Folias
de Reis
Introdução:
Procurando
apresentar um desfile dentro da moderna concepção das escolas de samba,
que representam atualmente o maior espetáculo áudio-visual do mundo,
traz a Lins Imperial o tema Folias de Reis, festas folclóricas
brasileiras do ciclo natalino.
A Lins
Imperial já pertenceu ao primeiro grupo das escolas de samba, através
da Filhos do Deserto; nascendo da fusão com a Flor do Lins, escolas
de samba do bairro do Lins de Vasconcelos.
Queremos destacar o apoio que foi dado a divulgação da Lins Imperial
pela imprensa em geral.
Agradecemos
a Campanha Nacional de Defesa do Folclore. através seu Presidente
Dr. Braulio do Nascimento e a professora Maria de Lourdes Borges Ribeiro
e a Diretora do Museu do Folclore professora Wilma Theresa Rodrigues
de Carvalho, pela assessoria que nos emprestaram na montagem e exploração
do enredo Folias de Reis, em forma carnavalesca.
Aos jurados
do desfile das escolas de samba pela sua contribuição para o engrandecimento
do Carnaval do Rio, mundialmente famoso, o reconhecimento da Lins
Imperial.
À RIOTUR,
órgão responsável pela maior festa popular do mundo – O Carnaval da
Cidade do Rio de Janeiro – desejamos aquele sucesso em todas as suas
realizações.
Esperamos
ver recompensado todo o esforço para a realização deste desfile, que
dedicamos ao povo que veio nos prestigiar.
Sinopse:
Introdução
De
meados de dezembro, até Dia de Reis - seis de janeiro - uma série
de festas ocorre por todo o Brasil, especialmente pelo interior onde
a tradição é viva e sensível.
As
festas de Natal, Ano Novo, Reis, chamadas “janeiras” em Portugal são
as mais alegres para o povo e onde melhor se aprecia a poesia popular.
Os “brinquedos” mais comuns são: os Pastoris, os Reisados, os Cucumbis,
as Cheganças dos Marujos e dos Mouros e o Bumba-meu-boi.
Os
Pastoris são autos populares cantados e dançados diante de uma reconstituição
do presépio em que nasceu Jesus Cristo.
Os
Reisados são representados por bandos - os cantadores de reis - que
percorrem as cidades cantando versos de memória.
As
Cheganças dos Marujos representa-se por um batalhão de rapazes vestidos
a maruja, que conduzem um navio. Depois de fingir uma luta, vão coser
o pano da vela, no fim do qual há o episódio do jajeiro, cantando
versos de poesia popular de origem portuguesa, lembrando o espírito
de navegantes daquele povo.
A
Chegança dos Mouros os figura uma luta simulada entre cristãos e mouros,
reminiscência histórica das lutas na península ibérica.
Os
Cucumbis são autos populares negros, somas de danças, episódios, convergidos
para um só enredo.
O
Bumba-meu-boi vem a seu um magote de indivíduos acompanhados de grande
multidão, trazendo consigo a figura de um boi, por baixo do qual oculta-se
um rapaz dançador.
O
enredo está composto numa forma de dramatização histórica dos autos
e folguedos populares, baseada nas descrições dos folcloristas Mello
Morais e Câmara Cascudo.
1° Ato: Pastoris
Vinte e quatro de dezembro
Meia-noite deu sinal
Rompe a aurora a primavera
Hoje é dia de Natal.
Bate asas canta o galo
Dizendo Cristo nasceu
Cantam os anjos nas alturas
Glória ín excelsis Deo
A
cada fim de ano tem inicio uma disputa.
-
Cordão encarnado:
-
Cordão azul:
E
moças e rapazes percorrem as cidades angariando dinheiro para o espetáculo
- O Pastoril.
O
baile pastoril ou simplesmente pastoril é um auto cantado e dançado,
diante de uma re constituição do presépio em que nasceu Jesus Cristo.
É festa do ciclo de Natal e termina com a queima das palhinhas no
Dia de Reis, seis de janeiro. Chamam Pastorio em memória dos pastores
que vieram saudar o Deus-Menino e o louvaram cantando. Orienta-se
o enredo do pastoril, sobre temas sacros, em pequenos entreatos, jornadas,
partes dialogadas, com coros e música popular, sempre em frente da
armação do estábulo de Belém, com pastares, animais, igrejas, rios,
pontes – a Lapinha.
O
Pastoril é dividido em cordão azul e encarnado, com seus apaixonados
e financiadores, e as figuras de Diana, Belo Anjo, as Duas Mestras
e Contramestras e o Velho, que é o Palhaço.
Na
sua realização as famílias, da mais humilde à mais importante, se
reúnem participando desse brinquedo.
