FICHA TÉCNICA 1995

 

Carnavalesco     Ilvamar Magalhães
Diretor de Carnaval     Guanayra Firmino dos Santos
Diretor de Harmonia     Olivério Ferreira (Xangô da Mangueira)
Diretor de Evolução     Olivério Ferreira (Xangô da Mangueira)
Diretor de Bateria     Alcir Toledo de Oliveira (Alcir Explosão)
Puxador de Samba Enredo     José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão) e Eraldo Caê
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marco Antônio Rodrigues (Marquinhos) e Giovana da Silva Justo
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Ubiraci Lima de Oliveira (Birinha) e Katia Regina dos Santos
Resp. Comissão de Frente     Maríla Trindade Barboza e Deborah Colker
Resp. Ala das Baianas     Aluízio Derizans
Resp. Ala das Crianças     Não teve

 

SINOPSE 1995
A Esmeralda do Atlântico

            A Estação Primeira de Mangueira, adentra o mar, e navegando numa carruagem de seres marinhos. E, entre golfinhos, algas, corais, sereias e a visão fantástica do mar azulado em contraste ao verde esmeralda da vegetação, chegamos ao Arquipélago de Fernando de Noronha, um paraíso ecológico de rara beleza.
            Nessa viagem, navegamos o oceano Atlântico, emergimos nas águas claras, vislumbramos cardumes de peixes coloridos bailando num imenso aquário natural; enfim, um mundo submerso de grande beleza.
            Aportamos no Arquipélago, aquela maravilha descoberta por Vespúcio, que tomou o nome de Fernando de Noronha, o Fidalgo português financiador da expedição. Maior fascínio nos despertou, foi tomar conhecimento das lendas que ali existem e que se perpetuam narradas pelos ilhéus que ali habitam, lendas como a da Alamoa, a bela loura, rainha de uma misteriosa corte fascinante, que depois de ver o seu reino petrificado e destruído, surge agora em aparição, atraindo os homens com sua beleza e sensualidade, para depois os aprisionarem no interior de seu castelo de pedra. A lenda do monstro do Sueste, conta de uma criatura marinha monstruosa que se põe inerte flutuando nas águas, assim confunde os pescadores que ali aportam pensando se tratar de uma ilhota, mas, qual nada, a suposta ilha lentamente se move para o fundo do mar, fazendo dos pescadores prisioneiros que nunca mais voltarão. A Lenda da Cacimba do Padre diz sobre uma fonte de água potável, a melhor da ilha, descoberta por um capelão do presídio; conta que o padre depois de morto, aparece nas noites de lua cheia como se vigiasse sua fonte. Sua aparição é montado sobre uma mula branca como a neve, assombrando assim todos que o vêem. A Lenda do Cajueiro da Cigana, conta-nos sobre uma linda cigana, que tendo plantado um cajueiro que logo se fez árvore frondosa, levava sua vida, dando seus amores a muitos homens que ali viviam; mais tarde, depois de morta, aparece assustando a todos que ali vão a procura de um tesouro deixado pelos holandeses.
            Ouvimos também sobre a Lenda do Capitão Kidd, um corsário inglês que escondeu entre as pedras negras do Arquipélago um grande tesouro trazido dos galeões saqueados, e que um feroz dragão o guarda. Um dia a fera se apaixonou por uma linda jovem que ali vivia e aprisionou-a em seus domínios. Assim, o guardião do tesouro não mais apareceu. Como também, o tesouro do Capitão Kidd nunca foi encontrado.
            Lendas e lendas. Conhecemos assim algumas das mais fascinantes daquele paraíso encantado, e ao encerrar essa viagem tendo vislumbrado tantas belezas naturais, tantos contos com sereias, ciganas, monstros, fantasmas e tesouros; a Mangueira descobre a transparência do verdadeiro tesouro tão próximo dos nossos olhos, e olhando aquele Arquipélago, temos a certeza que ele sim, brilha corno uma verdadeira jóia, refletindo a verdadeira riqueza, uma fortuna incalculável de natureza e vida, o nosso real tesouro, a nossa ESMERALDA DO ATLÂNTICO.

Ilvamar Magalhães

 

SAMBA ENREDO                                                1995
Enredo     A esmeralda do Atlântico
Compositores     Rody, Fernado Lima, Paulinho de Carvalho e Verinha
Naveguei cruzando os mares
De verde e rosa eu vim
Desvendei tanta beleza
E hoje sou feliz assim, assim, assim
Numa onda de euforia
Deslizei nesta magia
E caí no azul do mar
Lendas, mistérios
Alamoa, rainha que nos faz sonhar

Ó pescador
O mostro engana
E tem maldade
Joga a rede e vai saudade

Foi na fonte
Que eu provei do seu encanto e despertei
Oh! Cigana
Fui olhar pra você
Eu me enfeiticei
Achei
Noronha meu maior tesouro
Onde o dragão protege o ouro
Que o capitào deixou
Linda, paraíso da ecologia
Jóia rara traz a poesia
Preservação e amor

No vai-e-vem desse mar
Eu também vou velejar
Eu sou Mangueira
Vamos balançar