FICHA TÉCNICA 2006

 

Carnavalesco
    Agnaldo Correa, Raimundo Menezes e Pedro do Capão
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ..............................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ...............................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2006

Sou do morro, sou Alemão, sou Paraíso de coração!

Introdução:

          As luzes acenderam-se novamente, é o Brasil de profusões culturais que desfila mais um carnaval. Rufam os tambores, estouram os fogos... o coração da bateria pulsa com ritmo e cadencia! A história do Brasil e do mundo passa pela avenida em diques instantâneos de flashs e fotografias... O cenário que se faz apresentar é a Oitava maravilha do mundo! No gingado da mulata, no esplendor da fantasia, um mundo de Pierrôs e Colombinas se misturam na folia! É o carnaval, é a doce ilusão, a promessa de vida no meu coração?
          E é neste universo de profusão cultural que está o Complexo do Alemão! Um coração que pulsa forte na Zona Norte do Rio de Janeiro. Serpenteando como artérias, os becos e vielas das nossas favelas queridas têm histórias pra contar. E quanta história se conhece dessas comunidades carentes que ganham o pão do dia a dia no alvorecer do soí e no cantar do galo, nos braços do Paraíso da Alvorada.
          Curiosa é a trajetória com um nome tão diferente, por que se chama "Alemão", esta favela da gente? Dizem que um Polonês, pela região encantado; aqui fincou seu quinhão e construiu seu legado... Então, ao morar no morro e parecendo Alemão, assim ficou conhecido o complexo de hoje então. Sou do Morro, da Favela e no meu peito desperta o desejo de cantar. Desde "Pereira Passos", nas sesmarias de engenho de velhos canaviais onde os índios Tamoios construíram sua história e os negros das senzalas vertiam lágrimas de sofrimento para construir nossa nação.
          "O Morro não tem vez..."; assim diziam os versos da canção, mas essa regra não se aplica ao Complexo do Alemão. O Morro aqui tem vez, tem orgulho, tem talento e tem história pra contar. O Morro tem Samba e tem escola pra sambar, Tem Rap, tem Funk e tem artista pra mostrar, Mc Playboy e Mc Sapão, os Mestres de Cerimônias, vêm o morro exaltar. A estrela que aqui brilha é o Elimar Popular, o Estandarte de Ouro no Samba, Maria Helena e Chiquinho, Mestre Sala e Porta Bandeira, saem daqui para conquistar!
          Os campinhos de peladas que desde outrora existiam, revelam pró futebol, estrelam que hoje brilham... Vai Adriano, vai jogar na Seleção... Vai mostrar para o mundo que quem tem talento profundo, vem do Complexo do Alemão!
          Chora a viola, solfeja a cuíca, na Grota ou na Palmeira, na Fazendinha ou no Bicão, na Baiana ou no Coqueiro, na Nova Brasília é pura emoção... Tem festa na Praça do Terço, no resgate da tradição! Vem criançada, que hoje tem gargalhada, vem pra escola de samba, vem conquistar o seu pão! Vem aprender a história, a cultura e trajetória que constrói nossa nação.
          Eu vou pro Baile pra poder zoar e levo a minha família para me acompanhar. Aqui tem violência? Não sei se tem não Senhor,. Trabalho pra comunidade e quero mostrar meu valor... Sei que aqui tem trabalho, saúde e educação com justiça social... S. O. S. Comunidade, no meio da malandragem, foi Jorginho quem criou!
          Vou pro samba do Paraíso, extravasar alegria, quero alvorecer pra vida sempre em boa companhia... A Mocidade aqui tem seu lugar.. Mocidade Independente de Inhaúma está aí pra desfilar...
          Aqui não tem divergência, a comunidade é só união, transformo a pobreza em orgulho de preservar nosso chão...
          E neste mundo de fantasias, cultura e diversão, surge uma Escola de Samba com um papel social, para resgatar a história das comunidades carentes, e unir os povos pela paz, nos versos do G.R.E.S. Paraíso da Alvorada, que aqui pede passagem pra sua história contar!