O
Pastoril, pequeno drama, um espetáculo ingênuo, de comovente simplicidade,
representado por diversas figuras, nas praças ou ruas, sobre um tablado
e a historia das pastores a caminho de Belém, perseguidos pelo demônio,
composta em versos cantados pelo grupo, acompanhados de viola, pandeiros
e maracás.
Os
Pastoris nos foram legados pelos jesuítas quando da catequese dos
índios. Certamente os padres foram admitindo que os nativos incluíssem
outros personagens aos pastoris. Hoje ao lado do cordão azul e encarnado
os pastoris nordestinos apresentam antes um leilão de flores ou frutas,
e a figura do Velho se transformou num verdadeiro palhaço, cujo papel
consiste em manter o diálogo das pastaras com os espectadores.
Quando
chega o Dia de Reis tem lugar a Festa da queimada da Lapinha. Um cortejo
percorre as ruas carregando as folhas de coqueiro, utilizadas no nicho
do Menino-Deus. Acompanham-nas duas fileiras de garotas com balões
e a orquestra de pandeiros, violas, maracás. Na praça elas fazem um
monte com as folhas e queimam-nas. De mãos dadas o povo forma grande
roda em torno da fogueira e vão todos circulando, dançando e cantando,
ate o apagar das labaredas:
A nossa Lapinha
Já está queimando
E o nosso brinquedo
Está se acabando
2° Ato: Reisados
A
véspera de Reis é um corolário da noite de Natal
Os
presépios, os bailes de pastoras, e os descantes de Reis, prolongam-se
até o Carnaval.
Da
noite de Natal em diante, os cantadores de Reis percorrem a cidade
entoando versos de memória.
Esses
grupos compõem-se de moças e rapazes de distinção. Os trajes são simples
e iguais: calça, paleta e colete branco, chapéu de palha ornado de
fitas estreitas e compridas, muitas flores em torno; as moças, de
vestidos bem feitos e alvos, de chapéus de pastoras; precedendo-se
na execução habilíssimos tocadores de serenatas. Mulheres e homens,
meninos e meninas, batem, ao compasso da música, leves pandeiros,
ou tocam, nas mãos entreabertas e suspensar, castanholas que atroam.
As
primeiras horas da noite começam a desfilar os bandos.
As
casas que os tem de receber conservam a porta fechada, não obstante
os dramas pastoris e as danças estarem em atividade. Chegando um deles
a casa em que deve entrar, a música preludia o canto, que rompe, seguido
de coros:
Ô de casa, nobre gente
Escutai e ouvireis,
Que das bandas do Oriente
São chegados os três Reis
Do latargo em que caístes,
Acordai, nobres senhores
Vim a ouvir noticias belas
Que vos trazem os pastores
Vinde ouvir simples cantigas
De grosseiros camponeses,
Das aldeias conduzindo
Cordeiros e mansas reses
Ao serem as enfeitadas
De prazerem vem saltando
Os mancebos e os velhinhos
Todos, todos vem chegando
O senhor dono da casa
Mande entrar, faça o favor
Que dos céus estão caindo
Pinguinhos d’água de flor
A
porta abre-se, o rancho entra, e chegando ao presépio, entoa novas
canções.
E
seguem depois de comer e beber do que se lhes oferece.
Enquanto
na cidade baila-se e tiram-se Reis.
É
no largo espaçoso. Junto a matriz há um palanque, uma espécie de coreto
engalanado, com muitas arandelas.
Os
espectadores, em bancos e cadeiras, em esteiras, no chão.
A
música entretém o povo em multidão, tocando chulas e fandangos.
O
vigário, o juiz-de-paz, o mestre-escola e as altas influências do
lugar conversam sobre política e eleições.
O
palanque adquire um aspecto atraente e encantador.
3° Ato: Cucumbis
Não
há quem não se recorde de um grupo de negros, vestidos de penas, tangendo
instrumentos rudes, dançando e cantando, que nos dias de festas populares,
percorriam as ruas das cidades e povoados, anunciando-se aos folguedos.
Esses bandos constituídos por escravos d’África, eram numerosíssimos,
sem do as suas cantigas bárbaras unicamente na linguagem de suas terras.
Desembarcados
de navios negreiros, com o coração cheio de pranto, arrancados das
cabanas de seus pais e dos desertos de sua terra, os pobres nativos
tiveram de dar expansão a sua dor, relembrando os seus costumes. E
a dança dos Cucumbis ressoa estrepitosa, ao tinir das correntes e
aos gemidos nas senzalas, ao som do açoite e do soluço da mãe escrava.
As
letras desses cantos, com seu enredo e evoluções guerreiras, seus
reis e princesas, seus tamborins e ganzás, resume o argumento em composições
simples e rudimentares.
