Tuiuti
desfila o Brasil em telas de Portinari
Sinopse
Vejam
só! O meu pequeno João, falando de mim, Candinho, seu pai, escreveu
que "retalhos que, costurados vida afora pelo fio mágico do (...)
pincel pintaram o Brasil, nos pintaram, a nós todo".
É ... e
do ventre de Brodósqui vi o mundo para enxergar o Brasil.
O Brasil
de todas as cores, emitindo retratos da vida. Foi o que fiz.
Retratos
de vida nua e crua, retratos de todos nós. Afinal, a pintura-fusão de
tela, tintas e pincéis - foi a linguagem de expressão do meu universo,
de um mundo sufocante, que somente a minha alma sentia e os meus instrumentos
de trabalho me permitiam um alívio. Eu não poderia ficar distante daquilo
que, desde cedo, a minha realidade cultural, social e geográfica denunciava.
Do mundo
infanto-juvenil, do sonho, do homem trabalhador, dos fenômenos históricos,
do imaginário, tão forte, concretizado em telas.
Até mesmo
Chopin é meu companheiro ideológico ao citar que " A arte é o espelho
da pátria". E a minha pátria é o cenário de uma ópera genial denominada
Brasil que, certamente, busquei ser digno e fiel ao retratá-la nos mais
diversos matizes.
Naveguei
em telas para dizer do meu país, numa aventura genial que, sem ressentimento,
pintei a minha pátria. E, como disse Guilherme Figueiredo: Pintá-la,
não: criá-la de uma realidade ignorada, mostrá-la aos quatro cantos
do mundo, contorcida, ofegante, opressa, inaugural, como a dizer-lhe:
" Somos assim..."
E, assim
o Paraíso do Tuiuti vem me homenagear nos meus 100 anos. Que saudade!
E, eu, através
de minhas obras estarei na Passarela, em telas, em movimento, onde ritmos
de samba, minhas cores e meus traços, vão dar um abraço no meu povo,
que um dia pintei.
Assinado: Candido Portinari
Cronologia
1903-1819 - Candido
Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café perto
da cidade de Brodósqui, Estado de São Paulo. Era o segundo dos doze
filhos de Baptista Portinari e Dominga Torquatro, ambos italianos da
região de Vêneto.Freqüentou a escola primária, provavelmente entre 1911
e 1916. Em 1918, Candido foi chamado como ajudante de um grupo de pintores
e escultores italianos, que viviam de decorar igrejas das pequenas cidades
de interior. No ano seguinte, decidido a ser pintor, ele parte para
o Rio de Janeiro, onde se matricula como aluno livre na Escola Nacional
de Belas Artes.
1919-21 - Nesse período, ele cursa com regularidade as aulas
de desenho figurado do professor Lucílio de Albuquerque. Estuda também
com Rodolfo Amoedo, Rodolfo Chambelland, Baptista da Costa e outros
pintores de renome da época, todos eles professores da ENBA.
1922-24
- Durante todo o período em que pertenceu ligado à Escola, ele participa
de suas Exposições Gerais, cujo prêmio máximo era a ambicionada viagem
de estudos à Europa. Em novembro de 1922, recebe menção honrosa com
o retrato do Escultor Paulo Mazzucchelli. No Salão de 1923, tem um retrato
premiado com medalha de Bronze e seu nome começa a ser citado na imprensa.
Animado com esses prêmios, em agosto de 1924, ele submete ao júri do
Salão sete retratos e o quadro Baile na Roça. Este, sua primeira obra
com temática brasileira, é recusado, mas os retratos são aceitos.
1925
- Em maio de 1925, Portinari, então com 21 anos, participa, com dois
retratos, do III Salão da Primavera. Em agosto, na XXXII Exposição geral
de Belas Artes, ganha a Pequena Medalha de Prata, que o habilita a concorrer
ao Prêmio de Viagem.
1926
- Portinari participa com dois retratos do Salão da ENBA, concorrendo
pela primeira vez ao Prêmio de Viagem à Europa.
