|
Eco Rio 92
Sinopse
de enredo
Comprometida
com os ideais de manutenção e resgate da vida, a S.R.E.S. Lins Imperial
prioriza o Homem, em uma discussão honesta das questões ambientais.
Em busca do 1ucro imediato, utilizando a força autoritária de um Poder
não conquistado, a ganância de uma minoria vem privilegiar a agressividade
de um modelo econômico que não se atém às necessidades do Homem e
do meio natural. E, em nome de um desenvolvimento não comprometido
com a qualidade de vida, a industria1ização é imposta, vampirizando
o que há de vida no planeta. Numa cadeia de agressão, exploração e
corrupção, mistura enfeitiçada de mal, a tentação de lucro vem temperar
de morte o que deveria ser preservado: cria o homem armas e substâncias
capazes de interferir na saúde do planeta e de suas formas de vida,
rompendo, assim, a camada de ozônio que protege a Terra da fúria dos
raios UV de um Sol agora violente; suja o ar, a terra e água, contaminando
a agricultura; derruba as florestas e planta cidades, asfixiando-as
com a fumaça negra de veículos e indústrias, que utilizam combustíveis
inadequados à preservação ambiental; aumentando o efeito estufa, trazendo
modificações climáticas e alterando a adequação dos grupos humanos
aos seus ambientes, interferindo na sobrevivência de todos os seres!
Degradação ambiental e miséria são, hoje, o resultado da irresponsabilidade
de homem industrializado que transformou o planeta em uma imensa lixeira!
Sub-produto dessa degradação, agravada pela explosão demográfica,
agente também da poluição produzida pela miséria, pela carência de
saneamento que a urbanização descontrolada criou, a humanidade doente,
mendiga e marginal, sem acesso a direitos básicos como Alimentação,
Moradia digna, Serviços de Saúde eficientes e uma Educação condizente
com as necessidades do povo e do país, é a imagem do caos social,
gerando um ser que não reconhece como seus os valores e as tradições
que sempre identificaram como elemento de sua própria cultura. E,
num ciclo permanente de degradação, e declínio ambiental produz o
declínio do homem como ser da Terra, de sua linguagem e sua arte,
sua vida e sua história!
Mas o sentimento primeiro de autopreservação desperta em cada consciência
– a verde guardiã da sobrevida!
Na festa cotidiana de beleza natural, mas também trazendo em si um
modelo mundial de problemas humanos e ambientais gerados pelo desenvolvimento
predatório, a cidade do Rio de Janeiro acorda anfitriã da Terra: a
procura de um caminho que permita o Progresso e respeite o Homem e
o Meio Ambiente, líderes de todo o mundo chegam para a II Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, trazendo
na bagagem a determinação de resgatar a dignidade perdida através
da coragem da transformação.
Como os escravos, que em trabalho longo e paciente reflorestaram a
maior Floresta Tropical Urbana do mundo provando ser possível um
recomeço, estes líderes no exercício democrático do diálogo, tentarão
plantar aqui o direito à existência digna, o sonho da mudança, o homem
renascido em novo tempo para a humanidade e para todos os seres da
Terra!
Somos uma cidade, pólo do mundo, um rio rumando pro mar, em busca
de caminhos que tornem viável a sobrevivência do Homem em seu ambiente...
Somas uma Escola de Samba, expressão maior de Cultura Popular, cantando
a vida, cúmplices da esperança, pois acreditamos na reciclagem de
uma Natureza que se fará poesia nas cores revividas, nos seres em
equilíbrio, na vida retomada... Trazemos a magia das das 1inhas e
das cores, do som e da festa, acreditando que mágico mesmo é ainda
sonhar!
Por isso, festejamos. Na cronologia da maturidade ecológica, crianças
que somos, festejamos um tempo que ainda virá. Tempo de sobrevida
conquistada, de direitos respeitados... festejamos um modelo de vida
em que as fronteiras demarcadas na terra, na mente e no coração do
Homem poderão ser desfeitas sim, e a fraternidade virá a ser algo
livre e natural, numa permanente reconstrução de PAZ!
Orlando Júnior
|