O
desfecho do baleto é o seguinte: depois de lauta refeição do cucumba,
comida que usavam nos dias de circuncisão de seus filhos, um bando
põe-se a caminho, indo levar a rainha, os novos vassalos que haviam
passado por essa espécie de batismo selvagem.
O
préstito formado por príncipes e princesas, augures e feiticeiros,
intérpretes de dialetos estrangeiros e numeroso povo, levam do entre
les os mametos - crianças de cocares de plumas, pulando e levantando
os braços, ao compasso acertado - é acometido por uma tribo inimiga
caindo flechado o filho do rei.
Ao
aproximar-se o cortejo, recebendo a notícia do embaixador, ordena
o rei, que venha a sua presença o feiticeiro mais célebre do seu reino,
impondo-lhe a ressurreição do príncipe morto.
-
“Ou darás a vida a meu filho e terás em recompensa um tesouro de miçanga,
ou não darás e te mandarei degolar”.
E
aos sortilégios do feiticeiro, o morto levanta-se e findam as danças
em ruidosa retirada.
Na
distribuição do dançado esplêndido e aparatoso, há personagens típicos,
figuras importantes, dentre os quais: o Rei, a Rainha, o Quimboto
(feiticeiro), o Capataz, embaixadores, príncipes e princesas, os mametos,
augures e figuras que dançam, tocam e executam os coros.
O
vestuário geral consiste em círculos de vistosas e compridas penas
aos joelhos, à cintura, aos braços e aos punhos; rico cocar de testeira
vermelha, botinas enfeitadas de fitas e galões, calça e camisa de
meia cor de carne, e ao pescoço, miçangas, corais e colares de dentes.
O feiticeiro, o Rei e a Rainha ostentam vestimenta mais luxuosa.
Quanto
aos instrumentos: na maioria dos ranchos dos Cucumbis, os ganzás,
os chequerês, os chocalhos, os tamborins, os agogôs, as marimbas e
os pianos de cuia.
4° Ato: Cheganças
Na
véspera de Reis é que a folia recrudesce, e desde o meio-dia começam
as cantorias nas ruas e nas praças, a frequência das multidões aos
palanques, a porta das igrejas e nos pátios das matrizes.
Eis
quando aos pandeiros que arrufam e aos chocalhos que tinem, ouve-se
um alarido.
É o cordão dos marinheiros, que puxando um navio, conduzindo uma ancora,
um mastro, anuncia nas ruas a chegança dos Marujos.
A Chegança dos Marujos
Caboclos
e caboclas, vestidos à maruja, incumbem-se de seus papéis indo desempenhar
a chegança numa praça.
Imitando
o balanço de bordo, seguidas das figuras principais, lá passam cantando
uma canção que prenuncia o combate:
Ó nau-fragata, ó nau-fragata
Marcha para a guerra!
É iô...
Se não for por mar
Há de ser por terra...
É iô...
E
o Patrão, o Piloto, o mar-de-guerra, O Calafatinho, o Surjão, o Padre-Capelão,
o Gajeiro, o Guarda-Marinha, o Capitão, o Rei mouro, o Embaixador
ostentam garbosos, com suas vestimentas agaloadas, seus distintivos.
As
moças chegam a janelas para vê-los, e a meninada chama a cada canto,
o préstito popular cresce por todo o caminho.
E
vão cantando e tocando simulando as manobras dos navios, até chegarem
aos palanques para representar.
A Chegança dos Mouros
Os
mouros são autos populares, que representam a luta simulada entre
mouros e cristãos. Os mouros vestem-se sempre de vermelho e os cristãos
de azul. Armados de adagas, lanças e espingardas de pólvora, os participantes
do auto levam a noite inteira na representação, entrando pelo dia
seguinte. Depois de uma batalha os mouros raptam a princesa e a levam
para sua fortaleza. Há uma tentativa de reconciliação diplomáticas
que fracassa e dá lugar a nova luta. Os cristãos recuperam a princesa
mas são perseguidos pelos mouros.
A
batalha final trava-se em frente à igreja, e tudo termina com a conversão
dos mouros ao cristianismo, quando todos entram na igreja para o culto.
Esses
espetáculos principiam e terminam a qualquer hora e repetem-se até
o Carnaval.
5° Ato: Bumba-Meu-Boi
O
Bumba-meu-boi é um auto brasileiro, único em sua espécie, criação
mestiça, representação satírica, onde convergem influencias européias
e negras, fundindo cantos de pastoris, toadas populares, louvações,
loas dos presépios. Aparece no ciclo do Natal até o Dia de Reis. O
número de figuras varia. É uma série de esquetes, cantados, dançados,
declamados, numa reminiscência de auto seiscentista, pela apresentação
dos personagens na intenção de ridicularizar determinadas expressões
poderosas.
