Da chibata à gravata,
São João de Meriti canta sua africanidade
Sinopse:
Dos primórdios olhos místicos surge à África que hoje nos encanta. África dos quatro povos lingüísticos, miscigenada, pelos povos locais e imigrantes, é a mama áfrica bela e fascinante. É nessa terra de encantos surgem os povos: Bantos, Gêge e Nagôs.
Do comércio a culinária surge uma áfrica hereditária. Mercadorias, sabedorias, artes, fatos e grandes talentos, o sal foi seu maior complemento transportado por camelos, se expandiu para o mundo inteiro.
Por longas distâncias ele foi percorrido e por vezes foi trocado por tecidos, potes, cestos ou iguarias assim sobreviviam à áfrica na sua economia. O cauri foi sua moeda corrente, de marfim eram os dentes de elefante, que os senhores compravam de modo elegante. Lendas, crenças e danças e até mesmo ousadia.
Características dos negros hoje em dia.
E as mulheres que muito contribuíram na culinária e nas confecções de especiarias.
Nos primeiros passos depois das descobertas do Brasil, chega a nossas terras negros de uma áfrica distante e fascinante.
Negros que chegaram ás terras descobertas por brancos.
Trabalharam, produziram muito açúcar de cana e café, na sua religião nunca perderam a fé. Negro que foi tão maltratado chegou aqui para ser escravo.
Nas ruas das cidades coloniais a mão-de-obra negra era essencial.
De Angola ao cativeiro, eles preencheram Todo o Rio de Janeiro.
Assim, por longos tempos da sua existência foi massacrado e explorado, defendiam a sua existência, nos movimentos quilombolas iniciava a sua resistência. De uma luta derradeira surge, assim, uma famosa dança: a capoeira.
O quilombo do Leblon, um fazendeiro de bom coração acolheu diversos negros como irmão. Com a revolução quilombola, surge logo a flor camélia que virou símbolo abolicionista, um ramalhete dessa flor a Princesa Isabel foi ofertado e assim sua liberdade num papel foi assinado.
Enfim os negros são libertados, José Lopes de lima foi o primeiro negro a andar alinhado.
Com a alforria legal, alguns passaram a serem tratados de igual pra igual. Ricas contribuições folclóricas deixaram Maracatus, Cortejos, Reisado e Congado, onde os Reis e Rainhas são coroados. Capoeira, samba, regaee e axé, e para vivenciar a fé... Candomblé.
São Benedito e Aparecida, a Santa Negra que do Brasil padroeira. Da chibata a gravata, João Candido, grande marinheiro, iniciou a Revolta da Chibata em prol de seus companheiros. Porém sua luta não foi em vão. Em novembro de 1910, a festa foi no convés, conquistou sua glória e os marujos comemoravam a vitória.
No caminho da direção surgem as guerreiras da educação e num projeto de fé vem ela, a negra Bené, e com a bola no pé, salve o rei Pelé. Da África para o mundo em seus conceitos raciais, Mandela luta pela sua classe social. E é a fé do povo em reviver o novo.
Hoje vemos um negro erguendo sua grande Pátria. Obama é nosso rei, na terra do tio Sam
lutará por igualdade para completar o negro com sua liberdade. Um grande destino há de cumprir, pois num país tão poderoso a peteca não pode cair.
Nos dias atuais, nas grandes cidades e periferias, o rap do negro contagia, hora fala de tristeza, hora fala de alegria.
Sou negro sim e não paro de gritar, sou brasileiro, africano, meus tambores e ecoar, minha raça, meus costumes para sempre hei de adorar.
Hoje sou negro, estudei e venci. Meu destino construí. Sou doutor, Ministro e Senador, meu lema sempre ser um vencedor.
Axé Brasil sua africanidade nagô.
Manoel Honorato,
Fernando José e
Robson Goulart |