Uruguai, como parte da política da boa vizinhança implementada pelo governo dos Estados Unidos, e ainda teve um programa na rádio Cruzeiro do Sul, chamado A Voz do Morro, ao lado de Paulo da Portela. Com ele, e mais Heitor dos Prazeres, Cartola montou o trio Carioca, que fez vários shows em São Paulo no início de 1941.
          Mas a seguir veio o período mais difícil, marcado pela meningite de Cartola, a morte de sua mulher Deolinda e um afastamento da Mangueira.
          Levado de volta à Estação por Carlos Cachaça, seu parceiro mais fiel, acabou se reencontrando com Eusébia Silva do Nascimento Silva do nascimento, a ZICA, que ele conhecera antes de unir-se a Deolinda.
          O Zicartola ficava na Rua Carioca que foi um dos redutos do samba no asfalto e tinha em seus palcos, além do próprio Cartola, nomes como Zé Kéti, Nélson Cavaquinho, Élton Medeiros, Ismael Silva, Clementina de Jesus, Ciro Monteiro, Elizeth Cardoso, Bello de Carvalho, João do Vale e Paulinho da Viola.
          Também se tornou um ponto de encontro de grandes sambistas e outros músicos da época, como Nara Leão, Carlos Lyra, Antônio Carlos Jobim, Sílvia Telles e outros.
          A experiência durou até 1965, quando o Zicartola fechou as portas, derrotado pela inexperiência administrativa do casal. Mas tinha, pelo menos, sido suficiente para mostrar a importância de Cartola, que em 1974 lançou seu primeiro disco, Cartola, pelo selo Marcus Pereira. A ele se seguiram Verde que te quero rosa em 1977 e Cartola 70 anos em 1979.
          Cartola compôs 77 músicas, algumas com parcerias com Carlos Cachaça, Hermínio Bello de Carvalho, Nuno Veloso, Dalmo Castelo, Cláudio Jorge entre outros.
          Entre elas podemos citar: Acontece, Alegria, Alvorada, Amor Proibido, Amanhecer, As Rosas Não Falam, Camarim, Desfigurado, Festa da Penha, Labaredas, Leito Vazio, Não Quero Amar a Mais Ninguém, Quem me vê Sorrindo, O Inverno do Meu Tempo, No Tom da Mangueira, O mundo é um Moinho, O Sol Nascerá, Peito Vazio, Quem me Vê Sorrindo, Senhora Tentação, Tempos Idos, Velho Estácio, Verde Que te Quero Rosa e muitas outras.
          As músicas de Cartola foram gravadas por vários cantores consagrados como: Alcione, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Lecy Brandão, Tom Jobim, Paulinho da Viola etc...
          Cartola também compôs o primeiro samba Chega de demanda.
          Angenor de Oliveira morreu de câncer em 30 de novembro de 1980, deixando obras-primas como As Rosas não Falam, o Mundo é um Moinho, o Sol Nascerá, Não Quero amar Mais a Ninguém entre outras.
          Através de suas canções, o povo brasileiro pôde entender um pouco mais a vida e como lidar com o dia a dia de uma maneira mais poética no coração.
          Tinha sabedoria suficiente para saber o quanto estava adiante de seu tempo, o quão importante seria os Brasileiros um dia perceberem a mensagem que Espíritos Africanos o designaram para levar a terras distantes.
          Hoje em dia, o mundo inteiro percebe.

Cartola não existiu. Foi um sonho que tivemos.
Nelson Sargento

Eduardo Silva

Roteiro do Desfile:

 

1º Setor: Da paixão nasce o samba

Nome da Fantasia

Nome da ala

Descrição

Responsável pela ala

 

Arautos do Paraíso

Comissão de Frente

Os Arautos que clamam a presença de Cartola no desfile do Tuiuti.

Fabinho

1ª Alegoria (Abre Alas): O Paraíso
A alegoria simboliza os Arautos despertando Cartola e a Coroa símbolo do Tuiuti
Principais destaques: Renata Marins e Vanda Silva

1

Anunciadores da chegada do homenageado

Comunidade

Os anjos que anunciam a chegada do homenageado.

Neila

2

Rancho dos Arrepiados

Ala da Barreira

O primeiro contato com o samba que cartola teve.

Deise

3

Bloco da Tia Tomásia

Comunidade

Um dos blocos que deu origem a Mangueira.