Esse
auto de caráter grotesco, em duas cenas, entremeado de chulas, de
diálogos patuscos é desempenhado por extravagantes personagens.
A
originalidade desse drama que tem por protagonista um boi, é extraordinária.
A distribuição da peça é a seguinte: o Boi, o Tio Mateus, a Tia Catarina,
o Surjão, o Doutor, o Padre, o Vaqueiro, o Amo, o Secretário de Sala,
o Rei e as figuras que dançam, jogam espadas e fazem o coro.
Cada
interlocutor tem o vestuário mais esquisito: é uma mascarada.
O
Rei, o Secretário de Sala e as Figuras envergam capa e calção, trazendo
a cabeça coroa e capacetes prateados, meneiam espadas de pau, tocando
três ou quatro violas.
O
Boi é um arcabouço feito de lâminas de pinho, coberto com uma colcha
de chita, implantada no pescoço curto e um tanto triangular, a cabeça
com os competentes chifres, por baixo do qual oculta-se um rapaz dançador.
Os
lampiões refletem luzes vivas nas ruas extensas e as casas de humilde
aparência conservam as portas escancaradas até muito tarde.
Na
sala, ao balanço da rede, o chefe da família, acercado da mulher e
da prole, à flama do candeeiro, escuta de uma preta velha, os contos
da Madrasta, do Pedro Malazarte, da Moura-Torta.
Moradas
há em que o Menino Deus já de pé no presépio, mostra-se com sua camisinha
de cambraia e cajadinho de ouro.
Nestas
as cantigas de reis correm à porfia e sempre sonoras.
De
súbito interrompendo as estórias do tempo antigo, quebrando o canto
dos alegres pastores, um grito estridente prolonga - se nos ares:
-
Eh! Boi!
E
todos chegam às janelas e às portas, dando com os olhos em um vulto
que ergue um archote e descansa nos ombros uma vara de aguilhão. É
o siri-candeia o mais humilde posto, no Bumba-meu-boi.
De
feito, minutos depois, para ele com sua musica tradicional, seu Boi-garlhadamente
arranjado, o seu pessoal escolhido e completo.
No
fim da rua param a uma porta, afinam as violas e cantam:
Aqui estou em vossa porta
Com figura de reposa,
Eu não venho pedir nada
Mas o dar é grande coisa.
Senhora dona de casa,
Bote azeite na candeia:
Me perdoe a confiança
De mandar na cada alheia
Abri, a porta,
Se quereis abrir,
Que somos de longe
Queremos nos ir,
Os
papéis de maior importância são confiados aos de inteligência fácil,
pois terão de improvisar durante horas a fio, contando anedotas, ridicularizando
uns a outros, caindo, empurrando-se, gritando, enchendo tempo e distraindo
o auditório, paupérrimo, mas exigente crítico pelo conhecimento secular
do “brinquedo”.
A
família e os vizinhos, que acodem fazem roda; acendem-se - mais velas,
as violas ti nem e o folguedo principia:
Oi! de prata e de ouro
Se faz o metal
Oi! a sala dos Reis
É prá nos festejar:
Guiando
o Boi, que obedece a voz do Vaqueiro, servindo de guarda de honra
às figuras que, ao compasso da música, marcham, erguem e abaixam as
espadas.
Nisso
que o Boi dança, as gargalhadas e as palmas dos circunstantes.
Depois
de muito toque e de muita dança termina o auto pela cantiga de retirada:
Oi! de prata e do ouro
Se faz o metal
Oi! a véspera de Reis
É prá nós festejar.
Glossário:
Folclore
O
folclore – palavra de raízes saxônicas, de folk (povo) e lore (saber),
a sebedoria do povo, abrange todos os aspectos da vida humana. Seus
mitos e suas lendas, suas estórias, adivinhações e provérbios, seus
contos e encantamentos, suas juras, pregões, xingamentos e gestos,
suas danças, seus teatros, suas artes, seus instrumentos e cantigas,
suas festas tradicionais, suas crenças e crendices, sua magia, seus
tabus, e superstições, sua medicina, seus rezadores e benzedores,
suas trovas, desafios e romances, suas orações, seus brinquedos e
jogos, suas rendas, bordados, traçados, cestarias e sua cozinha. O
folclore é a própria alma de um país, o modo de ser da gente ao povo,
sua maneira de pensar, de agir e de sentir. O folclore brasileiro
é produto da mentalidade do nosso povo, na lição transmitida através
das gerações, pelo saber das raças que lastrearam a formação da nacionalidade:
portuguesa, indígena e negra.
Autos populares
Os
autos populares deram origem ao teatro ocidental, que vem do modelo
grego e tem raízes religiosas - nasceram ao pé do altar, na Idade
Média e foram utilizados para a evangelização.