1927-28 - Concorrendo novamente ao Prêmio de Viagem, em agosto
de 1927 Portinari apresenta três retratos ao Salão da ENBA, mas é contemplado
com a Grande Medalha de Prata. A premiação mais importante, porém, virá
um ano depois, em 1928, com o Retrato do Poeta Olegário Mariano.
1929 - Com o sucesso, vem também a primeira exposição individual,
em maio de 1929 no Palace Hotel do Rio de Janeiro, por iniciativa da
Associação dos Artistas Brasileiros.Portinari apresenta 25 retratos.
Um mês depois, embarca para Paris.
1930
- Em julho realiza-se a Expositon dárt Brésilien, coletiva, no Foyer
Brésilien e Portinari participa com duas obras. Em julho, escreve a
uma colega da ENBA, Rosalita Mendes de Almeida. É a Carta de Palaninho,
verdadeira declaração de intenções, na qual surge, com toda a sua força,
o Brasil que emociona Portinari e que ele pretende retratar no seu regresso.É
nesse ano, também, que Portinari conhece Maria Victoria Martinelli,
jovem uruguaia de 19 anos, radicada com a família em Paris, que será
sua companheira de toda a vida.
1931
- Em janeiro, Portinari regressa ao Brasil com Maria. Logo recomeça
a pintar intensamente, sobretudo retratos, para garantir a sobrevivência
do casal. Graças à ajuda dos amigos, obtém sempre encomendas. Apresenta
17 obras na XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes, também chamada de
Salão Revolucionário ou Salão Lúcio Costa.
1932 - Em sua primeira exposição individual depois de voltar
de Paris, que se realiza no Palace Hotel, Portinari apresenta, pela
primeira vez, telas de temática brasileira: cenas de infância, o circo,
cirandas - obras impregnadas de ingenuidade e lirismo.
1934 - Em 1934 , Portinari pinta Despejados, sua primeira obra
com temática social. Em 8 de dezembro do mesmo ano, é inaugurada sua
primeira exposição individual na cidade de São Paulo, onde participa
a obra O Mestiço, que será adquirida pela Pinacoteca do Estado de São
Paulo, primeira instituição pública a incluir Portinari no seu acervo.
1935
- Em julho de 1935, é contratado para lecionar pintura mural e de cavalete
na recém-fundada Universidade do Distrito Federal, na cidade do Rio
de Janeiro, então Capital Federal. Foi também neste ano sua estréia
nos Estados Unidos. Participa da exposição internacional de pintura
que reúne obras de 21 países no Instituto Carnegie, em Pittsburgh. Oito
artistas são selecionados, entre eles Portinari, que envia a tela Café,
com a qual conquista a Segunda menção Honrosa. Esta tela fora adquirida
pelo Ministro da Educação, Gustavo Capanema, para o Museu Nacional de
Belas Artes, antes mesmo de sua premiação em Pittsburgh.
1936 - Executa quatro grandes painéis para o Monumento Rodoviário
da estrada Rio-São Paulo. O Ministro da Educação Gustavo Capanema convida
Portinari para fazer os murais para a futura sede do recém criado Ministério.
O projeto é realizado por um grupo de jovens arquitetos - Affonso Eduardo
Reidy, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira e Ernani Vasconcellos
- , liderados por Lúcio Costa. O prédio visa integrar pintura, escultura,
arquitetura e paisagismo.
1937 - Portinari conhece e retrata o escritor Graciliano Ramos,
recém -saído da prisão.
1938
- Portinari executa os murais do Ministério da Educação em afresco,
técnica ainda pioneira no Brasil, com a colaboração de alguns de seus
alunos da UDF e Bianco, seu mais importante colaborador.
1939
- Nos primeiros meses do ano, Portinari pinta três têmperas sobre tela
-Jangadas do Nordeste, Cena Gaúcha e Festa de São João - para o pavilhão
brasileiro da Feira Mundial de Nova York. O Museu de Arte Moderna de
Nova York adquire o quadro Morro, Expõe 269 obras no Museu Nacional
de Belas Artes, sendo esta a maior e, certamente, uma das mais importantes
mostras de sua carreira.
