FICHA TÉCNICA 2002 |
Carnavalesco | Paulo Menezes |
Diretor de Carnaval | Waltinho Honorato |
Diretor de Harmonia | Helinho |
Diretor de Evolução | Helinho |
Diretor de Bateria | Mestre Jorjão |
Puxador de Samba Enredo | Ciganerey |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | Marquinhos Sorriso & Priscila Domingues |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | Márcio Simpatia e Danielle |
Resp. Comissão de Frente | Dil Costa |
Resp. Ala das Baianas | Jorge das Baianas |
Resp. Ala das Crianças | Waltinho Honorato |
SINOPSE 2002 |
Arlindo, arlequins e querubins: um carnaval no Paraíso! Estou
chegando para brincar com vocês o carnaval de 2002. Vocês não são
o Paraíso? Pois é. Eu adoro Paraíso, anjos, arcanjos, querubins, e
adoro carnaval. Já trabalhei com isto muito tempo. Eu fazia a decoração
das avenidas onde havia desfiles carnavalescos e também a ornamentação
de bailes de gala, como o Municipal e o Copacabana Palace. 1 - Arlindo Barroco Já
disse a vocês que adoro anjos, arcanjos e querubins. Isto se deve
a um sentimento de religiosidade que me acompanha desde a infância.
Curiosamente o aspecto visual da religião sempre foi o que mais me
interessou: quando criança eu colecionava santinhos. 2 - Arlindo Religioso Fui criado na religião católica: igrejas e santos sempre estiveram presentes em minha formação. Mas, como muitos brasileiros, outras religiões despertaram a minha atenção. As religiões afro-brasileiras, por exemplo, com seu visual exuberante, acabaram me encantando e entrando na minha obra. Aí se explica por que, sendo carioca, falei tanto de Bahia. O candomblé, seus preceitos, seus orixás e suas grandes figuras, como Menininha do Gantois, se misturaram a elementos da religiosidade cristã popular, como a festa do Divino e a lavagem do Bonfim, me inspirando em vários carnavais.3 - Arlindo Folclórico Talvez a religião, com suas manifestações diferentes em cada região do Brasil, tenha me levado a uma visão mais geral do país. E deste imenso território o que me chamou particularmente a atenção foi o folclore, tão rico, tão diverso e tão fascinante. O maracatu, o reisado, o boi-bumbá, as lendas, as danças, as fitas, a arte sublime de mestre Vitalino, tudo isso eu retratei em meus carnavais. 4 - Arlindo Negro O
folclore e as religiões afro-brasileiras me mostraram o que deveria
ser óbvio para todo cidadão deste país: o Brasil é um país fundamentalmente
negro. E desde que comecei a trabalhar com carnaval, sendo as escolas
de samba uma manifestação cultural da raça negra, ocorreu-me que era
preciso que o negro falasse de si, de sua história, em vez de se vestir
de nobre, de fidalgo e repetir os chavões ensinados na escola. 5 - Arlindo Histórico Trabalhando
com enredos afro, desejei também fugir a esta história oficial que
nos é transmitida pela escola. E cheguei ao conhecimento de outros
heróis, até então desconhecidos, mas igualmente importantes, como
Chica da Silva e Chico Rei, dos quais os livros escolares não falavam.
Curioso
é que, com meus carnavais, contribui para que esses heróis se tomassem
conhecidos e respeitados. 6 - Arlindo Redescobre o Brasil Mas
minha predileção por estes personagens esquecidos pela história oficial
não me impediu de abordar temas tradicionais. 7 - Hoje Arlindo é Carnaval Este
é o relato do que foi minha carreira profissional. Trabalhei com amor
pelo carnaval carioca. Adoro carnaval. Por isso, gostaria de estar
com vocês neste momento para brincar e contribuir para que o carnaval
de nossa cidade continue atraindo as atenções do mundo. Carnavais de Arlindo Rodrigues: 1962
- Salgueiro: “Descobrimento do Brasil” * Nosso agradecimento ao pesquisador Ricardo Lourenço Oliveira, que forneceu os dados sobre Arlindo Rodrigues para a elaboração desta sinopse. |
SAMBA ENREDO 2002 | |
Enredo | Arlindo, arlequins e querubins: um carnaval no Paraíso |
Compositores | Waltinho Fontoura, Bahia, Luiz Pinheiro e Catimba do Tuiuti |
Iluminado Uirapuru,
maracatu, boi-bumbá A
vida brota Na
luz do novo amanhecer |