O
nascimento de Cristo, o auto pastoril originalmente representado diante
do presépio, foi aos poucos deixando o adro das igrejas, ganhando
o mundo, à proporção que deixava de ser religioso para se tornar profano.
Ao lado dos bailes pastoris e pastorinhas, encenavam Cenas bíblicas,
com enredos piedosos de origem portuguesa, recriados no Brasil.
Os
jesuítas trouxeram o auto para o Brasil e o aproveitaram na catequese
dos indígenas.
Depois vieram os autos guerreiros de Mouros e Cristãos, da estória
trágico-marítima que são as Marujadas, Fandangos, Cheganças dos Marujos,
Barcas, etc.
Os
negros trouxeram as suas embaixadas que são formas dramáticas e os
seus atos se dividem em cortejos – desfile de grupos que ao final
dançam em conjunto ou representam um auto. Os mais conhecidos são
os Congos, as Congadas e os Cucumbis, que mostram lutas guerreiras.
Os
índios nos deram suas danças mímicas expressando as lutas do índio
e do conquistador.
Os
autos do Quilombo e do Bumba-meu-boi são brasileiros. O dos Quilombos
gira em torno dos episódios guerreiros e heróicos dos quilombos dos
negros. O Bumba-meu-boi é o auto folclórico brasileiro de maior significado
social e estético.
Estes
folguedos são entremeados com outros autos como o Reisado e os Guerreiros.
A
Folia de Reis evoca a visita que os Reis Magos fizeram à gruta de
Belém, para adorar o Deus-Menino, apresentando seus palhaços, grandes
dançarmos que representam as forças do mal.
Os folguedos populares tem como cenário, as ruas, largos e praças
públicas, nos dias de festas ciclinas - São João e São Pedro, no Norte;
Natal a Reis, no Nordeste; Carnaval, em todo o país.
O
Brasil tem hoje inúmeros folguedos populares.
Folias
A
palavra “folia” designa no dizer dos folcloristas, em Portugal antigo,
uma dança barulhenta com acompanhamento de pandeiros. Era executada
por homens vestidos de mulher, que em bandos, usando símbolos devocionais
e acompanhando-se de cantos, percorriam sítios, vilas e casas angariando
auxílio para as festas.
As
festas de Natal, Ano Novo e Reis, englobadas num mesmo ciclo, chamadas
“janeiras” em Portugal, abrangem, portanto, os folguedos que vão de
meados de dezembro até seis de janeiro.
Estas
folias pela semelhança de características - os Pastoris, Reisados
e Cheganças, de origem portuguesa; os Cucumbis, de origem africana
e o Bumba-meu-boi de criação brasileira, dentre outras, oferecem a
temática para o enredo “Folias de Reis”, destinado ao desfile de escola
de sanba – festa folclórica urbana, da maior expressão na atualidade
e veículo de comunicação de massa dos mais importantes.
Escola
de Samba
Na
escola de samba está presente a arte total. Ópera de rua conseguiu
a proeza de reunir todas as artes: da musica, poesia e dança as artes
plásticas, integrando os que dela participam e os espectadores.
A
abordagem através forma simples, calcada na autenticidade das “folias”,
visa despertar a multidão para o folclore nacional.
O
auto popular como forma mais simples de teatro do povo, cantado e
dança do, no Carnaval – sem dúvida a maior festa popular brasileira
– procurando reviver nossas tradições folclóricas mais autênticas.
Em
cinco atos: Pastoris, Reisados, Cucumbis, Cheganças e Bumba-meu-boi.
E à maneira do folclore damos fim a esta apresentação.
Vou-me embora tenho pressa,
Tenho muito o que fazer
Já vendi a minha peça
Vou-me embora, até mais ver.
Bibliografia:
-
Antologia do Folclore Brasileiro – Luiz da Câmara Cascudo, São Paulo,
3ª edição, 1° volume, 1965, Livraria Martins Editora.
-
Festas e Tradições Populares do Brasil – Mello Morais Filho, Rio,
1957, Tecniprint Gráfica S/A.
-
Que é Folclore? – Maria de Lourdes Borges Ribeiro, Cadernos de Folclore,
n° 1, 1974 (4ª edição), Campanha de Defesa do Folclore Brasileira,
MEC.
-
Música e Dança Folclóricas – Renato Almeida, Cadernos de Folclore,
n° 4, 1971 (2ª edição) Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, MEC.
-
Calendário de Festas – Luiz da Câmara Cascudo, Cadernos do Folclore,
n° 5 (2ª edição), Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, MEC.
-
Geografia do Folguedo Popular - Rossini Tavares de Lima, Cadernos
do Folclore, n° 6, 197l (2ª edição), Campanha de Defesa do Folclore
Brasileiro, MEC.
