Petrópolis, roxo de amor por você

Introdução:

                No ano em que se comemora os 500 anos do descobrimento do Brasil, a Inocentes de Belford Roxo se veste de nobreza para contar, em poesia, um pouco da história, das belezas e riquezas de Petrópolis, a única cidade imperial brasileira.
                São 157 anos de história que desfilam em nossas alegorias mostrando não só a importância desta cidade nos períodos imperial e republicano deste país, como também é uma declaração de amor e respeito de uma jovem cidade, tão repleta de desafios a serem vencidos, porém, com muita força de vontade para combatê-los. Com trabalho honesto e determinação, pisamos o chão da Marquês de Sapucaí como súditos deste Império da Folia que é o carnaval, saudando Petrópolis e brindando o Rio de Janeiro, nesta batalha de alegria, com as armas do nosso brasão: a Paz e o Amor.

Sinopse:

                Voa, minha escola ao passado, num sopro de vento da história, onde o samba vem coroar esta cidade-memória, do Brasil Imperial; o "Córrego-Sêco" se enche de orgulho e desce a serra feliz, nas corredeiras da folia para encontrar o Rio de Janeiro e desaguar em carnaval.
                Petrópolis, "Cidade de Pedro", herança de um Rei-menino, altaneira e agreste, imperial palácio verdejante, Itamarati, pedra brilhante, de seus Índios Coroados. Viu nascer o sonho acalentado da corte e seu esplendor, por sua brisa fresca que fez remanso, o descanso do Imperador.
                "Caminho Novo", dos bravos bandeirantes, dos mineiros e tropeiros, variante, em busca do ouro das Minas Gerais. Foi sesmaria, que a mão escrava lavrou, o berço forte de prosperidade e de paz, o eldorado dos imigrantes, braços fortes do além-mar que a nossa terra adotou.
                "Vila Imperial", projeto de um visionário que se desenhou entre a montanha, fazendo dela surgir uma paisagem de uma nova Alemanha.
                Reino encantado, que abrigou em seu cenário, o majestoso palácio, presente de amor onde brincavam Príncipes e Princesas em tardes mansas de verão e onde nas ruas desfilavam em carruagens, a nobreza, no vai e vem do passeio do tempo do "beija-mão
                Cidade que viu nascer o progresso, forjado nos trilhos da ferrovia que trouxeram grandes nomes e te fizeram moradia. Petrópolis, princesa das flores e pássaros, palácio da natureza feito de ferro e cristal, que passou pelo acaso do Império, sem perder a majestade, que viu o alvorecer da República e, ainda que, por breve tempo, se tornou capital.
                Petrópolis que atravessou o tempo e seus contratempos com o ar puro da saudade e o charme do passado, onde ainda se respira nobreza, ao se ouvir pelas ruas o som compassado das elegantes carruagens. E cada pedaço desta cidade é uma lembrança que retrata, uma história que se lê. São miragens que hoje a Inocentes em homenagens, bate o coração apaixonado, Roxo de Amor por Você.

Alexandre Louzada