Jorge

4

Bloco do Mestre Candinho

Ala Curuzu

Um dos blocos que deu origem a Mangueira.

Adão

5

Bloco dos Arengueiros

Brasinhas e brasões

Um dos blocos que deu origem a Mangueira.

Lea

2ª Alegoria: Nasce o G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira
Nesta alegoria retratamos o morro da Mangueira, com o símbolo da Escola.
Principais destaques: Marcelo de Almeida

2º Setor: Sua fama desce o morro

6

Suas Gravações

Ala da Mikinha

Homenagem a Francisco Alves e Mário Reis.

Fernando

7

Rádio Cruzeiro do Sul

Nós somos Assim

A rádio que Cartola tinha um programa chamado Voz do Morro.

Cícero

8

Trio Carioca

Acauã

Trio Montado por Cartola, Paulo da Portela e Heitor do Prazeres.

Nilcemar Nogueira

1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Paixão em verde e Rosa

9

Mangueira é samba no pé

Passistas

Homenagem aos 80 anos da Mangueira.

Marcela

10

Zicartola

Ala da Poly

Bar montado por Zica e Cartola.

Poly

11

Carmem Miranda

Ala Terreirão

Uma das cantoras que levou a música de Cartola ao conhecimento no mundo.

Jaime

3ª Alegoria: Política da boa vizinhança
O navio que levou a nossa música a outros países e o bar Zicartola
Principais destaques: Nilton Ferreira

3º Setor: Suas canções

12

O Sol Nascerá

Comunidade

Um dos grandes sucessos do Cartola.

Sergio Boi

13

Não quero amar a mais ninguém

Ala dos Mineiros

Um outro sucesso de Cartola.

Flávia

14

O mundo é um moinho

Lopes Trovão

Um outro sucesso de Cartola.

Arlindo do Salão

15

Ensaboa

Comunidade

Um outro sucesso de Cartola.

Alessandra

16

As Rosas Não Falam

Baianas

Talvez o maior sucesso de Cartola.

Tia Ana

4º Setor: Mangueira, Palácio do Samba

17

Verde que te quero rosa semente viva do samba

Comunidade

Enredo em que a Mangueira homenageava Cartola.

Adriana

18

Yes nós temos Braguinha

Crianças

Um dos melhores desfiles realizado pela Mangueira.

Denise e Sonia

3º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Pierrot e Colombina

19

Mangueira Palácio do Samba

Força do Samba

A força do Samba.

Ricardo

20

Centenário de Cartola

Comunidade

Homenagem ao centenário de Cartola.

Fábio

4ª Alegoria: O bolo do centenário
O bolo das comemorações, o centenário de Cartola, 80 anos de Mangueira e de dona Zica que estaria completando mais uma primavera de existência no dia do desfile da Escola se estivesse viva.
Principais destaques: Guina

21

Amor ao Tuiuti

Velha Guarda

São as raízes da Escola que mostra a determinação de uma comunidade.

Aragão

2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Tuiuti 55 anos de glórias

22

Mangueira 80 anos de glórias

Bateria

Homenagem aos 80 anos da Mangueira.

Claudinho

Bibliografia:

  • Centro Cultural Cartola

  • Livro Fala Mangueira

 

SAMBA ENREDO                                                2008
Enredo     Cartola, teu cenário é uma beleza
Compositores     Betinho do Cavaco, Silvão, Aníbal, Júnior Fionda, Francisco do Pagode, Jerônimo GG
Hoje a Tuiuti vem retratar
A arte resplandece em poesia
Cem anos de um poeta singular
Que em notas deu o tom da sua vida
E foi num sonho
Verde e Rosa que ti conquistou...ôôô
Dos Arengueiros
A Estação Primeira ele criou
Sua canção ao mundo inteiro encantou

E semeou amor
Deu frutos em tão lindas melodias
São letras dando vida ao papel
Divina inspiração que nos fascina

Num jardim de grandes amores
A mais bela das flores
Conquistou seu coração
Num cenário de tanta beleza
Vou cantando com emoção
Parabéns! 80 anos de Mangueira
A sua casa verdadeira
O Zicartola foi seu bar
Dizem que as rosa não falam
Apenas exalam
São os versos do poeta, que inspirou
Meu pavilhão, minha raiz
Voa, voa Tuiuti

Voa num sonho Tuiuti
No Paraíso vai buscar
Desperta Cartola
Vem pra avenida desfilar