FICHA TÉCNICA 2012

 

Carnavalesco     Wagner Gonçalves
Diretor de Carnaval     Waldir Gomes
Diretor de Harmonia     Marcelo Varanda
Diretor de Evolução     Marcelo Varanda
Diretor de Bateria     Mestre Washington Paz
Puxador de Samba Enredo     Thiago Britto
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marcílio Pinto Diamante e Cíntia Ribeiro
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Fabinho e Tuane Serra
Resp. Comissão de Frente     Patrick Carvalho
Resp. Ala das Baianas     Marina Miranda
Resp. Ala das Crianças     Kátia Godofredo
Resp. Galeria de Velha Guarda     Sr. Plínio Athaíde

 

SINOPSE 2012

Corumbá – Ópera Tupi Guaikuru

Sinopse:

          Este enredo é a junção de vozes que ao longo do tempo ecoaram dispersas. Ao ouvir um sussurrar suave percebe-se a voz da história como um canto que projeta o um País, rico e exuberante envolvido em sua pluralidade. Algumas visões culturais especificas sobre a formação do Brasil e seus Brasis. Ergue-se então um contracanto que é a polifonia da história com as vozes do povo, os descendentes dos índios Jacutingas enraizados a margem do Rio Sarapuí.
          E assim as vozes destes homens simples se juntam com as, dos Guaikurus dos Guatós e todos iram defender e fazer tremular um pavilhão de cores; vermelho, branco e azul, inspirados no urucum jenipapo e calcário. E o canto que regi é o gritar do Jaburu - que resume arremata e faz culminar um estandarte natural de ironia alegria e festa, compondo assim a “sinfonia da natureza”.
          
Cada voz é uma importante contribuição para esta grande orquestração. Iremos compor um mosaico e gerar mais uma releitura desta aldeia chamada Brasil.
          Apresentaremos no libreto uma narrativa “maravilhosa” que vai navegando entre o lírico e o rasteiro. Inserindo assim uma cor especifica a este “livro de figuras”.
          
Esta opera é uma espécie caleidoscópica da vigorosa tradição musical e folclórica brasileira, tornando-se um contundente retrato da "Alma Nacional”. “A partitura será apresentada feito uma singela pintura de um ‘rio de fantasia” no qual deságuam: paisagens, sonhos, lendas, folclores e tradições...

A rapsódia verde amarela de lugar distante 

          Sou o sagrado coração da terra
          A fauna, flora, e lendas. E também cacique dos índios cavaleiros
          
Trago as cores e a exuberância das riquezas naturais
          Sendo Lagoa e mar de Xarayes
          
Tenho a Fonte nascente... Vida e rio afluente, raízes e frutos da ambição.
          Sinto um leve sabor de fruta retirado das mangabeiras, e o perfume das flores abertas.
          
Passados de lembranças e sonhos de futuros
          O emergir e o desaparecer
          
A transformação à margem do Rio Paraguai
          E o Forte de Nossa senhora da Conceição
          
O fogo- e as cinzas da historia.
          O Porto e o progresso de um povoado coberto de musgo. E das Ruínas que dão arvores; vejo a vila, a beleza e a epidemia.
          
Defendo as cores pátria na Figura de Tamanduá bandeira,... Comendo formigas e cupins
          Tal qual Homem da guerra; sou tenente, raposa, coronel, coiote e Tamandaré.
          
Sou gavião caramujeiro devorando aruás. Sangue mais denso que água
          A arte plumária me faz
          
Um Senhor da liberdade
          Que deita com a lua
          
Diante do passar dos séculos.
          Agora me sinto estrela e um sonho indecente, Deixando apenas os grafismos para inspiração.
          
E Na lavagem do São João, misturo o sagrado e o profano.
          Sendo Marinheiro, mestiço, pantaneiro. ...Toco “Índia” da Guarânia, e danço polca.
          
Sou “prenda”. Sou “prata”.
          Idealizado de brasileiro da fronteira.
          
Na Minha “estrada de ferro” danço com a morte e a jazida e frágil e forte.
          Vejo a Chalana... E sinto a brisa
          
E tal qual homem do verso de Manoel de Barros sou a continuação das águas reviradas pelo minhocuçu.
          E Ao silencio do por do sol
          
Sinto o vento embaixo das saias ao som do rasqueado
          Será que sou o que seria?
          
...   Sim! Um ser inocente, porém valente, inzoneiro que revela o carnaval.  E também símbolo de paz sobre dois corações.
          Represento harmonia e conexão confluente entre a cidade branca e a cidade do amor.
          
Danço no Chão da morena trigueira ao som do cavaco e da viola de cocho. E a minha poesia me faz irmão do povo melodia e mensageiro de écos que retumbam no ar;
          “Vale a pena preservar”
          
Meu nome é Tupi - Guaikuru, amigo de Peri, neto de Caramuru, sou Juruna, Galdino, Maria, Iracema, Jorge, João, Paulo, sou Cererê e Raoni.
          A fantasia é um velho mistério e tesouro guardados dentro cada um de nós
          
Sou Belford Roxo, Corumbá - sou Macunaíma - sou brasileiro.
          “Mim” só quer brincar
          
Abram - alas que eu vou chacoalhar...

Wagner Gonçalves

 

SAMBA ENREDO                                                2012
Enredo     Corumbá - Ópera Tupi Guaikuru
Compositores     Claudio Russo, Diego Tavares, André Félix, Ellen Cristina, Fábio Costa, Rodrigo Leal e Zé Glória

Sou guerreiro, brasileiro
A terra é o meu sagrado chão
Conto a minha história,
A trajetória, lenda em forma de canção
"Raíra" da fonte da vida
Cidade ungida na transformação
Nas cinzas da ambição caramujeiro a lutar
A guerra sangrou o meu coração
Para a paz acalentar

Chora viola e me faz lembrar
Os brasis do meu Brasil
É a força de um povo que vai se mostrar
Nesse acorde tão sutil

Vem vem lavar a imagem na festa de São João
O sagrado e o profano, juntos nessa tradição
Venho da fronteira, mulato, mestiço
Desse chão que me abraçou
Sinto uma brisa no ar,
O berrante a tocar e o sol a se por
E na cidade do amor
O teu branco me torna um real sonhador
Um hino ao meu pantanal
Destino que vai desaguar
Vale a pena preservar

Meu coração vai bater mais forte por que
A Inocentes chegou pra brilhar
Por esse amor que me faz viver
Um índio tupi... Eu sou Corumbá!