1940
- A Revista Acadêmica, importante órgão do movimento literário brasileiro,
dedica um número especial a Portinari. Realiza-se no Museu Riverside,
em Nova York, a Latin American Exhibition of Fine Arts. É inaugurada
no Museu de Arte Moderna de Nova York a exposição Portinari of Brazil.
Recebe convite para realizar pinturas murais para a Divisão Hispânica
na Biblioteca do Congresso Americano, em Washington, que serão inauguradas
em 1942.
1941
- É publicado Portinari, His Life and Art, editado pela The University
of Chicago Press. Sua atividade artística concentra-se na pintura da
Capelinha da Nona, construída no jardim da casa de seus pais, para sua
avó Pellegrina, que não podia mais ir à igreja. É inaugurada a exposição
de Portinari na Howard University Gallery of Art, em Washington, D.C.
1942
- É publicado nos Estados Unidos o livro infantil Maria Rosa - every
day fun and Carnival frolic with children in Brazil, de Vera Kelsey,
com 22 ilustrações de Portinari. De volta ao Rio ,executa os painéis
para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, encomendados por Assis Chateaubriand.
Inicia oito Painéis que irão constituir a Série Bíblica, destinados
às instalações da Rádio Tupi de São Paulo
1943
- Em junho, é inaugurada exposição individual de Portinari no Museu
Nacional de Belas Artes,apresentando 169 obras. Com o encerramento da
exposição, no Rio de janeiro, os painéis da série Bíblica seguem para
São Paulo, onde são inauguradas em setembro.
1944
- No início do ano, passa três meses em Petrópolis, onde executa os
três painéis para a capela Mayrink, no Rio de Janeiro, dois painéis
da série Retirantes e inicia os estudos para a igreja da Pampulha, em
Belo Horizonte. É publicado, em edição ilustrada, o livro Memórias Póstumas
de Braz Cubas, de machado de Assis, com 81 ilustrações de Portinari.
È inaugurada, em Washington, a exposição Paintings by Candido Portinari
of Brazil, first anniversary exhibition. Termina o mural Jogos Infantis,
no Ministério da Educação. A revista Time reproduz o quadro Morro, notificando
a exposição Art of the United Nations, no Instituto de Arte de Chicago.
Participa , com a obra Espantalho, da exposição Art in Progress, comemorativa
dos 15 anos de fundação do Museu de Arte Moderna de Nova York.
1945
- Portinari sofre uma grande perda pessoal: morre, em fevereiro, Mário
de Andrade, seu grande amigo e incentivador. Vai a Belo Horizonte fazer
o mural São Francisco se Despojando das Vestes, no altar da Igreja da
Pampulha. A concepção arrojada do projeto de Oscar Niemeyer, aliada
ao tratamento dado ao tema sacro, causam indignação. Durante 15 anos
as autoridades eclesiásticas recusaram-se a consagrar a igreja. As eleições
dão a vitória ao general Eurico Gaspar Dutra. Portinari candidata-se
a deputado pelo Partido Comunista Brasileiro, porém não é eleito.
1946 - Em veraneio em Brodósqui executa uma série de desenhos
retratando crianças de sua terra natal, que virão a constituir a Série
Meninos de Brodósqui. A convite de Germain Bazin, expõe 84 obras na
Galeria Charpentier, em Paris. O governo francês condecora-o com a Legião
de Honra. O quadro Criança Morta, da série Retirantes, é adquirido para
o acervo do Museu de Arte Moderna de Paris. Em 26 de dezembro, já como
candidato a senador por seu estado natal, participa de um grande comício
na cidade de Campinas. Prossegue em campanha até as eleições, percorrendo
várias cidades do interior do Estado de São Paulo, mas novamente não
se elege.