Introdução:
Componentes:
Apresenta enredos para a Lins Imperial desde 1969: A Imperatriz das
Nossas Memórias da Rua do Ouvidor, Casa Grande e Senzala, Salve, Salve
Independência!, Bahia de Jorge Amado, Cobra Norato e Dona-Flor e seus
dois maridos (campeã do 2° grupo em 75). Preside a Comissão de Carnaval
e organiza o esquema de desfile.
Comissão de Frente:
A Comissão da Frente é constituída pela tradicional Ala dos Notívagos,
fundada em 12 de outubro de 1968.
Seu Presidente
é o sambista Osvaldino da Conceição Silvestre:
Apresenta-se
com 15 componentes, em traje social, representando a Diretoria da
Escola e abrindo o desfile à maneira clássica dos sambistas, saudando
o povo, a imprensa e pedindo passagem.
Bandeiras:
As bandeiras verde e rosa foram confeccionadas por Arnaldo das Faixas,
especialmente para os desfiles de Carnaval de 1976.
O pavilhão
da Lins Imperial traz os símbolos da Escola: a água carregando um
pandeiro, circundada por folhas de café e uma flama.
1° Mestre-sala: Periquito
Vanderli Madureira é carioca de Cordovil. Desfilou como mestre-sala,
pela primeira vez em 1956, pela Escola de Samba Cartolinhas de Caxias
e depois na 3 Mosqueteiros, Alunos da Pe nha Circular, União do Centenário,
Capela, Aprendizes de Lucas, União de Jacarepaguá,Tupi de Brás de
Pina, São Carlos, União da Ilha do Governador, Império Serrano e blocos
Quem fala de Nós Não Sabe o Que Diz, Cacique de Ramos e Imperial de
Lucas.
Mestre Sala Internacional excursionou pelo exterior exibindo-se na
França, Argentina, Venezuela, Peru, México, Itália, Portugal, Espanha
e Japão, representando o Brasil em apresentações oficiais patrocinadas
por diversos órgãos (RIOTUR, Ministério das Relações Exteriores, Instituto
Brasileiro do Café e EMBRATUR).
Dentre as porta-bandeiras famosas com quem desfilou estão: Ruth, Juracy
e Lauda, da Capela, Conceição e Mariazinha, do Aprendizes de Lucas,
Neuza, do São Carlos, Nadir e Nancy,da União da Ilha do Governador,
Neuza, da Tupi de Brás de Pina e Alice, do Império Serrano.
Sambista nato, já pertenceu a Ala dos Compositores, do bloco Quem
Fala de Nós Não Sabe o que Diz, apresentando o samba-enredo “O Guarani”.
Como mestre-sala possui muitos títulos e medalhas, por suas apresentações
internacionais e desfiles em blocos e escolas de samba.
1ª Porta-bandeira: Ivanilda
Ivanilda Peçanha da Silva á carioca do Estácio.
Sambista desde os nove anos,desfilou como porta-bandeira pela primeira
vez pela Portela e depois no Salgueiro, Império Serrano, Mocidade
Independente de Padre Miguel, Lins Imperial e bloco Rosa de Ouro.
Passou a bandeira da Portela a famosa Wilma para integrar o conjunto
de sambashow da azul e branco.
Excursionou por diversas capitais do Brasil e já se apresentou em
desfiles de Carnaval com os seguintes Mestre-Salas: Anibal, da Portela,
Tião, do Salgueiro, Carlinhos, da Mocidade Independente de Padre Miguel,
Ferreira, do Império Serrano e da Mocidade Independente.
2ª Porta-bandeira: Sirley
Sirley Almeida de Carvalho á irmã do mestre-sala. Desfila também desde
criança, em escolas de samba, primeiro na Filhos do Deserto, depois
na Lins. Anteriormente pertencia a Ala das Decididas, deixando-a para
ser porta-bandeira da Lins Imperial.
2° Mestre-sala: Mucura
Sérgio Almeida de Carvalho desfila como mestre-sala da Lins Imperial,
desde 1964 e em Carnaval desde criança quando foi mascote da Ala dos
Gaviões da Escola de Samba Filhos do Deserto.
Desfilou em 1974, como primeiro mestre-sala, quando a Lins Imperial
foi campeã dos desfiles do segundo grupo.
Bateria
A
Bateria da LINS IMPERIAL tem ritmo próprio, inconfundível. Apresenta-se
com 200 componentes com a fantasia denominada “Folias”, estilização
figurativa de vários elementos do enredo.
Mestre Baptista
No
seu comando Mestre Baptista – José Baptista Ribeiro, que foi diretor
de bateria das escolas de samba Independentes do Leblon e bloco Cubanos
da Gávea e Presidente da Ala dos Compositores da Lins Imperial.