Sinopse:

          O morro pede passagem, abram alas pra folia que o G. R.E. S. Paraíso da Alvorada, vai unir as favelas com o asfalto, para contar sua história:
          Rio de Janeiro: uma cidade em profusão de cores e de tradição. Num pedaço bem grande e querido, vive uni povo aguerrido, no Complexo do Alemão.
          A Favela é um Coração que Pulsa... Imaginem vários corações pulsando numa mesma região? Pois na Zona Norte do Rio de Janeiro, ocupando a porção leste da Serra da Misericórdia, e abrangendo os bairros de Bonsucesso, Ramos e Inhaúma está o Complexo do Alemão. É composto pelas comunidades Fazenda das Palmeiras, Itararé, Joaquim Queiroz, Morro do Alemão, Morro da Baiana, Morro da Esperança, Morro dos Mineiros, Nova Brasília, Parque Alvorada, Cruzeiro, Relicário, Grota, Coqueiro, Fazendinha, Reservatório de Ramos e Vila Matinha; várias etnias, tradições, religiões, e culturas convivem em plena harmonia, fazendo pulsar este imenso coração chamado Complexo do Alemão.

Histórico

          O Complexo do Alemão está situado na Zona Suburbana do Rio de Janeiro e sua história mantém estreitas relações com os bairros que a circundam: Bonsucesso, Ramos, Olaria, Engenho da Rainha, Inhaúma e Higienópolis.
          Foi Território de aldeamento dos índios Tamoios e sua ocupação teve início no Século XVIII com a ocupação dos padres Jesuítas que deram origem a fazenda de Inhaúma. Seu solo, fonte de cultura agrícola, era explorado peio cultivo da Cana-de-açúcar onde resultaram o surgimento de engenhos.
          Com a expulsão dos Jesuítas cm 1760, as terras de Inhaúma foram desmembradas originando várias fazendas que viriam a se tornar os bairros hoje existentes.
          Na virada do século, com o estabelecimento da República e o fim do trabalho escravo, criaram-se novas condições de vida na cidade para desafogar a zona sul da cidade onde formaram-se os cortiços.
          No início do Século, o Prefeito Pereira Passos deu início a reforma urbana da cidade abrindo grandes vias e promovendo o saneamento e a eletrificação... Seria o fim dos cortiços. A ocupação das encostas dos morros c o surgimento de favelas foram as alternativas mais razoáveis e imediatas encontradas pelas classes trabalhadoras.
          Com a morte do Senhor Francisco José, fazendeiro de então, suas terras foram vendidas para Joaquim Leandro da Moita - "O Homem que fez Olaria", atualmente a área que corresponde a Olaria e Morro do Alemão.
          O Sr. Motta por sua vez, dividiu suas terras em grandes lotes e vendeu um deles para o Sr. Leonard Kacsmarkiewiez, polonês que, fugindo da l * Guerra Mundial, veio parar no Rio de Janeiro. Ele era um sujeito simples, mas bravo, muito forte e bastante alvo com seu sotaque carregado. Ficou conhecido pelo apelido de Alemão, batizando assim o morro que lhe pertencia.
          A partir da década de 40, outras áreas que faziam parte do Complexo do Alemão, passaram a ser ocupadas por populações chegadas do Nordeste.
          Deu-se então, uma ocupação descontrolada das áreas afins onde surgiram as comunidades que mantiveram sua origem nos nomes das sesmarias e o complexo passou a ser uma região habitada por culturas pluriraciais como Nordestinos, Poloneses, Sulistas, Chineses e, sobretudo trabalhadores brasileiros que buscavam a oportunidade de conquistar seu quinhão nas terras brasileiras.

O morro e seus personagens

          "A favela carece de reza e de proteção: Deus nosso Senhor, de força a essa criatura e leve seus males pras ondas do mar..." Assim dizia uma famosa rezadeira, Dona Mariazinha da Nova Brasília, nascida Maria Genoveva Souza da Silva , paraibana que desembarcou no Rio em 1950.
          "Se der pra fazer o parto eu faço, senão, mando correr pró hospital que lá tem tudo." Assim também dizia uma conhecida parteira da Nova Brasília, a dona Margarida Pereira de Almeida que trouxe ao mundo mais de cem crianças da favela, “Os Nordestinos tem no moro ponto certo para matar as saudades da terra”... Assim era o paraibano Francisco Vital dos Santos - o "Baixinho", único no ramo de produtos nordestinos na década de 70, na Nova Brasília.
          Havia o "Inferno Verde", lugar de absoluta pobreza onde se estabelecia um lixão que alimentava grandes famílias do Complexo.
          Outro ponto histórico era o "Bicão", onde todo o Complexo se abastecia de água. Localizado na entrada da Grota, era a única bica disponível que provia água pro morro.

O morro também dá rap e dá funk para o mundo inteiro

MC Playboy

          "Não sou poeta nem grande compositor, represento o Complexo... a favela por amor.
          "...amor antigo, relíquia do coração, Favela da Penha e do Complexo do Alemão."
          Este é o MC Playboy, cidadão brasileiro, 40 anos, nascido e criado na favela e que faz dos seus versos e ritmos, um passaporte para o mudo inteiro. Seus clipes revelam uma realidade social e o orgulho do morro pêlos seus filhos e pela sua cultura. O Playboy como gosta de ser chamado, cria sua família no mesmo ambiente da favela que cresceu e ensina com orgulho que o povo da favela também tem vez.