1947
- Inaugura-se a exposição Portinari of Brazil, na União Panamericana
em Washington. Faz sua primeira exposição individual em Buenos Aires,
no Salón Peuser, na Argentina, segue para Montevidéu, levando parte
da exposição do Salón Peuser. Profere a conferência `Sentido Social
Del Arte`, no Instituto Verdi, de Montevidéu. Sua chegada ao Rio de
Janeiro, com a família, se dá no dia 27 de setembro e coincide com o
agravamento da situação política. O governo Dutra acirra a perseguição
aos comunistas e, em novembro, Portinari volta apara o Uruguai sem a
família,em exílio voluntário, que se prolongará até junho de 1948.
1948 - O painel Primeira Missa no Brasil, encomendado pelo Banco
Boavista do Rio de Janeiro, é pintado e exposto no Uruguai, por iniciativa
da Comissão Nacional de Belas Artes, ao lado de outros óleos e desenhos
do pintor. Quando volta para o Brasil, é publicado O Alienista, de Machado
de Assis, em edição ilustrada com 4 águas-fortes originais e 36 desenhos
a nanquim. Faz uma exposição retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo,
quando as obras Enterro na Rede, Criança Morta e Retirantes, da Série
Retirantes,são doados ao Museu por Assis Chateaubriand.
1949
- O painel Tiradentes é inaugurado no colégio de Cataguases, projetado
por Niemeyer, na pequena cidade do Estado de Minas Gerais, depois de
ter sido exposto no Rio e em São Paulo, nos meses de agosto e setembro.
1950
- Recebe encomenda de estudo para a decoração de um projeto pioneiro
de habitação popular no Brasil, o Conjunto Residencial do Pedregulho,
projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. Fica um mês na Itália,
onde visita Chiampo, no Vêneto, cidade natal de seu pai, em companhia
do amigo Eugenio Luraghi.. Vai à França, onde executa o painel Os Pescadores,
encomendado pelo banqueiro brasileiro Walther Moreira Salles. Em virtude
se suas dimensões, o painel é feito no ateliê do pintor Francis Jourdain.
Pinta ainda Navio Negreiro, O Balcão, Cabeça de Negrinha, várias tela
da Série Galo, assim como o Retrato de Jayme de Barros, entre outros.
Participa da XXV Bienal de Veneza, enviando 6 obras, escolhidas no Brasil
na sua ausência. O II Congresso Mundial dos Partidários da Paz, em Varsóvia,
na Polônia, concede a Medalha de Ouro da Paz a Portinari, por sua obra
Tiradentes.
1951
- É inaugurada a I Bienal de São Paulo, que reserva a ele uma sala especial.
LXI Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, do qual estivera
ausente desde 1932. Na Itália, é editada a monografia Portinari, organizada
e apresentada por Eugenio Luraghi.
1952
- Portinari trabalha no painel Chegada da Família Real Portuguesa à
Bahia, por encomenda do Banco da Bahia. A revista O Cruzeiro começa
a publicar, em capítulos semanais, o romance Os Cangaceiros, de José
Lins do Rego, com 30 ilustrações de Portinari.
1953
- A decoração do conjunto de obras sacras da Igreja Matriz de Batatais,
onde foi batizado, é inaugurada. Concluída em etapa posterior, com sua
segunda Via Sacra. Agora com 50 anos, Portinari apresenta pela primeira
vez um problema grave de saúde, conseqüência do uso de determinadas
tintas. Após dez anos sem expor individualmente no Rio de Janeiro, inaugura,
em 29 de abril, uma grande exposição no Museu de Arte Moderna
1954
- Inaugura exposição individual no MASP em homenagem ao IV Centenário
da Cidade, apresentando mais de 100 obras. Representa o Brasil na XXVII
Bienal da Veneza, com quatro painéis da Série Cenas Brasileiras, criada
para a nova sede da revista O Cruzeiro. Expõe na mostra Luta dos Povos
pela Paz, organizada pelo Comitê de Cooperação Cultural com o Estrangeiro,
em Varsóvia.
1955
- Assina contrato com o Ministério das Relações Exteriores para executar
os dois painéis, Guerra e Paz, para a ONU , cujos estudos já se encontram
bastante adiantados. É publicado o livro Disegni di Portinari, com introdução
de Luraghi, em quatro idiomas, reproduzindo 112 obras do artista. A
obra Espantalho participa da exposição Art in the 20th Century, no Museu
de Arte de São Paulo. É agraciado com a medalha de ouro do Internacional
Fine Arts Council, de Nova York, como melhor pintor do ano e, em outubro,
inaugura o painel Descobrimento do Brasil encomendado para o edifício
do Banco Português do Brasil, no Rio de Janeiro.