Musico
profissional já integrou as orquestras de Astor, Guio de Moraes, Ed
Mandarino, Valdir Calmon e os conjuntos Erlon Chaves e Sexteto Rex.
Sua
vida artística sempre foi das mais intensas. Esteve em Buenos Aires
com o conjunto de José Maria de Abreu, viajou por quase toda a Europa
com a Companhia Brasil Tropical e acompanhou a cantora Elza Soares
em excursão pela América Latina.
Participou
dos filmes brasileiros: “Hoje o galo sou eu” e “Rio a noite”, trabalhou
nos teatros Folis, João Caetano e em show nas boates Arpege, Drink,
Fred, Night and Day, Copacabana Palace, Canecão e Hotel Nacional.
Mestre
Baptista, Diretor de Bateria da Lins Imperial, é sambista por
instrumento e por coração e seu maior sonho é pertencer a Orquestra
Sinfônica Brasileira.
Cenografia e
Figurinos -
José Felix
Os
figurinos e alegorias foram criados e confeccionados pelo cenógrafo
José Felix, maranhense, natural de São Luiz, nascido a 23 de dezembro
de 1941.
No
Salão Nacional de Belas Artes obteve menção honrosa em 1965 e medalha
de bronze em 1968 e no Salão do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de
Janeiro, medalha de prata, em 1967.
Fez
os Carnavais da Mocidade Independente de Padre Miguel em 66/67, Lins
Imperial em 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, blocos: Cara de Boi, em 72,
Canários das Laranjeiras, em 71, 73, 74/75, Rosa de Ouro e Unidos
de Vila Santa Tereza, em 75.
Sua
equipe de trabalho é constituída pelos artistas: Nilson, Syrley, Costal,
João, Acácio, Rodrigues, Romildo, Augusto, Carlito, Marcos, Jorge,
Lopes, Durval, Dudu, Nelson, Paulo, Ricardo e Zezé.
Conjunto
Os figurinos para o desfile obedeceram ao seguinte esquema de cores:
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1° ato: Pastoris - verde/rosa
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2° ato: Reisados - verde/rosa - ouro/prata
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3° ato: Cucumbis - verde/rosa - ouro/prata
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4° ato: Cheganças- verde/rosa - ouro/prata
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5° ato: Bumba-meu-boi: verde/rosa
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baianas tradicionais: prata
Alegorias:
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Abertura: Presépio
estandarte: “Uma estrela anunciando Quem chegou trazendo amor”
(frase do santa-enredo)
adereço:
Pastor com ovelhas, encimado por estrela estilizada.
adereço:
camelos com as oferendas dos Reis Magos para presentear o Deus-Menino
pelo seu nascimento.
A
bandeira da folia: estilização do estábulo e da manjedoura, símbolos
da natividade de Jesus Cristo, com a apresentação da Escola e
do enredo.
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1ª Alegoria: Em tempo de Reisado – Alegoria estilizada com a passarela
e o trono reais encimados por coroa gigante, figurando ao fundo,
fachadas e coroas de igrejas, para o clima que envolve os festejos
de Reis. Apresenta o Rei e a Lira, figuras de destaque,
ladeados por ala do rancho do Reisado.
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2ª
Alegoria: África distante – Alegoria que traduz o banzo (saudade)
dos negros arrancados de
sua terra natal e trazidos como escravos, em navios negreiros,
para o Brasil.
Em
primeiro plano, tigres, apresentados em escultura, com as princesas
africanas e ao fundo elementos do continente negro estilizados:
máscaras, cocares de penas, testeiras e peles de animais selvagens.
Apresenta
as figuras de destaque do Rei Negro e da Rainha Negra,
do cortejo dos Cucumbis.
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3ª
Alegoria: Nau Catarineta – Alegoria que traduz o clima fantasmagórico
dos monstros marinhos, como os dragões alados e de pele escamada,
apresentados em escultura, ladeando a nau que criaram a auréola
de terror, origem das lendas e do auto popular, próprio das cheganças,
que dá titulo a alegoria.
Apresenta
no convés a figura de destaque da Princesa acompanhada
por figurantes (moças) do préstito popular das cheganças, representadas
por Lucinha Apache e sua Ala Fantástica.
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4ª
Alegoria: Bumba-meu-Boi – Alegoria composta por adereços do rancho
do Bumba-meu-boi, com fitas, flores, espelhinhos, tendo ao centro
concepção cenográfica com bolas e pingentes
Traz
a figura de destaque de Tia Catarina, ladeada por ala representando
as figuras do brinquedo popular.