MC Sapão

          "O natural do Rio é o batidão"

          Este é o MC Sapão, Jefferson Fernando Luiz, na favela foi nascido e criado, e hoje com 26 anos e 01 filho pra criar, exalta a música de periferia promovendo a união do Morro com o Asfalto. Suas letras às vezes irreverentes, às vezes românticas refletem o amor pela favela.
          "Sou conhecido como Sapão porque tenho olhos arregalados e sou gordinho e com esse jeito simples de comunidade, levo o nome da favela para a Rede Globo de Televisão e o SBT"

O Estandarte de Ouro é do alemão

          Quem disse que o morro não tem vez???
          Pois vem da Favela o Orgulho de 04 Estandartes de Ouro recebidos por Maria Helena - Porta Bandeira da Imperatriz Leopoldinense e seu filho José Francisco de Oliveira - O Chiquinho Mestre Sala, Há 40 anos defendendo a bandeira do Samba, ela que nasceu em São João Nepomuceno - MG e mora na Grota com orgulho sim senhor...

A estrela que brilha é Elimar popular

          O Morro dá frutos como Elimar Santos, originário dos subúrbios da Leopoldina, sua estrela brilhou e encantou a Zona Sul como "Elimar  o Popular!" que encanta multidões ao som das serestas e da poesia da Música Popular Brasileira encantando a Marquês de Sapucaí.

A estrela mirim encanta a favela

          A Praça do Terço na Nova Brasília, transformava-se às vezes num grande auditório e a estrela na época que levava ao delírio crianças e adultos, era Michele Jordão de 11 anos, a "Xuxinha" das favelas com voz firme e afinada.

O morro também dá samba

          "Quem mora no morro é gente de bamba, é gente do povo, é gente do samba" Vão-se os anos quando desfilava o Bloco "Unidos da Grota", com o Sr. Ismael Ribeiro da Serrinha que arrastava o povo pelas ruas da comunidade.
          Outra grande referência é a "Mocidade Independente de Inhaúma", escola do berço do Samba que deu vida aos carnavais de Inhaúma e ao complexo do Alemão.
          Outro orgulho que a cada dia cresce mais é o "Paraíso da Alvorada", a caçulinha do Complexo do Alemão que tem muita história pra contar: "Zumbi - Revoluções e Revoltas no Brasil Palmares', "Da Floresta Amazônica à Região banhada por Igarapés", "Realidade ou Ilusão? O Paraíso canta a Abolição!" e outras histórias....

Quem é o G.R.E.S. Paraíso da Alvorada?