1956 - O Presidente da República, Juscelino Kubitschek, inaugura
a exposição dos painéis da ONU, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
despertando intensa curiosidade. Portinari vai para Israel, levando
consigo quase 200 trabalhos , entre pinturas e desenhos, além das maquetes
dos painéis Guerra e Paz. Lá , inaugura a exposição Portinari. Faz muitos
esboços, estudos e croquis, que constituirão a Série Israel, reproduzida
no livro Israel,publicada na Itália, em 1959, sob a orientação de Eugenio
Luraghi. Realiza a Série Dom Quixote, constituída por 22 desenhos a
lápis de cor, encomendada pela Editora José Olympio. Recebe o prêmio
concedido pela Solomon Guggenheim Foundation, de Nova York, pelos Guerra
e Paz.
1957
- Realiza exposição individual, com 136 obras, na Maison de la Pensée
Française, em Paris, patrocinada pela Embaixada do Brasil, que seguirá
depois para a Haus der Kulturinstitute, em Munique. Em Nova York, é
apresentado o trabalho Mulheres Chorando, um dos grandes estudos preliminares
para o painel Guerra, no first Guggenheim International Award, do Solomon
Guggenheim Museum.
1958
- Inaugura Exposição das obras da Série Israel na Galleria Del Libraio,
em Bolonha, Itália. A Exposição Universal de Bruxelas abriga a mostra
50 Ans dárt Moderne, da qual participa com a tela Enterro na Rede, da
Série Retirantes. Após estadia na Europa, Portinari e Maria regressam
ao Rio de Janeiro no dia 4 de novembro, a bordo do Conte. Grande. Portinari,
ao desembarcar, declara: " vou me dedicar à poesia."
1959
- Em abril, a Igreja da Pampulha é finalmente consagrada, após 15 anos
de interdição. Em maio, inaugura-se a exposição Israel visto por Portinari,
no Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires. Começa a exposição
itinerante Artistas Brasileiros na Europa, organizada pelo Museu de
Arte Moderna do Rio de Janeiro,da qual participam Dançarina Carajá,
Cangaceiro e Morto. Em agosto, sai do prelo o livro Menino de Engenho,
de José Lins do Rego. Em setembro, ele é o artista convidado da V Bienal
de São Paulo, que dedica sala especial a uma exposição retrospectiva
de sua obra, com cerca de 130 trabalhos. Ainda em setembro, acontece
em Milão a Exposição Internacional de Arte Sacra.
1960
- Portinari e Maria separam-se após 30 anos de casamento. O pintor cai
em profunda prostração. Em 6 de maio, nasce sua neta Denise, uma grande
alegria. A convite do governo tcheco, inaugura-se em brno uma exposição
de Portinari, com 61 obras, que em seguida , são mostradas em Bratislava
e Praga.
1961
- O ano de 1961 é marcado por diversas recaídas da doença que ataca
Portinari. Em março, é editado mais um volume da coleção Romans, da
Editora Gallimard, desta vez reunindo nove obras de André maurois, entre
as quais Terre Promise e Lês Roses de Septembre, cada uma ilustrada
com quatro obras de Portinari. Em julho, a galeria Bonino, no Rio de
Janeiro, apresenta a última exposição individual do artista, em vida.
1962
- Num último esforço para conseguir preparar a grande exposição no Palácio
Real, em Milão, Portinari descuida-se por completo de sua saúde. Na
noite de 5 para 6 de fevereiro, seu estado de saúde agrava-se e, no
dia seguinte, torna-se crítico. Portinari vem a falecer em 6 de fevereiro
de 1962.
NOTA:
Este relato cronmológico da vida de Candido Portinari não serve para
a confecção do samba enredo, este é tão somente um relato de informação
sobre a vida do pintor.