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Finale:
Boi-de-Reis (adereço) – O Boi, protagonista do auto popular de
origem brasileira, o Bumba-meu-boi, apresenta-se com os
competentes chifres enfeitados com flores, e evolui como se fosse
um arrastão com sua cauda de metros, ornada com flores, espelhinhos,
estrelas, cometas, tudo muito ao gosto e sabor popular.
A concepção cenográfica completa o tema com novos elementos.
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Estandarte
– “Uma estrela anunciando Quem chegou trazendo amor” (frase do
samba enredo)
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Estandarte
– símbolo do enredo
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Adereço
– Pastor com ovelhas, encimado por estrela estilizada.
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Adereço
– Camelos com oferendas dos Reis Magos para presentear o Deus-Menino
pelo seu nascimento.
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Adereço
– A bandeira da Folia: estilização do estábulo e
da manjedoura, símbolos da natividade de Jesus Cristo, com a apresentação
da Escola e do enredo.
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Adereço
– Pastoris: Anjo com trombetas, anunciando a abertura
do 1° ato do enredo, tendo ao fundo estrela estilizada.
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Estandarte
– “Pastorinhas vão cantando Dando boas ao Senhor.” (frase do samba-enredo)
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Adereço
– Camponesas, em escultura, com flores e frutas, em jarreteiras
estilizadas, próprios dos leilões realizados antes dos bailes
pastoris.
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Adereço
– O demônio perseguindo a pastora perdida, imagem do baile pastoril;
ao fundo, coroas estilizadas, ponteiras de Natal, estrelas, lua,
fitas espelhadas.
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Adereço
– Resplendor: Anjos tocando clarins, anunciando
a figura de destaque do baile pastoril: Mestra.
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Adereço
– Primavera: Estilização em folhas e folhagens,
com borboletas, elementos próprios da estação.
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Adereço
– Reisado: Galinho do Céu – símbolo para
abertura do segundo ato do enredo. Escultura popular do galinho,
mesclagem de galo e pavão.
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Estandarte
– “Me perdoe a confiança Em sua casa vou mandar” (frase do samba-enredo)
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Adereço
– Estilização de cúpulas, coroas e fachadas de igreja, tiaras
papais, fitas, contas, espelhinhos, borboletas, flores e ponteiras
de Natal, para o clima litúrgico que envolve os autos dos Reisados.
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Adereços
– Cucumbis: Para abertura do 3° ato do enredo, princesa
negra, em escultura, com sol estilizado e escudos e estandartes
com motivos africanos.
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Estandarte
– “Lamentos e sons de correntes” (frase do samba-enredo)
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Adereço
– Estilização de miçangas, colares de dentes, cocares de penas.
(da temática do samba-enredo)
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Adereço
– Elefante: com crianças - os mametos - do préstito
dos festejos Cucumbis.
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Adereço
– O príncipe negro – que morreu e foi ressuscitado pelo feiticeiro
no baleto dos Cucumbis – na floresta tropical estilizada, com
pássaros de plumagem maravilhosa.
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Adereço
– Cheganças: Cavalos dos duelos de mouros e cristãos,
âncoras e vela de navios enfunadas, para a abertura do 4° ato
do enredo
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Estandarte
– “Repicam os sinos da Matriz” (frase do samba-enredo)
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Adereço
– Torre estilizada com fitas e arandelas típicas dos elementos
religiosos ligados ao auto das cheganças.
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Adereço
– A Princesa: Moça muito branca e loira, figura
que era raptada pelos mouros e recuperada pelos cristãos e batizada,
próprio do auto da Chegança dos Mouros.
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Adereço
– Cavaleiros Mouros e Cavaleiros Cristãos: cavalos
enfeitados com flores e fitas com seus cavaleiros representando
os mouros com suas adagas e os cristãos com suas espadas, próprio
do auto da Chegança dos Marujos.
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Adereço
– Abertura do 5° ato o Bumba-Meu-boi com flores, fitas e borboletas,
com as burrinhas, em escultura, figuras típicas do bumba-meu-boi.
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Estandarte
– “Bumba-meu-boi Olé, Olá!” (frase do samba-enredo)
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Adereço
– Estandarte com espelhos, penas, flores e fitas, exibindo a coroa
do rancho.
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Adereço
– A Bernúncia: apresentada em escultura, figura
ligada clima lendário dos autos populares - monstro que engolia
crianças, com figura viva, apresentada em sua boca aberta para
aquela encenação.
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Adereço
– Maricota: figura exótica do rancho do Bumba-meu-boi,
em escultura com seus leques de latão com fitas multicores pendentes
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Adereços
– Bichos do Rancho: emas (2), cavalos-marinhos (3), girafas (3),
jaraguás (2). Os bichos (confeccionados em estrutura de vime)
São indispensáveis componentes da mascarada do bomba-meu-boi.
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carro
dos tímpanos – par de tímpanos, com Darcy dos tímpanos.
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