Resumo

Juscelino Kubitschek de Oliveira foi um dos mais populares presidentes da história do Brasil, fundador de Brasília, filho de João César de Oliveira e Júlia Kubitschek, Nonô nasceu no dia 12 de setembro de 1902, se estivesse vivo completaria cem anos em 2002.
Nascido em Diamantina, cidade histórica mineira. Terra outrora rica em ouro e diamantes, da bela arquitetura barroca e sua lendária Chica da Silva.
A ele se deve um grande avanço industrial na segunda metade da década de 50, os saudosos anos dourados, época de esperanças e marcada por grandes acontecimentos também nas artes, esportes e comunicação.
No centro-oeste brasileiro, em meio ao cerrado ele funda Brasília, a nova capital federal e que revela ao mundo a genialidade da moderna arquitetura brasileira da época.
Lembrado ainda hoje pelos seresteiros de Diamantina que o homenageiam todos os anos na data de seu aniversário, Juscelino é considerado um exemplo de homem público, imortalizado por suas obras e seus ideais.

Diamantina

Da cidade natal de Juscelino, conta-se que os primeiros exploradores chegaram, atraídos pela descoberta de ricas jazidas de ouro próximas à cidade Serro, entre o rio Grande e o Piruruca. Em 1713 foi fundado o Arraial do Tijuco (lama em Tupi).
Em 1720 foram descobertas jazidas de diamante, em 1729 foi fundado o Distrito Diamantino, com sede no Tijuco, para oficializar o controle da exploração.
A vila mais tarde, em 1831, passou a se chamar Diamantina.
Terra da também lendária Chica da Silva, a amante do contratador João Fernandes de Oliveira, conhecida como a Chica que manda, “de escrava a rainha” Chica escandalizou a sociedade da época e esbanjava todo o luxo que seu amor poderia lhe oferecer. Tornou-se uma das principais referências desta bela cidade.

A carreira política

Juscelino mudou-se para Belo Horizonte a fim de continuar seus estudos, formou-se médico em 1927. Na política deu início a carreira em 1934, quando foi nomeado chefe de gabinete de Benedito Valadares, interventor federal em Minas Gerais. Elegeu-se deputado federal no mesmo ano.
Nomeado prefeito de BH em 1940 começou a conquistar a projeção que o levaria à presidência. Seu principal feito foi a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, projeto do iniciante Oscar Niemeyer.
Em 1945 elegeu-se pela 2^a vez deputado federal. Em 1950 foi eleito governador de Minas Gerais, sua administração era norteada pelo binômio “Energia e Transporte”.
Sua imagem era associada à modernização e industrialização do País. Em 1955 chega á Presidência da República, seu plano de metas “50 anos em 5” fundamentava-se na expansão industrial, estradas e hidrelétricas foram construídas e indústrias automobilísticas instalaram-se, em 1959 foi lançado o primeiro fusca fabricado no Brasil.

Anos Dourados

A política desenvolvimentista de JK causou euforia não só no setor econômico, mas em toda uma época marcada de grandes acontecimentos na área artística e esportiva. Era dos grandes cantores do rádio e dos programas de auditório.
No cinema, além do sucesso das chanchadas da Atlântida e Vera Cruz, o filme Orfeu Negro, com roteiro de Vinícius de Morais e direção de Marcel Camus, vence em 1959 a Palma de Ouro no Festival de Cannes e será a mola precursora do movimento musical síntese da época – A Bossa Nova – que se tornaria o gênero musical brasileiro de maior influência no exterior.
A “pátria de chuteira”, após a traumática derrota para o Uruguai no início da década, vence sua primeira copa do mundo em 1958 na Suécia. Nunca houve tantos e tão magníficos craques como os daquele mundial. Pelé e Garrincha levaram o Brasil a vitória. A seleção canarinho também contava com o talento de Nilton Santos, Zagallo, Bellini, Didi e Vavá. O sonho dourado da Jules Rimet foi finalmente alcançado.

Brasília

Outra de suas metas era a construção de uma nova capital federal. Idéia apresentada já em 1823 por José Bonifácio, que sugerira este mesmo nome e localização no centro do país e nos sonhos de Dom Bosco, fundador da Ordem dos Salesianos e santo italiano, que em 1883 teria sonhado com uma terra prometida entre os paralelos 15 e 20 com depressão topográfica onde se formava um lago e dessa terra verteria leite e mel, dela surgiria uma grande civilização, em seus relatos ele descrevia a região que seria a futura capital do Brasil.
O Centro-Oeste brasileiro, coração do cerrado, abriga um ecossistema extremamente rico, em meio a sua vegetação típica, inúmeras espécies de orquídeas e na fauna, animais belos e raros como tamanduás-bandeira, lobos-guará, seriemas e cervos-do-pantanal.
Brasília foi a grande realização de seu governo. Um dos objetivos era levar desenvolvimento á região centro-oeste.
O projeto arquitetônico de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer foi inaugurado em 21 de abril de 1960.
Ao final de seu mandato, foi eleito senador pelo Estado de Goiás, mas acabou cassado pelo regime militar em 1964. Exilou-se voluntariamente, percorrendo cidades americanas e européias. Faleceu em 22 de agosto de 1976, vítima de um acidente automobilístico. 
Admirador das serestas, que são tradição de sua Diamantina, Juscelino foi homenageado por sua cidade natal com a criação do dia da seresta que relembra seu aniversário com muita cantoria pelas ruas da cidade.
Além do centenário de Juscelino, vale lembrar que 2002 será um ano eleitoral e justamente para presidência da república. É necessário refletir muito, pois na soma dos votos, poderá ser realizado o sonho dourado de termos um país mais justo e desenvolvido

Alex de Souza

Leão
Traz sedução
Paixão, brilho e amor
Diamantina, berço do ouro
Cidade onde tudo começou
Vento vem soprando de outrora
Eis o mito que entrou para a história
Juscelino Kubitschek de Oliveira
Seu sonho reluziu
Refletindo o futuro do Brasil

A energia está no ar
A esperança está nas urnas
50 anos em 5
É industria e transporte
O progresso continua

Canções, lindas poesias
Arte, cultura e futebol
Cinema, teatro e comunicação
Anos dourados é o Brasil das emoções
JK é presidente
Quantas obras que esplendor...ôô
Faz de Brasília a capital
Uma idéia genial
Que Niemeyer arquitetou

Chora viola que saudade
Desperta o povo brasileiro
É centenário, Nonô está aí
É festa na Sapucaí