          O Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso da Alvorada fundada em 22 de Agosto de 2002, com sede na Avenida Itaóca, n ° 1615 - Bonsucesso - Rio de Janeiro - RJ está situada na comunidade do Complexo do Alemão, abrangendo uma população residente de aproximadamente 120,000 moradores e 17 Associações de Moradores.
          A mais nova integrante da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro é do Morro da Alvorada, que fica localizado na favela Nova Brasília, na região dos bairros Ramos/Inhaúma/Bonsucesso, conhecido como Complexo do Alemão. Com gente nova e antiga do samba, ressurgiu agora como escola, o velho bloco de enredo que, com o mesmo nome, animou durante anos os carnavais da comunidade.
          A escola é originária de um bloco carnavalesco, fundado no final da década de 60. A sede, muito apropriadamente, ficava na Praça do Samba, na área chamada de Alvorada, dentro da Nova Brasília. A Alvorada cresceu se firmou e chegou a ser algumas vezes campeã dos Blocos de enredo do Rio. Até que com a perda da subvenção da. Prefeitura, no final da década de 80, vários blocos passaram a ter dificuldades em continuar desfilando, entre eles, o Alvorada. O crescimento paralelo das grandes escolas de samba, que cada vez mais atraía o público a seus desfiles, agravou a situação. O que levou alguns blocos de enredo, principalmente os de maior tradição, a transformarem-se em escolas de Samba como forma de sobrevivência.
          Após muitas dificuldades e 20 anos de paralisação, a volta do bloco parecia impossível, até que em 2002, viu-se a possibilidade de tornar o bloco em Escola de Samba. A saída era apresentar documentação que comprovasse que o bloco já havia sido campeão. Isso tornaria possível propor à Associação das Escolas de Samba a sua transformação em Escola de Samba. Documentação entregue, proposta aceita. A partir daí, era cumprir a próxima exigência - fazer um desfile de avaliação, sem concorrer. Uma vez avaliado, o que aconteceu em 2003, o antigo bloco torna-se efetivamente o Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso da Alvorada.
          A parceria com a Mocidade Independente de Inhaúma rendeu pessoal, artistas plásticos e até o empréstimo do barracão. Os autores do samba, a rainha da bateria e a organizadora da ala das baianas são da comunidade, enquanto o mestre-sala e a porta-bandeira, vieram da agremiação de Inhaúma.
          A escola tem como símbolo o Galo, a Clave de Sol e o Sol (Alvorecer). O pavilhão possui as cores da Bandeira da Alemanha, preto, amarelo e Vermelho - que é para não deixar dúvidas sobre a comunidade que deu origem à escola.
          Em 2004 a escola fez seu primeiro desfile competitivo em 2004 pelo Grupo de Acesso E da Associação das Escolas de Samba e ficou em 3 ° lugar na colocação final. Com este resultado, ascendeu ao grupo de Acesso D, pelo qual disputará o título do carnaval de 2005. A escola recebeu também os prêmios de Melhor Samba Enredo e Melhor Carro Alegórico no carnaval de 2004.
          A comunidade, fervorosamente apaixonada pelo Paraíso da Alvorada, desce o morro para confeccionar todas as fantasias da escola e compor os seguimentos de Bateria, Baianas, ala das Crianças c alas de comunidade.
          O futuro da Escola é transformar-se em uma grande ação social onde a comunidade será atendida por projetos ligados à qualificação da mão de Obra, ao Esporte, à cultura, ao lazer, à saúde e às artes em geral.

Da Alemanha pró alemão ou da Polônia pra confusão?

          Ele era Polonês e cultuava a POLCA como sua dança típica, e a cerveja como sua bebida predileta. Não era Alemão mas assim foi apelidado e acabou impondo uma Relação com o País de tantas tradições.. Seria ele o "Pai do Morro"?

A cultura do francês fez da moda o freguês

          Ele veio de um bairro boêmio da França e ganhou seu dinheiro juntando uns trocados e vendendo gravatas. Escolheu o Complexo do Alemão para fundar a Franco Brasileiro Tecidos, onde Henri Bueno gera emprego e orgulho para a comunidade, pondo um fim à mesmice e ditando a moda no Brasil através de sua ousadia.

Do futebol - o berço de grandes ídolos

          Uma fábrica de craques nos campinhos de Pelada espalhados pelo Complexo do Alemão gera Jogadores de Futebol para o mundo inteiro. O Jovem Adriano, hoje na Seleção, freqüentador da favela, reconhece o seu valor.. E Como ele, vários craques estão espalhados pelo mundo. Foi com o conhecido Valtinho que isso tudo começou

A favela é união

          O Morro inteiro se une em torno da oração agradecendo ao grande Teófilo de Souza Pinto, fundador das Associações de Moradores do Complexo do Alemão que é responsável pelo grande progresso do lugar.

Do programa social ao mundo do carnaval

          Ao filho da terra, o mérito não se pode negar nascido em Itaocara - RJ e criado no Inferno Verde - Complexo do Alemão, JORDINHO DA S.O.S. tem um grande coração, cuida da Saúde do Complexo, da Cultura e da Educação. Leva o povo da favela pra Universidade, transforma-o num cidadão.
          O Complexo é cidadania e é Ação Social, FERNANDO WILLIAM, outro nobre que luta pelo Alemão. Pela saúde e pelo esporte, pela Cultura e educação, é cidadão de respeito, orgulho que enche o peito, do complexo do Alemão.

Das folias e das festas

          A Festa de São Sebastião, ninguém pode perder, Folias de Reis é na Grota pra cultura enriquecer. Tem Arraia do Jorge Cachaça, tem fogueira, Pau de Sebo e Quentão... Sejam bem vindos às festa do Complexo do Alemão.
          Aqui vou me despedindo, cantei meu verso no Rap, no Funk e no Samba de Roda. Contei toda minha história e hoje estou ditando moda. Sou inspiração pró cinema, pró Teatro e pra televisão, nas telas mostro os valores de quadros pintados à mão. Sou orgulho, sou Favela, sou cultura e tradição, pode chegar, seja bem vindo, ao Complexo do Alemão...

Agnaldo Corrêa

 

SAMBA ENREDO                                                2006
Enredo     Sou do morro, sou Alemão, sou Paraíso de coração!
Compositores     ???

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