FICHA TÉCNICA 2001 |
Carnavalesco | Max Lopes |
Diretor de Carnaval | Percival Pires |
Diretor de Harmonia | Olivério Ferreira (Xangô da Mangueira) |
Diretor de Evolução | Olivério Ferreira (Xangô da Mangueira) |
Diretor de Bateria | José Luis Custódio (Mestre Russo) |
Puxador de Samba Enredo | José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão) |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | Marco Antônio Rodrigues (Marquinhos) e Giovana da Silva Justo |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | Ubiraci Lima de Oliveira (Birinha) e Elaine Fernanda Bispo |
Resp. Comissão de Frente | Avelino Pacheco, Moacyr Barreto e Carlinhos de Jesus |
Resp. Ala das Baianas | Neuci da Silva Gomes |
Resp. Ala das Crianças | Helcy da Silva Gomes (Cici) |
SINOPSE 2001 |
A seiva da vida O escrever e o contar, o pintar e o rezar, o comprar, vender e trocar, o saber e ensinar, e pelos mares navegar - tudo na vida teve um início. Até onde alcança o nosso olhar, a seiva da vida vem de um tempo muitas vezes secular, e da saga de uma gente singular - o sábio povo fenício. Do cedro, madeira leve e de bom cerne, faziam os fenícios seus barcos de fundo amendoado, e das terras de Canaã saíram em busca da aventura da conquista. Amantes da beleza, singravam os mares e levavam seu saber às mais remotas paragens, deixando sempre as marcas de uma nova civilização. Da Ásia Menor ao Ocidente, a seiva da vida se derramou pelo mundo, a ele ensinando tudo que os povos não tinham como contar uns aos outros. O saber navegava naquelas naus graciosas, de um lado a outro da terra, semeando paz e colhendo encantamento. Aqui na terra do carnaval, muito antes de Cabral, olhos fenícios espantados, extasiados, descobriram a exuberância tropical. Uma sinfonia de cores e de aromas nunca dantes conhecidos, e de seres mágicos, dotados de delicadas asas de arco-íris, merecem desenhos e inscrições em pedras, em grutas, até hoje indeléveis, como gritar, ou a cantar, para todo os sempre : estivemos aqui. Navegar é preciso, sabiam eles, que sabiam tudo que até então era possível saber. Plantaram formas, contornos, adornos, modos de fazer, de construir. Da Assíria e seus templos suntuosos colheram inspiração para erguer o mais belo dos palácios, que o Rei Salomão ofertou a uma deusa negra africana de rara beleza, a Rainha de Sabá. Colunas de cedro, incrustadas de bronze e ouro, esse monumento ao amor, templo de paixão, celebra a vida e ensina o mundo a viver em harmonia. No vai-e-vem dos mares, erguendo o belo em seus altares, a civilização fenícia difundiu a cultura, a literatura, criou a troca e inventou o comércio. No Líbano e em todo o Oriente, esse povo onipresente vendeu de tudo um bocado, tornando a rua o seu mercado. O cedro, a tinta púrpura, e quanto mais houvesse, os mercadores da riqueza, arautos da beleza, faziam do grito um canto, e das palavras uma prece. Cantar, dançar - de que melhor maneira perpetuar essa cultura tantas vezes secular ? A dança do ventre, ritual, sensual, ficou para sempre. Atravessando o tempo, dois milênios depois, ela permanece autêntica, excitante, de uma graça inata - em si mesma, e no requebro da mulata. Veio para cá na bagagem dos árabes, turcos, libaneses, mascates em geral, para manter a saga fenícia no país do Carnaval. Que bela parceria, toda essa encantaria ! Irmãos no amor, no vigor, na energia, fizeram o Saara e toda a sua gritaria, alegrre como o dia, que o Rio canta com samba e alegria. O cedro de boa cepa se faz aqui em novo produto, que além do mais dá um fruto, à sua maneira - é verde, é rosa, traz a seiva da vida e do Carnaval e se chama Mangueira. É ela quem passa altiva, garbosa, fenícia e feliz, alegre e faceira, como sempre quis. Proclama em seus versos que a vida é bela, o povo é senhor e o samba é raiz. Max Lopes |
SAMBA ENREDO 2001 | |
Enredo | A seiva da vida |
Compositores | Marcelo D'Aguiã, Bizuca, Gilson Bermini e Clóvis Pê |
Nos mares da poesia, naveguei Cruzando as fronteiras do tempo Eu aportei... Nas terras de Canaã O povo fenício encontrei Do cedro, construíam as embarcações Banhando com sabedoria, Outras civilizações A expansão comercial É prometida esta terra ! Da arte assíria, a inspiração Tem mascates, troca-troca, gritaria Eu sou a essência do samba |